Amores Proibidos

Uma tarde com você


Emma saiu da fila de check-in puxando sua mala de rodinhas e digitando uma nova MSG à Jane, quando sentiu alguém abraçar suas pernas. Seu coração disparou quando olhou para baixo e viu o garoto de cabelos castanhos que há dias não saia de seus pensamentos.

— Henry, que saudade! - Se abaixou e abraçou o menino, sentindo o doce cheiro de maçã verde que exalava de seus cabelos— Por que você esta aqui garoto?

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— Saudades do Emma. – Sorriu e olhou para trás— Mami também.

Emma sorriu ao ver a elegante mulher parada na sala de embarque, observando aquela interação com um sorriso indecifrável nos lábios e o Hulk de pelúcia nas mãos.

— Bom dia, Swan. – disse caminhando em direção à loira

Emma levantou, um pouco nervosa, as mãos suavam.— Ei... Bom dia Mills — Regina revirou os olhos— Você veio se despedir de mim?

— Você não está indo para algum lugar sem planos de voltar, então não há nenhuma necessidade de despedidas - Regina desviou o olhar para a pelúcia verde em suas mãos. – Tenho uma filial em L.A. pensei em visitar.

— Então você vai viajar comigo? - Os olhos de Emma se arregalaram, e a morena não conseguiu evitar o sorriso ao ver aquela animação a sua frente.

— Não é necessariamente viajar com você, já que estamos indo para o mesmo destino. – Regina gesticulava com as mãos, aparentemente estava ansiosa — Henry queria te ver, e... Jane não pôde vir... Então eu... Pensei que talvez...

— Sim. - Emma disse sorrindo e olhou para Henry que assistia as duas com curiosidade, ainda agarrado as pernas da loira.

— Sim o que? - Regina perguntou confusa e observou um casal de meninas passarem perto delas, as olhando maliciosamente e disfarçadamente tirando fotos com o celular.

— Sim. Vai ser ótimo ter vocês no lugar da Jane. – A loira se abaixou e abraçou Henry novamente, o levantando no colo — O quarto deve ser enorme, então acho que cabe nós três, porque tenho certeza que você não vai achar outro tão rápido. - Disse ainda mais animada, o sorriso não cabendo em seu rosto, ignorando as pessoas que observavam e cochichavam ao redor.

Regina sorriu, os olhos voltaram a percorrer o local, de alguma forma elas estavam chamando muita atenção.

— Então Regina, quem te obrigou a fazer essa viagem comigo? – Emma perguntou enquanto observava Henry brincar com o anel em seu colar. Regina percebeu o movimento, se perguntando de quem era aquele anel que Emma carregava.

— Ninguém me forçou a vir, foi uma decisão exclusivamente minha. — A morena puxou sua mala em direção as cadeiras. Ansiosa para fugir dos olhares e das fotos tiradas furtivamente.

— Por quê? - Emma a seguiu puxando sua mala com uma mão enquanto a outra estava ocupada segurando Henry, ambos passando por Regina.

A morena revirou os olhos em desgosto, não podia acreditar que teria que repetir a frase novamente.

— Eu tenho que lembrá-la de novo da sua insistência de que nós devemos ser amigos? - perguntou quase entre dentes

A loira parou de repente, e girou nos calcanhares, quase colidindo com Regina.

— Então, você finalmente aceitou o nosso destino inevitável? – Perguntou com um sorriso maroto

— Digamos que eu estou pesando as vantagens. – A morena sentou em uma cadeira, tirando seu cachecol e o colocando sobre a mala.

— Uau, vantagens? Estou lisonjeada. – Sentou com Henry em seu colo— Garoto, acho melhor a gente comer alguma coisa antes de embarcar, a comida que eles servem no avião é horrível – Fez uma careta e Henry riu.

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***

Jane

Jane estava sentada no sofá da sala comendo uma tigela de sucrilhos Captain Crunch, enquanto assistia ao canal de vendas. A conversa que teve mais cedo com Emma ainda correndo por sua mente.

“ – Quais são seus planos em minha ausência? – Emma disse enquanto tomava uma generosa xícara de chocolate com canela, sentada ao lado de Jane no sofá— Espero que não esteja planejando ficar o dia todo nesse sofá com um pote de sorvete. Desde nossa volta da Espanha você tá nessa depressão ai.

— O que você disse? Desculpe, não estava prestando atenção. – Jane esfregou os olhos afastando alguns pensamentos.

— Perguntei se você iria aproveitar a minha ausência pra sair com a Maura. – Bebeu mais um gole da sua xícara, alheia ao olhar de susto da morena.

— Ah creio que não! Ela não está conversando comigo desde o beijo que tivemos aquele dia. Será que ela se arrependeu? – Observou Emma colocar a xícara na mesa de centro e se levantar.

— Hum, isso ai não posso te responder, você só saberá se perguntar pra ela, parceira. – Espreguiçou e olhou ao redor, procurando onde havia deixado sua mala. – Chama ela pra ver o que tem no netflix, as vezes funciona comigo.

— Mas como vou chamar se ela não me deixa nem chegar perto, e nem atende o celular? – Apontou para a mala atrás da estatueta de vidro que elas haviam ganhado de uma ONG defensora dos direitos da mulher após as duas participarem de uma campanha contra feminicidio e fazerem uma generosa doação.

Emma sorriu agradecida e foi até sua mala— Jane, sei que você é mais esperta do que está demonstrando, logo você descobrirá um jeito de resolver essa situação. Isso não é o fim do mundo sabe, basta você se esforçar um pouco mais. – Colocou sua jaqueta vermelha e um cachecol — Ela só deve estar receosa, afinal você é cliente dela né, e vai se casar comigo, ou melhor, já casamos. Primeiro tenta saber o que realmente ela ta sentindo.”

Jane colocou a tigela de sucrilhos em cima da mesa, sacudiu sua camisa para tirar as migalhas e pegou o celular.

***

Emma & Regina ... e Henry

— Nem acredito que aquele senhor me deixou trocar de lugar com ele. – Emma disse ao sentar no corredor do avião ao lado de Regina.

— Você foi tão insistente, que acho que até o piloto trocaria de lugar com você. – Regina abaixou o livro que havia escolhido para ler durante a viagem, com certeza isso seria impossível agora.

— Henry já dormiu? – Emma perguntou, inclinando o corpo um pouco sobre Regina para assistir o menino agarrado ao Hulk de pelúcia, sua cabeça repousava tranquila em dois travesseiros.

— O acordei muito cedo para vir. – olhou a forma como a loira sorria admirando o sono do menino, seu perfume exalando tão perto do rosto da morena.

— Você faz ideia do quanto estou feliz em ter vocês dois aqui?!— Emma falava como uma criança na véspera do natal.

Regina olhou para a mulher de olhos jade brilhantes— Ajudei você a escolher um guarda roupa inteiro de roupas, e você está usando a mesma jaqueta e calça de quando nos conhecemos.

Emma sorriu com a ideia de Regina lembrar-se dela no dia em que se conheceram e se ajeitou melhor em sua poltrona. — Fazer o que? Sou sentimental, essas roupas são quase da família.

— Ainda bem que não está usando aquele gorro estranho.

— Está na minha mala. – A loira sorriu

Regina revirou os olhos.

***

Maura

Maura estava sentada à mesa da cozinha, tomando seu café preto orgânico enquanto observava seu bonsai.

Os pensamentos iam para todos os lugares, mas sempre retornavam ao beijo trocado com Jane, como um bulmerang jogado por um amador. Respirou fundo e tentou se concentrar em qualquer coisa que não fosse seus sentimentos por aquela morena.

Sentimentos sempre foram confusos para ela. “Não adianta saber que os sentimentos existem se não sabe o que fazer a respeito deles’. Lembrou-se das palavras de Regina em sua última conversa na Espanha.

Se assustou com o telefone anunciando uma mensagem.

Jane: “Maura, sei que você está me evitando, não sei qual o motivo disso tudo... Na verdade sei sim. Mas sabe, não estou aguentando ficar mais sem falar com você, por favor! Não me ignore, desde nosso beijo que você me afasta. Será que foi tão ruim assim? Se foi pode falar que não ficarei chateada. Da próxima vez eu tento fazer melhor, se você quiser é claro. Por favor, me responda, preciso saber se você está viva. :( ”

Maura sorriu para a tela do celular, olhou para o vapor saindo da sua xícara “Keep Calm and buy Shoes” e retornou o celular para a mesa.

Mais uma vez ele vibrou

Jane: “Tem certeza que esta viva? O.o Será que não seria melhor eu chamar os bombeiros ou ligar para sua vizinha dos gatos para ela ir ai te dar uma verificada?”

Maura gargalhou e bloqueou novamente a tela do celular, dessa vez não o retornou para a mesa, ficou observando sua tela apagada.

Outra mensagem

Jane: “Certa vez li uma reportagem que os gatos comeram a dona morta. Nunca mais olhei um gato da mesma forma. Espero que os gatos não saibam pular seu muro. ^.^ Mande sinal de fumaça se estiver viva, ou me responda.”

Maura não bloqueou a tela, ficou observando o “digitando” no canto superior do aplicativo.

Jane: “Sabe, queria ser sua vizinha. Eu não teria gatos e todo dia iria bater na sua porta pedindo uma xícara de açúcar e a senha do WI FI. Me responda se ainda estiver respirando, pode ser por carta, telegrama, código Morse”

Maura colocou a xícara na mesa e começou a digitar.

***

Emma & Regina ... e Henry

Henry entrou correndo no quarto assim que Emma passou o cartão-chave. Ambas mulheres chocadas em como aquele menino tinha tanta energia após seis horas e meia de viagem.

— Não corre querido — Regina falou ao passar pela porta que a loira ainda mantinha aberta, como um cavalheiro.

— Deixa que eu te ajudo. – Emma pegou a alça da mala, roçando propositalmente sua mão a da morena.— Acredito que temos um closet. Se quiser posso colocar suas coisas lá.

Regina sorriu agradecida e voltou sua atenção para Henry que abria o minifrigobar e tirava uma lata de Duff.

— Não meu amor, essa aqui você não pode beber. – a morena retirou a lata da mão do menino, a retornando para o minifrigobar— Toma, esse você pode.

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Abriu uma lata de suco de pêssego e entregou ao menino, levantou e colocou as mãos na cintura, olhando ao redor do quarto. Emma ainda estava concentrada em tirar com extremo cuidado as roupas da mala da morena.

— Acredito que esse sofá é bem confortável Swan. Você não terá problemas com ele.- A morena disse olhando o pequeno sofá creme no canto do quarto

Emma parou o movimento, olhos arregalados— Achei que eu fosse dormir na cama.

— Ah não querida. Henry e eu vamos dormir na cama. O sofá será seu amigo.

Emma respirou fundo e olhou o teto. “Que mulher difícil meu Deus”

***

Jane

Jane estava deitada no sofá, ansiosa pela longa mensagem que Maura parecia digitar, o coração disparado enquanto ela lia pela centésima vez “digitando”.

Maura: “ Jane, me desculpe por ter te afastado de mim. Necessitava de um momento de reflexão após os acontecimentos dos últimos dias. Precisava pensar com clareza, e agora vejo que o aconteceu foi um erro, um erro que não deve ser repetido. Emma não merece passar por isso, na verdade nem nós merecemos. Vocês parecem estar se acertando, e não quero ser um empecilho a um romance promissor. Ainda irei pedir desculpas a Emma, me sinto extremamente culpada por ela ter presenciado aquela cena.”

Jane leu a mensagem duas vezes, tentando entender o porquê de a vida ser tão complicada às vezes.

Digitou uma resposta

Jane: “Hey Maura, relaxe sobre o que a Emma viu ;-) Graças a Deus foi ela, ou agora eu estaria lixando as unhas da minha avó lá na Itália. Meus sentimentos pela Emma e os dela por mim não são bem o que você está pensando. Nela encontrei uma amiga para todas as horas. ^ ^

Entendo que você esteja receosa sobre tudo, mas vamos nos acalmar e pensar em uma solução juntas, ok? Só não se afaste de mim novamente, eu quase estava pagando propina pra vizinha dos gatos para ter alguma informação sobre você.”

***

Emma & Regina ... e Henry

— Pronto, tudo guardadinho. — Emma olhava as roupas perfeitamente guardadas no closet após recoloca-las pela segunda vez, para ela sobrou apenas um pequeno pedaço na ultima parte, próximo ao solo, onde deveria ser a sapateira. Apenas jogou suas roupas, ‘não amassaria em apenas algumas horas certo?’ – Regina, ainda não sei como você consegue viver sem ter súditos deixando tudo ao seu gosto e fazendo todas as suas vontades?

Regina estava sentada na cama observando a loira e estendeu a mão como se fosse pegar a lata de suco de uva no criado mudo, porém sem esticar muito o braço, mantendo uma distância do móvel, e olhou da lata para a loira.

Emma se aproximou rápido pegando a lata e entregando para a morena.

Regina sorriu— Quem disse que não tenho súditos? – abriu-a e bebeu

Emma revirou os olhos para a armadilha que havia caído.— E então, vamos almoçar? Podemos ir a um parque depois, soube que tem um ótimo aqui perto.

Henry pulou de joelhos na cama, animado pela ideia

— Não há necessidade de fazer isso Emma.

— Mas eu quero fazer. Só vou encontrar com Nina, minha empresária, à noite. Então posso aproveitar essa tarde inteira com vocês. - Henry desceu da cama animado.

— Emma, você vai mesmo entrar para o MMA? Lá tem muita violência.

A loira sorriu com a preocupação e sentou na cama, ao lado de Regina— Nina acha melhor, assim serei mais vista, e quem sabe consigo entrar na UFC. Jamais achei que poderia tanto, mas ela acha que sim. No Muay Thai não tenho essa oportunidade e como sei Jiu jitsu brasileiro vou fazer o teste hoje, é regra saber mais de uma modalidade.

A morena a olhava preocupada— E se você se machucar?

Emma se aproximou um pouco mais, roçando seu braço no braço da outra mulher – Há regras, vou ficar bem. E qualquer coisa você estará sempre lá para me dar apoio ou pra segurar a bolsa de gelo. — Trocaram um olhar intenso, a preocupação ainda evidente na testa franzida da morena que apertava a lata em suas mãos. A lutadora mordeu o lábio inferior sentindo como se um imã estivesse entre elas.

— Maammi! Emma! — Henry apareceu perto das duas mulheres na cama. Ambas olharam o pequeno segurando dois sapatos de salto da mãe, um de cada cor, e um tênis de Emma, o outro havia caído no percurso do closet até a cama.— Aqui, veste. Vamos.

Regina olhou para os pés do filho que estava com os sapatos invertidos, esquerdo no direito e direito no esquerdo, não pôde deixar de sorrir.

Emma olhou o closet, quase todas as roupas estavam emboladas no chão.

***

Maura

Maura andava ansiosa pela cozinha, aguardando Jane terminar de digitar. Em uma das suas voltas lembrou que a morena não havia viajado com Emma porque estava doente, aparentemente gripada. ‘Será que ela está melhor?’ pensou e decidiu visitar a morena mais tarde.

Seu celular vibrou em sua mão.

Sorriu para a brincadeira com a “vizinha dos gatos” e sentiu seu coração acelerar ao ler a respeito dos sentimentos da morena por Emma. Em seguida digitou uma mensagem.

Maura: “Tudo bem Jane, não vou me afastar mais, acho que já refleti o suficiente. Sobre nós, não acho apropriado nos enxergamos como algo além de uma amizade. Você não está disponível e isso só iria nos machucar. Vamos ser apenas amigas, ok? Pois decidi que quero ter você ao meu lado mesmo que seja somente como amiga”.

Maura respirou fundo antes de enviar a mensagem a relendo algumas vezes, tudo que ela menos queria agora era ser apenas uma amiga.

***

Jane

A morena estava sentada no sofá, enquanto batia de leve o celular no queixo, pensativa sobre a última frase de Maura “Quero ter você ao meu lado mesmo que seja somente como amiga”.
Não queria tê-la somente como amiga, talvez isso fosse apenas um hiato, todas as esperanças ainda não estavam cortadas, ‘talvez eu ainda tenha uma chance’, pensou.

Ouviu alguém bater campainha, estranhou que o porteiro não havia avisado, possivelmente era algum conhecido com passagem livre.

Abriu a porta e não pôde deixar de perceber a boca aberta da mulher a sua frente. Jane olhou para si mesma, percebendo que estava apenas com uma camiseta e calcinha...de novo.

— Emma sempre reclama que atendo a porta assim, mas você já me viu antes, sem calças, então ... – Deu de ombro enquanto Ariel não sabia como reagir.

— Fique a vontade – A morena disse ao dar passagem à ruiva que corou um pouco – Mas você tá ciente que a Emma viajou né? Três dias fora. – disse ao pegar uma bermuda de basquete de Emma jogada no sofá e vestir.

— Sim, eu sei – Ariel se agarrou a bolsa enquanto sentava no sofá— Mas vim por você. Soube que você não viajou por estar doente.

Jane parou com o controle na mão, confusa. – Doente?

— Sim, Emma nos informou que você não iria viajar por estar doente. Fiquei preocupada. — olhou ao redor e reparou a tigela de sucrilhos na mesa de centro.

A morena se chutou mentalmente enquanto sentava no sofá— Ah sim. Fiquei muito doente, na verdade ainda estou. Mal dormi de noite.

— Já foi medicada? Já comeu alguma coisa? – Ariel se aproximou colocando uma mão na coxa da morena.

— Estou bem, obrigada. – Jane afastou um pouco, sentando literalmente na ponta, agradecendo aos céus pelo sofá grande.

— Então? O que você está assistindo? — A ruiva fez uma careta ao olhar a TV e perceber que estava no canal de vendas— Pretende comprar aquela máquina de gelo?

— Ela faz quinze quilos de gelo em cinco minutos!

— E o que você e Emma pretendem fazer com tudo isso de gelo?! – perguntou com uma nova careta, porém se aproximando sutilmente um pouco mais de Jane.

— Nunca se sabe. Então vamos assistir a um filme? Gosta de terror? Tem um ótimo aqui, The evil dead. É sobre uma menina que fica possuída e sai matando os amigos tudo. Muito bom, vamos assistir? – Ariel olhava assustada para a morena, a cor sumindo aos poucos do seu rosto.

Jane sorriu ‘Não ha clima que resista a The evil dead’ pensou ao escrever o filme na busca, só havia visto a sinopse e se assustou, então faria um sacrifício.

***

Emma & Henry... e Regina

Regina estava sentada no banco do parque, próximo ao playground, dois contra um decidiram pelo parque próximo ao hotel. Ela estava feliz com a cena que assistia, Henry estava tão apaixonado por Emma que isso deu à morena a oportunidade de recuperar o atraso em seu mais recente romance, mas apesar de seus olhos colados à página, ela não podia deixar de olhar por cima do livro para ver Henry perseguido Emma em torno do playground.

Seus olhos seguiram seu filho com as pernas robustas correndo a esmo, levantando a areia no processo. Emma abrandou seu ritmo um pouco, deixando Henry tocá-la com os dedos estendidos antes de pega-lo pela cintura e gira-lo 360°, o retornando graciosamente para o chão.

Regina engasgou com o movimento, mas o choque foi imediatamente substituído com a gargalhada suave de Henry, a morena notou que o garoto olhava para Emma com tamanha admiração. E antes que a loira pudesse reagir, ele pulou em seu colo a derrubando no chão, por reflexo Emma amorteceu a queda para o menino que começou a fazer cócegas nela. A loira ria alto, fingindo se contorcer de cócegas.

Regina escondeu o riso atrás de seu livro, porém seus olhos encontraram os olhos jade e Emma sorriu, colocando todo o peso de Henry em um braço para acenar para Regina falando um ofegante “oi” enquanto se levantava. A morena sacudiu a cabeça brincando e acenou de volta

***

Ariel e Jane

— Por favor Jane, tira esse filme! – A ruiva quase implorava se escondendo atrás da almofada— Vou passar mal.

Jane riu e pausou o filme virando-se para Ariel, achando “fofo” a mulher se escondendo.— É só um pouco de sangue e amputação. – falou sentindo seu estomago revirar, ela mesma estava quase se jogando atrás do sofá e ficando lá em posição fetal, jamais assistiria um filme de terror assim novamente.

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— Por favor. – olhos verdes olhavam aterrorizados.

Jane soltou o ar— Tá bom. – Também não gostava de terror, principalmente esses tão macabros, certamente teria pesadelos a noite.— Mas só vou trocar de filme porq...

Foi interrompida por um beijo rápido de Ariel que praticamente se jogou em cima dela. A primeira reação da morena foi a falta de reação, porém quando sentiu o beijo se aprofundar, delicadamente afastou a ruiva pelos ombros.

— Ariel, não. Acho que você está confundindo as coisas. – Olhou nos olhos da ruiva que ainda encarava seus lábios. — Eu amo a Emma, pertenço a ela.

— Ela não está aqui, então...

A campainha tocou. ‘Será que esse porteiro não quer trabalhar mais?”

— Você estava esperando alguém? – Ariel perguntou ao ver Jane se levantar.

— Não – A campainha tocou novamente— Estou indo! Jesus ...Eu disse que eu estou ...

Jane não pôde deixar de reparar o homem alto e charmoso parado em sua porta.

— Hã... Posso ajudar? — a morena perguntou enquanto reparava a roupa de couro do homem, com certeza aquilo devia esquentar.

— Oi. O porteiro não estava lá, e o portão estava aberto... Então entrei. – O homem se desculpou e sorriu galante.

— Mas quem exatamente é você? – Jane levantou uma sobrancelha

— Killian Jones, o Best Man de Emma, prazer – estendeu a mão, Jane a pegou e o moreno deixou um beijo nas costas da mão da morena.

Ela fez uma careta.

Ariel apareceu na porta para ver o que estava acontecendo. – oi

— Oi — Killian sorriu e levantou uma sobrancelha olhando de Ariel para Jane, silenciosamente perguntando o que a outra mulher estava fazendo ali.

— Hã – Jane pigarreou— Essa é a Ariel, treinadora da Emma. E esse é o Killian, padrinho da... Emma

— Oh, - a ruiva cruzou os braços— Nós não estávamos esperando alguém passar por aqui hoje. Você veio para o noivado?

Killian não deixou passar a forma possessiva do “nós” na frase.

— Será que eu vim em um momento ruim?- Ele olhou entre as duas.

— Claro que não! Vamos, entre – Jane disse apressada e feliz ao dar passagem ao moreno que entrou com sua mala e mochila na mão— Nós estávamos assistindo TV.

— Emma estava ciente que eu viria. Ela não te avisou? – Killian perguntou sem graça, olhando de soslaio para Ariel que voltava para o sofá, ela parecia irritada.

— Não, na verdade não... Espera — Jane pegou o celular— Ah sim. Ela mandou uma mensagem. É pra você ficar no quarto dela. Deixa que eu levo suas malas.

A morena pegou as coisas do homem que sentou no sofá, ao lado de Ariel.

***



Emma & Regina ... Henry & ?

Emma empurrava Henry no balanço sobre os olhos protetores de Regina. O menino abria os braços e os esticava sempre que chegava ao alto, tentando alcançar o céu.

— Mais forte Emma.— Pedia - — TIA ZEL!! - Gritou, balançando para fora do alcance de Emma.

Ambas as mulheres olharam para ver Henry correndo em direção a sua tia Zelena, que andava tranquilamente pelo parque com seu vestido preto e chapéu. Regina pegou sua bolsa que continha tudo que Henry poderia precisar e se levantou, fazendo seu caminho em direção a irmã.

— Oi Zelena – a morena cumprimentou, estendendo a mão cordialmente, uma vez que Zelena desceu Henry do seu abraço de improviso. – Eu ia te visitar mais tarde.

— Sim, me avisaram, mas você não estava com saudades da sua irmã preferida? – disse sorrindo e Regina revirou os olhos.

— Você é minha única irmã

— Mas isso não diminui o fato de eu ser a preferida. Na verdade, vim aqui porque me avisaram que você estava sorrindo no parque. Não acreditei e vim conferir pessoalmente. – Regina revirou os olhos novamente — Faz tantos anos que ninguém além de Henry vê seu sorriso que tive que vim aqui conferir por mim mesma. - piscou

Emma se aproximou e Regina apontou para a loira ao lado dela. - Você se lembra da Ms. Swan da Adidas?

— Claro - Zelena sorriu. — A nova menina dos olhos de um dos nossos patrocinadores, bem mais bonita pessoalmente. Meu namorado apostou nela, e ganhou. Ele disse que as estreias sempre se esforçam mais.

— Sério? — Regina perguntou enquanto Emma se encolheu pela metade.

— Você sabe como ele é. Ama uma aposta, afinal foi assim que o conheci — Sorriu arrumando seu chapéu.

— E como ele tem tratando você? - Regina perguntou.

— Ele me mantém ocupada - balançou a cabeça antes de virar em direção a Henry. – Será que esse lindo garoto pode passar o resto da tarde com a tia? – Zelena olhou para a irmã— Prometo devolve-lo as 8pm

Henry pulou de entusiasmo e olhou com expectativa para a mãe que apenas assentiu. Então pulou antes de correr para o balanço, onde descansou sua barriga no assento e deixou seus pés pairar no ar, como se estivesse voando.

— Então – Zelena sorriu com conhecimento de causa para a forma que Regina olhava Emma.— Como vou ficar com Henry, vocês duas podem sair para jantar. Posso indicar vários restaurantes fabulosos aqui.

Zelena sorriu ao perceber que Emma e Regina coraram.

— Acho que vai ser legal – A loira encolheu os ombros, evitando olhar para a mulher ao seu lado.

As três mulheres olharam para ver Henry descansando seu estômago no balanço ainda que agora ele estava andando em pequenos círculos, enrolando a corrente do balanço até que seus pés mal tocavam o chão. Regina engasgou e abriu a boca para chamá-lo, mas Emma segurou a mão dela, parando as palavras antes de terem a chance de se formar, de alguma forma acalmando a morena.

Zelena observou as mãos inconscientemente dadas. Sua irmã estava diferente, estava mais leve e parecia feliz, mesmo estando a ponto de um ataque cardíaco com medo do filho se machucar.

Quando Henry não conseguia mais girar, levantou os pés do chão, e deixou o desenrolar da corrente o girar em um ritmo moderado. Ele gritou de alegria, esticando os braços como asas até que seus pés finalmente tocaram o solo.

Regina soltou o ar aliviada e fechou os dedos reflexivamente na mão de Emma, fazendo pequenos círculos com o polegar ao longo da pele da loira. – Você ainda vai me matar do coração, Emma.

— Só estou tentando fazer seu filho feliz.

As duas mulheres continuaram assistindo as voltas de Henry, até que Zelena pigarreou, chamando a atenção das mulheres

— Bom, então vou levar meu sobrinho agora. – sorriu ao perceber que as mulheres ainda estavam de mãos dadas.

— Tudo bem – A morena percebeu que ainda estava com a mão unida a da Emma e a deslizou, notando o frio imediato que veio com o ato, mas se recusou a pensar muito sobre isso. — Apenas tome conta dele por favor, ele é tudo que tenho.

— Deixa comigo. Vamos com a titia, Henry? – O garoto saiu correndo do balanço e abraçou as pernas de Emma, que abaixou e deu um beijo em seu cabelo. Regina repetiu o processo e retirou vários itens de sua bolsa, entregando a irmã

Após a partida de Henry com a tia, Regina caminhou de volta para o banco pegar seu livro.

— Você não vai chorar né? Ele volta essa noite. – Emma brincou sentando ao lado da morena no banco.

— Você está rindo da minha dor materna? Você vai entender e pensar em mim quando tiver um filho.

— Provavelmente vou pensar em você antes disso - Emma comentou casualmente, paralisando ao perceber o que disse.

Regina corou e guardou o livro dentro da bolsa.

— Você vê sua irmã sempre? – A loira perguntou casualmente ainda se recuperando da sua falta de filtro.

— Ela cuida da nossa filial aqui, mas sempre que pode vai nos visitar, o que se resume a duas vezes por ano. Porém Henry conversa muito com ela por videochamada.

— Vocês deveriam dar um jeito de se encontrarem mais vezes, Henry parece gostar muito dela. E ela é muito bonita e agradável.

Regina girou o pescoço devagar olhando para Emma e cruzou os braços.— Você está interessada na minha irmã, Swan?

— Estou interessada em comer algo. Vamos?

Regina sorriu, havia algo sobre estar com Emma Swan que ela não conseguia explicar.