Amor Leonetta!

Por que essa senha?


POV ANGIE

–Mas nada Germán, por que você não tenta ver que eles são ótimas crianças, educados e simpáticos. –falei pegando em suas mãos. –Eles tem uma boa parte da Vilu dentro deles, são parecidos, eles querem o bem das pessoas mesmo que eles não gostem ou que não faça bem para eles. E sabe quem ensinou isso para a Violetta? –perguntei. –Você, e ela aprendeu com você e o que ela fez? Passou para os filhos, que parecem muito com ela que parece com você. –falei o explicando. –Essas crianças são perfeitas, bondosas, mas todas as crianças mesmo as perfeitas elas fazem pirraças, qualquer criança faz pirraça. Se você acha que a Julietta não vai fazer isso você está enganado, quantas vezes a Violetta fez pirraça na infância, até na adolescência ela fez. –falei e senti que o comoveu. –Eles são seus netos, são uns amores mas atualmente vão fazer muita pirraça e vão fazer chilique, mas eles tem um motivo, ou melhor dois motivos para fazer isso. Eles acabaram de encontrar o pai e eles vão testa-lo ao máximo para saber se ele é capaz, assim como vão fazer com nós que somos a família deles. Mas o segundo motivo é óbvio, a mãe deles está no hospital correndo risco de morte e eles tem ideia disso, eles estão com saudades dela e vão fazer de tudo para ter ela de volta, até mesmo pirraça. Você sabe como é perder a mulher que ama e ter que cuidar de uma filha de cinco anos sozinho, você sabe como a Violetta sofreu, e você gostaria que isso se repetisse com seus netos? –perguntei e ele fez cara de culpado. –Eles tem a mesma idade que a Violetta tinha quando perdeu a mãe, e eles estão sofrendo muito com isso, quando fui colocar eles para dormir eles choraram pela mãe não estar lá para dar “Boa noite”, eles sentem falta dela, por isso te peço para tentar se aproximar deles, para ver as ótimas crianças que são, e para ver como estão sofrendo muito mais do que a Violetta sofreu, a Maria foi em bora de uma vez. –falei chorando. –Mas a mãe deles já está a mais de um mês no hospital com aparelhos pelo corpo todo, entubada e não consegue mexer um músculo, então te peço, aproxime-se deles, por favor. –pedi ainda emocionada ao lembrar do passado.

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–Eu não tinha pensado nisso. –ele disse arrependido.

–Percebi, eles estão passando pelo que a Violetta passou, na mesma idade na mesma dificuldade de tentar crescer sem a mãe ao lado. –falei chegando mais perto dele.

–Eu sei. –ele disse de cabeça baixa.

–Só tenta ver que eles são ótimas crianças. –falei levantando a cabeça dele.

–Eu e prometo que vou tentar. –ele disse e eu sorri.

–Acho bom mesmo. –falei limpando minhas lagrimas.

Fomos para a cozinha fazer uma chá quando o Daniel apareceu na porta da cozinha coçando os olhinhos.

–O que foi Daniel. –perguntei indo até ele.

–Eu tive um pesadelo. –ele disse. –Eu quero a mama. –ele disse chorando.

–Calma. –falei pegando-o no colo. –Sua mãe não pode, mas eu estou aqui. –Quer que eu te conte uma história para dormir? –perguntei e ele assentiu. –Então vamos. –falei mas o Germán pegou em meu braço.

–Eu levo ele. –ele disse pegando o Daniel.

Ele pegou o Daniel levou para o quarto, e com esse gesto percebi que ele ia tentar se aproximar das crianças. Ele foi levar o Daniel e vinte minutos depois voltou. Sorrindo, veio em minha direção me deu um selinho e me chamou para deitar.

–Vamos, estou cansado. –ele disse pedindo minha mão.

–Vamos. –falei esticando minha mão.

Fomos para o quarto e como eu estava exausta eu logo caí no sono, tive que acordar umas cinco vezes a noite por causa da Julie, mas tirando isso eu dormi bem.

Acordei de manhã eram oito horas, tomei banho acordei o Germán e fui acordar as crianças, mas elas não estavam no quarto, fui para sala e nada quando reparei eles estavam tomando café com a Olga.

–Vocês já acordaram? –perguntei.

–Faz uma hora que eles acordaram senhora Angeles. –a Olga disse.

–A mama acorda a gente bem cedo. –a Daniele falou.

–A gente não vai para a escola? –o Daniel perguntou.

–Não, hoje não porque temos que ajudar o pai de vocês. –falei me sentando na mesa juntamente a eles.

–O policial levou o papa em bora. –a Dani disse.

–É, eu sei, mas hoje eu vou lá buscar ele. –falei pegando o café.

Ficamos tomando café, pouco tempo depois o Germán desceu com a Julietta no colo, e ficamos assim tomando café em família, quer dizer faltava um integrante. Durante o café o Germán tentava se aproximar das crianças e o Daniel conversava com ele contava como era na Italia, mas a Daniele ignorava o Germán e se recusava a chegar perto dele, mas nem liguei.

POV LEON

Depois de discutir com a polícia eles me lavaram para a cadeia, e eu tive que passar uma noite lá. Quando deu dez horas da manhã eu v a Fran.

–Olha no que você se meteu Leon. –ela disse brava.

–Fiz por amor. –falei enquanto segurava na grade. –Quando saio daqui? –perguntei.

–O policial está preenchendo os papéis para você sair. –Ela disse balançando a Julia.

–Você falou com Marco? –perguntei.

–Não, estou com medo do que pode acontecer. –ela disse.

–Do que, o Marco não mata nem uma mosca. –falei obvio.

–Eu sei. –ela disse triste.

–O que ele fez? –perguntei.

–Ontem cheguei em casa meia noite e ele não tinha jantado, ele não comeu nada desde o almoço. –ela disse com cara de choro. –Ele ficava me dando ordens para fazer a janta, ele me tratava igual a uma empregada. –ela disse deixando algumas lágrimas escorrerem molhando uma parte de seu rosto.

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–Para Fran. –falei enxugando uma de suas lágrimas. –Eu sou seu amigo e não quero ver você sofrer, mas me fala uma coisa, você fez o que ele mandou? –perguntei.

–Não, não sou burra né Leon. –ela disse dando um tapa na minha cabeça. –Só dei janta para a Julia. –ela disse. –Falando na Julia, Leon eu quero que você faça um exame geral nela, ela está estranha. –a Fran disse preocupada.

–O que ela tem? –perguntei olhando a Julia.

–Ela não quer comer, não dormiu direito, está incomodada e teve enjoos durante a madrugada e hoje de manhã. –ela disse mudando a Julia de posição. –Ela está incomodada agora, olha ela não para quieta. –ela disse tentando controla-la.

–Ela vomitou? –perguntei desconfiado de algo.

–Sim, de madrugada. –ela disse.

–Febre? –perguntei.

–Um pouco mas ela melhorou. –ela disse.

–Eu acho que ela está com virose. –falei.

–Ela deve ter pego ontem no parque. –a Fran deu uma possibilidade.

–Sim. –falei e logo vi o policial vindo em nossa direção.

–Pronto senhor Vargas. –o policial abriu a cela. –Não arranje confusão. –ele me disse.

–Não vou. –falei saindo.

Saí da delegacia e como estava sem carro pedi para a Fran me levar até meu consultório para eu poder fazer um diagnóstico da Julia, cheguei e vi minha secretária já trabalhando.

–Chegou tarde senhor Vargas. –a Ester disse.

–Longa história. –falei entrando.

–A senhora James ligou, a Samanta está doente novamente. –ela disse me informando.

–Marque uma consulta para ela, mas tem que ser a partir das cinco. –Falei entrando em minha sala. –Agora só irei atender a senhorita Cauviglia. –falei apertando a bochecha da Julia. –Depois tenho que buscar meus filhos, hoje eles vão ficar aqui. – informei-a.

–Filhos? -ela perguntou.

–Outra longa história. –falei e ela riu.

Entrei em minha sala e pedi para que a Fran colocasse a Julia na cama deitadinha.

–Bonita sua secretária. –a Fran disse rindo. –Bem sexy. –ela disse me zoando.

–A Ester? –falei. –Ela é só uma amiga. –falei pegando meus materiais.

–Uma amiga bonita. –ela disse sentando a Julia na cama.

–Mas pensa, você é minha amiga Fran, e você também é linda. –falei rindo.

–Leon! –ela disse brava comigo.

–O quê? –zoei. –A Cami é bonita, a Ludmila, a Naty, você, todas as minhas amigas são bonitas. –falei dando um abraço nela.

–Tá bom, vamos examine-a. –ela mandou.

–Ok, ok. –falei e comecei a examinar a Julia.

Examinei tudo bonitinho e deu no que deu, foi exatamente o que eu falei ela está com virose.

–Foi o que eu falei Fran. –falei enrolando o estetoscópio em meu pescoço.

–Obrigada Leon. –ela disse vestindo a Julia.

–De nada, vou te passar os remédios e eu quero essa menina comendo se não ela vai ficar fraca. –falei me sentando.

–Sim. –ela disse pegando a Julia e vindo se sentar em minha mesa.

–Bom. –falei terminando de escrever. –Aqui está Fran. –falei dando o papel para ela.

Tirei meu jaleco guardei minhas coisas e saí da minha sala.

–Tchau Ester. –me despedi.

–Tchau senhor Vargas. –ela disse e logo pegou o telefone que começou a tocar.

Saímos do meu consultório e fomos para o carro da Fran, pedi para ela me deixar na Angie para eu pegar as crianças. Chegamos na mansão saí do carro e falei com ela.

–Tchau Fran. –me despedi da janela. –Só para sua informação a Ester tem noivo, ela está de casamento marcado. –falei e ela riu.

–Ok. –ela disse rindo. –Tchau Leon. –ela se despediu.

A Fran foi em bora e eu fui para frente da porta, cheguei na porta e toquei a campainha e a Angie me atendeu.

–Oi Leon. –ela me cumprimentou.

–Oi Angie. –falei. –Obrigado por cuidar deles. –falei e ela fez cara de decepcionada.

–Olha o que você fez Leon. –ela disse brava.

–Foi por amor. –disse sorrindo.

–Mas você se prejudicou, e seus filhos ficaram desesperados. –ela disse me deixando entrar.

–Eu sei, mas não irei mais fazer isso. –falei entrando. –Onde esta as crianças? –perguntei.

–Não sei, mas acho que no quarto. –ela disse fechando a porta.

–PAPA! –os dois vieram correndo.

–Ou eles estão aqui. –falei e ela riu.

–O que o policial fez com você papa? –o Daniel perguntou.

–Nada, ele só me pediu para cuidar mais da mãe de vocês. –falei e eles sorriram, logo depois o Germán chegou e o sorriso da Dani desapareceu, automaticamente ela me agarrou.

–Papa vamu em bola. –ela disse em meu ouvido com uma voz de medo. –Por favo. –ela disse deixando uma lagrima cair, ainda em meu ouvido com o rosto escondido em meu ombro.

–Vamos. –falei levantando com ela no colo. –Bom deixa eu ir porque tenho consultas hoje e não posso me atrasar.

–Sim. –o Germán falou. –Seus filhos são lindos. –o senhor Germán disse e eu me espantei.

–Obrigada. –agradeci indo até a porta, que a Angie abriu rapidamente.

A Angie saiu comigo e fechou a porta.

–Crianças, vão ali rapidinho porque quero falar com o pai de vocês. –a Angie disse e as crianças foram brincar na grama

–Fala. –pedi.

–O que a Daniele tem com o Germán? –ela me perguntou preocupada

–Medo. –falei.

–Eu sei, eu percebi. –ela disse. –Mas por quê?

–Eu não tenho certeza, mas teve um dia que eu fui andar e passei na frente de uma pizzaria, enquanto eu passava na porta alguém esbarrou em mim quando olhei era a Violetta com a Daniele no colo, a Dani chorava muito e quando perguntei o que ela tinha ela disse que era medo, medo do “Moço” que tinha na pizzaria, e esse moço era o Germán. –falei e ela se lembrou da noite que isso aconteceu.

–O Germán judiou muito da Violetta naquele dia. –ela disse. –E também maltratou a Dani. –ela disse triste.

–Então tá, aí está sua resposta. –falei sorrindo.

–Mas e agora? –ela perguntou.

–Não podemos fazer nada Angie, algum dia ela supera. –falei e ela assentiu. –Vamos crianças! –chamei-os.

Pequei na mão de cada um, peguei um taxi e fui para casa. Cheguei em casa dei um banho nos dois, troquei-os, tomei banho me troquei almoçamos, pequei algumas coisas do consultório e fui trabalhar. Coloquei os dois no carro e fui em direção ao consultório. Cheguei no consultório e graças a deus nenhum paciente chegou, entrei na minha ala guardei minhas coisas e fui falar com as crianças.

–É aqui que o papai trabalha. –falei me abaixando na altura deles.

–O que você faz? –o Daniel perguntou.

–Eu cuido de crianças. –falei e eles sorriram. –Hoje vocês vão ficar aqui. –falei. –quero que vocês fiquem quietinhos para não atrapalhar o papai. –falei e eles assentiram.

Logo meus pacientes começaram a chegar, era um seguido do outro, nunca tive um dia tão cansativo como esse. Os pacientes vinham e como pedi meus filhos ficaram quietinhos em um canto brincando. Eu estava finalmente com o último paciente a logo iria para casa descansar.

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–Aqui está os remédios que ele vai ter que tomar. –falei entregando a receita dos remédios para mão do meu pequeno paciente.

–Obrigada doutor. –a mãe falou levantando.

–De nada. –falei me levantando também para leva-los até a porta. –Quero ver ele semana que vem. –falei levando-os até a porta.

–Sim. –ela disse. –Tchau doutor. –ela se despediu. –Lindos seus filhos.

– Obrigado. –agradeci. -Tchau, e lembre semana que vem quero vê-lo. –falei e ela assentiu.

Fechei aporta, voltei para dentro da sala arrumei tudo e fui falar com as crianças.

–Vamos em bora? –perguntei.

–Sim. –eles disseram.

–Então vamos. –falei pegando na mão dos dois.

Saí do consultório, me despedi da Ester e fui para a casa, quer dizer vou ir na casa da Vilu, preciso me sentir perto dela. Cheguei na casa dela e as crianças não entenderam mas não falaram nada, fui para frente do portão, tinha que colocar a senha mas eu esqueci uma parte.

–Qual era a senha? –estava confuso. –Era 22... –falei digitando, mas eu não lembrava o resto.

–082. –a Dani disse e eu digitei.

–014. –o Daniel disse, eu digitei e deu certo.

–Como vocês sabem? –perguntei.

–É que... –eu os interrompi.

–Bom não precisa dizer. –falei. –Por que a mãe de vocês coloca uma senha tão grande?

–É porque...–o Daniel tentou dizer mas e entrei com eles e não os deixei falar.

Entrei com eles na casa e logo me senti melhor, eu precisava estar mais perto da Vilu. Fiquei na casa por um tempo e depois fui para casa. Já em casa eu coloquei o pijama nas crianças, dei janta eles escovaram os dentes e foram dormir. Depois deles dormirem eu fui para a cama, pensar na Vilu.

Acordei de manhã, tomei banho me troquei e fui acordar as crianças primeiro fui no quarto da Dani, abri a porta e vi uma cena que eu não quero ver nunca, a Dani estava chorando com o rosto no travesseiro.

–Filha. –falei chegando perto. –O que foi? –perguntei e ela levantou a cabeça.

–Eu quelo a mama. –ela disse chorando agora com o rosto em meu peito.

–Nós já falamos sobre isso. –falei a abraçando. –Sua mãe vai voltar. –falei e ela olhou para mim.

–Papa, me fala uma coisa, qual é a senha da casa da mama? –ela me perguntou.

–22082014. –falei e ela repetiu.

–Ela colocou essa senha porque foi o dia que eu e o Dani nascemos. –ela disse e eu me liguei.

–Isso quer dizer que... –ela me interrompeu.

–Hoje é nosso aniversário....