Amor e etc.

04 – Equilíbrio


04 — Equilíbrio

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Castiel x Nathaniel

[...]

Era um grande desatino. Talvez a maior loucura.

Insano, erótico, cálido...

Nathaniel não sabia ao certo quando havia sucumbido á loucura dos sentimentos. Sempre foi tão centrado, fazendo de sua razão o seu maior equilíbrio. Quiçá um verdadeiro seguidor da sabedoria.

Entretanto, em meio aos beijos insanos que trocava com o outro, em meio aos toques, as carícias, as pegadas ousadas... Tudo isso contribuía para o seu total desequilíbrio insano. O corpo correspondia de forma avassaladora, e Nathaniel fazia questão de deixar isto óbvio.

Os dedos trêmulos apertaram com força os cabelos tingidos de vermelho. As costas doíam levemente, devido ao fato de estar encurralado entre a parede fria do grêmio estudantil e o corpo quente de Castiel. Seus lábios se deixavam levar pelo oceano de sensações causadas pelo ósculo, e os gemidos abafados em meio aos beijos era o toque principal da cena libidinosa entre os amantes, onde apenas os amontoados de papeis e as paredes frias estavam como testemunhas do desejo ali presente.

Castiel sabia como tirá-lo da razão. E o pior de tudo: O ruivo tinha total consciência disso.

Seu sorriso satisfeito entre um beijo e outro era a maior prova disso.

Maldição!

Ele se vangloriava em conseguir tirar a sanidade do tão centrado representante. Ele certamente adorava deixá-lo inerte aos desejos carnais em um local tão proibido quanto aquela sala. Mesmo sendo noite, mesmo após o expediente local, o risco de flagrante ainda era iminente.

— Você sabe que não podemos ser loucos ao ponto de fazer isso aqui... - Sussurrou o loiro entre um beijo e outro, abrindo os olhos para revelar as duas esferas douradas que, claramente, sucumbiam ao desejo.

— E você sabe... que eu não consigo me controlar mais. Não mais... - Castiel sussurrou as palavras demonstradas por suas ações, enquanto distribuía beijos e mais beijos diante do pescoço alheio. Suas mãos apertavam-lhe a cintura com ambição. O desejo não podia esperar mais. E Nathaniel também não.

Beijaram-se, tocaram-se e sussurraram o nome um do outro enquanto o ato caloroso se concretizava cada vez mais intenso.

Sentir Castiel em si sempre trazia á tona como tudo isso começou. Como o fato de perder a família em meio ao abandono, tendo como ombro amigo alguém que jamais imaginou ter, para em seguida, após vários momentos, o simples ombro amigo virar o dono de seus maiores anseios; O dono de seus desatinos, o causador de seu desequilíbrio... Era insano. Deliciosamente insano.

Todavia, por mais que Castiel fosse o causador de toda essa insânia... Por mais que ele fosse o Castiel... Talvez ele fosse seu porto seguro.

Na verdade, por mais que o considerasse o motivo de sua loucura, Castiel era o seu ponto de equilíbrio.

Talvez. Só talvez...

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.