As Cartas Malditas
Capítulo 7
Tomoyo levantou-se com dificuldade. Estava tão cansada... tivera uma noite horrível, sonhando com a música que sempre errava. Viu que o Sol invadia seu quarto, lhe dando bom dia.
Desceu depressa. Estava atrasada. Mas logo que chegou a mesa, encontrou Eriol.
- Ohayo Eriol.
- Ohayo Tomoyo. Não está muito cedo? Volte a dormir.
- Não posso, tenho muitas coisas a fazer.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Bom, acho que ajudar Sakura a decidir a decoração da festa de Chiharu, dois trabalhos da faculdade, definir o menu do jantar de sua mãe de hoje, verificar as roupas nela na lavanderia, o intinerário das visitas que ela fará, as aulas para as crianças e terminar os últimos retoques nos vestidos das meninas. Estou certo?
Ela ficou boquiaberta. Como ele sabia?
- Perdão... mas você deixou a lista sobre a mesa ontem.
- Deixei? Ah me desculpe...
- Neste caso, como sou visita em sua casa, devo pedir-lhe um favor. Vou ajudar você nestas tarefas.
- Não posso pedir isso, eu tenho que fa...
E tonteou. Ele a pegou no colo e a levou escadas acima para a cama.
- Viu, deste jeito você vai adoecer. Durma, descanse, depois faça seus trabalhos da faculdade. Do resto cuido eu.
- E-est-tá bem...
Ele a cobriu. Ela adormeceu imediatamente.
Acordou com a sensação feliz de descansar. E de ter sido levada no colo daquele rapaz tão lindo e tão forte.
“Ai não devo...Não quero...assim que passar o casamento, ele vai voltar a Inglaterra...e ficarei sofrendo...”
Levantou-se e começou a fazer os trabalhos da faculdade. Estava inspirada; parecia que as palavras brotavam, que o pensamento estava mais afiado. Ficou feliz com o resultado. Assim que enviou ao professor, resolveu ir regar as flores. Tinha se esquecido disso. Levantou da cadeira e foi até a janela. Logo ouviu uma gritaria feliz. De crianças. Viu todas correndo atrás de Eriol. Foram até a sala de música. Lá, 7 crianças pulavam ao redor de Eriol, que dava risada. Ao vê-la, gritaram:
- Daidoji-sensei!!!
- Ohayo!
- Ohayo gozaimassu!
Tanaka, uma das meninas, não se conteve:
- Hiiragizawa-sensei vai nos dar aula hoje?
- Vai sim... mas não pensem que vai ser sempre, ahn? E tratem de se dedicar, pois ele é um compositor famoso.
- E vamos começar, sim? - Eriol puxou todos para dentro – temos que mostrar todo nosso talento a Daidoji-sensei!
- Haaaiii!
Assim que terminou de regar as plantas, Tomoyo viu as crianças correrem abraçá-la. Logo todas tinham ido embora, deixando Eriol sozinho na sala.
- Sol, sol, lá, si... Ah Tomoyo! Que energia que eles tem!
- Arigato Eriol. Fiquei feliz por ter cuidado deles. Agora vou falar com Sakura e...
- Não precisa. Já definimos tudo. O jantar de sua mãe também estará pronto, assim como as roupas. E as visitas também. Só falta arrematar os vestidos. Mandou os trabalhos?
- Sim.
- Ótimo. Vou terminar o que falta.
Vendo ela sorrir mansamente, ele se aproximou dela e beijou sua face aveludada. Ela corou na hora.
- Vá se trocar. Logo os amigos de sua mãe vão chegar.
- Hai...
E sorriu feliz.
Para não atrapalharem o jantar de negócios, Tomoyo e Eriol jantaram em outra sala. Ele a fez rir muitas vezes, contando de sua vida na Inglaterra, e de suas viagens.
- Queria também viajar assim...
- Vou levá-la! Só precisamos sair de fininho... Senão vão nos ver...Vamos?
- Onde?
- Vamos!!!
Saíram escondidos em direção ao Parque Pinguim. Ela desatou a rir. Estava completamente diferente da Tomoyo de antes. Cheia de vida. Pararam na ponte sobre o rio.
Ele estava encantado. Ela era linda, cheia de idéias, sensível, inteligente...
- Trouxe esta garrafa de vinho! Vamos brindar!
- Eriol!
- Um brinde a nossa viagem futura!
- Kampai (*modo de brindar entre japoneses)
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Ao erguer seu copo, Tomoyo sem querer o quebrou. O sangue começou a escorrer.
- Ai que vergonha. Desculpe eu...
- Deixe eu ver...
Ele limpou com a camiseta. Ela nem respirava. Quando terminou, ela estava vermelha. Ele não soltou a mão. Sentiu seu sangue disparar em suas veias. Devagar, aproximou a mão de seus lábios e a beijou.
- Para que sarem depressa...
- Eriol...
Ele fitava seus olhos. Brilhantes. Num impulso, ele a puxou e a beijou.
Que lábios! Ele não queria solta-la. Estava enfeitiçado. Ela retribuía brandamente. Quando a soltou, ela olhava fascinada para ele. Estava tão radiante... Ele sorriu. E voltou a beijá-la.
Teria algum dia se sentindo assim? Tão feliz?
“ - Eriol...
- Quem é você?
- Liberte...
- Quem é você????
- Liberte a mágoa...liberte...”
Acordou espantado. Quem era ela? Libere a mágoa? Como assim?
Foi ao jardim. Precisava de ar. Escutou som de piano. Ela estava tocando.
Chegando perto, ele ouviu Tomoyo cantar a mesma música de antes. No entanto, estava inspirada. A voz se sobressaía, a emoção brotava de seus lábios. Ela tocou e cantou sorrindo. O amor que inspirava...
Ele ficou ali, escutando. Quando ela terminou, ele bateu palmas, assustando-a.
- Eriol!
- Magnifico! Vai cantar esta musica no casamento?
- Vou sim...
- Neste caso, acho que mais casamentos vão surgir desta festa...
Ela desatou a rir.
- E com isso você vai vir mais vezes ao Japão...
- Não vai ser preciso – ele sentou num banco – acho que não vou à Inglaterra.
Os olhos dela brilhavam.
- Mas você não...?
- Não preciso ficar lá. Administro minhas coisas por aqui.
Ela sorriu abertamente.
- Que bom!!!
Ele levantou e se aproximou dela, deixando-a vermelha.
- Não posso mais voltar...
Ela baixou os olhos. Ele a abraçou.
CONTINUA...
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