As Aventuras dos Marotos
Capítulo 36 - Tristeza Lupina
Cena 1 – A confissão
Vivian aguardava a anfitriã no salão de espera, seu coração estava dolorido pela notícia que a trouxe até ali. A porta se abriu e uma mulher pálida, de cabelos negros, ainda uma mulher muito bela, porém de semblante sofrido entrou.
- Morgana! – abriu os braços para envolver a amiga num abraço forte.
- Oh Vivian. Por que o meu Joshua? – ela soluçou. – O médico nos desenganou. Se ele se for... como viverei sem ele? Remo... Por Merlim! Preciso avisá-lo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Não se preocupe, Morgana – amparou-a nesse momento difícil. – Edward já foi buscar as crianças.
- Crianças?? Mas eu só tenho Remo – ela disse atordoada. – Ele é tudo que me restará na vida.
- Remo e James, meu filho também virá, Morgana – levou-a para o sofá e se sentaram.
- Claro, onde estou com a cabeça – tentou controlar suas lágrimas. – Deve ser um jovem garboso... e valoroso, uma mistura de vocês dois - sorriu forçadamente querendo vencer a tristeza.
- Ah! Mas Remo é exatamente igual a Joshua – segurou a mão dela. – Você deve se orgulhar dele.
- Sim, é doloroso ver como ele é parecido com o pai e saber, que ele não terá um futuro e tudo por causa de uma briga antiga e estúpida – ela disse cheia de ódio. – Eu jamais o perdoarei.
- Mesmo sendo Fenrir seu irmão? – suspirou saudosa. – Nós éramos todos amigos.
- Ele já não é mais meu irmão, tornou-se um monstro sanguinário que não se importa nem com a família depois que conheceu aquele homem – ela desabafou.
- De quem você está falando? – disse assustada com o a intensidade das emoções de sua amiga.
- Tom Riddle.
- Riddle? Nós o conhecemos? – tentava lembrar de algum ex-aluno com esse nome. – Acho que não me lembro.
- Não sei se ele foi aluno – suspirou cansada por guardar segredo há tanto tempo. – Ele se intitula Lord Voldemort.
- Morgana, o que está me dizendo? – disse chocada – Fenrir está envolvido com Lord Voldemort?
- Sim, ele se afastou gradativamente da família e sumiu por muito tempo, até aquele dia em que chamou Joshua para uma conversa fora daqui e ele levou Remo consigo – ela disse tristemente. – Encontramos Joshua quase à morte... Tentamos de tudo para salvá-lo por todos estes anos e ele não se recuperou, agora vou perdê-lo definitivamente, Vivian.
- Oh! Morgana – não havia palavras de consolo. – Você tem Remo.
Vivian sabia que nada consolaria a amiga, ela mesma não saberia aceitar perder Edward, se tiverem que morrer... teria que ser junto.
- Temo por meu filho todas as vezes que ele se transforma – disse com o olhar assustado. – Ele fica tão diferente, mas então quando passa e vejo aqueles olhos de reconhecimento, eu agradeço por ele estar vivo. Vivian, não sabemos a extensão do que Fenrir fez... ele não poderá ter uma vida normal, se apaixonar, casar, ter filhos... você entende?
- Entendo sua preocupação, mas não concordo – pensou tristemente em Remo e Andrômeda. – O amor às vezes supera muita coisa.
- O que você está sabendo, que eu não sei? – perguntou surpresa. – Ele está apaixonado por uma menina? O meu Remo?
Vivian se calou momentaneamente.
- Aguardemos que ele lhe diga, Morgana – ela decidiu esperar por Edward enquanto fazia companhia para sua amiga.
Cena 2 – A Notícia
A Professora McGonagall os interceptou quando eles caminhavam pelos corredores da Grifinória.
- Potter! Preciso que me encontre Lupin – disse com seriedade. – Ambos precisam estar na sala de Dumbledore imediatamente.
- Professora McGonagall, o que houve? – Lílian perguntou apreensiva.
- Notícicas tristes, minha menina – ele lamentou. – Principalmente para o jovem Lupin. O pai dele está agonizante, não passará desta noite.
- Por Merlim! – James apressou o passo, puxando Lílian. – Eu sei onde encontrá-lo, estaremos lá Professora McGonagall.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!James e Lílian corriam de mãos dadas à procura de Remo, ele deveria estar namorando Andrômeda no laguinho, mas eram notícias tristes que levavam ao amigo. O casal encontrou Andrômeda na ponte, mas sozinha. Lílian estava ofegante e com dificuldade para respirar por causa da corrida.
- Andy! Onde está Remo? – James perguntou querendo recuperar-se. – Precisamos encontrá-lo. É urgente!
- Ele foi colher algumas flores para mim, não é um encanto? – Andrômeda disse sorrindo, ainda sem perceber a gravidade. – Lá está ele – acenou.
- Andy, amiga – Lílian segurou sua mão. – Você vai ter que ser forte e acho melhor ela dar a notícia, James. - Lílian contou o que estava acontecendo e Andrômeda empalideceu, mas concordou em ser a portadora dessa notícia tão triste para seu amado.
James e Lílian viram a amiga se aproximar de um Remo sorridente e abraçá-lo, enquanto dava a notícia para ele. Remo a abraçou de volta, como se Andrômeda fosse sua tábua de salvação naquele momento e desabou de joelhos, o amigo chorava nos braços dela. James abraçou Lílian, ela chorava por Remo. Eles precisavam dar tempo para o amigo se recompor.
Cena 3 – A Curta Viagem
Após passar pela gárgula Remo e James chegaram diante da porta da sala do Diretor, bastava bater e entrar, mas Remo parecia estar paralisado. James bateu levemente no ombro do amigo.
- Vamos? – Encorajou-o – melhor entrarmos.
Remo abriu a porta, Dumbledore os aguardava, ele estava de costa conversando com outra pessoa.
- Pai? – James o reconheceu. – Que está fazendo aqui?
- Vim buscá-los – olhou atentamente para Remo. – Precisamos ir.
Remo apenas aquiesceu, eles caminharam para a lareira quando a porta se abriu intempestivamente.
- Remo! – Sirius entrou primeiro acompanhado dos outros amigos – Queremos ir junto, Sr. Potter.
- Sinto muito! – balançou a cabeça em negativa. – Não há mais tempo. Despeçam-se aqui.
Sirius aproximou-se de Remo dando um forte abraço. Petter, Lílian e Marlene não contiveram as lágrimas enquanto faziam o mesmo com o amigo. James e Lílian apenas se olharam num entendimento mudo.
- Está tudo bem – Remo disse apático. – Não se preocupem. Eu volto logo – olhou para Andrômeda enquanto falava.
Andrômeda o abraçou e ele lhe devolveu o abraço, pois ela era um bálsamo para sua dor.
- Eu te amo, Remo – ela sussurrou para que só ele ouvisse – estarei com você onde estiver.
Remo a afastou e beijou-lhe cada uma das mãos antes de entrar na lareira. A última visão que teve foi de Dumbledore, ele não moveu os lábios, mas ouviu-o dizer: - Coragem, meu rapaz.
Cena 4 – O Adeus
- Entrem em duplas para não cansá-lo – o médico disse com autoridade. – Ele quer falar com os Potter primeiro.
Edward e Vivian adentraram o quarto, caminhando até o leito. Joshua outrora tão bonito e vivaz jazia pálido.
- Joshua! – Vivian murmurou, lágrimas corriam soltas por ver o amigo debilitado.
- Vivian... sempre tão formosa – ele disse com dificuldade. – Não conte... para Morgana ... que lhe disse... isso.
- Você sempre quis roubá-la de mim – Edward brincou – mas nunca conseguiu, não é mesmo?
- É verdade... – pareceu relembrar os bons tempos, mas seu semblante ficou sombrio. – Ed, vocês... precisam... tomar cuidado – e após recuperar o fôlego – os bruxos... correm perigo... vocês correm... perigo.
- Shhh! Não fale – Vivian apertou a mão dele. – Guarde suas forças para sua família.
- Não... – alterou-se apertando as mãos de Vívan. – Preciso falar... ele é perigoso.
- Quem? – Edward indagou – Fenri?
- Aquele... que... eles chamam... de Lorde das Trevas – Joshua respirava com dificuldade. – Naquele dia... Fenri quis... que me juntasse a ele... eu não aceitei e... ele não titubeou em atacar... a mim e... Remo... Logo Fenri, que sempre adorou Morgana... cuidado... Fenri... não é... mais... humano.
- Pare! – Vivian implorava e olhou zangada para Edward – ele deve descansar.
- Não... por favor...- Joshua suplicou – chamem... Remo. - Os Potter saíram pesarosos.
- Seu pai quer vê-lo – Edward disse pegando firmemente no ombro de Remo.
- James? – Remo empalideceu. – Você entra comigo?
- Claro – James pressentiu que o amigo estava para desmoronar. – Vamos lá. – Ele abriu a porta para Remo entrar e ficou aguardando, enquanto o amigo se aproximava do pai.
- Filho... – Joshua levantou a mão e Remo o agarrou firmemente.
- Pai! – não conseguiu evitar as lágrimas que escorriam de sua face. – Não nos deixe... precisamos de você... eu preciso de você.
- Não tanto quanto eu... meu filho. – Joshua estava mais do que emocionado – se pudesse... nunca partiria, não assim...- ele continuou mostrando toda sua agonia e preocupação. – Remo... tome cuidado. Nunca mais confie... em Fenri Lobo Greyback... pormeta-me – ele apertou-lhe a mão – nada do que lhe diga... nada mais fará... nenhuma diferença...
- Eu prometo pai, que nós acertaremos as contas – Remo disse pontuando cada palavra com ódio mortal – por tudo que nos causou.
- Não... – Joshua sussurrou enfraquecido e seu olhar temeroso – eu quero... você vivo – apertou novamente a mão de Remo – vivo...entendeu? – ele repetiu – entendeu?
- Está bem, pai – Remo disse para tranqüilizá-lo e limpou as lágrimas. – Eu entendi.
- É... seu amigo? – Joshua percebeu James parado junto à porta. – Filho de Ed... e Vivy, com certeza.
- Sim, um de meus melhores amigos. E eu queria tanto te apresentar os outros... – Remo suspirou. – Há o Sirius, que nada tem da família Black. O pequeno Peter, que é um medroso, mas não deixa de ser amigo. Marlene, a controladora, que é namorada do Sirius. Lílian é trouxa, mas muito inteligente, ela é a namorada do James. E Andrômeda... é um encanto... e...
- E... sua namorada – Joshua completou ao perceber o brilho nos olhos de seu filho. – Perdi... muita coisa... e... vou perder muito... mais. Agora preciso... ver... sua mãe. - Remo se levantou, mas antes que se fosse Joshua lhe disse –Eu... te amo – estava muito fraco – jamais... se esqueça disso – ele respirava com dificuldade.
- Eu também te amo, pai – Remo disse transtornado pela dor enquanto saia para dar lugar para a mãe.
Morgana fraquejou, nunca o espaço entre a porta e o leito parecera tão longo.
- Meu amor... – Joshua disse com tristeza no olhar. – Eu sempre... te amei... desde o primeiro dia... em que me esbofeteou... por aquele... beijo... roubado.
- Você sempre foi muito cheio de si e o está sendo novamente, se pensa que vou sofrer quando se for...– as palavras contradiziam seu sofrimento e Morgana soluçou. – Eu te odeio por partir sem mim.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Então... não vou... me preocupar... – tentou sorrir, mas não tinha mais forças para isso. – Você... encontrará outro... vai sobreviver... sem mim.
- Tolo! – Morgana beijava o rosto querido – não quero mais ninguém, fique comigo Joshua. Eu te amo muito, preciso de você...comigo – ela disse num fio de voz.
- Eu venci... pois te amarei... – respirou o último sopro de vida, antes de partir – por toda a eternidade.
- Josh? – sentiu uma dor dilacerante e por um momento pensou que talvez pudesse partir junto com ele – NÃO! – gritou inconsolável – Não parta sem mim.
Remo entrou no quarto e via a mãe batendo no pai já sem vida, ele controlou sua própria dor para agarrar a mãe e abraçou-a para que parasse de se debater.
- Mãe, eu estou aqui. – Remo disse firme – Nós venceremos.
Morgana finalmente deixou de lutar e chorou todo seu desalento nos braços do filho. Os Potter sofriam pela dor de perder um ente querido e assistir a dor dos amigos.
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