Anjos Da Noite

Resgates


POV Dirian

Eu ia correr até ela. Um raio só poderia mata-la. Dominadores de fogo morrem com raios, amenos que os direcionem, e isso é igual pra Wiccanos. Mas eu a olhei melhor, o raio, não havia machucado-a, quando o clarão se dissipou, eu percebi a transformação.

Os cabelos brancos dela estavam maiores, muito maiores, quase tocavam em seus pés, ela estava descalça usando uma saia curta azul, e um top rosa com mangas compridas. Das suas costas, brotavam dois galhos com várias folhas com os tons de outono. Asas. Asas de uma Wicca elevada. Ela se elevou.

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“Não acredito que isso aconteceu com Diana!” – comentou Valentin na minha mente – “ela não queria se elevar”.

–Eu.... Eu me elevei, sou uma Wicca completa! – comentou Diana me olhando pasma – eu tou voando, não tou dominando o ar... – ela se virou e olhou pras suas asas. Elas agora batiam tão rápido quanto as de uma mosca.

–Você se elevou? – perguntei.

–Sim, mas eu... eu estou bem, muito bem, achei que iria desaparecer e ficar presa em Animália, mas eu me sinto mais livre do que nunca.

–Você está ótima! – comentei.

–Vamos, temos que achar sua madrasta má! – disse pousando na minha frente

Corremos até a cabine do Figueira. Entramos arrombando a porta e gritando. Mas ele não acordou. Dai fizemos mais barulho. Ele não acordou. Usei minha super audição, o coração dele batia, isso era bom, então fizemos mais barulho, ele não acordou.

–Isso é inútil – comentei abrindo o frigobar e pegando um doritos – É melhor protegermos ele aqui, porque ele não vai acordar tão fácil!

Assim que eu abrir o pacote ele acordou.

–O que fazem na minha cabine? – perguntou ele.

–Assim você acorda? – perguntou Diana comendo uns salgadinhos no pacote que eu abrir.

–Escuta, tem uma gárgula e uma bruxa tramando contra o senhor – comecei comendo também, ninguém resiste a doritos – Temos que te proteger.

–Não acredito, quem está por trás disso? – perguntou ele.

–Quem mais estaria, irmão?! – exclamou uma mulher vestida com um esvoaçante vestido branco. Ela tinha cabelos negros e longos, lábios rubros como a rosa, pele branca como a neve... quero dizer, como e vestido que usava.

–Margarete?! – perguntou Figueira pasmo – ainda essa rivalidade?

–Rivalidade? Você sempre foi o favorito dos nossos pais, eu cheguei primeiro e você roubou tudo de mim, minha herança, o amor deles, e meu pônei.

–Ainda a historia do pônei...

–Pera, você é mais novo? – perguntou Diana.

–Tem certeza disso? – perguntei concordando com Diana, ele parecia tão velho, e a tal de Margarete tão jovem...

–Acontece que eu tenho pratica com feitiços de pele... – comentou a bruxa – E não foi só o pônei, sei que você pegou também aquele cristal, e eu adorava.

–O cristal nunca foi seu, a vovó que me deu! – argumentou o Sr. Figueira.

–HEY! – gritei – podemos voltar pra parte da vingança e do plano maléfico?

–Hum... Sim, voltando ao papel de irmã má – falou Margarete – Você ainda gasta a minha herança com essa idiotice de cruzeiro, onde seus convidados de honra n pagam nada? Eu me aliei a uma gárgula muito útil, ela tinha um livro de feitiços das trevas, e eu vou usar pra destruir a todos nesse navio. Mas antes, precisamos de seu poder pra escapar.

–Nunca vão ter minha ajuda! – exclamou Figueira determinado.

–É o que você pensa querido irmão, o plano foi todo arquitetado, vamos afundar esse navio, tirar tudo de valioso dele, e te matar depois que fugimos, e você, vão vai poder resistir! – disse ela olhando friamente pro irmão.

–Iremos impedir! – disse me colocando na frente do Sr. Figueira.

–Cecília, mostre a sua filhinha estúpida o que ela tem a perder! – mandou Margarete gritando pra o corredor atrás dela.

Cecília entrou acompanhada de três vampiros, segurando um gárgula alto forte com pelos azuis cobrindo seu corpo. Reconheci no mesmo instante, aquelas asas de morcego, negras e o cabelo espetado...

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–Marlon? Como elas te pegaram? – perguntei espantada.

–Ele veio pro casamento do seu pai e daquela humana medíocre, e eu o peguei, sabia que seria uma boa arma contra você.

“Valentin, quanto tempo temos até o sol nascer?” – perguntei mentalmente.

“Doze minutos” – respondeu.

“É o suficiente!”

Rugi e lancei uma das adagas no meu sinto nela, ela largou Marlon e Diana fez o ar empurra-lo até nós. Os vampiros atacaram mas eu saltei em cima deles, quebrei o pescoço de um com minha calda,enquanto arranhava outro no rosto, e chutava o ultimo. Todos caíram mortos no chão, mas como eu n usei nem prata nem estaca nem o sol, sabia que eles iriam voltar em alguns minutos:

–Era seu único truque?

–O veneno no sangue dele é meu truque querida – respondeu Cecília – O antídoto está do outro lado do navio, bem perto da proa, instruir o vampiro pra te dar de bom grado, mas, isso iria deixar Sr. Figueira protegido apenas por essa Wicca, e meus vampiros já irão acordar, alem do mais, temos o Valentin, ele também corre perigo, eu tinha vinte vampiros ao meu favor, eliminaram cinco, sobrou quinze, e vocês já mataram cinco na piscina, dez agora, esses três desmaiados, mas aquele com a cura, temos então sete seres super rápidos e forte, prestes a atacar seu pai, sua nova madrasta, e seu namorado, e você é a única que vejo com armas de prata, afinal seu pai logo logo vai virar humano.

–O que? – perguntei sem conseguir acreditar.

–Não fui clara? – perguntou Cecília com olhar sínico. – Vai ter que escolher jovem gárgula, Valentin, ou Marlon?

–Ainda tenho sete minutos!

Respondi pulando pela janela da suíte do Sr. Figueira, e planando até a proa do enorme navio cruzeiro. O vento não estava ao meu favor, mas eu sempre soube como mudar isso. Cecília estava certa, eu não poderia estar em dois lugares ao mesmo tempo, mas confio no talento de Valentin, e sei que ele vai resistir enquanto curo o Marlon, e sei que Diana vai proteger Figueira e Marlon enquanto eu estiver fora, afinal, ela se elevou.

O Vampiro não ia me dar a cura fácil, duelamos no ar por uns cinco minutos, e como eu levei dois pra chegar ali, foi quando o sol nasceu, e eu virei humana. Me joguei em cima dele assim que sentir minhas asas sumirem, e o levei pra baixo, ele rosnou de dor, mas eu sabia que não era como nos filmes, o sol não o mataria instantaneamente, primeiro iria enfraquecê-lo, depois ele iria assumir sua verdadeira forma como ultimo suspiro, a ultima tentativa de fuga. Mas eu não tinha tempo pra esperar, enfiei um “sai” no coração dele, e ele se petrificou.

Lição importante pra combate de vampiros, prata no coração os paralisa, eles estão cientes de tudo que acontece, mas não podem se mexer, estaca no coração, mata. Retirei o sai do coração, afina iria precisar, mas enfiei uma das minhas adagas no mesmo buraco antes que ele se mexesse, o sol o destruiria em poucos minutos,e eu tinha que correr levando a cura pro Marlon.... ah não.... Ele virou pedra... mas não preciso me preocupar com isso, enquanto ele for pedra, o veneno não poderá mata-lo, afinal o corpo dele está parado por fora e por dentro.

Corri pra minha cabine, meu pai tentava proteger clara lutando contra dois vampiros, enquanto outros dois estavam desmaiados no chão, e três estavam segurando Valentin. Valentin se deixou ser pego por vampiros? Não acredito! Ah, entendi. Um dos vampiros segurava um saco brilhante, devia ser alguma poção que o enfraquecia. Ele me disse uma planta bastante usada em magia negra, mas eu não tinha tempo pra lembrar disso agora.

Alguém me segurou por trás e me golpeou na coluna. Ouvi Cecília mandar tirarem Valentin dali antes de desmaiar.

–Você está bem? – foi a primeira pergunta do meu pai quando acordei.

Verifiquei o antídoto no meu bolso, ele estava intacto.

–Sim, estou bem, o que houve? – perguntei.

–Conseguir proteger Clara, mas ela tem Valentin – respondeu meu pai – Diana protegeu o Marlon e o Sr. Figueira, mas a tal de Margarete não vai desistir tão fácil.

Olhei a minha volta. Marlon estava transformado em estatua em um canto do quarto, Diana estava com Clara, e o Sr. Figueira andando de um lado pro outro, e todos nós, estávamos nos aposentos dele.

–E pior – começou Diana e virando pra mim – Se ela souber que botões apertar na cabeça de Valentin, ela vai conseguir sugar a força do bebe de Clara sem nem precisar dela.