As Aventuras do Pequeno Eryk

05 – A Casa na Árvore


O final de semana finalmente chega para Eryk e companhia. Era de manhã na casa de Eryk. Todos estavam se arrumando para tomar seu café da manhã naquele momento.

Quando finalmente estavam prontos, a mãe de Eryk manda seu marido comprar pão, que era essencial naquela hora do dia. E Eryk foi acompanhado de seu pai até a padaria, enquanto Jessy ajudava sua tia na cozinha.

Na padaria, normalmente, Eryk sempre observava todos aqueles pães e doces que ficavam naquela vitrine que sempre o deixava com água na boca. Mas dessa vez, Eryk estava no lado de fora encostado na parede, esperando seu pai sai daquela fila enorme que ia até a porta. Se ele ficasse lá dentro, o cheiro só o deixaria com mais fome ainda.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Espero que ele não demore. Eu to morrendo de fome! – Dizia Eryk passando sua mão na barriga de tanta fome que sentia.

Nesse momento, uma menina se encosta na parede, um pouco afastada de Eryk. Ela tinha uma pele morena clara, cabelos castanhos claros e usava uma blusinha que deixava seu umbigo a amostra e um casaco. Usava também um short jeans, sapatos que pareciam botas para Eryk e pulseiras que pareciam ser feitas de pano em seus braços (não sei o nome dessa bagaça).

Era bonita e parecia ter a mesma idade que Eryk. Quando ele a viu, tentou se aproximar dela para conversar e se distrai um pouco.

– Oi tudo bem? – Dizia o garoto simpático.

Mas a garotinha só bufa como resposta.

– Você também está esperando o seu pai sair da padaria? – Eryk pergunta simpático outra vez. Tentando fazer a garota falar com ele.

– E você com isso?! – A menina fala mal-humorada. Incomodada com o garoto.

– O que aconteceu? Parece que você acordou com o pé esquerdo hoje! – Pergunta Eryk tentando saber se era ele ou outra coisa que tinha a deixado assim.

– E isso é da sua conta?! – Falava a garota perdendo a paciência.

– Nossa! Eu venho aqui, de boa, e você me trata assim! O quê que eu te fiz hein? – Eryk pergunta. Ele só estava querendo ser amigo. Mas a garota parecia não ter ido com a cara dele.

– Ah sai daqui garoto chato! – Manda a garota aborrecida.

– Credo, eu hein! – Resmungava Eryk.

– Vamos filha? – Dizia um Homem chegando com algumas sacolas cheias de pães, doces e refrigerantes que tinha comprado na padaria.

– Vamos Papai! – Dizia a garota toda sorridente. Nem parecia a mesma garotinha emburrada de antes.

– Foi bom conversar com você também hein! – Fala Eryk sarcástico. Tentando chamar a atenção do homem e da garota.

– Amigo seu filhinha? – O pai da garota pergunta.

– Hã? Ah não. Ele não é nada. – Falava a garota tentando ignora Eryk.

– NADA? MAIS QUE MENINA CHATA! – Briga Eryk, bravo.

– Vamos, se não vamos nos atrasar para a viagem. – Dizia o homem segurando sua filha pelo colo. Assim que ele fica de costas para Eryk, a garota mostra sua língua, o provocando. Eryk se enfurece, serrando os dentes. Os dois entram em um carro esportivo vermelho e vão embora.

– Eu hein, nunca tinha visto uma garota tão chata! – Dizia Eryk se encostando na parede novamente.

– Vamos Eryk?! – Seu pai pergunta. Saindo da padaria com uma sacola cheia de pães.

– VAMOS! Café da manhã AQUI VOU EU! – Responde Eryk todo animado.

Algum tempo depois...

Após o café, Eryk e Jessy foram na casa de Luane, Jeová e Junior para chama-los para brincar. Como Luane tinha ido na casa de Eryk no dia anterior, ela tinha dito para Jessy onde morava. E Eryk sabia onde Jeová e Junior moravam por ter passado na casa de cada um depois da aula antes.

Agora, eles estavam indo em uma mata que tinha perto do bairro. Segundo Junior, ninguém ia para lá. E não tinha relatos de ser perigoso passar por aquela área. Então poderiam brincar a vontade.

– Ei gente! Olha pra aquela árvore enorme! – Dizia Junior apontando para uma bela árvore.

– Bem que a gente poderia amarra um pneu nela para brincar! – Sugeria Jeová e Junior concorda.

– Pneu? Ah não! Pneu não. A gente poderia brinca de outra coisa nela?– Perguntava Luane.

– Já sei o que então! – Dizia Eryk tendo uma idéia.

– O que? – Pergunta Jessy.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– O que acham de nós construirmos uma casa na árvore? – Pergunta Eryk esfregando suas próprias mãos uma na outra, empolgado com a ideia.

– Bora! – Dizia Jeová concordando.

– Oba! E a gente poderia brincar de casinha! – Dizia Luane toda animada.

– Legal! - Concorda Jessy toda empolgada com a ideia da amiga.

– Ah não! Casinha não! – Protesta Junior.

– Se for pra brincar de casinha to fora! – Jeová fala.

– Eh-então vamos fazer o seguinte... – Começa Eryk. – A gente constrói a casa e depois vamos ver isso, tá?

– Tá bom! – Todos falaram chateados e preocupados. Os meninos com a ideia das meninas e as meninas com o que os meninos poderiam fazer.

– Ainda bem que eu inventei isso! – Dizia Jessy com um tipo de robozinho em sua mão. Que tinha acabado de pega daquele estojo sem fundo dela.

– Mais uma invenção Jessy? E isso faz o que? – Pergunta Eryk.

– Esse é o Mecânicobô! Ele é um robô concerta-tudo que pode nos ajudar na construção da casa. – A garota explica enquanto o deixa no chão.

O robozinho era do tamanho dos joelhos de Jeová e suas pequenas garras abriam e fechavam às vezes. Tinha olhos de faróis de carro de brinquedo e uma boca que qualquer robô de brinquedo tem. Seus pés eram rodas que lembravam um trator de construção (daqueles que tem um gancho).

– Isso ai é um robô mecânico? Parece até o meu robô pisca-pisca de lá de casa. – Comentava Junior se lembrando de seu brinquedo.

Os olhos do robozinho piscaram um vermelho e soltava fumaça. Ele não gostou do que acabou de ouvir. Então, ele se aproxima de Junior e agarra o seu pé de leve.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!! – Junior grita. As garras do robozinho eram pequenas, porém, afiadas o bastante para só um toque causar uma dor extrema.

– Bem feito! Quem manda fala mal do meu robozinho? – Dizia Jessy abraçando sua invenção.

– BEM FEITO? MEU PÉ TÁ LATEGANDO E VOCÊ FICA COM PENA DO PEDACINHO DE LATA AÍ?! – Fala Junior incrédulo enquanto mostrava seu pé vermelho de dor, latejando.

O robô mostra suas garras novamente para Junior que fica nervoso de medo.

– B-bem, quer dizer, robozinho amigo, camarada, chara, hehe... – Falava Junior sem jeito e atrapalhado, com medo de levar outra garra da invenção da amiga.

Todos riem da situação. Depois que tudo se acalma, Eryk fala que acha melhor Jessy só usar o Mecânicobô quando for necessário corta alguma coisa. Jessy no início fica contra. Achava melhor usa-lo logo de uma vez para acabar logo com isso. Mas depois que Eryk explica que é melhor assim porque todos trabalhariam juntos e o esforço de cada um traria um orgulho de sucesso e vitória no final, ela se entrega e todos começam a obra.

Eryk cuidava de trazer as ferramentas necessárias e ajudava Junior e Jeová no que pudesse com o trabalho pesado. Enquanto Jessy cuidava da quantidade de madeira, do espaço da árvore e calculava os ângulos e tudo aquilo que fosse complicado para qualquer um. E Luane ficou encarregada de trazer tintas e acessórios para enfeitar a casa.

Passaram-se dias e a amizade dos cinco só tende a aumentar. Todos já se conheciam muito bem e não ligavam mais para qualquer diferença que surgisse entre eles. Enquanto a obra, todos se encontravam depois da aula na mesma mata para fazer a sonhada casa da árvore. Até que acabaram de fazer a construção. Só faltava pintar e enfeitar. Mas surge um problema.

– Vamos pintar com a cor amarela e usaremos flores como enfeite. – Dizia Luane.

– Amarelo? Flores? Ah não! Tem que ser azul marinho e bolas de futebol como enfeite isso sim! – Dizia Junior discordando da amiga.

– Verde escuro com algumas caveiras e fim de papo! – Dizia Jeová como se estivesse encerrado o assunto.

– PODEM IR PARANDO! – Dizia Jessy, chamando à atenção de todos. – Quem deveria decidir isso mesmo é a pessoa que teve a ideia de fazer uma casa entãaaaaaaaao... – E seu olhar se desvia para o primo e todos fazem o mesmo.

– Hã? Eu? – Eryk pergunta surpreso. Não esperava que fosse ele a resolver isso. Mas as coisas não seriam tão boas como imaginou.

– ERYK, compadre, chara, você vai quebra essa pro seu brodi não é? – Falava Junior na tentativa de convencer o amigo.

– Eryk meu caro, se não fizer uma “escolha” decente, você vai viver um verdadeiro inferno na Terra, tá? – Ameaçava Jeová falando calmamente sinistro, chegando a ser assustador para Eryk a ponto de engolir sua própria saliva de tanto nervosismo que tinha.

– Eryk lindinho, bem que você poderia brincar de casinha comigo, só nós dois. Você seria o marido e eu a sua esposa. Nós poderíamos até brincar de comidinha só que seria “de verdade”. Mas só daria certo se a parede fosse da cor amarela e flores, que tal? – Dizia Luane apoiando seu braço no ombro de Eryk e depois fazendo um circulo em seu peito com um dedo, na tentativa de seduzi-lo, o deixando bem corado. Eryk quase se entrega a esse pedido (ele não é bobo não hein), mas não queria que o resto de seus amigos o deixassem. Então ele se encontrava em uma situação bem apertada mesmo.

– Ah não vale! Só porque é garota. – Dizia Junior inconformado.

– Relaxa cara... Eu costumo cumprir com a minha palavra! – Dizia Jeová pousando sua mão no ombro de Junior e logo em seguida, encara Eryk com um olhar sinistro.

– Saiba que eu também! – Dizia Luane se apoiando mais ainda em Eryk.

– Gessy... Socorro. – Eryk implora, quase lagrimejando.

–E mano, te vira! – A prima responde enquanto fazia sua unha. Eryk fica incrédulo com a prima, mas não tinha tempo para isso e precisava pensa em algo para sair daquela situação ileso.

– Ehh-Ah a gente faz o seguinte: cada um escolhe um canto da casa e o decora com a cor e o enfeite que quiser, que tal? – Eryk sugere.

– Vai ficar uma bagunça! – Afirmava Luane.

– Bom, é melhor do que nada. – Falava Jeová.

Todos se viram obrigados a concordar com a ideia e foi o que fizeram. Graças às orientações de Jessy, as cores não ficaram uma bagunça que achavam que ficaria. E depois de mais alguns dias, a casa estava finalmente pronta. Cada canto que escolheram estava pintado com suas cores favoritas e com seus enfeites preferências. No canto de Eryk tinha a cor vermelha e sem nenhum enfeite. No de Jessy era branco com parafusos como enfeite. No de Junior, era azul com bolas de futebol como enfeite. No de Luane era amarelo com flores. E no de Jeová era verde escuro com caveiras que não chegava a serem assustadores como os outros imaginaram.

– Hummmmmmm... Tá faltando alguma coisa! – Afirmava Eryk com sua mão no queixo.

– O que? – Pergunta Luane.

– Vamos dar um nome para a casa? – Pergunta Eryk

– Um nome? Ah deixa eu dar um nome? – Perguntava Luane.

– Ah não! Eu que quero dar um nome pra casa! – Dizia Junior.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Qual de vocês ficaram com a parte mais pesada do trabalho? Eu acho que agora eu posso ter essa honra! – Jeová diz como se fosse obvio, o que não era.

Então começa uma discussão. Jessy entra no meio do falatório que só tende a piorar. Eryk fica preocupado e logo viu que ser mais um a falar não ia adiantar de nada. Então, ele pega um banco que tinha lá perto e sobe nele. Ele reúne todo o ar que podia e grita.

– CHEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!

Só após o grito de Eryk que todos resolvem parar de discutir.

– Que tal se nós fizermos um sorteio? – Eryk sugere tentando resolver isso de uma maneira justa.

– Boa, mas e se sair um nome besta? – Jeová pergunta preocupado.

– Vai ser esse mesmo! E sem troca ou segunda chance. – Eryk fala tentando resolver o assunto.

E foi o que fizeram. Todos escreveram um nome num pedaço de papel rasgado e logo em seguida, colocaram dentro de uma sacola, deixando Jessy encarregada da tarefa.

– E o nome da nossa querida casinha na árvore é... – Jessy embaralha os papeis na sacola, tira um papel, lê e depois anuncia.

Continua...