Marcelina narrando

No dia seguinte, acordei com muita preguiça de acordar da cama, depois da noite maravilhosa de ontem, eu dificilmente me levantaria, queria só ficar deitada. Quando abro meus olhos, vejo que Mário está ao meu lado na cama, lendo um livro.

–Bom dia meu amor.- eu disse, agarrando seu pescoço e o beijando.

–Bom dia.- ele retribuiu, depois me deu um beijo.

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–Acordou faz tempo?- perguntei.

–Não, só há uns dez ou quinze minutos.

–Está com fome?

–Sim, estava só esperando você acordarmos.

–Então tá, só deixa eu tomar um banho e a gente vai.

–Tudo bem, eu espero aqui.

Então, entrei no banheiro e tomei um banho não muito demorado, depois, saí. Vesti um short jeans preto e uma camisa verde que eu já não usava faz tempo. Para finalizar, coloquei minhas sandálias, pois estava muito quente naquela manhã e logo saí.

–Vamos?- perguntei à Mário, que estava sentado na cama com o livro nas mãos.

–Vamos.- ele disse, sorrindo e pegando minha mão.

Descemos e encontramos o pessoal na porta do restaurante, escolhemos uma mesa e nos sentamos. Todos estavam bem animados, até estávamos acostumados com o barulho enorme que era feito lá dentro devido à ter tanta gente junta.

–...e em seguida nós fomos até uma balsa que tinha na areia da praia e mergulhamos na água.- contou Maria Joaquina para Laura.

–Mas que romântico.- respondeu Laura.

–Pena que tiraram a balsa de lá.- disse Daniel.

–Como assim, tiraram?- perguntou Maria Joaquina.

–Hoje, quando eu acordei, quando fui abrir a janela do nosso quarto, pude ver que a balsa não estava mais lá. Ela podia ser vista da janela do nosso quarto e hoje não estava lá.

–Puxa, que pena, hoje à noite eu queria ir lá de novo.

–Nós podemos ir sim, só não poderemos subir na balsa.

–Vocês subiram numa balsa e mergulharam no mar com água gelada?- perguntou Jaime.

–Sim, completamente.- falou Daniel.

–Meu deus, nem eu arriscaria isso.

–Fala sério, é bom. Devia experimentar.

–Tá bom.

Depois do café, voltamos para nosso quarto, pegamos nossas roupas de banho e fomos até a piscina, onde passaríamos boa parte da tarde.

Maria Joaquina, Alícia e eu sentamos em nossas cadeiras, Daniel e Paulo quiseram entrar na água depois de passar protetor, mas Mário ficou na cadeira dele, estranhei ele não querer ir com os meninos.

–Amor, tá tudo bem?- perguntei, preocupada.

–Tá sim amor, por quê?- perguntou ele.

–É que você está tão quieto, não quis entrar na água com os meninos. Você não parece bem.

–Ah, é que hoje eu me lembrei de uma coisa.

–Que coisa?

–Amanhã é nosso último dia aqui.

Só aí que havia me dado conta disso.

–É mesmo, nossa, passou rápido hein?

–Pois é. Tava pensando nisso agora.

–Mas acontece meu amor, que é justamente por esse ser nosso penúltimo dia, que você devia aproveitar. Depois, quando estiver no avião, vai que você se arrepende de não ter entrado nessa água mais uma vez.

Ele ficou pensativo por um instante, até que sorriu e falou:

–Tem razão, vou entrar agorinha mesmo.

–Tudo bem, daqui a pouco eu...- nem tive tempo de completar a frase, pois ele me pegou no colo e me levou até a água. Mas, daquela vez, não me debati ou implorei pra ele me soltar, apenas agarrei seu pescoço e deixei que entrássemos na água. Ah, que delícia que ela estava. Dava vontade de ficar lá o resto da vida, não sair de lá nunca.

Pouco depois, Maria Joaquina, Alícia e os outros também entraram.

Ficamos lá por algumas horas até que subimos para o quarto novamente pra descansar. Deitei-me na cama e fechei meus olhos, tentando pegar no sono e relaxar.

Mário narrando

Era realmente uma pena que o tempo tenha passado tão rápido. Parece que foi ontem que chegamos aqui em Acapulco e nos divertimos pra caramba, mas infelizmente, partiríamos de volta pra São Paulo no dia seguinte, logo de manhã. Era algo triste, pois a gente estaria deixando pra trás um lugar que vai ficar pra sempre marcado em nossa memória, mas também ia ser bom, pois nossas vidas voltariam ao normal e à velha rotina de sempre, estava com saudade de casa mesmo.

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Assim que voltamos da piscina, subimos para o quarto novamente e Marcelina foi tomar banho. Depois, eu fui tomar também e deitei-me ao lado dela na cama. Então me lembrei do livro que estava lendo antes do café e peguei. O resto da tarde foi normal até que chegou a noite. Como combinado, estávamos novamente levando nossas cadeiras e cangas em direção à praia, à noite.

Depois de colocarmos nossas cadeiras e as cangas no chão, sentamos. Passou-se um tempo e Daniel falou:

–Vamos entrar na água agora pessoal?- perguntou ele.

–Acho melhor não.- eu disse.

–Por quê não? Ontem você ficou todo chateado porque não entrou.- devolveu ele.

–Sim, mas hoje eu não quero mais entrar.

–Ah amor, pára de drama, vamos entrar.- Marcelina disse, puxando meu braço, tentando me fazer levantar.

–Não amor, vou ficar aqui. Pode ir você com eles.

–O que está acontecendo com você? Não me diga que trouxemos roupas de banho à toa.

–Não, não é isso. Eu só não quero entrar na água à noite pra nunca mais sair.

–Do que está falando?

–Do perigo de entrar no mar à noite. Entrar com você seria legal, mas aí quando descobrirem, vão culpar a mim por ter deixado você entrar.

–E por quê seria perigoso entrar lá?

–Porque tem tubarões lá à essa hora.

–Que tubarões Mário? Pirou?

–É sério, meu livro sobre animais disse que tubarões saem pra "caçar" durante a noite. Olha aqui, tá escrito aqui. E se mergulharmos, vai que aparece um e leva você de uma vez.

–De que livro você está falando?

–Desse aqui ó.- mostrei o livro pra ela.

–Você acreditou nisso que o livro diz?- perguntou ela.

–Bom, não muito, mas eu acho melhor me prevenir.

Percebi que ela ficou me olhando com uma cara de reprovação e logo me expliquei:

–Olha amor, esse medo de entrar na água não é por mim, é por você. Sabe que eu nunca me perdoaria se algo acontecesse à você, mesmo que eu não tivesse nada com isso.- falei e seus olhos brilharam.

–Olha, se esse livro for mesmo verdadeiro, é melhor não arriscarmos. Que tal ficarmos aqui na areia mesmo?- sugeriu Maria Joaquina.

–Acho uma boa ideia.- falou Daniel.

E logo, todos concordaram.

Assim, preferimos ficar sentados na areia, recordando os bons momentos que tivemos ali.

–Sabe Mário, eu realmente amei demais isso que você fez.- disse Marcelina, abraçada comigo.

–Como assim?- perguntei.

–Você passou por cima da sua vontade de entrar na água só para me proteger dos tubarões, foi tão fofo.

–Que isso, eu sempre farei de tudo pra te proteger e você sabe.

–Sei sim.- e me beijou.

Pelo menos, aquele penúltimo dia lá em Acapulco foi bem aproveitoso, até nossos amigos estavam assim também, recordando com carinho os bons momentos que passamos lá.