Apenas Um Olhar

Capítulo 06 - Última parte.


Continuação

Porque as coisas boas de verdade sempre tem um fim? Isso é tão injusto! Enquanto faltam só 7 dias para começar as aulas, hoje mesmo eu irei embora desse hotel lindo e maravilhoso! – triste – onde tantas coisas inesperadas – do lado ruim e do lado bom – aconteceram. Onde eu ganhei MAIS uma cicatriz na perna direita, e fiquei toda empolada por causa de formigas pedófilas. Ai, que saudade que eu já tenho.

— MEU DEUS! Você agarrou ele? Agarrou mesmo? Sakura, sua safadinha...

— GODOFREDO! Dá licença, to tentando fazer um prólogo aqui, sobre a minha estadia no hotel – berrei irritada com o meu gay – intrometido – interior – e eu já estava chegando na parte do Sasuke-kun.

— SASUKE-KUN? Você tá caidinha por ele, maluca! – essa bicha louca fica dando escândalo na minha cabecinha linda e depois todo mundo pergunta porque eu sou tão surda. Ele/ela alcança notas inimagináveis.

— Me deixa em paz Godofredo – disse sem a mínima vontade de começar uma DR com meu subconsciente agora. Tinha malas e mais malas para arrumar – eu digo que arrumo, mas só enfio tudo lá dentro e pulo dentro da mala para caber a muamba toda – e não era hora para boletim amoroso com o Godofredo.

— VAI ME CONTA ME CONTA, ME CONTAAAAAAAA!

— CALA A BOCA! – gritei.

— Com quem você ta falando, Sakura? – ai, merda. Sasuke entrou no meu quarto bem nessa horinha. Mas quem manda ele entrar na surdina assim, sem nem dar um aviso prévio nem nada? E se eu estivesse pelada? Como ia ser? Bah, esquece.

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— E-eu? Com ninguém Sasuke! – pulei assustada de cima da cama, onde, como já tinha mencionado antes, estava pulando numa mala cheia de roupas – e porque você entra sem bater? Quase me mata de susto!

— Porque agora como sou SEU namorado – ênfase na palavra seu, adoro – tenho direito de entrar no seu quarto não tenho?

— Bom, até que tem – eu até dei uma pequena concordata, mas isso não vai mais longe que isso – mas pelo menos bata na porta, e se eu estivesse, sei lá, no banho? – pisquei duas vezes bem devagar e cruzei os braços, agora, sentada em cima da mala com as pernas cruzadas uma sob a outra.

— Se você estivesse no banho... – ele ficou pensando uns 10 segundos. TÁ PENSANDO NO QUÊ, SASUKE MEU FILHO? – eu esperaria aqui até você terminar, e então te levaria para casa, que é o que eu vou fazer mesmo.

— O que? – perguntei surpresa – mas e os outros? Eu ia voltar com o Shikamaru, Hinata e Naruto... eles não vão achar MUITO estranho se, de repente, do nada, eu vou para casa com você? Quem eles julgam, que me odeia?

— Não, você vai comigo – ele respondeu sem dar muita importância para o que eu falei – até porque eu vi ontem uma senhora muito espalhafatosa e barulhenta com o Shikamaru e a Temari...

— O QUE? A MÃE DO SHIKAMARU TÁ AQUI? Coitado...

— Coitado porque? – ele perguntou arqueando uma sobrancelha.

— Você não conhece a mãe dele né? – eu disse dando um sorriso nervoso – ela é meio... como eu posso dizer... excêntrica.

— Enfim... – ele não deu importância DE NOVO, que ódio que eu tenho quando ele faz isso! – parece que o seu lugar no carro está ocupado por ela, então você vai comigo. - Eu estou sozinho, então não vai se incomodar.

— E o que os outros vão dizer? – perguntei com a mão no queixo.

— Não importa – ele disse normalmente.

Uma veia subiu na minha testa e eu fiquei vermelha.

— Pare de dizer e parecer não se importar com nada que eu digo, Sasuke! – eu disse me debatendo sozinha na cama – louca não?- . Ele riu.

— Você quer parar? – ele veio pra perto de mim e deitou-se na cama, do lado oposto onde estavam as roupas, acessórios, malas e outras bagunças que eu sempre faço – eu só não ligo para o que não é realmente preciso se importar... eles não podem fazer nada de mais com relação a isso, Sakura... além do mais... eu adoro te ver com essa cara irritada – ele riu de novo; cafajeste.

— Então é por isso que você foi tão boboca comigo antes né? – eu disse, tentando pisar na ferida.

Não, foi porque é divertido.

— Como eu pude aceitar ser sua namorada, homem? – perguntei olhando para ele, que estava lá deitado na minha cama, com a cara mais limpa do mundo.

É que você não conseguiu resistir a tudo isso – então ele me deu uma piscadela. Como era estranho ele tirar sarro da minha cara assim numa boa. God. – eu tenho o charme dos cafajestes.

É eu sei.

— ... Tudo isso... – eu o repeti com uma cara idiota, tentando deixá-lo sem graça. Mas isso é muito difícil. Então voltei à minha missão de arrumar aquela mala, que ficou estupidamente menor, desde que cheguei no hotel.

— Arruma logo as suas coisas, estressadinha – ele continuou, mexendo em minhas roupas que ainda estavam fora das malas.

Bufei sozinha e não voltei minha atenção para ele dessa vez. Ele conseguia me tirar do sério, e mal estávamos namorando um dia inteiro. Imagina esse garoto aos 2 anos de namoro? Não, já estaria maluca com tantas provocações.

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— Ei, Sakura... – ele me chamou sorrindo, e a curiosidade me fez olhar de canto.

— AAAAAAAAAAAAAAAH, SASUKE-KUN!

Pulei da cama e corri atrás dele. O pilantra estava segurando meu sutiã com estampa de morango e sacudindo como se fosse uma bandeirinha de torcida organizada.

— Mas esse seu sutiã é muito bonitinho, Sakura – ele corria de mim, no quarto – que me pareceu estranhamente maior – e eu não conseguia pegá-lo de jeito nenhum... – porque você não usa hoje, quando for lá em casa?

— Posso até usar Sasuke-kun – eu disse correndo ainda – mas só se for pra te enforcar com a alça dele! Sabia que não se meche nas roupas íntimas de uma garota?

— E quem disse isso?

— TODO mundo sabe disso! – gritei nervosa.

Ele parou bruscamente e eu esbarrei nele, que por ser extremamente forte, nem se deslocou. Então ele segurou-me pela cintura e colocou o sutiã em volta do meu pescoço.

— Então aí está ele – ele disse me dando aquele sorriso torto que me faz derreter toda.

— Sasuke-kun... – eu falei com uma voz de quem não quer nada na vida – você não vai ter as coisas tão fáceis quanto você pensa que serão.

— Quem disse que eu acho que serão fáceis? – ele sorriu de novo – se pensar bem, essa deve ser uma das coisas mais difíceis que já tive que fazer na vida.

— Nossa. Assim você faz parecer que eu sou um monstro – respondi com uma pontada de desapontamento na voz. O que ele quis dizer? Que eu sou muito briguenta? Ou chata? Ou irritante? Então porque ele estava namorando comigo... dorgas.

— Monstro? Eu nunca quis dizer isso... – ele fez uma cara meio amarrada para mim, na tentativa – creio – de me fazer esquecer esse pensamentos tão bobos que eu tivera – o desafio mais difícil que eu vou enfrentar na vida... será ter que esperar. Só isso.

— Anh, só isso? – perguntei com uma cara boba. – esperar?

— Só isso.

Sorri, achando que a situação fora tão engraçada, quanto fora fofa. Ele disse que ia ter paciência para me esperar? Acho que ele era acostumado demais a ter as coisas na hora que ele queria. Mas se ele estava disposto a isso, queria dizer também que eu vali a pena. Fiquei mais do que feliz quando concluí isso.

— Então... deixa-me ver... - eu disse brincando com uma mecha do cabelo dele – vamos fazer um trato?

— Trato? – agora sim eu tinha conseguido prender a sua atenção – sobre o que?

— Bom, será o seguinte... – eu disse com uma cara muito lavada, e com a minha vergonha escondida não sei onde – se você for um bom menino, parar de querer ser tão imaturo – o que eu to dizendo? ELE É UM GAROTO! Garotos, são imaturos. - tiver paciência para esperar e não ficar bolado... – ele escutou com atenção a última frase, com um sorriso maroto no rosto – então, da minha parte, eu vou fazer de tudo para que sua espera não seja em vão. Acordo, parceiro?

Ele me segurou mais forte e me beijou intensamente. Com aquela pegada que te deixa sem saber seu nome, e com sua cabeça dando voltas. Sua língua pedia passagem, para um beijo mais.... como eu posso dizer... marcante (?). E o que eu iria dizer? Recusar? Olha, posso ser meio lerda, mas burra to longe de ser...
Quando o beijo – infelizmente – terminou. Eu o olhei como se tivesse sido acertada por uma bola de futebol na cabeça, sorri, toda bagunçada e disse:

— Vou aceitar isso como um sim!

_____________________________________________

E então, nossos destemidos heróis (?) voltaram de sua longa (?), cansativa (?) e intensa jornada. Para o lugar que eles chamavam de lar. Onde, ao contrário do que todos pensam... se iniciará a aventura de verdade. Para a cidade de Tókio, onde muitas surpresas ainda os encontrarão.

Fim do momento – Star Wars XVIII...

Casa da Hinata.

— Você tem que me contar TUDO, Hinata – praguejava Ten Ten e sua ameaça raivosa de coques – se deixar o mínimo detalhe escapar... não vou te perdoar! E isso serve pra você também Sakura! Não esqueci de você não senhora...

— Jura? Eu quase nem percebi... – respondi com um sorriso amarelo e uma gota de suor descendo pela testa. Aquilo era pior do que interrogatório da FBI... não que eu já tenha ido ou visto um antes... só em séries de TV, mas ainda assim... é sinistro.

— Que história é essa entre você e o Sasuke? Como assim estão namorando? – ela continuou a seção de tortura. Enquanto eu e Hinata apenas ouvíamos e acenávamos. Qualquer erro... seria fatal. FATAL ESTÃO ME OUVINDO?

— Não é uma história... é verdade – eu respondi tentando ser o mais cuidadosa e gentil o possível – estamos mesmo namorando Ten-chan.

— Como? Quando? Onde? Porque? – as veias do pescoço dela, eu juro que é verdade, saltavam quando ela gritava neurótica. Nunca a tinha visto tão... tão... doidona. Nem quando saiu numa revista de fofocas que o Taylor Lautner – ela é vidrada nele – gostava de morenas e estava procurando uma namorada. Ela ficou eufórica.

— Aconteceu Ten-chan. Simplesmente aconteceu...

— Nada simplesmente acontece, Sakura – ela riu de mim e ficou me olhando a poucos centímetros cara a cara – isso já se desenrolava antes de vocês irem para o hotel. Isso já é história antiga.

— Não é na...

— OLHA BEM AQUI VOCÊS DUAS! – ela me interrompeu, passando a transmitir seu comunicado terrorista à mim e Hinata - não quero que nunca mais vocês fiquem guardando segredos de mim assim! – eu sorri sem graça e Hinata engoliu seco – sou amiga de vocês ou não?

— É – respondemos num tom unifônico.

— Então estamos entendidas não é? – ela perguntou com as mãos na cintura.

— Estamos.

— Ótimo. Que bom que podemos ter essa conversa. – Nós quem? – vou trabalhar.

— Tenha um bom dia, Ten Ten – disse Hinata suspirando aliviada.

— Bom dia – eu respondi cansada.

E ela bateu a porta, e ouvimos os passos enquanto ela descia escada abaixo.

— Meu Deus! Agora, eu te juro Hinata, vou relatar pra Ten Ten TUDO. Mas tudo mesmo. Até se eu faço número O1 ou número O2 no banheiro. Porque, sério, ela fica sinistra quando não é bem informada das coisas – eu disse com os olhos arregalados e a expressão de alguém que acabara de ser assaltado.

— Nem me fale... – ela suspirou mais uma vez, com as mãos entre os joelhos – acho que nunca a vi tão assustadora antes.

— E você mora com ela – eu disse com pena.

Nós duas demos outra risada nervosa. E saímos, à caminho da casa dos meninos, onde deveríamos nos reunir para, como eu posso dizer... colocar em dia tudo o que devemos saber sobre a escola – que era nova para mim – ou seja, eles iriam me dizer tudo o que eu preciso saber sobre todos. Mais ou menos isso aí.

Quando chegamos lá, estavam nos esperando: Sasuke – lindo e maravilhoso como sempre – Naruto – que ficou estranhamente excitado e neurótico com nossa chegada – e o Shikamaru – preguiçoso como de costume, porque velhos hábitos nunca mudam.
Sentei no sofá de dois lugares com o Sasuke – que fofo, o lugar já estava guardado para mim – e Hinata se sentou no sofá de três, no meio dos outros dois rapazes. No meio de um monte de besteiras, pipoca, brincadeiras e piadas infames sobre o meu namoro com Sasuke e uma quase-briga entre ele e Naruto, o assunto se tornou: A escola nova.

— E então? As pessoas são legais? – perguntei colocando uma mão de pipoca na boca e bebendo coca cola.

— São sim – respondeu Hinata – todos são muito agradáveis.

— Aham – falei um pouco desconfiada – agora me diz você Shikamaru, porque para a Hinata, todo mundo nasceu batizado e com cinto de castidade.

Ela ficou sem graça e eu a olhei para que a brincadeira não fosse levada à sério. Mas não houve nenhuma mentira no que eu disse.

— Não há com o que se preocupar – ele disse coçando a cabeça – mas, pensando bem, há uma coisinha com a qual você deve se preocupar...

— E o que seria? – perguntei curiosa e com uma ponta de medo no fundo da garganta.

— O fã clube do Sasuke.

Quando Shikamaru disse isso, juro, o Sasuke engasgou com a coca-cola e eu até precisei dar uns tapinhas nas costas dele, o menino tava mais roxo do que beterraba madura (?). Mas isso não foi um bom sinal, porque ele ficou nervoso? E ele tinha um fã clube? Desde quando? Quer dizer que além de ser um executivo-mirim – ele odeia quando eu chamo ele assim – ele também ensina as meninas a fazer cachecóis e passarinhos de algodão? E porque ele não me contou nada sobre esse fã clube? Ta fedendo...

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— Eu não tenho fã clube algum. – ele disse contrariado olhando para Shikamaru e alternando-se para Naruto, ambos, caíam na risada até ficar vermelhos.

— O que é isso, Shika? – perguntei desconfiada.

— Sakura! – ele me repreendeu por acreditar no que Shikamaru estava falando, mas não me culpe, sou a namorada mais ciumenta que existe na face da terra. Já tive ciúme da minha tia-avó Jerry. Quem mandava ela fazer biscoitos para o meu ex? Ora...

— Calma aí Sasuke, ta nervoso? – eu o,olhei com uma cara de quem procurava uma brecha pra abrir a CPI.

— Ah, Sakura, é só uma legião de meninas neuróticas e fanáticas que ficam se reunindo para falar sobre o seu namorado e disputar quem conseguirá ele – ele me explicava e Sasuke ficava inquieto no seu canto preto e branco – então, eu acho que elas criarão um pequeno rancor por você, sabe, ter roubado o Sasuke delas...

— Eu não roubei ninguém de ninguém! – disse assustada – Sasuke, porque nunca me disse que existe uma seita de garotas devoradoras de você?

— Porque eu simplesmente odeio isso – ele me respondeu aborrecido – são apenas umas garotas loucas da escola, a quem eu não dou a mínima atenção.

E o silêncio constrangedor pairou na sala, uns se segurando para rir, e outros se segurando para não encher aqueles que queriam rir de porrada.

— Puxa que legal então – eu sorri comigo mesma da situação – não vejo a hora de chegar nessa escola tão legal!

Fim do capítulo.