Daniel narrando

Era muito legal e ao mesmo tempo emocionante dizer isso, mas é tão gratificante saber que depois de tanto tempo pedindo e sonhando, estava acordando em Miami. E cá estou eu, no hotel da quentíssima Miami, vendo a mulher da minha vida deitada do meu lado dormindo como um anjo. Ela sempre fora um anjo, mas quando dorme fica tão fofa que parece um anjo de verdade.

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Eu estava hipnotizado com sua beleza, o silêncio que pairava no quarto incomodava bastante, mas eu não queria sair dali de jeito nenhum. Até que tive uma ideia para surpreendê-la quando acordasse: me levantei da cama bem devagar para não acordá-la e liguei para a recepção.

Quando ela acordou, alguns minutos depois, bocejou, se espreguiçou e encontrou o bilhete que eu havia deixado ao meu lado na cama junto com um buquê de flores. Não era o mesmo do casamento, claro, mas era um buquê.

–"Para a esposa mais linda do mundo".- ela disse, enquanto lia o bilhete e depois pegou o buquê.

–Eu amei, meu amor!- ela disse.

–E não para por aí. Olha aqui, só pra você.- respondi, colocando a bandeja na cama dela.

–Café-da-manhã na cama? Que chique!- ela elogiou.

–Acho que já fiz isso antes, mas mesmo assim quis fazer agora.

–Tudo bem, eu amei do mesmo jeito.

Tomamos café juntos e depois seguimos direto para a sala, onde ficamos assistindo televisão.

–Vamos pra praia mais tarde?- ela sugeriu.

–Claro, vamos sim.- respondi, sorrindo.

Admito pra vocês que a viagem para nossa lua-de-mel foi bem mais cansativa do que a que fizemos para Acapulco, pois Miami fica bem mais longe, o que deixou a viagem mais cansativa. Ainda na noite em que chegamos, pegamos um táxi e fomos até o hotel, onde já tínhamos reservas. Quando chegamos, logo fomos nos organizando e nos preparamos para dormir. Saímos do Brasil de manhã e chegamos em Miami à noite, tipo umas 23 horas aqui no Brasil, mas devido ao fuso-horário, lá não era hora de dormir. Então, tinha muita gente na rua ainda. Eu quando me deitei, estava tão cansado que simplesmente apaguei na cama, sem ter tempo de dizer boa noite à Maria Joaquina.

Quando terminamos o café, lembramos do que tínhamos dito sobre irmos à praia e ela concordou, começou a colocar umas coisas numa bolsa pequena e logo chamamos todos para irmos pra lá. A praia era muito perto do hotel, bastava atravessarmos a rua e chegaríamos lá. Quando chegamos, colocamos nossas coisas na areia, passamos protetor e tudo. Enquanto os outros passavam protetor e se ajeitavam, chamei Maria Joaquina pra entrar na água.

–Vamos lá.- ela respondeu, animada.

Depois de meia hora, saímos, foi então a vez de Mário e Marcelina e depois Paulo e Alícia, que foram como dois loucos correndo para a água, o que me fez rir pra valer.

Quando já estava anoitecendo, tipo umas cinco da tarde, recolhemos nossas coisas e percebi que ainda tinha gente na praia, mas não arriscavam entrar na água. Alícia sugeriu que fôssemos tomar algo em um quiosque ali perto e aceitamos.

–O meu está uma delícia.- falei, saboreando meu sorvete.

–É, aqui eles fazem sorvete muito bem.- falou Maria Joaquina.

Quando estávamos saindo, olhei para a areia da praia e fiquei com vontade de continuar lá, então tive uma ideia:

–Ei gente, por quê a gente não espera mais um pouco e vemos o pôr-do-sol?- eu disse.

–Ótima ideia amor.- disse Maria Joaquina.

Então, nós colocamos nossas cangas de volta na areia e nos sentamos. Lá, não me contive.

–Sabe amor? Parece que foi ontem que nós éramos apenas adolescentes que estudavam na mesma escola e tal, aí tivemos uns momentos difíceis, mas depois de tantas pedras em nossos caminhos, estamos aqui, casados e apreciando essa linda vista.- disse olhando nos olhos de Maria Joaquina.

–É a nossa história, amor.- Maria Joaquina disse, sorrindo.

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–Muito linda também. -elogiei e ela me deu um selinho.

Ah, pena que não dá pra ficar o resto da vida aqui, senão eu nunca mais sairia de lá, de tão bom que estava. Pra mim, não tinha coisa melhor que ficar ao lado de minha amada observando as estrelas.

–Eu te amo.- sussurrou ele, encostando nossos narizes.

–Te amo mais.- falei.

–Quero ficar com você pra sempre.

–Idem.

E nos beijamos à plena luz da lua.

Maria Joaquina narrando

Depois de termos saído da igreja, já fomos fazer a reserva para irmos à Miami passar nossa lua-de-mel. Nós todos casamos ao mesmo tempo e no mesmo lugar, portanto, tínhamos que passar nossa lua-de-mel juntos também. A única diferença eram os quartos, claro. O meu era completamente chique, do jeito que eu gostava, uma televisão de plasma de mais de cem polegadas pendurada na parede da sala ao lado de um enorme guarda-roupa, um sofá branco de três lugares, um tapete marrom bem macio como um colchão. Mas o mais impressionante foi um quarto. Uma cama de casal bem grande, lençóis brancos com linhas azuis, uma mesa de cabeceira. Tudo muito lindo, fiquei encantada, não sei se Daniel sabia da existência daquele quarto ou se foi sorte, mas eu amei do mesmo jeito.

Estava tão cansada que quando me deitei, dormi mais rápido que nunca em toda minha vida. Quando acordei no dia seguinte, me espreguicei e senti uma coisa no lugar de Daniel, quando vi, era um buquê de flores com um bilhete:

–"Para a esposa mais linda do mundo".- dizia o bilhete, não contive um sorriso quando terminei de ler.

–Eu amei, meu amor!- ela disse.

–E não para por aí. Olha aqui, só pra você.- respondeu, colocando a bandeja na cama.

–Café-da-manhã na cama? Que chique!- elogiei.

–Acho que já fiz isso antes, mas mesmo assim quis fazer agora.

–Tudo bem, eu amei do mesmo jeito.

Tomamos café juntos e depois seguimos direto para a sala, onde ficamos assistindo televisão.

–Vamos pra praia mais tarde?- sugeri depois de um tempo.

–Claro, vamos sim.- respondeu ele, sorrindo.

Era bom que todos nós fôssemos de manhã, pois o sol estava mais fraco, embora o que a gente quisesse mesmo era nos bronzear com os raios de sol. Por isso, nós preparamos uns sanduíches e refrigerantes para comermos enquanto estivéssemos lá, já que passaríamos todo o dia lá, praticamente. Ligamos então, para Paulo, Alícia, Mário e Marcelina e combinamos que todos nós levaríamos algo pra comer ou também dinheiro para compramos algo lá.

Depois de uma hora, quase umas dez da manhã, já estávamos prontos para irmos. A praia ficava bem de frente para o hotel, só precisávamos atravessar a rua e chegaríamos lá.

O dia na praia foi muito bom, passamos vários e longos minutos na praia, comemos um lanche que levamos lá, nos divertimos bastante até a hora de irmos embora. Mas antes de irmos, fomos até um quiosque próximo tomar sorvete e quando íamos embora, Daniel sugeriu que ficássemos mais tempo lá para observarmos as estrelas e topamos. Voltamos a nos sentar, ele me abraçou de lado e sussurrou:

–Sabe amor? Parece que foi ontem que nós éramos apenas adolescentes que estudavam na mesma escola e tal, aí tivemos uns momentos difíceis, mas depois de tantas pedras em nossos caminhos, estamos aqui, casados e apreciando essa linda vista.- disse Daniel, me fazendo lembrar de quando o conheci e me apaixonei por ele à primeira vista.

–É a nossa história, amor.- eu disse, sorrindo.

–Muito linda também. -elogiou ele.

Acho que o que eu mais gosto no Daniel era esse lado romântico dele. Essas coisas românticas que ele fala me faz soltar um suspiro de paixão, ainda me faz ficar mais derretida por ele. Não sei como ele consegue, mas é assim. E eu não quero me afastar dele nunca mais.

–Eu te amo.

–Te amo mais.

–Quero ficar com você pra sempre.

–Idem.

E voltamos a nos beijar. Céus, como eu queria que aquele momento nunca acabasse, o beijo dele me fazia flutuar, esquecer todos os males da vida. Era isso que eu precisava. E por isso quero ficar com ele pra sempre.

Paulo narrando

Depois que vi que teríamos que deixar nossas coisas sozinhas na areia, preferi não entrar na água para ficar tomando conta das coisas. Alícia fez bico, mas depois aceitou numa boa, só depois que Mário e Marcelina foram embora que eu chamei Alícia para entrar.

–Vamos lá amor!- ela respondeu animada.

Aquele primeiro dia nosso em Miami estava sendo muito bom. Após algum tempo, quando já era pouco mais de meio-dia, pegamos os sanduíches, frutas e tudo de comer que levamos e começamos a comer para matarmos a fome, afinal, não queríamos sair dali tão cedo. Depois de alimentados, fomos até um quiosque que tinha na beirada da praia, bem na calçada.

–E agora? Alguém aqui sabe falar inglês?- perguntou Marcelina.

–É nessas horas que uma amiga inglesa faz falta.- disse Maria Joaquina.

–Calma gente, deixa comigo, acho que eu posso tentar.- falou Mário.

Mário ficou uns três minutos falando com o cara do quiosque, mas descobriu que ele também era brasileiro.

–Não brinca! Sério?- perguntou Daniel para o rapaz.

–Sim, sou brasileiro, mas vim aqui para ter mais oportunidades de trabalho, mesmo que seja um emprego que dê pouco.- falou o cara.

–Muita gente está fazendo isso né? Algum tempo atrás as pessoas começaram a trabalhar em outros países por causa disso.- afirmou Maria Joaquina.

–Com certeza. Bom, o que vão querer?- perguntou o rapaz.

Decidimos que tomaríamos sorvete, eu escolhi de leite condensado, Alícia escolheu de chocolate, Daniel de flocos, Maria Joaquina de morango, Mário de coco e Marcelina de milho verde.

Quando estava quase anoitecendo, estávamos guardando as coisas quando Daniel sugeriu:

–Ei gente, por quê a gente não espera mais um pouco e vemos o pôr-do-sol?- ele disse.

–Ótima ideia amor.- disse Maria Joaquina.

Então, colocamos nossas cangas de volta na areia e ficamos observando a magia da noite cair.

–Será que a noite tem medo do dia?- perguntou-me Alícia.

–Por quê?- perguntei, confuso.

–Porque toda vez que ele vem ela vai embora.

Eu ri.

–Quem sabe?

Foi quando vi Daniel abraçar Maria Joaquina e Mário abraçar Marcelina e resolvi fazer o mesmo com Alícia, que correspondeu.

–Sabe amor? Parece que foi ontem que nós éramos apenas adolescentes que estudavam na mesma escola e tal, aí tivemos uns momentos difíceis, mas depois de tantas pedras em nossos caminhos, estamos aqui, casados e apreciando essa linda vista.- disse Daniel.

–É a nossa história, amor.- Maria Joaquina disse, sorrindo.

–Muito linda também. -elogiou ele.

Do meu outro lado, Mário e Marcelina não estavam fazendo algo diferente.

–Queria ficar assim com você pra sempre.- disse Mário.

–Eu também amor.- disse Marcelina, sorrindo de orelha a orelha.

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Depois, olhei para Alícia, que ainda olhava o horizonte.

–Eu te amo minha esportista.- falei.

–Eu também te amo, meu descolado.- ela disse, me dando um selinho e nós rimos, enquanto voltávamos a encarar o horizonte mais uma vez. No entanto, uma pergunta perambulava em minha mente: o que mais a vida tinha a nos oferecer?

Mário narrando

Cara, confesso que eu nunca tive vontade de conhecer Miami, somente o Daniel tinha essa ideia em mente, mas quando eu vi como Miami é um lugar bonito, mudei de ideia. Nosso hotel era de frente para a praia, o que deixava aquele cheiro de maresia invadir nossas narinas ao entrar pela janela do quarto. Apenas abri a janela do quarto na manhã do dia seguinte, pois era frio de madrugada, ventava bastante à noite. Quando acordamos, levantamos e fomos até o refeitório tomar café.

–O Daniel e a Maria Joaquina não vêm?- perguntou Marcelina.

–Não sei amor, acho que não.- respondi, também estranhando os dois não terem descido.

–-Vamos esperar mais um pouco pra ver se eles chegam.- sugeriu Alícia.

–Sim, se eles demorarem, a gente chama eles.- disse Paulo e nós concordamos.

Mais meia hora passou e nada de Daniel e Maria Joaquina, decidi ligar para meu irmão.

–Ei Daniel, não vai descer?- perguntei na lata.

–Não Mário, hoje eu vou trazer o café-da-manhã da Maria Joaquina na cama. Mas só hoje tá?- falou ele e eu suspirei. Por quê ele teve essa ideia e eu não?

–Tudo bem, vou avisar a todos aqui beleza?

–Beleza irmão! Ah, e o que você acha de irmos na praia mais tarde? Todos nós juntos?

–Ótima ideia, vou avisar a todos aqui.

–Falou, tchau!

E desliguei o telefone:

–O Daniel não vem, ele levou o café na cama para a Maria Joaquina e vão comer por lá.- anunciei.

–Own't, que fofo que ele foi.- disse Marcelina.

–Pois é. Mas, ele me deu uma ideia genial: que tal se nós fôssemos pra praia mais tarde?

–Eu gostei da ideia!- disse Marcelina.

–Eu também.- falou Alícia.

–Idem.- respondeu Paulo.

–Beleza então!- falei, sorrindo.

Quando voltamos ao quarto, passou-se alguns minutos até que Daniel me ligou novamente avisando que estavam se arrumando pra irmos à praia. Eu logo avisei Marcelina enquanto Daniel avisou Paulo.

Mais tarde, nos encontramos dentro do saguão do hotel e fomos até a praia. Para chegarmos lá, só precisávamos atravessar a rua. Quando encontramos um bom lugar, montamos os guarda-sóis e nos sentamos, colocando as cestas com comida na areia, pois Maria Joaquina e Daniel planejavam ficar lá o dia todo, só voltarmos à tarde, por isso, precisávamos ter bastante comida. Logo ao me sentar, Marcelina veio até a mim:

–Amor, passa protetor nas minhas costas?- perguntou ela.

–Claro, com prazer!- eu disse, fazendo uma cara maliciosa e ela riu, deitando-se de bruços e deixando as costas à mostra.

Marcelina narrando

Aquele hotel sem dúvida era muito bom. Tá certo que o de Acapulco tinha piscina e era de frente pra praia, mas aquele também era bom, pois era bem grande e tinha um ótimo serviço de quarto. Eu queria ter voltado à Acapulco, mas gostei de ir à Miami, também era legal. Depois de acordar no dia seguinte, fui tomar café com meus amigos, exceto Maria Joaquina e Daniel, que ficaram no quarto porque Daniel quis levar o café de Maria Joaquina na cama. Não fiquei triste por Mário não ter lembrado de fazer isso, mas eu realmente gostaria que ele tivesse feito. Depois de voltarmos ao quarto, já fomos logo nos arrumando para irmos à praia, ideia de Maria Joaquina. Eu topei na hora, queria mesmo conhecer a praia de Miami.

Depois que colocamos nossas coisas na areia de Miami, tive uma vontade louca de entrar na água e resolvi me apressar logo:

–Amor, passa protetor nas minhas costas?- perguntei à Mário.

–Claro, com prazer.- ele disse sorrindo maliciosamente.

Esperei mais um tempo até que me levantei da cadeira:

–Vou lá dar um mergulho, vocês vêm?

–Podem ir, eu ficarei cuidando das coisas.- respondeu Paulo. Mário e eu demos as mãos e caminhamos juntos até a água. Que delícia que estava a água, gostosa mesmo. Nós nadamos pra lá e pra cá, apostamos corrida, boiamos e fizemos várias outras coisas divertidas na água. Ficamos lá por muito tempo, pareceram horas, mas valeu muito à pena.

Quando voltamos à areia, Alícia sugeriu:

–Gente, agora eu e Paulo vamos na água e vocês ficam tomando conta das coisas por nós tá bem?- disse ela.

–Pode deixar.- respondi e os dois logo foram pra água com Alícia puxando Paulo pelo braço e correndo feito dois loucos. Não contive um riso ao ver a cena, pois estávamos curtindo a vida e eles sabiam como fazer isso. Depois que entraram na água deram um mergulho e ficaram brincando na água por bastante tempo enquanto Mário e eu observávamos as coisas deles.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.