Nessa hora meu corpo gela, percebo o quão errada eu estava, e o arrependimento vem.

–Que bom que gostou, agora vai embora! – diz Damon.

Desço da mesa e olho para Katherine.

–Elena, pelo que eu saiba você e o Stefan estão namorando né?

Abaixo a cabeça e fico quieta.

Ela começa a rir.

–Meu Deus! Essa historia ficou mais emocionante! Imagina a cara do Stefan quando eu contar para ele tudo...

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–Não! Katherine, por favor – imploro.

–Por acaso você acha que eu não vou contar? Sendo que isso pode me ajudar a voltar com ele? Meio idiota você né?

–Katherine, sai daqui! – grita Damon.

–E quando ele ficar magoado, quem vai estar lá para consola-lo? Eu. Abraça-lo e dizer a ele que isso vai passar, que a Elena não merece o seu amor, até ele perceber isso.

Encaro-a.

–Sinto muito Eleninha, mas você escolheu seu Salvatore, agora o outro é meu – ela se vira e sai.

–Onde é que nós estávamos? – pergunta Damon tocando em minha cintura, tiro suas mãos rapidamente.

–O que?! Depois de tudo isso você quer continuar com a idiotice que estávamos fazendo?!

–Idiotice?

–Sim, idiotice! Estou tão arrependida!

–Não parecia há 2 minutos atrás.

–Damon, como você consegue destruir minha vida? Me explica! Que ódio de você!

–Ódio?! Você admitiu que ainda sente algo por mim.

–E esse algo é raiva, ódio! Você só sabe me levar para o mau caminho – meus olhos enchem de lágrimas – e eu acabo me arrependendo ou me machucando! Meu relacionamento com o Stefan estava ótimo, até você aparecer naquela praça e acabar com tudo!

–Elena, você o perdeu...

–Não! Não! Não o perdi! – digo chorando.

Ele toca em minha mão, retiro a minha bruscamente.

–Não se aproxime de mim, não fale comigo! Você é um tornado na minha vida! – desvio-me dele e saio da biblioteca.

Corro pelo os corredores, procurando o Stefan para contar tudo a ele, melhor eu do que Katherine, mas é tarde demais, vejo os dois conversando.

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POV Stefan

–Tenho algo para te contar – diz Katherine.

–Sério? Pena que não quero saber – digo friamente, tentando desviar dela, afinal ela está em minha frente.

–Mas é de seu interesse.

Fico olhando-a.

–Sabia que eu vi sua queridinha Elena se agarrando com o seu irmão na biblioteca? – diz com um sorriso vitorioso.

Meu coração para de bater e começa a doer, doer tanto que me sufoca. Já sabia que isso tinha acontecido ontem, mas não hoje novamente, pensei que ela teria se arrependido, vejo que não.

–Isso pouco me importa- digo fingindo que não ligo e desviando dela.

–Pensei que vocês estivessem namorando – diz ela correndo atrás de mim.

–Pensou errado.

–Então quer me dizer, que isso que eu te contei não doeu? – ela entra em minha frente novamente, me impedindo de passar.

–Nem um pouco – minto.

–Está mentindo.

–Pense o que quiser.

–Stefan, posso te fazer esquece-la.

–Não preciso esquecer-me de ninguém, me dá licença Katherine? – passo por ela e saio andando pelo o corredor.

Tento acalmar essa dor forte que tenho no meu peito, mas não consigo. Como ela pode fazer isso comigo? Dei uma segunda chance para ela, mal começamos a namorar e ela faz isso? Estou vendo que a Elena que eu pensava que conhecia, não existe! Nem um pouco! É a mesma Elena fria e sem coração que eu conheci quando ela “terminou” comigo na viagem, que não se importa com o sentimento dos outros, gosta de machucar as pessoas, e que não tem capacidade de amar ninguém!

–Stefan?! – a vejo correndo no corredor.

Dou meia volta e saio andando, ela me segura pelo o braço.

–Preciso falar com você – diz.

–Estou com pressa – digo sem olhar em seus olhos.

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–É algo importante, precisa ouvir de mim, antes que alguém conte.

–Sobre o que? – viro-me para ela – sobre você e o meu irmão?! Não precisa mais, já estou sabendo de tudo.

–Katherine te contou, né?

–E interessa quem contou?! – suspiro – preciso ir – viro-me, mas ela aperta meu braço.

–Deixe-me explicar – diz implorando.

–Não quero ouvir nada que venha de você.

Vejo seus olhos se encherem de lágrimas, mas não sinto pena, não me dá vontade de abraça-la.

–Por favor...

–Já disse que estou com pressa – solto-me e saio.

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POV Elena

Fico parada no corredor, o vendo sumindo em meio à multidão de alunos. Como isso dói, dói mais desde a última vez que o magoei, parece que duplicou a dor e os meus sentimentos por ele, e dói mais saber que isso é tudo culpa minha, tudo culpa das minhas atitudes idiotas! Pensando que posso ficar com dois ao mesmo tempo, pensando que se beijar um uma vez não vai acontecer nada, sendo que magoei quem não merece ser magoado.

–Lena? – parece Caroline me olhando preocupada.

Abraço-a e choro, choro muito. Não importa se estou no meio do corredor, onde tem muitas pessoas andando, só quero chorar, quero bater em mim mesma e dizer para mim “você foi a maior idiota!”.

Conto tudo a ela e a Bonnie, as duas tentam me acalmar, mas não funciona, fiquei no intervalo chorando sem parar.

–Tem que se acalmar – diz Bonnie.

–Machuquei uma das pessoas mais importantes da minha vida! Machuquei sendo uma idiota, ridícula! – passo a mão no cabelo – ele estava certo, eu e o Damon... Somos... – digo soluçando de tanto chorar – feitos um para o outro. Só sabemos machucar as pessoas... Que nos amam – isso dói tanto, que choro o dobro.

Vejo Bonnie abaixando a cabeça, mas não pergunto, não estou com cabeça para isso.

Toca o sinal.

–Vamos – diz Caroline me ajudando a se levantar do banco.

–Não quero ter aula – digo – acho que não vou.

–Precisa ir, hoje é divisão de grupos para o trabalho.

–Tá.

Passamos no banheiro antes de ir para a sala, meu rosto estava todo borrado de maquiagem.

–Senhoritas Gilbert, Forbes e Bennett, onde estavam? – pergunta o professor já em sala.

–Estávamos... – olho para a sala e encontro o olhar de Stefan, de mágoa. Não consigo responder.

–Tivemos que passar no banheiro, problemas femininos – responde Caroline.

–Tá, entrem! Mas não terá a próxima.

Sentamos e o professor começa a dar aula.

Não presto atenção em nada que ele diz, só fico pensando em cada palavra que Stefan me disse, seu olhar magoado.

–Caroline Forbes, Katherine Pierce e Stefan Salvatore, são o primeiro grupo – diz o professor.

–Elena Gilbert, Bonnie Bennett... E Damon Salvatore.

Mas que merda! Não tem como piorar.

–--------------------------------------------------------------------------------

POV Bonnie

Agora ferrou tudo! Depois da minha noite com Damon, não nos falamos e agora é a primeira vez, com a Elena no meio! Já basta ela ter que ficar falando que eles se beijaram, e eu fiquei com ciúmes, me odeio por isso! Tenho que aturar ele em um trabalho em grupo.

Nós três nos reunimos no fim da sala.

–Então quem pode escrever? – pergunta Elena.

–Melhor você, sua letra é bem bonita.

Ela concorda com a cabeça e começa a escrever.

Fico com a cabeça baixa, não consigo olhar para ele.

–Vocês dois podem ir discutindo sobre o tema – diz ela.

–Ah claro – respondo.

Ela abaixa a cabeça e volta a escrever.

Olho para ele e ele está olhando para mim.

–Isso é bem estranho – ele cochicha.

–Sério? Nem me incomoda – digo sarcasticamente.

Ele dá aquele seu sorriso maravilhoso.

–Então o que acha se falarmos... – tento falar sobre o trabalho.

–Não consigo ficar perto de você e não se lembrar daquela noite – diz.

Encaro-o.

–Xiu! Não aconteceu nada ok? – olho para o livro.

Ele coloca sua mão em meu queixo e levanta minha cabeça.

–Aé? Vai me dizer que não pensa todos os dias?

–Não! Eu apaguei aquilo da minha mente.

–Duvido!

–Pode ficar duvidando, agora deixa eu ler o texto – volto a olhar para o texto.

–-------------------------------------------------------------------------------

Já são umas 23h00min da noite, eu deveria estar dormindo, afinal amanhã tem a faculdade, mas não estou enfiada no Mystic Grill, sem beber dessa vez, sozinha, pensando na vida, no que fazer.

–Não vai querer nada? – pergunta Matt, que trabalha aqui.

–Um suco de laranja – respondo.

Ele me encara.

–É sério.

Ele sai, depois de uns minutos volta com uma garrafa de whisky e dois copos, ele se senta a minha frente.

–Mas o que?... Pedi um suco.

–Não precisa de um suco – ele enche o copo – precisa beber – ele me dá um copo.

Brindamos e bebo um gole.

–O que te perturba? – pergunta.

–Muitas coisas – bebo outro gole.

–Talvez seja bom dividir essas coisas com alguém.

–Não com alguém que eu mal falo.

–Mas com alguém que se importa com você.

Encaro-o.

–Se importa comigo? – dou uma risada – ah Matt conta outra! – dou alguns goles e encho o copo novamente.

–Você não sabe o quanto eu me importo com você – ele dá um gole em seu copo.

–Está tentando me levar para a cama? Por que se for isso, não vai funcionar! – bebo o outro copo rapidamente e encho novamente.

Ele sorri.

–Você nunca percebeu mesmo, né?

–Perceber o que?

–Já faz dois anos que sou completamente apaixonado por você Bonnie.

Solto o copo na mesa e começo a rir.

–Diz sempre isso para as garotas que quer transar? – encaro-o.

Ele revira seus olhos azuis.

–Estou falando sério! Eu posso ser amigo do Tyler e do Damon, mas não sou como eles, já viu eu pegando várias em uma noite?

–Não – digo dando outro gole – talvez diga a verdade, mas perdeu seu tempo durante todos esses anos.

–Talvez... Mas posso recupera-los nos anos seguintes.

Ele coloca sua mão sobre a minha, retiro.

–Matt sinto muito, mas eu e você, não vai rolar.

–Já sei, ainda ama o Jeremy.

–Exatamente! Isso me faz a pessoa mais estupida do mundo, mas ainda sou apaixonada por ele – bebo outro copo e reencho.

–Bonnie ele não merece seu amor, nunca mereceu.

–Você acha que eu não sei?! Eu o odeio tanto! Mas ainda o amo.

Ele me olha com compaixão. Vejo que seu olhar é sincero.

–Se eu esperei dois anos, o que é mais alguns?

Rio.

–Você é um idiota por ficar gastando todo esse tempo comigo – meus olhos se enchem de lágrimas – sendo que eu amo um cara que me traiu e foi embora, que com certeza hoje nem me ama mais.

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Ele se levanta e senta ao meu lado.

–Não sou idiota, sei que você valeria todos esses anos.

Olho para ele e começo a chorar, o abraço e fico chorando em seu ombro.

–Como posso ser tão estupida?! Chorando por um cara que nunca se importou comigo!

Ele acaricia minha cabeça.

–Você não é estupida, só é uma mulher com o coração partido.

–Matt?! – grita seu patrão – vem atender os clientes agora!

Afasto-me.

–Vou ter que trabalhar.

–Tudo bem, já estou indo embora mesmo – levanto-me e cambaleio.

–Opa! Acho que vou ter que chamar um taxi – diz ele me segurando.

–Estou bem.

–Não está – ele me leva até o telefone e liga para um taxi.

–Bonnie? – escuto uma voz masculina. Droga é aquela voz masculina.

Matt se vira e vejo Damon me olhando preocupado.

–Está bem? – ele pergunta.

–Estou ótima – me solto de Matt, ando um pouco, mas quase caio, Damon me segura.

–Vou te levar para casa.

–Já liguei para um taxi – diz Matt.

–Sem problemas, eu a levo – ele me pega no colo e sai.

–Me põem no chão! Para de bancar o cavalheiro! – entro em seu carro.

–Não estou bancando nada – ele começa a dirigir.

–Sabia que você é um canalha? – olho para ele.

–Algumas garotas dizem isso para mim – diz com um sorriso no rosto.

–Como pode beijar a namorada do seu irmão?

Ele olha para mim.

–Como pode transar com o cara por quem sua melhor amiga é apaixonada?

Dou um tapa em sua cara.

Ele me encara, viro minha cabeça e fico olhando pela a janela.

Passamos o caminho inteiro em silencio.

–Chegamos – diz parando em frente a minha casa.

–Graças a Deus! – saio do carro.

–Ei! Espera! – ele corre para me segurar – está louca? Vai que você bate a cabeça no chão.

–Pelo menos eu teria a chance de esquecer você! – grito.

Ele me leva até a porta.

–Me solta! Já estou bem – solto meu braço, abro a porta.

–Não está faltando algo? – ele pergunta.

–Se está pensando que vou transar com você novamente, está enganado!

–Só queria ouvir um “obrigada” – diz.

Encaro-o e entro.