Amor e ódio entre Duas Sacadas
Capítulo 31
Lucie pov’s
O Ricardo logo me soltou do abraço e voltou pro banho sem sabonete. Agora eu teria que ir até a farmácia comprar sabonetes para ele.
- Onde vai com tanta pressa Lucie?
Eu ouvi uma voz doce e conhecida perguntar.
- Oi Henrique. Vou comprar sabonetes especiais pro seu primo ali na farmácia.
- Posso ir com você? Assim a gente aproveita pra ir tomar um sorvete na volta.
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Ele me acompanhou até a farmácia e começou a rir quando eu falei da pele super sensível do Ricardo, aos poucos eu via que o Ricardo e o Henrique eram bem diferentes. Um era mais fresco e me deixava cada vez mais surpresa com as esquisitices que ele fazia, já o outro era mais sério e concentrado, além de ter mais sangue frio e coragem.
- Agora a gente pode ir tomar sorvete?
- Claro Henrique. Na pracinha?
- É, vamos.
Ele pegou delicadamente na minha mão me deixando um pouco surpresa por um momento e a gente foi comprar sorvete de morango e chocolate.
- Onde a gente pode comer?
- Acho que podemos ir ao balanço.
- No balanço?
- E qual é o problema Lucie?
- É estranho.
- Você que é estranha, onde já se viu trocar sorvete de morango por de chocolate?
- Morango é bem melhor que chocolate, pelo menos não enjoa.
- Chocolate nunca enjoa. Só você e o Ricardo mesmo pra preferirem morango.
- Eu e o Ricardo temos bom gosto.
- Vê-se, bom gosto principalmente para alugar barcos.
- Como você sabe desta história.
- Ele me contou. Contar com a ajuda do vento, que idéia idiota.
- Ele é mesmo um idiota, tanto que nem imagina quantas oportunidades já perdeu por isso.
- Do que você está falando?
-Nada, deixa pra lá. caiu sorvete no seu braço.
- Você lá buscar mais um guardanapo pra limpar.
- Não precisa deixa que eu limpo.
Ele limpou o sorvete do meu braço com a boca. Enquanto eu olhava assustada para o Henrique que começava a beijar o meu braço agora melado de sorvete e saliva e aos poucos passava seus lábios quentes para perto do meu rosto. Logo os nossos sorvetes já estavam caídos no chão e cobertos de areia quando nós começamos a nos beijar ali mesmo.
Ficamos pelo menos uma meia hora sentados nos balanços apenas interrompendo nossos beijos para começar outros e outros.
- Henrique acho melhor eu ir.
- Mas já?
- É o seu primo precisa do sabonete.
- Eu vou com você.
Eu e ele fomos até a minha casa juntos onde demoramos mais uns 15 minutos para nos despedirmos. Eu entrei em casa sorridente e vi o Ricardo sentado no sofá me olhando confuso.
Ricardo pov’s
- O que tinha na farmácia pra você voltar tão alegre e por que seus lábios estão assim vermelhos?
- Encontrei seu primo no caminho da farmácia.
- Ahhh, isso explica tudo, inclusive essa mancha de sorvete de chocolate na sua roupa.
- Droga, eu nem tinha percebido, e esta é a camisa do uniforme, eu preciso dela limpa para ir a escola amanhã.
- Então lave ela oras. E você poderia aproveitar para lavar a minha roupa também.
- Como assim lavar a sua roupa? Eu já ter agüento como hospede, faço sua cama e vou comprar sabonete pra você. mas lavar a sua roupa já é demais.
- Ótimo Lucie, sua reclamona, eu lavo a minha própria roupa se você me ajudar a chegar à lavanderia da sua casa.
- Por aqui Ricardo.
Ela levantou-se e foi andando em direção a lavanderia. A minha roupa já estava lá, o único problema é que eu não fazia idéia de como se ligava uma maquina de lavar.
- Aqui está Ricardo. Esta é a sua roupa?
ela apontou para um monte de roupas no chão.
- Essa mesma. Onde está o sabão?
- Aqui.
Ela me deu uma caixa de sabão em pó e ficou parada e com um olhar preocupado enquanto eu enchia a maquina de sabão e colocava minha roupa l.á dentro.
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- Onde você vai?
- Trocar de blusa para poder lavar está.
- Você sabe que não pode me deixar aqui sozinho Lucie, o jeito é tirar a blusa aqui mesmo.
Ela me olhou um pouco vermelha de vergonha e começou a tirar a blusa devagar virada de costas para mim.
- Toma. Pode pôr na maquina.
Eu olhava para aquelas curvas me deliciando com o corpo dela todo perfeito para mim. Coloquei aquela blusa cor-de-rosa junto coma minha roupa e sem querer derrubei o resto do sabão dentro da maquina com a caixa e tudo.
- O que você fez?
Ela perguntou quando viu a maquina de lavar esbordando e a lavanderia se enchendo de espuma.
- Eu derrubei o sabão em pó.
- Seu idiota!
ela pegou uma blusa branca jogada no chão da lavanderia e colocou.
- Ricardo como faz para desligar isso?
- É só girar o botão.
- Mas onde está o botão da maquina?
Aquilo estava realmente cheio de espuma e eu não conseguia tirar os olhos da blusa da Lucie que começava a ficar transparente.
- Você fica linda molhada.
Eu a olhava hipnotizado e ela tinha vontade de me matar.
- Ricardo deixe de bobagens e me ajude a desligar isso.
Eu cheguei perto da maquina e levantei a perna para não molhar o gesso.
- Cuidado.
Aquele mar de espuma estava aumentando e a Lucie começava a se desesperar.
- Desliga isso logo.
Eu me inclinei devagar para tentar achar um jeito de desligar a maquina, mas eu escorrei em toda aquela espuma e caí no chão cheio de espuma molhando todo o gesso.
- O que vocês estão fazendo?
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