Anoitecer

Nova


P.O.V. Renesmee

A escuridão era forte, e me cobria por inteira, e a dor era ainda pior do que a que eu senti quando a Violetta nasceu, eu tentava lutar contra aquela dor e contra a escuridão, mais era cansativo lutar contra aquilo, seria fácil me render e deixar a escuridão me esmagar, me levar pra um lugar onde não haveria dor, cansaço, preocupações ou medo.
Eu precisava ver alguém mais não tinha ninguém, eu tentava gritar mais os sons não saiam, eu estava amordaçada e presa em algum lugar, eu nem sequer conseguia imaginar o rosto de Alec nem o de Jacob ou Seth, de papai e de mamãe, ou tia Alice, tia Rosalie, tio Emmett ou tio Jasper, ou Jane e Ambar, ou meus avós, de Violetta meu bebê... nada.
Isso me horrorizou, e eu me perguntei o que tinha dado errado? Tia Alice disse que eu iria me transformar em vampira, que a minha parte vampira, iria transformar a parte humana, mas e se não deu certo, onde estou? Será que morri e estou no inferno?
Eu sentia o fogo me queimando e a cada segundo o fogo ficava mais quente e eu tentava desesperadamente gritar, mas não conseguia, eu estava sendo queimada viva, eu queria implorar pra que alguém me matasse de uma vez, do que continuar naquele sofrimento, mas eu não conseguia mover meus lábios.
Eu sentia um peso encima de mim como uma parede, me esmagando, e o fogo ia me consumindo lentamente as chamas se dirigiam para o meu coração, espalhando uma enorme dor nos meus ombros e estômago, depois passando pela a minha garganta, e indo para o meu rosto.
Depois de muitos tempo nessa tortura eu senti que estava acabando eu conseguia escutar conversas e sons perto de mim.

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"--- Renesmee... você pode me ouvir? - perguntava Alec."

Eu não conseguia responder, então continuei escutando os sons.


"--- Ela está como Bella quando estava se transformando, e assim como Bella ela tem o escudo e eu também não consigo ouvir os seus pensamentos, isso me deixa frustrado. - disse papai."


"--- Será que a transformação vai ser mesmo completa Edward? - perguntou Alec. "


"--- Tenho certeza que sim Alec a transformação está quase no fim, veja, a pele dela já está como a nossa, e os seus cabelos já ganharam vida novamente e o seu corpo já voltou ao normal. - respondeu papai."


"--- Será que ela vai despertar hoje? - perguntou Alec mas contente."


"--- Vai sim. - disse tia Alice contente."

Depois não escutei mas nada, mas foi bom ouvir que essa tortura estava acabando.
Mas esses últimos minutos de transformação foram os piores, o fogo na minha garganta, não era como antes, eu sentia sede eu precisava de sangue.
Depois o fogo que estava no meu coração ficou mais quente como aquilo era possível?
Meus batimentos cardíacos, já muito rápidos, aceleraram mais, o fogo o levou a uma batida frenética.
Começou um guerra dentro de mim meu coração acelerado, correndo contra o fogo.
Ambos estavam perdendo, e o fogo estava consumindo tudo, o que era combustível, meu coração caminhava pra sua última batida.
O fogo se restringiu, concentrando-se dento daquele único órgão humano com uma insuportável onda.
A onda foi respondida por um profundo e audível golpe, meu coração vacilou duas vezes e então bateu silenciosamente de novo só mais uma vez.
Não havia som, nem respiração, nem mesmo a minha, por um momento, a ausência de dor era tudo o que eu podia perceber.
E então eu pude abrir os meus olhos e olhei por cima de mim, encantada.
Tudo estava ainda mais claro e definido do que eu me lembrava, quando eu era híbrida, olhei ao redor e vi que estava no meu quarto então levantei da cama, e vi que Alec estava em um canto olhando para mim, ele chegou perto de mim e pegou minhas mãos, no mesmo estante eu o abracei, era tão bom sentir o seu abraço, eu me assustei por breve segundo por não ter sentido a diferença da nossa temperatura porque agora temos a mesma temperatura corporal, não tem mais quente e frio só frio...
Ele era ainda mais lindo do que os meus olhos meios humanos podiam ver...


—-- Renesmee calma, agora é sua vez de não me quebrar. - disse Alec e então eu o soltei eu tinha esquecido que agora eu sou mais forte que ele.

Eu olhei dentro de seus olhos e ouvi minha própria voz pela primeira vez.


—-- Desculpa... Eu te amo. - disse, mas parecia que eu estava cantando minha voz tocou como um sino, seu sorriso de resposta me deslumbrou.


—-- Também te amo. - ele me disse.

Depois pegou meu rosto entre suas mãos e inclinou seu rosto para o meu devagar o suficiente pra me lembrar de ser cuidadosa, ele me beijou, suave como um sussurro, de repente mais forte, com mais vontade, eu tentei lembrar de ser gentil com ele, mas era difícil lembrar de alguma coisa em meio às sensações dominantes, era difícil me segurar a algum pensamento coerente.
Era como se ele nunca tivesse me beijado, como se fosse o nosso primeiro beijo, e na verdade, ele nunca tinha me beijado desse jeito antes.
Apesar de não precisarmos de nenhum oxigênio, minha respiração acelerou, ficou rápida como havia estado quando eu estava queimando, esse era um tipo diferente de fogo.

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—-- Você esta ainda mais linda do que antes. - disse Alec e me puxou para a frente do espelho.


Eu fiquei olhando para a minha imagem mais por um breve minuto eu não me reconheci, a minha pele estava da cor de mármore tão branca quanto Alec e os meus cabelos estavam ainda mas avermelhados, os meus traços estavam mais definidos, e então eu vi os meus olhos, num tom de rubi, apesar de eu sempre ver os olhos de Alec assim me deu um arrepiou ver em mim.


—-- Meus olhos, são iguais os seus. - sussurrei.


—-- São sim, mas vamos ser vegetarianos, e em alguns meses os nossos olhos ficaram dourados como os da sua família. - disse Alec.


—-- Onde está Violetta? - perguntei.


—-- Lá em baixo, com seus pais. - disse Alec.


—-- Quero ve-la. - disse.


—-- Melhor depois, você precisa caçar controlar sua sede ela é meio humana. - disse Alec e no mesmo estante senti a minha garganta queimar novamente como no dia que ataquei Ambar.

Apenas acenti e pulamos a janela do meu quarto eu estava usando um lindo vestido vermelho de renda ele era curto e justo e tinha uma pequena fenda na lateral e estava usando uns scarpin preto, saímos em velocidade sobre-humana para a floresta e tudo a minha volta estava diferente, estava tudo mas claro e eu podia ouvir os animais com mas facilidade, não era a primeira vez que eu iria caçar mas era tudo diferente eu conseguia ver tudo nos mínimos detalhes.
Minutos depois paramos perto de um rio e eu fechei os olhos por uns minutos para escutar os sons e pegar a minha presa, depois de escutar os sons eu escutei uma ouça ao leste, imediatamente os meus olhos se abriram, e eu deixei os meus sentidos me levarem, me transformando em uma caçadora me virei e disparei pra leste, eu estava como um animal selvagem fora de controle a única coisa que eu queria era sangue, quando cheguei o mas perto possível da onça dei um pulo e aterrissei em cima dela, ela caiu e grunhiu em surpresa, ela olhou para mim e seus olhos brilhavam de fúria, e eu me lancei sobre ela, derrubando-a no chão.
As garras afiadas dela poderiam ter se reduzido a dedos por todo o impacto que eles tiveram na minha pele, seus dentes não tiveram sucesso contra meu ombro ou minha garganta, e sua instintiva resistência era lamentavelmente fraca contra a minha força.
Minhas mandíbulas se fecharam facilmente no ponto preciso onde o fluxo quente estava concentrado, meus dentes cortaram através do pêlo e da gordura e nervos como se eles nem estivessem ali.
O sabor do sangue animal não é um dos melhores, mais o sangue era quente e úmido, então acalmou a coceira enquanto eu bebia impetuosamente, a força da onça diminuía progressivamente e seus gritos
acabaram num gemido, o calor do sangue radiava por todo o meu corpo, aquecendo até as pontas dos meus dedos da mão e dos pés.
A onça tinha acabado antes que eu estivesse saciada, a sede iluminou-se de novo quando ela ficou seca, e eu empurrei a carcaça dela para longe de mim em desgosto.
E me pus ereta num movimento rápido, e voltei a escutar os sons e ouvi um cervo correndo aqui perto corri até ele o ataquei tomei todo o seu sangue e me senti cheia eu não estava totalmente saciada mais por agora não quero mais sangue.


—-- Saciada amor? - perguntou Alec.


—-- Controlada, quero ver Violetta vamos? - disse, e ele me estendeu a mão e eu a segurei, e voltamos para a casa do vô Carlisle em segundos já estávamos na porta, entramos e eu podia ouvir as batidas dos corações de Seth, Jacob e de Violetta no andar de cima.
Subimos e a minha família estava todos reunidos na sala.


—-- Você está ainda mais linda filha. - disse mamãe e me abracou depois abracei papai, e os outros.


Depois olhei para um canto da sala e lá estava ela no colo de tia Rosalie e Seth ao lado dela.
Então fui até tia Rosalie e a peguei em meus braços minha pequena Violetta meu anjinho ela estava diferente o seu cabelinho estava um pouco maior que antes ela sorria para mim o sorriso exatamente igual ao do pai, eu sentei no sofá e Alec sentou ao meu lado, Seth ficava o tempo todo me olhando como se estivesse observando cada movimento meu mas não liguei, só o que me importava agora era minha filha, minha Violetta.


—-- Ja tivemos experiências de mais não acham por hoje? Me dar ela Nessie. - pedio o Seth.


—-- Porque? - perguntei confusa.


—-- Porque é melhor para ela. - disse o Seth.


—-- Melhor? E você acha que o melhor para a minha filha e ficar longe de mim e isso? - perguntei ficando enritada.


—-- Seth, Renesmee tem todo o direito de estar com a nossa filha. - disse Alec.


—-- Eu só quero protege lá. - disse Seth.


—-- Qual seu problema? - perguntei e ao olhar o rosto de Seth e de todos os rostos da sala, a verdade me atingiu era por isso que eu não conseguia ficar longe do Seth, era por ela, ele teve um imprinting com a minha filha, eu olhei para Seth novamente e acho que a minha cara não era uma das melhores porque ele se encolheu imediatamente.


—-- Você acha que só porque teve um imprinting com a minha filha você tem algum direito sobre ela? Eu sou a mãe dela e Alec e o pai e ninguém irá tirar a nossa autoridade sobre ela entendeu? - disse e todos ficaram surpresos, mas não disseram nada depois vi que Violetta começou a dormir em meus braços.


—-- Deixa eu leva-lá para o quarto? - perguntou tia Rosalie, eu entreguei Vilu em seus braços e Seth foi com ela.