Tomoyo levantou-se com dificuldade. Estava tão cansada... tivera uma noite horrível, sonhando com a música que sempre errava. Viu que o Sol invadia seu quarto, lhe dando bom dia.

Desceu depressa. Estava atrasada. Mas logo que chegou a mesa, encontrou Eriol.

- Ohayo Eriol.

- Ohayo Tomoyo. Não está muito cedo? Volte a dormir.

- Não posso, tenho muitas coisas a fazer.

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- Bom, acho que ajudar Sakura a decidir a decoração da festa de Chiharu, dois trabalhos da faculdade, definir o menu do jantar de sua mãe de hoje, verificar as roupas nela na lavanderia, o intinerário das visitas que ela fará, as aulas para as crianças e terminar os últimos retoques nos vestidos das meninas. Estou certo?

Ela ficou boquiaberta. Como ele sabia?

- Perdão... mas você deixou a lista sobre a mesa ontem.

- Deixei? Ah me desculpe...

- Neste caso, como sou visita em sua casa, devo pedir-lhe um favor. Vou ajudar você nestas tarefas.

- Não posso pedir isso, eu tenho que fa...

E tonteou. Ele a pegou no colo e a levou escadas acima para a cama.

- Viu, deste jeito você vai adoecer. Durma, descanse, depois faça seus trabalhos da faculdade. Do resto cuido eu.

- E-est-tá bem...

Ele a cobriu. Ela adormeceu imediatamente.

Acordou com a sensação feliz de descansar. E de ter sido levada no colo daquele rapaz tão lindo e tão forte.

Ai não devo...Não quero...assim que passar o casamento, ele vai voltar a Inglaterra...e ficarei sofrendo...”

Levantou-se e começou a fazer os trabalhos da faculdade. Estava inspirada; parecia que as palavras brotavam, que o pensamento estava mais afiado. Ficou feliz com o resultado. Assim que enviou ao professor, resolveu ir regar as flores. Tinha se esquecido disso. Levantou da cadeira e foi até a janela. Logo ouviu uma gritaria feliz. De crianças. Viu todas correndo atrás de Eriol. Foram até a sala de música. Lá, 7 crianças pulavam ao redor de Eriol, que dava risada. Ao vê-la, gritaram:

- Daidoji-sensei!!!

- Ohayo!

- Ohayo gozaimassu!

Tanaka, uma das meninas, não se conteve:

- Hiiragizawa-sensei vai nos dar aula hoje?

- Vai sim... mas não pensem que vai ser sempre, ahn? E tratem de se dedicar, pois ele é um compositor famoso.

- E vamos começar, sim? - Eriol puxou todos para dentro – temos que mostrar todo nosso talento a Daidoji-sensei!

- Haaaiii!

Assim que terminou de regar as plantas, Tomoyo viu as crianças correrem abraçá-la. Logo todas tinham ido embora, deixando Eriol sozinho na sala.

- Sol, sol, lá, si... Ah Tomoyo! Que energia que eles tem!

- Arigato Eriol. Fiquei feliz por ter cuidado deles. Agora vou falar com Sakura e...

- Não precisa. Já definimos tudo. O jantar de sua mãe também estará pronto, assim como as roupas. E as visitas também. Só falta arrematar os vestidos. Mandou os trabalhos?

- Sim.

- Ótimo. Vou terminar o que falta.

Vendo ela sorrir mansamente, ele se aproximou dela e beijou sua face aveludada. Ela corou na hora.

- Vá se trocar. Logo os amigos de sua mãe vão chegar.

- Hai...

E sorriu feliz.

Para não atrapalharem o jantar de negócios, Tomoyo e Eriol jantaram em outra sala. Ele a fez rir muitas vezes, contando de sua vida na Inglaterra, e de suas viagens.

- Queria também viajar assim...

- Vou levá-la! Só precisamos sair de fininho... Senão vão nos ver...Vamos?

- Onde?

- Vamos!!!

Saíram escondidos em direção ao Parque Pinguim. Ela desatou a rir. Estava completamente diferente da Tomoyo de antes. Cheia de vida. Pararam na ponte sobre o rio.

Ele estava encantado. Ela era linda, cheia de idéias, sensível, inteligente...

- Trouxe esta garrafa de vinho! Vamos brindar!

- Eriol!

- Um brinde a nossa viagem futura!

- Kampai (*modo de brindar entre japoneses)

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Ao erguer seu copo, Tomoyo sem querer o quebrou. O sangue começou a escorrer.

- Ai que vergonha. Desculpe eu...

- Deixe eu ver...

Ele limpou com a camiseta. Ela nem respirava. Quando terminou, ela estava vermelha. Ele não soltou a mão. Sentiu seu sangue disparar em suas veias. Devagar, aproximou a mão de seus lábios e a beijou.

- Para que sarem depressa...

- Eriol...

Ele fitava seus olhos. Brilhantes. Num impulso, ele a puxou e a beijou.

Que lábios! Ele não queria solta-la. Estava enfeitiçado. Ela retribuía brandamente. Quando a soltou, ela olhava fascinada para ele. Estava tão radiante... Ele sorriu. E voltou a beijá-la.

Teria algum dia se sentindo assim? Tão feliz?

“ - Eriol...

- Quem é você?

- Liberte...

- Quem é você????

- Liberte a mágoa...liberte...”

Acordou espantado. Quem era ela? Libere a mágoa? Como assim?

Foi ao jardim. Precisava de ar. Escutou som de piano. Ela estava tocando.

Chegando perto, ele ouviu Tomoyo cantar a mesma música de antes. No entanto, estava inspirada. A voz se sobressaía, a emoção brotava de seus lábios. Ela tocou e cantou sorrindo. O amor que inspirava...

Ele ficou ali, escutando. Quando ela terminou, ele bateu palmas, assustando-a.

- Eriol!

- Magnifico! Vai cantar esta musica no casamento?

- Vou sim...

- Neste caso, acho que mais casamentos vão surgir desta festa...

Ela desatou a rir.

- E com isso você vai vir mais vezes ao Japão...

- Não vai ser preciso – ele sentou num banco – acho que não vou à Inglaterra.

Os olhos dela brilhavam.

- Mas você não...?

- Não preciso ficar lá. Administro minhas coisas por aqui.

Ela sorriu abertamente.

- Que bom!!!

Ele levantou e se aproximou dela, deixando-a vermelha.

- Não posso mais voltar...

Ela baixou os olhos. Ele a abraçou.

CONTINUA...