Na praça, logo Mário e eu estávamos andando de mãos dadas pela praça assim como Daniel e Maria Joaquina faziam, íamos conversando animadamente.

–Quer sorvete amor?- ele perguntou pra mim.

–Quero sim.- respondi e ele soltou minha mão pra pedir os sorvetes.

Pedi sorvete de morango e ele de chocolate, Maria Joaquina pediu de baunilha e flocos. Depois, sentamos no banquinho e ficamos tomando os sorvetes lá.

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–Hoje nem está tão quente assim, mas está bom pra tomar sorvete.- disse Daniel.

–Está mesmo.- disse Maria Joaquina.

Ficamos conversando por um tempo, até que vimos Paulo, Alícia, Gabriel e Matheus aparecerem:

–E aí Mário, por quê faltou hoje?- perguntou Matheus.

–Cara, eu estava muito mal. Fiquei com febre depois do que aconteceu na festa.

–Mas já está tudo bem né?

–Sim, tudo se resolveu.

–Ainda bem.

Depois disso, os quatro se dirigiram à área de esportes que tinha na praça e Paulo e Alícia ficaram andando de skate pela rampa juntos enquanto Gabriel e Matheus foram apostar uma corrida de bicicleta enquanto nós só olhávamos. Toda vez que eles passavam por nós, eles olhavam pra gente como se estivessem dizendo pra gente ir também.

–Acho que vou pegar minha bicicleta lá em casa.- disse Maria Joaquina.

–Acho que eu também vou.- eu disse.

–Então vão, nós dois vamos pegar nossos skates em casa.- disse Mário.

Cheguei em casa, minha mãe estava dormindo em seu quarto, então peguei minha bicicleta sem fazer barulho. Minha bicicleta ficava segura encostada na parede do lado de fora, presa com um cadeado, mas a chave pra abrir o cadeado ficava dentro de casa, por isso tive que tomar cuidado.

Maria Joaquina narrando

Depois que cheguei em casa pra buscar minha bicicleta, peguei a chave do cadeado que ficava no quarto da minha mãe e destranquei o cadeado. Chegando na praça, encontrei Marcelina no caminho e nós fomos conversando. Chegamos na pista onde se passava de bicicleta ou a pé, subimos em nossas bicicletas e começamos a andar.

–Meninas, não precisam apostar corrida se não quiserem, apenas andem. -disse Matheus.

–É, porque não sei quanto a vocês, mas nós estamos com pique.- disse Gabriel.

–Tudo bem, vamos andar e conversando.- eu disse e Marcelina assentiu.

Depois de umas três voltas, vi Daniel e Mário chegando com seus skates e logo foram se juntar a Paulo e Alícia. Após algum tempo, Marcelina decidiu parar pra descansar e eu a apoiei, pois também tinha me cansado. Sentei no banco novamente e depois Mário e Daniel vieram em nossa direção.

–Meninas, querem aprender skate?- perguntou Daniel.

–Não, eu tenho medo. E também não posso deixar minha bicicleta aqui.- eu disse.

–Eu posso tomar conta dela pra você.- disse Gabriel, surgindo atrás de mim.

–E eu posso tomar conta da sua.- Matheus disse para Marcelina.

–Eu vou estar com você o tempo todo, você vai ver como é fácil.- insistiu Daniel e eu acabei cedendo.

–E desde quando você sabe andar?

–Desde a infância.

Relutante, ele me levou até o alto da rampa e me ajudou a subir no skate e ele subiu junto, me segurando por trás pela cintura. Eu não estava tão segura de que não cairia, mas resolvi enfrentar isso mesmo assim. Assim que ele fez o skate andar pela pista, meu coração parecia sair pela boca, a velocidade era grande, meus cabelos voaram para trás e eu fiquei com medo deles entrarem nos olhos de Daniel e o cegarem, pois aí sim, nós cairíamos. Mas pude sentir sua respiração em meu pescoço, mostrando que seu rosto estava colado com o meu, longe dos meus cabelos.

Demos umas três voltas assim, até que ele me disse:

–Quer tentar sozinha agora?

Eu apenas assenti com a cabeça.

Ele me ensinou a posição correta, logo estava andando na rampa como ele, que já começava a aplaudir.

–Muito bem Maria Joaquina, não disse que era fácil?- ele disse.

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–Sim, é muito.

Apesar de ter gostado de aprender a andar de skate, não gostei muito disso, não sou esportiva como a Alícia, mas pelo menos consegui aprender.

Depois foi a vez de Mário ensinar Marcelina, só que ela estava com mais medo do que eu, por isso, Mário teve que levá-la a um lugar plano. Ele a levou para um lugar plano, andou com Marcelina do mesmo modo que Daniel fez comigo, começou a andar com uma facilidade que pareceu ter feito Marcelina perder o medo. Quando ele pediu que Marcelina tentasse sozinha, ela levou um pouco mais tempo que eu para aprender, mas logo estava andando no plano como ele.

–Muito bom Marcelina, vamos para as rampas agora.

Nas rampas, ele começou fazendo umas manobras básicas e Marcelina repetiu, em poucas horas, nós quatro estávamos ali, andando juntos de skates, dividindo de hora em hora. Até que, quando eu e Marcelina estávamos no skate, eu acabei trombando com ela porque não a vi passar. Caímos no chão e eu senti uma dor forte na cabeça, acho que bati ela no chão, passei a mão por ela no local onde doía, mas não saía sangue. Mas rapidamente tudo ficou embaçado e escureceu.