Amor De Irmãos

Carta, minha mãe pirou, visitas?


Naquele mesmo dia Adam já planejou o que fazer. Se tudo corresse dentro dos conformes ele pegaria férias do trabalho logo, e assim, poderia ver a sua amada Violetta.

Ele havia terminado o curso superior a pouco mais de um ano e continuou no Rio, por motivos já explicados. Começou a trabalhar na Empresa em que esta hoje ainda no segundo ano de faculdade e foi crescendo em posições administradoras. Adam sempre fora deveras inteligente foi questão de tempo para que descobrissem seu potencial elevado.

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Graças a Deus Celina não apareceu aquele dia; somente ligou. Tiveram uma conversa rápida, pois Adam não queria saber de papo, tinha muito no que pensar. Dormiu boa parte do dia na outra pensou na sua menina. Será que ela estava diferente? Ele se sentiu tão ansioso para vê-la, mas ao mesmo tempo o receio tomava de conta; afinal nem ele nem ninguém sabia no que essa visitinha daria.

Antes das seis entrou em site de companhia área, e comprou uma passagem só de ida para casa. Na volta? Ele pensaria depois. Que fosse o Deus quisesse. Acabou por mandar uma carta para Violetta.

A carta dizia o seguinte:

“Querida Violetta,

Certo, eu irei. Que fique bem claro que é por você. Afinal é o seu aniversario de quinze anos, esta quase uma adulta (risos). Maaaaaas não irei ficar em casa. Ficarei naquele hotel que tia Evellyn ficou da ultima vez que veio para cá lembra? Ou irei para casa do Fernando, vou decidir ainda.

Não se preocupe te verei todos os dias que permanecer ai. Avise a mamãe que o primogênito estará voltando. Você não vai saber o dia (una!) será uma surpresa. Quando você menos esperar estarei ai para te perturbar de novo.

Com muito amor,

Adam B.

Obs.: Eu estou menos psicótico agora, pode ir à padaria ok?”



Não tinha pessoa mais feliz que Violetta lendo aquela carta. Leu uma, leu duas, leu três vezes, leu até cansar. Como Adam pediu, mostrou a carta a mãe, que se fez de invejosa sobre as palavras de “Vou por você” do filho. Fazer o que né? Contudo, sentiu-se feliz por saber que ele viria. O único que não ficou lá muito feliz com a noticia foi Richard, o pai. No entanto se fez de animado na frente de Violetta.

As crises de asma da menina cessaram. Parece que a felicidade foi o melhor remédio. Ela não havia contado para o irmão, mas não andava muito bem de saúde. Desde criança teve problemas asmáticos, parecia curada, no entanto elas voltaram há alguns meses. O pior era que a menina achava ser tudo problema emocional. Tentou dizer, mas ninguém deu ouvidos.

Agnes a mãe da menina de Violetta e Adam sempre pegou no pé da menina; sempre fez muitas cobranças. Colocou-a no ballet e aula de piano logo quando criança, curso de francês e inglês depois dos 11 anos, tudo para manter a menina ocupada, e ver se ela puxava alguma coisa sobre Agnes “a socialite”. Violetta gostava das aulas, no entanto fazia muitas delas por obrigação, sempre sorriu, mas isso estava a incomodando há algum tempo.

Quando Adam estava com ela a mãe pegava mais leve, mesmo que sendo para fazer tipo na frente do garoto. Agnes sempre favoritou a Adam, na cara de Violetta. Do jeito que amava a irmã, ele nunca aprovou; reclamava com a mãe de encher Violetta o tempo todo. Mas não é como se pudesse mudar a realidade.

Se Adam era o filhinho da mamãe, Violetta era com certeza, a filhinha do papai. Céus! Richard sempre fez todos os desejos e caprichos da menina, que só não se tornou uma garotinha mimada pela sua personalidade forte. Agnes ficava nos nervos! Sempre Violetta, sempre Violetta. ARG! E a garotinha do papai passou a aproveitar-se das armas que tinha. Usava o pai, para irritar a péssima mãe que tinha. Mesmo amando, a todos, um de um jeito diferente.

Em todo caso, Violetta era mesmo diferente do resto das outras meninas. Odiava usar salto, quase não pintava as unhas, não curtia fazer compras, sempre dava meia volta para a livraria em vez da loja de roupas. Sem contar a sua paixão por desenhos considerados masculinos e games. Ela nunca pediu para que a compreendessem, que só a deixassem em paz. Depois de um caso de homossexualidade na família, Agnes passou a ficar psicótica quanto ao assunto.

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Chegou a chamar Violettadigamos “estranha”, deixando-a furiosa. Violetta não sentia qualquer atração por mulheres, nunca sentiu. O fato de ela ser “diferente” instigava a mãe, mas Deus, ela tinha o direito de vestir roupas diferentes. Há algumas semanas foi a gota d’água de tudo! Ela começou com o assunto de novo em relação a sua melhor amiga Meiko e Violetta explodiu.

Foi o maior barraco no condomínio. Richard ficou realmente puto pelas palavras da mulher e tomou as dores da filha. Agnes chegou a arranhar os braços de Violetta que gritava sem parar que ela estava louca! Ela queria tanto que Adam estivesse ali para defendê-la também... Mas não o encontrou ao subir para o andar de cima. Chorou sem parar, baixinho para que ninguém ouvisse. Queria tanto que ele voltasse e ficasse com ela naqueles momentos de insegurança.

Ela estava realmente chateada com ele. Tudo bem se queria ir morar em outro lugar, mas fingir que ela não existia mais? Ficou furiosa de uma hora para outra. Decidiu que ligaria e diária a Adam umas boas verdades no dia seguinte. Claro que ela não consegiu. Ligou para ele e foi superamável, ta; ela nunca conseguiria ser agressiva com Adam, não mesmo.

Violleta passou uns dias internada, assim que se recuperou foi para a escola. Ela estudava no Adventus – uma escola particular ou que se entrava com bolsa de estudos – onde estudava junto com Thomas e Meiko. Thomas era seu amigão de anos, Meiko bff, eles eram um trio, pena que Thomas fazia parte também de outras “tribos”. Na hora do intervalo, Meiko veio com um papo de elas iriam à casa de Thomas.