As Aventuras do Pequeno Eryk

02 – BRINCANDO COM A FERA Parte 2


Os Cinco (Eryk, Jessy, Junior, Luane e Jeová) estavam brincando normalmente. Se divertiam e muito, principalmente Eryk que há tempos não brincava tanto quanto estava no momento, tanto que ele queria aproveitar aquele momento, pois ele sabia que não ia dura para sempre.

A diversão era tanta que Eryk se sentia a vontade com eles, mas... Mesmo assim... Alguma hora iriam se despedir, não saberia se veriam de novo, mesmo se puxasse assunto como “qual é o seu nome?” ou “vamos nos ver amanhã?” ou qualquer outra coisa antes de ir, mas não ia adiantar... Aconteceu tantas vezes que ele fez a mesma coisa e sempre levava bolo. Poderiam até se esbarrar de vez em quando, mas... Não combinariam nada.

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Talvez fosse esse o tipo de pensamento que o impedia de se enturmar. Tudo o que Eryk queria era ter amigos para confiar, para conversar, para passar “aqueles” momentos, bons e tristes, apoiar e ser apoiado e por aí vai.

Todos os cinco pararam para descansar, estavam exaustos de brincar e encharcados de água. Não notaram que estava quase na hora do almoço até Eryk ouvir o seu estomago roncar.

– Aahhh que fooomeee - Falou Eryk manhoso.

Nesse momento um barulho de passos se aproximava do local...

– Gente – Chamou Jeová – tá na minha hora!

Os passos aumentam...

– Eu também tenho que ir. Minha mãe vai me dar uma bronca quando eu chegar em casa assim! - Falava Luane meigamente se referindo ao seu vestido amarelo aparentemente molhado.

O dono dos passos começou a farejar...

– Então até-! – Junior foi cortado quando uma criatura começava a se aproxima rapidamente no local, até ela dar uma freada. Todos estavam de costas para ela, Jessy foi a primeira que olhou para trás e assim que percebeu que o rosto lembrava muito um pitbull com raiva, chamou seu primo pela manga da camisa.

– É, Erykkk... - Jessy falou preocupada com a reação do primo que viria. - Não olhe agora, mas...

Eryk só fez olha para trás, que logo levou uma bufada de leve do cachorro gigante e logo em seguida olhou para frente, bufou entediado e depois, finalmente, falou alguma coisa:

– Maravilha, ninguém merece... – Comentou como se estivesse nem ai.

E assim que todos “caem na real”, gritam um “AAAAAAHHHHHHH” em quanto começavam a correr.

Era uma criatura com uma cabeça de pitbull com um corpo todo musculoso com as costas num formato quase de um corcunda, patas de cachorro enormes na frente e um pouco menores atrás e um pelo marrom cobrindo todo seu corpo. A barriga e o peitoral (que eram visíveis) tinham a mesma coloração só que um pouco mais clara. (tipo o do spike de Tom e Jerry)

O bicho dá um rugido bem alto enquanto os meninos aproveitam e correm para todos os lados possíveis.

Enquanto isso o mesmo homem encapuzado de antes observava toda aquela agitação que a criatura e os garotos estavam passando.

– Ah, ele está perseguindo crianças agora... – Comentou enquanto assistia a cena que descreveu.- Mas não to nem ai. - Disse voltando a assistir.

Junior entra em um latão de caminhão de lixo que estava na rua, na tentativa de se esconder, mas não adiantou. A criatura mete sua cabeça e morde dentro do latão quase mordendo Junior por um centímetro.

– AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!- Gritou Junior com os olhos arregalados e logo em seguida saiu do esconderijo que não escondia nada, segundo ele.

A Besta tenta sair, mas encontra dificuldade se atrapalhando todo.

–Vamos ver como eles saem dessa... - Falou o encapuzado se referindo às crianças tentando se salvar. O mesmo levanta seu braço esquerdo fazendo um leve movimento com o indicador levantado para o auto. Isso fez com que uma aura roxa cobrisse a Fera pelo corpo todo, que começou a levitar para sair do latão e voltando a persegui-los.

Num lugar um pouco afastado de tudo isso... está a Bruxa Responsável.

– Mas o q... – Falou a Bruxa percebendo algo - Alguém está tentando controlá-lo? – Nesse momento ela tenta rastrear o responsável. – Ele está naquela direção!- Falou com toda a certeza e indo na direção que ela mesma indicou.

Enquanto os meninos entravam em um beco (que era espaçoso o bastante para a criatura entrar e sair encostando um pouco nas paredes mas não ao ponto de deixar rastros de tijolos) e saiam do outro, as vezes se encontravam e outras se trombavam. Jessy analisava os passos e movimentos na criatura procurando uma forma de detê-lo. E no meio de toda essa correria, a morena encontra Eryk encolhido num canto do chão com medo da fera.

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– Eryk o que foi? – Perguntou a prima preocupada. Mesmo nessa situação Eryk parecia mais estar passando mal do que com medo.

– É- é- e que é- ele é – O menino falava gaguejando. Estava apavorado.

Jessy não suportava ver o primo que tanto ama nesse estado e tenta acalma-lo.

– Eryk... se acalma. Vai dar tudo certo.

– Por quê?! - Eryk falou baixinho, mas para ele do que para outra pessoa.

–Hã?

– Por que desde o pesadelo que tive de ser mordido por um cachorro... tenho tanto medo... – Falava soltando lágrimas. – Eu queria tanto parar de ter medo, queria brincar com os cachorros, mas não adianta, mesmo com um manso eu tento não toca-lo, com medo de levar uma mordida mesmo sem querer e... – Eryk se interrompe se afundando no seus joelhos para esconder suas lagrimas da sua própria prima.

–Você quer superar esse medo? – Jessy perguntou seria, Eryk só balança a cabeça como resposta, ainda encolhido nos joelhos. – Então enfrenta aquela coisa!

– O QUE??? - Eryk levantou sua cabeça na hora, espantado com a sugestão de sua prima.

– Eu sei como pará-lo, mas você precisa confiar em mim. - Falou

Enquanto Jessy explicava o plano para Eryk, em outro lugar, Junior, Luane e Jeová saíram de um beco diferente até seus caminhos se cruzarem.

– Mas que coisa é aquela? - Falou Jeová incrédulo.

– Vai saber?! Mas a única coisa que nós devemos saber, é que aquilo tem dentes, que podem fazer picadinho da gente.- Falou Junior.

– Meninos... Será que aquilo foi embora? - Perguntou Luane com medo de levar um não como resposta.

Mas como resposta, a Fera não só os encontrou como também começou a correr até eles. Os Três então entram no mesmo beco que Jeová avia saído e logo em seguida entram em um beco sem saída.

Eles tentam empurra a parede na ultima tentativa desesperada de escapar, mas não adiantou. A Fera só apertava o passo pronto para atacar.

Eles estavam encurralados...

Não tinha, mas nenhuma saída...

– HEY SEU BICHÃO!!!

Até uma voz soar pelo outro lado do beco que se encontravam os três e a Fera.

Era Eryk.

Ele começa a correr sem sair do lugar com o corpo para o lado e só a cabeça que esta encarando a fera. Com uma cara de sapeca ele chama.

– VEM ME PEGAR SE PUDEEEER. – E então Eryk corre disparado e a fera o segue.

Junior, Luane e Jeová se entreolham. Não acreditando no que aconteceu

– Mas o que ele... - Junior tentou falar, mas não conseguiu completar ainda não acreditando no que viu.

– Vamos lá ver! – Sugeriu Jeová correndo na mesma rota que a criatura tomou para perseguir Eryk. Luane e Junior fazem o mesmo, preocupados com o gordinho.

Enquanto isso a Fera e o Eryk correm até chegar a uma praça. Eryk usa tudo o que tem lá como obstáculo para a criatura, como bancos, uma área com areia, pequenas árvores e etc... Até chegar num escorrega bem grande e, embaixo dele, um túnel bem espaçoso e com umas brechas em formas de estrela, um quadrado, um triangulo e etc.

Segundo Jessy, se a Fera vê alguém fugindo dela, ela imediatamente corre na mesma direção. Como ela está pouco tempo no bairro ela não conhecia a área, então Jessy pergunta para Eryk se tem algum lugar grande o bastante para prender a Fera e, nesse exato momento, Eryk se lembra do escorrega da maior praça do bairro.

Eryk se esconde atrás de uma árvore enorme e a Fera o perde de vista. Eryk aproveita para da uma olhada para ver se a fera estava distraída.

E estava.

Eryk corre tentando não fazer barulho até chegar no outro lado do túnel do escorrega. A criatura (que estava perto do túnel ) vê Eryk do outro lado e num impulso, corre na direção do garoto.

Eryk, decidido, fica parado. Esperando a criatura se aproximar.

A Fera entra no túnel e logo abre sua boca cheia de dentes.

Eryk continua parado lá. Ele confiava na sua prima e tinha Fé que seu plano ia funcionar.

E assim que a criatura fecha suas presas...

.

.

.

.

Percebe que se entalou.

A Fera ficou presa no túnel de baixo do escorrega e Eryk não tinha se movido do lugar em nenhum momento se quer.

Eryk olha para a criatura com uma carinha de pena, como se estivesse sentindo o motivo da raiva da Fera, e um pouco hesitante, tenta se aproximar erguendo o braço direito como um gesto de paz na tentativa de acalma-lo.

A criatura deu um rugido de leve mostrando seus dentes enormes. Eryk não teve medo, mas parou o gesto de antes.

E assim que viu que a criatura estava calma, só encostou sua mão no seu rosto.

Nesse exato momento Eryk teve uma visão. Via a mesma Bruxa que avia trombado antes, e também via a mesma jogar o liquido verde no Pitbull e via a sua transformação.

Eryk afastou sua mão, espantado com que viu. Ignorando o fato de ter tido uma visão (o que não era normal) e sim “pelo o quê viu”.

Jessy chega ao local acompanhada por Junior, Luane e Jeová.

– VOCÊ CONSEGUIU!!! – Falou Jessy abraçando seu primo.

– Mas o plano foi seu! – Falou Eryk abraçando de volta. E depois de um tempo assim eles se afastam.

Os outros três ficaram surpresos com a atitude do garoto e mais surpresos ainda por conseguir vencer a criatura.

– Você é corajoso cara! – Falou Jeová

– Será que morreu? – Perguntou Junior.

– Se eu fosse você me afastaria disso. – Falou Luane para Junior.

De repente a criatura ficou coberta com uma aura verde e logo depois começou a se encolher aos poucos.

Todos então viram que a criatura não passava de um Pitbull sonolento.

O cão, quando voltou a si, começou a correr na direção de Eryk

–OPA, O Q -! – Eryk falou vendo a reação do bixo.

Continua...