Flash. Vários flashs passavam pela minha cabeça. Um, era uma imagem de Sophia, ela está correndo, seu braço direito estava sangrando e ela estava toda machucada, ela não parava de correr, dois zumbis estavam a sua colar, ela estava sem sua boneca favorita que acabou perdendo no caminho, até que em um momento, ela se escondeu atrás de uma árvore fazendo com que os zumbis caminham pela frente sem notar sua presença, Sophia deu um suspiro de alivio até que quando se vira, dá de cara com um zumbi, onde ele crava seus dentes no seu ombro, fazendo sangrar muito e der um grito de dor.

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Mais um flash aparecer, dessa vez era eu, eu estava no meio de um buraco gritando e chorando, eu andava de um lado e pro outro gritando, ás vezes eu botava ás mãos nos meus ouvidos outras mexia ela, eu sentia á angustia e a raiva, nada mais só isso. Eu estava sangrando, tinha uma flecha estava cravada no meu ombro esquerdo e no lado direito do meu abdome estava sangrando muito, meus braços estavam todos machucados e sangrando, eu só queria que tudo aquilo acabasse.

Mais um flash vem em minha mente, dessa vez, eu estava num lago com Carl na minha frente, nos sorriamos um para o outro, até que em um momento, uma luz aparece interrompendo o termino até que aparece mais um, esse era igual, mas dessa vez, eu estava beijando Carl, sua mão direita estava na minha nuca e a esquerda na minha cintura me fazendo ficar bem pertinho dele, meus braços estavam nos seus ombros, nos nem se importávamos com o mundo lá fora.

O flash terminou mas veio mais um a tona, dessa vez, eu estava olhando um celeiro igual á um da fazenda, de lá saiu uma coisa, apareceu um corpo de uma menina loira, assim que saiu do celeiro, vi que era Sophia em forma de zumbi, ela caminhava até mim bem devagar, minha lágrimas saiam dos meus olhos sem permissão enquanto soluçava, eu não conseguia me mexer, estava parada e não conseguia fazer nada, até que um momento, Sophia parar na minha frente me olhando com aqueles olhos sem vida, ela abre a boca e me ataca...

– Não! Sophia! – Gritei me sentando na cama de Maggie, assim que abri os olhos os fechei na hora por causa da claridade, era só um sonho, tudo aquilo era um sonho, todos aqueles flashs não passavam de um sonhos...até do meu beijo com Carl.

Esfreguei meus olhos para conter as lágrimas que queria sair, estava preocupada com Sophia, impossível que ela tenha sido mordida, ela está viva, só está perdida, não posso aceitar isso.

– Darla? Você está bem? – Abri os olhos e vi que era Maggie, ela me encarava preocupada e curiosa ao mesmo tempo, eu estava respirando ofegante e suando, deve ser por isso que está preocupada.

– E-estou, só foi um pesadelo – Respondi sua pergunta – Bom Dia – Falei saindo da cama e indo até minha mochila.

– Bom dia, só quero avisar que sei namoradinho vai embora dessa casa hoje e isso quer dizer que você também – Disse Maggie e me virei confusa

– Como assim? Não estou falando do Carl, porque ele NÃO é meu namorado

– Eu pedi pro meu pai deixar você dormir aqui por causa dele, ele sabe que vocês dois se amam por isso que deixou você dormir aqui

– Então, tudo aquilo era tudo mentira?

– Não, sua presença aqui é muito boa mas não podemos ter muita gente aqui nessa casa – Disse Maggie sentada na cama com as pernas esticadas e me encarando

– Então...onde vou arranjar uma barraca a tempo? – Perguntei botando os braços na cintura

– Conversei com meu pai e você pode dormir na barraca do Daryl, porque ele é seu...amigo – Deu uma pausa antes de dizer “amigo” tem alguma coisa nisso mas é melhor não me meter

– Já conversaram com Daryl? Eu até posso mas acho que ele quer sua privacidade, eu só não pedi para dormir na barraca do Daryl para não dá problemas – Abaixei minha cabeça, meus cabelos estavam todo bagunçado e eu usava um baby doll branco de novo.

– Conversamos, na verdade, até ele falou se não seria melhor você dormir na barraca dele para não dá problema

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– Entendi...então vou trocar de roupa, vou ajudar o pessoal com a buscar – Falei mexendo na minha mochila atrás de roupas limpas

– Por quê? Você não tem idade para fazer essas coisas, porque quer tanto fazer isso? Pode arriscar sua vida, pode até morrer – Disse Maggie

– Então vou morrer arriscando, eu preciso ir Maggie, ela...Sophia se perdeu por minha culpa, eu tentei salvar a vida dela mas só fiz ela vim atrás de mim e se perde, eu...eu preciso encontrara – Falei já arrumando os cabelos, já tinha trocado de roupa e já estava saindo da casa, Maggie se levantou e me impediu, segurando meu pulso.

– Só me prometa uma coisa

– Fale

– Volte viva – Disse me olhando nos olhos – Eu não quero perde minha melhor amiga por uma buscar, quero que volte viva Darla, você é como fosse minha irmã mais nova, é igual á Beth, mas uma irmã para mim, por favor, volte viva – Disse me olhando

Eu congelei, ninguém nunca tinha me dito aquelas palavras, além de Emily, Maggie era igual a ela, as mesmas palavras e o jeito que é, as duas se parecem tanto, a diferença era que Emily era loira e Maggie é morena mas mesmo assim, elas se pareciam. Eu ainda lembro das últimas palavras de Emily “Você precisa viver, você é minha irmã e é muito importante para mim, se você morresse no meu lugar, eu não ia me perdoar nunca mais, fique viva minha irmã”

Balancei minha cabeça tentando esquecer as palavras de Emily, encarei os olhos claros de Maggie que ainda esperava a minha resposta, dei um pequeno sorriso e respondi;

– Eu voltarei viva sim, pode me aguarda que voltarei bem, nada vai me matar além mim mesma, você vai ver minha irmã, que eu voltarei viva – Sorri para ela e a mesma sorriu, Maggie se levantou e me abraçou bem forte, fiquei um pouco surpresa mas correspondi feliz.

Me soltei e sai da casa, assim que botei os pés para fora de casa, sentir aquele frio de inverno, que bom que eu estava usando uma calça comprida jeans, camisa xadrez roxa, um cachicou verde envolta do meu pescoço e um par de luvas de couro que mostrava meus dedos.

Caminhei até o acampamento do grupo, os homens estavam envolta de um carro conversando em fazer a busca, meus passos estavam mais rápido e cheguei até eles.

– Bom Dia Pessoal – Falei quando estava chegando perto – Como vai ser a buscar? – Cheguei até o carro e me apoiei, todos me olharam

– Nós vamos fazer duplas menos o Daryl que decidiu fazer sozinho – Respondeu Rick

– Vou pegar um cavalo e ir até o Norte, onde encontrei a cabana

– Ótimo, então me dê uma carona, eu vou ir um pouco pelo Sul

– Você não vai – Disse em coro Rick, Daryl e Glenn que até me assustei

– Eu vou sim e ponto final

– Ela só quer ir porque não quer ficar perto daquele poço com medo da Samara – Debochou Shane, cerrei os punhos fazendo de tudo para não ir para cima de Shane, apertei com força meus dentes quase os quebrando, estava com tanta vontade dá um soco no Shane.

– Cala essa boca Shane! Eu vou atrás de Sophia porque é minha culpa ela está perdida! Então, cala essa merda de boca antes que eu quebre seus malditos dentes! Daryl, me passa esse arco e essas flechas agora! – Gritei soltando toda minha raiva.

Daryl me passou o arco e as flechas que fiz com uns gravetos á uns meses, peguei eles e fui caminhando com passos duros e largos até onde os cavalos estavam, mas pude ouvir umas coisas.

– Você não consegue meter essa boca fechada né? Além de estraga prazeres e um babaca, concordo com a Darls, cala essa merda de boca Shane – Ouvi Glenn dizer

– Só não meto uma flecha na sua cara de imbecil porque não quero gastar minhas flechas para um idiota como você – Dessa vez era Daryl

Cheguei no celeiro onde um cavalo estava lá, assim que entrei, chutei e soquei a parede, estava com tanta raiva de Shane, mais tanta mesmo que adoraria meter uma flecha naquele cabeção de ovo, aquele filho de uma mãe, não importava minhas palavras sujas, eu só não consigo me segurar.

Fiquei com a testa encostada na parede, fiquei socando com muita força aquela parede, eu nem escutava nada, não ligava pra nada, só sentia raiva daquele babaca, soquei tantas vezes aquela parede que deviam está roxas, mas graças as luvas, me ajudam um pouco.

Ouvi passos se aproximando, nem precisei virar o rosto porque já sabia quem era.

– Tudo bem? – Perguntou Daryl entrando no celeiro e me olhando

– Estou bem, só com raiva daquele idiota – Respondi me virando para ele e encarando ele

– Você sabe que ele sempre foi e sempre será um idiota né? Já falei para não ligar para ele, agora, vamos indo porque temos uma buscar pela frente, não quero bater muito papo agora – Disse Daryl subindo do cavalo e me estendendo a mão. Dei um pequeno sorriso e virei o rosto para a direita.

– Só você para fazer essa minha raiva ir embora – Olhei pra ele – Foi minha mãe que te ensinou a fala essas coisas? – Perguntei pegando a mão e subindo no cavalo.

– Digamos que aprendi muito com ela naqueles anos – Respondeu me olhando pelo ombro e depois olhou pra frente – Segure-se, vamos fazer a buscar – Segurei pela cintura de Daryl e o cavalo começou a andar e fomos direto para a floresta.

(...)

Estava andando por aí com meu pequeno arco e flechas feito de gravetos, Daryl tinha me deixado um pouco longe onde ele foi, ele não parou de dizer que esse meu arco ia quebrar a qualquer momento e que estava terrível, eu só ignorei, ele nunca fez um arco, então não sabe que levei 2 HORAS para fazer-la.

Caminha olhando tudo a minha volta, tudo estava quieto e não tinha nada, não tinha sinal de nada, nem de Sophia.

Meus pensamentos vagaram até meu sonho, o de Sophia ser mordida pelo zumbi, isso não pode acontecer, não pode, esse sonho não pode ser realizado, não pode acontecer, não pode, Sophia é uma criança doce e gentil, ela merece uma chance, uma chance que eu sempre quis, ela também teve muitos problemas com o pai, já perdi as contas de contas vezes Ed quis estuprar Sophia, por sorte Shane e os outros não deixavam ela ficar perto dele quando ele queria, as vezes fico com raiva de Carol mas ao mesmo tempo com pena, ela estava cega de amor pelo Ed e acabou estragando tudo depois, é tão difícil de acreditar quando alguém se apaixonam pela pessoa errada e acabam sendo destruídas, até acho que minha mãe era uma delas, ela estava cega de amor pelo meu pai e agora foi destruída, pelo menos, ela está vivendo em paz agora, não é tempo de pensar na minha mãe, tenho que achar Sophia, todos estão com esperanças de encontrá-la e todos estão ajudando Carol, ou melhor, fazendo pela Carol porque ela não fez nada por Sophia, não está nem procurando por Sophia, só esperando que alguém a encontre logo, na verdade, que o Daryl encontre, eu sei o motivo de Daryl aceitar a procurar por Sophia, lembro quando ele contou que ficou 9 dias na floresta sozinho, ninguém se preocupou com ele ou sabiam que ele tinha fugido, ele aceitou porque ninguém foi procurar por ele....eu estou fazendo a mesma coisa.

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É tão estranho ficar sozinha numa floresta por 2 semanas inteiras, uma menina loira de olhos azuis com apenas 6 anos perdida na floresta, comecei a fugir quando comecei a ser estuprada pelo meu pai, como Daryl, ninguém se preocupou comigo ou me procurou, você acha que ri da história do Daryl também no final? Digamos que não, motivo; Por que minha bunda também ficou coçando assim me toquei naquelas coisas, caraca como aquilo incomodava muito, quem riu de mim foi Daryl mas depois disso foi comum.

Sai dos meus pensamentos assim que senti que ia cair em alguma coisa, sai do transe e vi um buraco grande e completamente fundo, era bem fundo para um buraco mas ele era muito família para mim, ele se parecia com o buraco do meu sonho, no sonho que eu estava gritando e chorando, eu não sabia ainda o motivo por aquilo.

Me abaixei e olhei bem melhor aquele buraco, parecia intocável, como se ninguém usasse isso a um bom tempo e que ninguém passou por ele a um bom tempo. “- Pra que criaram um buraco enorme e fundo? –Pensei”

Levantei-me e quando me virei, dei de cara com um zumbi careca e magro vindo na minha direção, nem deu tempo para pegar meu arco ou minha faca que o zumbi foi pra cima de mim, nós dois acabamos caindo no buraco batendo na parede do buraco, minhas flechas acabaram saindo da bolsa e minhas facas do meu cinto, eu tentava lutar com o zumbis mas era difícil até que num momento, eu bati com toda minha força na parede com minha flecha, minha flecha atingiu no meu ombro esquerdo me fazendo gritar, depois disso foi a mesma coisa com a faca, mas ela me atingiu no meu abdome direito, urrei de dor e o zumbi ficou gemendo, dei um chute na sua cabeça fazendo ela ser esmagada na parede, continuei caindo até bater com toda a força no chão, eu consegui cair de lado para ter cuidado para não piorar.

Eu sentia muita dor, em toda parte do meu corpo, eu gemia de dor por toda parte do meu corpo, eu não conseguia olhar pro meu corpo, estava suja de terra e poeira, minha roupa estava cheia de sangue e não sentia nenhuma parte do meu corpo, acho que era por causa do impacto que eu tive na caída do buraco, sentia muita dor na parte do meu abdome, tive coragem e olhei, minha faca grande estava cravada no meu abdome direito, com fraqueza, levei minhas mãos até a faca, segurei o cano dela e respirei fundo “- Isso Vai Doer – Pensei”, então num ato de rapidez, puxei ela com toda força. Gritei bem alto, gritei de dor, minha faca estava cheia de sangue, o lugar onde tirei minha faca estava sangrando muito, mas muito mesmo, minha respiração estava ofegante mas mesmo assim peguei meu cachicou e amarrei no lugar onde a faca estava, tentando estacar meu sangue, ajudou mas meu cansaço me dominou, por pouco tempo, acabei apagando.

Frio, eu sentia frio, muito frio, parecia que eu estava andando na neve com roupas de verão de tão frio que sentia, não sentia meu corpo, meu corpo estava frio que nem gelo e nem me mexia, era tão estranho, eu estava confusa, muito confusa, só tinha a escuridão e frio. No meio da escuridão, eu me vi, minha pele branca estava brilhando, meus lábios estavam vermelho cor de sangue, meus cabelos loiros estavam brilhando como ouro, estava mais claro, o que mais brilhava era meus olhos azuis que davam para notar, eu estava usando um vestido branco de manga curta, o vestido era comprido, ele chegava até meus pés mas não atrapalhavam, eu ainda me pergunto, por que usar vestido no mundo onde estamos? O vestido era família para mim, ele tinha botões na colar do pescoço e ia até meu tórax, eu não sei onde eu vi ele.

A escuridão mudou e veio a luz, tive que cobrir meus olhos para ver direito, a luz abaixou e tive uma boa visão agora do que via.

Neve, neve por toda parte, arvores com neve e o chão todo com neve, casas cobertas de neve fazias sem ninguém, era a cidade de Palmetto, no mês de dezembro no inverno, por quê eu veio parar aqui? O quê isso quer dizer?

Andei pela calçada cheia de neve, meus pés estavam congelando junto com meu corpo, a neve caia tranquilamente, estava calma. Fiquei olhando cada casa que passei da minha pequena cidade velha, ela não tinha mudado nada deste que o Apocalipse começou, por quê ainda estou aqui? Por quê vim para cá?

De longe, vi uma sirueta de um garoto, ele era alguns centímetros mais alto que eu, dava para ver que ele estava usando um casaco e um chapéu de xerife, ele foi se aproximando e dava para ver quem era. Era Carl. Ele estava usando um casaco grande e marrom, camisa escura azul e calças compridas, ele tinha um olhar diferente, um olhar sombrio, um olhar de frieza, ele parecia frio.

– Carl? – Perguntei, não pode ser ele, ele nunca tinha aquele olhar frio, um olhar sombrio, não pode.

Ele ainda me olhava, mas não do jeito de sempre, um olhar de frieza, raiva, ódio, conseguia ler em seu olhar seus sentimentos. Tentei me aproximar mas não conseguia me mexer, nos estávamos um ou dois metros perto do outro, eu o olhava confusa, por quê ele me olhava assim?

– Carl? Por favor fala comigo, por quê está me olhando assim? – Ele não respondeu minha pergunta, ele continuou me olhando com frieza e nada mais, eu vi em sua mão direita, uma arma com silenciador, era a mesma arma que eu tinha pego na cidade para ele, o quê ele estava fazendo com ela?

– Carl pra que essa arma? Por favor me diga, você está me assustando, por favor me diz, eu estou com medo, por favor – Implorei para ele sentindo meus olhos lagrimejando, ele não me respondeu de novo, isso estava me assustando já.

Do nada, sentir uma mão grande e pesada tocar no meu ombro, assim que virei vi quem era e meu medo me dominou, era meu pai, ele estava com um olhar assassino e com um sorriso divertido, eu sabia que ele ia fazer.

Ele pegou meu braço e começou a me puxar, querendo me levar embora, eu me debatia tentando me soltar, eu gritava pelo Carl que ainda me olhava com sua arma em mãos, meu pai me segurava pelos ombros me puxando e eu só gritava pelo Carl.

– Carl! Socorro! Me ajuda por favor! – Gritei para ele já sentindo as lágrimas rolarem.

Ele abaixou a cabeça e depois levantou ela, seu olhar tinha mudado, eles estavam com olhar de pena, não, aquele olhar não.

Ele se virou e ficou de cabeça baixa, ele ficou de costas para mim, como não quisesse olhar para mim, eu chorava e me debatia no meu pai, até que num ato, eu me virei e quando olhei, não era meu pai e sim o zumbi dele, gritei pela ajuda de Carl de novo mas já era tarde, meu pai cravou seus dentes no meu ombro e gritei de dor, meu sangue escorria, a neve toda ficou vermelha pelo meu sangue, eu gritava e ele não ouvia, meu pai arrancou um pedaço de carne do meu ombro e depois vi ele cair, ele tinha levado um tiro na testa, cai de joelhos quando me senti livre do corpo dele em cima de mim, olhei para frente e vi Carl com sua arma apontada com silenciador.

Minha respiração estava ofegante, sentia dor no meu ombro e sangrava muito, Carl se aproximou um pouco e apontou a arma para minha cabeça.

– Carl, por favor, não – Implorei para ele mas ele se recusou, seu olhar sombrio e frio estava encima de mim.

Ele fechou os olhos e depois abriu me encarando.

– Adeus – Disse áspero e puxou o gatilho.

Abri os olhos rapidamente, eu estava suando muito e com muito calor, não sentia mais aquele frio, era tudo um pesadelo, um pesadelo frio e sombrio, como posso ter pensado nisso? O quê tinha ave com isso?

Eu estava encostada na parede de terra, minha respiração estava ofegante e me sentia fraca, meu cachicou verde estava todo sujo do meu sangue no abdome, eu não tinha tirado a flecha do meu ombro com medo de ter atingido uma artéria, se eu tirar, meu ombro vai sangrar até eu morrer nesse buraco fundo e molhado. Não tinha outra saída, eu vou morrer aqui por perda de sangue e desidratação.

– Pare de ficar se lamentando como se fosse uma velha caduda sua idiota, eu sabia que você era uma inútil assim que nasceu – Ouvi aquela voz, aquela voz que me atormenta a tantos anos.

Olhei para cima do buraco e vi ele, ele e sua camisa branca podre suada e calças jeans surradas, ele estava de braços cruzados e me encarando com aqueles olhos castanhos assustadores.

– P-pai?

– Pai é o caralho, eu já falei que não sou seu pai e nunca serei, se você fosse minha filha levantaria essa bunda miserável e tentaria sair daqui, você nem pode ser uma James, é igual á imbecil da sua mãe – Disse meu pai

Me apoiei na parede de terra e levantei, a dor piorou no meu abdome, botei minha mão esquerda encima do sangramento e vi que sangrava muito, minha respiração estava muito ofegante, estava assustada e nervosa, se eu continuar posso acabar desmaiando pela minha pressão e por causa da perda de sangue.

– Porque...porque você fala toda hora isso? PORQUE NÃO ACEITA LOGO QUE SOU SUA FILHA!! – Gritei para ele sentindo mais lágrimas saindo do meu rosto.

– Eu já falei, você não é e nunca será, eu devia ter pedido para a Angel te abortar, como aquela teimosa não aceitou, tive que fazer a força mas acabou nascendo, você era uma irritante Darla!! Estragava tudo, seus choros e gritos, agh! Era que nem o inferno! Eu fiz de tudo para acabar com sua vida miserável até ser preso por sua culpa e perde a Angel!! – Gritou comigo me culpando por tudo.

– Não! Mentira! Cala a Boca! Cala a Boca! – Gritei tampando meus ouvidos não querendo mais ouvir nada, eu sentia angustia e raiva, que nem no sonhos, minhas lágrimas estavam rolando pelo meu rosto.

– Mentira o caralho! Você não manda em mim sua merda! Eu nunca te quis! Eu fiz de tudo para você morrer naquele abdome da sua mãe! VOCÊ NUNCA FOI PLANEJADA!! – Essa foi como uma facada no meu coração.

Eu fazia que nem no sonho, gritava, chorava, andava para lá e pra cá pedindo para ele parar, mãos nos ouvidos para não ouvir nada que vinha naquela boca suja do meu pai, ele dizia mais coisas e mais coisas, dizia nos tempos que me estuprava, quando fazia a mesma coisa com minha mãe, as coisas que ele fazia com minha mãe no passado.

De tanto nervosismo, acabei caído de joelho na terra, minha respiração estava ofegante e sentia muita dor, na parte da flechada e no abdome, botei meus dedos no lugar onde está cravado, não posso ficar aqui para sempre, com meu pai falando um monte de merda para cima de mim, não posso, preciso sobreviver e isso que vou fazer.

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Levantei minha cabeça e vi minhas facas, as paguei com fraqueza, tive que fazer um esforço enorme para levantar e ir até a parede lamacenta, tinha uma idéia na minha cabeça, uma idéia muito tosca em primeiro lugar e com certeza, eu ia cair.

Enfiei minha faca da mão esquerda e depois a direita mais alta, enfiava meus pés dentro da terra e começava a escalar, mesmo sentindo dor e fraqueza não parei, me sentia tonta mas não parei, não vou parar, porque eu sou uma caçadora e não sentirei medo, nem mesmo de enfrentar meu pai.

– Então a babaquinha aí decidiu escalar que nem macaca? – Zombou dando uma risada - Como você é estúpida garota, pensa muito rápido, você devia ter morrido no primeiro dia que essa merda começou, eu ainda me pergunto, como ainda sobreviveu se você é uma merda! – Gritou no final

– Se eu não pensar rápido, acabo morrendo, caçadores pensam rápido para pegar sua caça, eu não morri porque sou forte! Eu sobrevivi porque sou uma caçadora e não tenho medo de nada! Você morreu por ser um merda! Por isso que morreu no primeiro dia, eu não vou morrer aqui e nem tão cedo! – Gritei para tudo que sentia, isso me deixou mais leve, mais livre do que antes.

Cheguei no final do buraco e me senti mais cansada do que antes, me deitei de barriga pra cima sorrindo e alegre, finalmente, derrotei meu medo, derrotei o monstro que me perseguia por anos.

– Isso! Foge seu covarde! Agora quero ver você me enfrentar! – Gritei feliz para meu pai que fugia.

Não podia ficar aqui para sempre, tinha que sair daqui o mais rápido possível e ir pra fazenda, preciso voltar.

Com todas as minhas forças, me levantei, senti mais ainda dor no meu abdome e na flechada, acabei seguindo meu caminho deixando minhas facas lá, eu mancava que nem um zumbi, sabia que meu rosto estava todo sujo e minha boca sangrando, mas vou voltar e rápido.

Estava um pouco perto da fazendo, percebi que na minha frente tinha alguém caminha até lá, ele mancava que nem um zumbi, zumbi? Estou desarmada, não posso matá-lo.

Caminhamos até chegamos a fazendo, agora que a luz batia direto percebi quem era, era Daryl, suas roupas estavam sujas de poeira e terra que nem eu, estava sem mangas e tinha uma coisa amarrava bem no seu abdome, meu deus, ele está ferido.

Do nada, todos os homens vieram correndo até nós com armas apontando para a gente – na verdade para Daryl porque eles não me viram – e nos olhando.

– É a terceira vez que aponta isso para mim Rick, puxa logo o gatilho porra – Disse furioso.

– Daryl, que droga cara...Darls? – Rick nem mal terminou de fala que olhou para mim assustado, todos me olharam até Daryl – que estava terrível também –

– Darls é você? – Perguntou Glenn pasmo

– Não, e o zumbi da sua tia e vim aqui te morde, dá para abaixarem essas coisas ou tá difícil?! – Perguntei irritada, então eles abaixaram.

– Cara, você está terrível, por acaso a Samara te atacou? – Perguntou divertido Shane

– Shane, por que você não vai tomar no olho do seu....- Nem tive tempo de termina que ouvi um barulho de tiro e uma coisa passando de raspão pelo meu olho direito e depois ouvi mais um tiro.

Cai de costa pro chão sentindo o impacto, minha visão estava turva no olho direito, ouvia Rick gritar dizendo “Não! Não!”, não porque? Só agora percebi, merda, eu levei um tiro de raspão.

Resmungava pela dor, ouvi passos vindo até mim desesperadamente, era Glenn e T-Dog que me olhavam preocupados.

– Droga, de todos os jeitos de fazerem eu calar a boca tinham que me dá um tiro? – Perguntei irônica até depois desmaiar.