As Aventuras do Pequeno Eryk

59 – Outro Ataque Súbito


— T-t-t-t-tem o mesmo tamanho... – Observou Junior pasmo, assim como seus amigos.

— E-e é bonita que nem ela. – Comentou Luane reparando suas feições no rosto encontrando certa semelhança.

— Mas o cabelo é rosa. – Afirma Diego após olhar para ela bem, descartando a possibilidade de que Ângela é a Garota Borboleta.

— Â-Ângela! Querida! Será que podemos ter uma palavrinha com você? – Falou Jessy convincente ao se aproximar da garota.

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— Claro! – Aceita Ângela com um sorriso encantador.

Diego estava tão pasmo que anda em volta da garota no intuito de analisá-la. Era tão exagerada a maneira que fazia isso que Junior e Jeová tiveram que interferir, ficando na frente do outro, criando uma pequena baderna silenciosa.

— Então... – Começou Jessy abraçando o braço esquerdo de Ângela após Luane fazer o mesmo com o seu braço direito e puseram a andar sem rumo. – Por um acaso... Assim... Você...

— Não tem nenhuma relação com a Garota Borboleta? – Conclui Luane terminando a frase de Jessy.

— Não meninas. Infelizmente não. Ai... seria tão incrível ser uma heroína que nem a Garota Borboleta... – Responde Ângela suspirando sonhadora. Jessy e Luane se entreolham atrás de Ângela mexendo a boca sem sair um único som, como “Ela não me engana” ou “Qual é! Duvido que seja ela”.

— Cambada, só tem um jeito de saber. Ei Eryk, chega seu nariz nela para vê se reconhece seu cheiro. – Jeová falou como se fosse a coisa mais normal do mundo. O garoto pegou atrás do pescoço de Eryk e o joga de leve até na Ângela. O pequeno Eryk consegue parar a tempo antes de cair em cima dela.

— TÁ MALUCO JEOVÁ?! – Brigou Eryk virando para seu amigo.

— Ah, não! – Ângela do nada paralisa na calçada, se lembrando de alguma coisa. – Gente, eu tenho que ir. Preciso ajudar minha mãe com algumas coisas num passeio da escola que vai ter nesse final de semana. – Explicou à ruiva antes de ir.

— Que passeio? – Pergunta Junior curioso fazendo a garota retornar.

— Inaugurou um museu em Belém. E parece que um cientista famoso daqui vai retornar de viagem depois de tanto tempo fora da cidade e... – Dizia Ângela até Jessy interrompe-la com euforia.

— O SENHOR MAURO CAVANHAQUE VAI ABRIR UM MUSEU!? – Berrou a menina com os olhos brilhando para Ângela.

— É... sim... acho que é esse o nome. – Respondeu Ângela não se recordando bem do nome. Mas isso não impediu Jessy de pular de alegria.

— AAAAAAH! NÃO POSSO ACREDITAR! Pessoal! Vocês também estão mega empolgados pro final de semana que nem eu? – Pergunta Jessy agindo como uma verdadeira fã.

— Eu não. – Falou Junior.

— Nahah. – Balançou a cabeça Luane sincera para a sua amiga.

— É ruim, hein. – Responde Jeová.

— Quem é esse? – Pergunta Eryk boiando.

— Eu vou embora. Fui! – E Diego abandona o local vendo que a conversa ficou chata pra ele.

— Como assim vocês não conhecem o Mauricio? Ele está ajudando a Floresta Amazônica usando suas idéias e invenções inovadoras! E tudo isso sem prejudicar o meio ambiente. E o melhor de tudo: ele é PARAENSE! – Destacou Jessy fazendo uma breve explicação.

— Exatamente! É por isso que o nosso grupo a favor do meio ambiente está fornecendo o museu em troca de patrocínio para ajudar a expandir seu conhecimento através do passeio nesse final de semana. Se quiser, posso levar você para conhecê-lo, Jessy. – Complementou Ângela convidando sua amiga.

— Tá falando sério?! É O MEU SONHO! Onde eu assino?

— Xihhhh... – Manifestou Junior fingindo não gostar só para ver a reação de Jessy.

— Fica quieto! – Jessy girou a cabeça para o garoto o fuzilando com o olhar.

Enquanto isso...

Rebeca, Zero e Isa seguiram Austin até sua casa para postar o vídeo do mico do Eryk na internet. Os quatro entram no quarto do albino para iniciarem a diversão maléfica deles.

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— Cadê o Diego? – Pergunta Rebeca sendo a única até agora que reparou a ausência do garoto.

— Deve ter se perdido. – Responde Zero como se não fosse nada demais. O garoto se joga na cama de Austin e fica deitado de lado para seus companheiros.

— Se perdeu de novo?! Ele estava com a gente! – Alegou Austin incrédulo. Não importava se estava sozinho ou não. Quando se trata da casa de Austin, Diego sempre se perdia pelo caminho.

— Quem liga pra ele! – Cansou Isa. – O que você está fazendo Austin? – Perguntou querendo saber o que Austin pretendia ligando o seu computador.

— Não é obvio? Vou postar o vídeo na internet, ué. – Responde o albino conectando o cabo USB do celular para o computador.

— Não tem nada melhor, não? – Ralhou Isa com as mãos na cintura.

— É...! – Concordou Rebeca, fazendo Austin e Zero olharem para elas estranhando essa atitude. – Deveria fazer umas montagens bem zoadas! – Sugeriu a pequena dançarina.

— Até que não é uma má idéia... Vou fazer! – Topou Austin já abrindo o programa de montagem de imagem e vídeo em seu computador. Zero se empolgou tanto que ele sai da cama e aproxima sua cara na tela do computador ao lado de Austin, animado.

— Coloca uns chifres! Não, não! Uma meleca escorrendo no nariz, olhos e nas orelhas também! – Sugeriu Zero.

— Pode deixar haha. Esse Eryk está frito na nossa mão. Como se não bastasse nascer feio como é, ainda vai ter que atura a gozação da escola inteira rindo da sua cara! – Comentou Austin se divertindo com a sua própria maldade.

Mas assim que acabou de falar, seu computador pega um curto circuito terrível do nada e explode na cara do albino.

— MAIS O QUE FOI ISSO?! – Berrou o albino após se recuperar do choque.

— Opa... – Isa encara Austin sem jeito ao lado de um copo de refrigerante derramado na tomada.

— O QUE VOCÊ FEZ SUA TONTA!? – Ralhou Austin tentando achar uma maneira de salvar o computador, ou pelo menos fazê-lo pegar de novo.

— Eu coloquei o refrigerante aqui e... – Tentou explicar a menina.

— ÓTIMO! Perdi todos os meus arquivos salvos! Inclusive o vídeo! Argh! Era só o que me faltava. – Se queixava Austin estressado de raiva.

Algum tempo depois...

O final de semana finalmente chegou. Somente os que estavam interessados no evento que pediram a permissão de seus pais para o passeio escolar, como Eryk e seus amigos. Enquanto outros não toparam devido a se negar a sair num final de semana (como um certo grupinho de cinco garotos).

Jessy foi a primeira a adentrar no local com os olhos brilhando de alegria. Parecia uma criança fascinada com vários brinquedos a sua disposição na loja. Porém, embora Jessy ainda fosse uma criança, ao invés de brinquedos eram várias invenções tecnológicas que a garota nunca tinha visto antes, o que era motivo de tamanha felicidade.

— Eu não acredito! Isso é um aparelho de exercícios brutais! Aqui diz que foi criado pensando na idéia de invés de criar uma maquina que substitua o homem, na verdade ajuda nos exercícios de pessoas musculosas para fortalecer ainda mais sua eficiência em qualquer tipo de serviço! Oh e esse aqui! Uma roupa de mergulho com oxigênio embutido! Diz aqui que ele absorve oxigênio só de estar exposto no ar e carrega como bateria! Tem até um relógio-medidor no pulso! Ah e esse aqui...! – Jessy ia pra lá e pra cá conferindo cada invenção inovadora, enquanto seus amigos apenas assistiam.

— Ela adora mesmo essas coisas, hein. – Comentou Jeová.

— Será que esse lugar tem alguma invenção que a gente possa brincar? – Questiona Junior vendo que todas as invenções expostas para o publico que viu até agora tinham uma placa cada uma dizendo “não toque”.

— Eu queria que tivesse uma invenção que arrumasse o meu cabelo em menos tempo... – Dizia Luane dando uma pequena escovada em seu cabelo loiro para deixá-lo um pouco mais arrumado para a ocasião, como se não estivesse o tempo inteiro.

— Bem que poderia ter uma praça de alimentação. Eu estou com tanta fome... – Falou Eryk com a mão na barriga.

— Ângela, nem sei o que dizer! Muito obrigada por me proporcionar essa visita! – Jessy vai até a ruiva e a agradece toda feliz.

— Eu não fiz nada amiga. Foi minha mãe e todos que colaboraram com o meio ambiente que tornou isso possível. Graças ao esforço deles que a nossa comunidade cresceu, ganhou voz e é por isso que estamos aqui. – Explicou Ângela.

— E quando o Dr. Mauricio vai começar a sua palestra? – Pergunta Jessy ansiosa.

— Daqui a pouco na verdade. Olha! Parece que já vai começar! – Apontou Ângela para o centro do museu, onde um enorme palco chamava a atenção de todo o publico com uma cortina de fumaça.

— PARA TODOS QUE ARRANJARAM UM TEMPO NA SUA AGENDA, O MUSEU AGRADECE A SUA COMPANHIA. AGORA, CONHEÇAM O HOMEM QUE ESTÁ INICIANDO SUA REVOLUÇÃO NA HUMANIDADE! UMA SALVA DE PALMAS PARA O DR. MAURICIO CAVANHAQUE! – Anunciou o alto falante, com um circulo abrindo um buraco no chão, saindo dele o homem chamado Mauricio.

Mauricio possuía cabelos negros, com um certo tom azulado. Seus olhos eram amarelos, quase dourados. Cor de pele natural, feições belas em seu rosto, e trajava o tradicional uniforme de doutor, só que diferente do branco habitual, a cor era azul marinho, dando uma postura madura para o homem, porém era o seu sorriso simpático que contagiava todo o seu publico.

— Não acredito... é ele... – Falou Jessy encantada de ver o seu ídolo bem na sua frente. Mas ao olhar mais um pouco para cima, mais precisamente para o teto enorme do local, ela encontra uma espécie de invenção que não esperava encontrar em um lugar como esse.

— Saudações senhoras e senhoras. Eu me chamo Dr. Cavanhaque. Agora começa a palestra sobre o meio ambiente, sugerido pelos bravos ambientalistas da Amazônia que estão presentes aqui, uma salva de palmas! – Dizia o homem fazendo o publico baterem palmas para o grupo de Ângela e sua mãe. – Agora, vamos iniciar a sessão de perguntas. Alguém quer começar?

— Uh! Eu! Eu! Eu! – Jessy logo levanta a mão ansiosa.

— Você! Minha bela garotinha! Diga em que está curiosa. – Pediu o doutor apontando para Jessy.

— AH EU NÃO ACREDITO! ELE FALOU COMIGO! Não Jessy! Se controla! – Jessy acaba perdendo o controle por um segundo da sua empolgação mas logo se recupera após dá um tapa em si mesma. – Bom, primeiramente eu gostaria de revelar que sou sua maior fã.

— Sério? Quem diria. – Brincou Junior até receber um belo pisão em seu pé fazendo o garoto ficar pulando de dor enquanto segurava com as duas mãos o local atingido.

— Como eu ia dizendo até o meu amigo interromper... – Prosseguiu Jessy querendo a morte de Junior. Mas logo mudou completamente a compostura ao dirigir a palavra a Mauricio. – Sou fascinada com o seu trabalho desde que inventou a ponte elevadiça elétrica acabando com o engarrafamento de barcos e veículos moveis.

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- Muito bem observado minha cara. – Interrompeu Mauricio impressionado – Fico lisonjeado com uma garotinha tão pequena e bonita como você conhecer tanto sobre o meu trabalho. Mas prossiga.

— Então, sempre fiquei encantada com as suas obras porque cada uma delas sempre é voltada para melhorar a eficiência do ser humano, e não facilitar ou substituir como a maioria sempre é inventada.

— Muito obrigado. Realmente penso que as invenções deveriam melhorar o ser humano, e não tomar o seu lugar. Assim ele evolui mais sem ir contra as leis da natureza ou os ensinamentos do nosso senhor. E dito isso, qual é a sua pergunta? – Destacou mais uma vez o doutor como uma forma de esclarecer para o publico o seu trabalho, mas agora dando sua total atenção para a morena gênio.

— Então, eu estou curiosa com uma coisa... – Falou Jessy apontando para o alto. – Aquele tipo de invenção não parece com nenhum outro com que o senhor está habituado a trabalhar. Foi o senhor que inventou aquilo?

Jessy se referia a uma espécie de criatura pendurada no topo do centro do local. Tinha uma cabeça de largado, um rabo e quatro patas, e todos feitos de metal.

— Eu não inventei aquilo.

Quando Mauricio disse isso, os olhos da coisa ascenderam um verde. O lugar todo começa a estremecer de repente até o terraço de vidro se espatifar, mostrando o robô rugir ganhando vida.

— TODOS EVACUEM O LOCAL! – Gritou Mauricio preocupado com a multidão. Ninguém pensou duas vezes para fugir dali o mais rápido possível. Menos cinco garotinhos, que correm para encarar o robô.

— Que bicho é esse?! Um largado com asas? – Se pergunta Junior.

— Junior! Um largado com asas não é um largado. – Dizia Jessy, enquanto o robô abre a boca na direção deles com fumaça saindo dentro. – É UM DRAGÃO!

O dragão robótico lança chamas por todo o local. Eryk e seus amigos pulam para o lado desviando do ataque com sucesso.

— Droga! Vamos ter que encarar isso. – Afirmou Eryk pronto para enfrentar o dragão ao lado de seus amigos.

Continua...