Amor à venda.

NÃO É ATUALIZAÇÃO - 02 anos de Amor à Venda...


[Prévia do capítulo 34]

— Eu não fiz isso.

— Com certeza você fez. — a jovem se afastou minimamente dos seus braços e o encarou com determinação. — E não foi só uma simples risada, Sr. Parker… Você gargalhou na minha cara.

Vincent franziu o cenho pensativo, enquanto afagava as costas nuas da assistente.

— Eu não estava zombando de você. — ele concluiu por fim. Gilan ergueu uma sobrancelha, duvidando daquilo. — Eu falo sério.

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— E como você explica o “eu sei ler, Srta. Robert”. — a assistente falou debochada, fazendo aspas aéreas e tentando imitar o tom de voz dele.

— Nesse caso eu realmente fui um idiota. — confessou Vincent, e o riso da jovem ecoou por todo o quarto.

Então, era isso. Gilan estava apaixonada por ele.

Por ele.

E mesmo agora, a tendo tão confortável entre os lençóis, com os cabelos bagunçados e o seu rosto docemente corado, aquela revelação ainda não fazia o menor sentido. Parecia uma invenção da sua mente desesperada por algo bom.

E Gilan era tão boa.

Tão bonita e quente.

A pele da jovem tinha uma temperatura estimulante e cada pequeno pedaço dela o deixava fora de si. Vincent simplesmente não conseguia parar de tocá-la. E estarem jogados na antiga cama da assistente, depois de tantas horas, era a prova disso.

Vincent poderia tê-la mil vezes que ainda assim, não ficaria totalmente satisfeito. Era algo como necessidade. Ou pior, encantamento. Porque a verdade era que Gilan o enfeitiçara.

Completamente. De maneiras que ele sequer se dera conta.

Gostava do seu temperamento espontâneo, de suas opiniões honestas, de todos os seus assuntos. Ele gostava da sua respiração suave, de seus gemidos contidos e de todas as vezes que a fazia sorrir. Merda! Ele gostava demais da personalidade dela.

Não. Ele simplesmente a adorava. Adorava tudo aquilo que Gilan era, sem precisar mudar um fio de cabelo sequer.

— E eu quase me levantei e abandonei aquela entrevista. — a jovem se deitou de bruços, apoiando a cabeça em uma de suas mãos.

— Fico feliz que você não tenha feito isso.

— É claro que fica, — Gilan revirou os olhos. — eu sou uma ótima assistente. — retrucou convencida.

— Esse é um grande motivo, sem dúvidas. — Vincent sorriu e se inclinou um pouco, a fim de fitar os olhos da jovem. — Mas eu fico feliz por estar aqui... Com você.

Gilan desviou o olhar numa rapidez que o incomodou. Vincent observou o rosto da jovem se contrair e mudar de cor, cobrindo a sua pele num tom ainda mais vibrante do que antes.

— Eu não disse nenhuma mentira, Gilan.

— E eu não disse nada. — a jovem tentou desconversar.

— Esse é o problema… — não escapou de Vincent quando a assistente mudou o ritmo de sua respiração assim que ele acariciou o rosado de suas bochechas. — Eu gostaria que tivesse dito. Eu gostaria de saber o que você está pensando.

— Eu não estou pensando em nada. — ela insistiu um tanto nervosa.

Vincent se aproximou encostando os seus corpos. A ausência de roupas fez com que a jovem se arrepiasse, e eram justamente essas reações tão imediatas de Gilan que o transtornavam. A verdade era que nunca havia se sentido tão lisonjeado antes ao lado de uma mulher. Nunca.

Eu estou apaixonada por você. E Vincent podia sentir isso. Podia sentir cada palavra daquela confissão fluindo do corpo dela.

— Você me pediu intimidade, Gilan. E eu estou disposto a te dar isso. — a assistente se contorceu, e o toque entre eles fervilhou de uma maneira injusta demais para que Vincent conseguisse se concentrar. Ele bufou frustrado e se afastou só um pouco. — Deus! Eu realmente quero te dar tudo isso. Mas não apenas essa intimidade que trocamos nesse apartamento, nessa cama, naquele balcão.

Vincent passeou as mãos pelas laterais do corpo arrepiado de Gilan e precisou juntar todas as suas forças para não apertá-la contra si e recomeçar tudo de novo. Era insano o quanto já estava duro com uma aproximação de poucos minutos, e era tentador saber que a assistente parecia igualmente pronta para ele.

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— Eu quero que você também me deixe tentar. — ele segurou o rosto da assistente com as duas mãos e pressionou a sua testa contra a dela. — Eu realmente preciso disso, Gilan… Tentar.

— Eu estava pensando no contrato. — a jovem finalmente revelou.

Vincent a soltou e a olhou com atenção, buscando incentivá-la a prosseguir.

— Eu estava pensando se seria eu aqui… Com você… Se Elaine não estivesse doente. — a confissão saiu dos lábios dela num pequeno e inseguro sussurro. E ele a analisou por um tempo antes de finalmente dizer algo.

— Eu não posso responder isso. — Vincent concluiu, e a assistente o olhou parecendo um tanto desapontada. — Eu não posso responder porque essa opção não existe. Tudo aconteceu da forma que aconteceu. E não há outra realidade senão essa. O que eu posso dizer é que agora, nesse lugar em que a minha mãe está doente, em que temos um contrato de casamento, em que decidimos tentar… Não poderia ser ninguém mais além de você, Gilan. Ninguém mais.


(...)