Cobra e Allan olham um para o outro e Cobra grita:
–TUDO CULPA MINHA,EU QUE INVENTEI DE MONTAR ESSA MERDA DE GANGUE,AGORA PERDI A PESSOA QUE MAIS ME FAZIA BEM.
–Talvez seja melhor assim Cobra,elas corriam risco demais,agora elas vão estar em segurança.Fala Allan
–Essa vida que a gente leva é um inferno,poderíamos fugir daqui,comprar uma casa bem longe daqui,em um lugar tranquilo,e viver com nossas garotas
–Cobreloa,não é assim,a confiança que elas tinha em nós já era,ela nunca mais vão querer olhar na nossa cara,vida que segue.
–É vamos ter que viver para esquecer a falta que elas vai nos fazer,vai ser muito difícil.
–Vamos para casa descansar que hoje foi um dia difícil.Fala Cobra cansado

No dia seguinte...

Cobra acordou cedo,não conseguiu dormir quase nada a noite,ate que ouve a campainha tocar e quando atende tem uma surpresa,havia um cestinho no chão, Cobra ao receber aquele cestinho na sua porta ficou surpreso ao abrir,ficou mais surpreso ainda,era cedo,ele ainda estava sonolento ao abrir uma manta que cobria totalmente o cestinho levou um susto,era um bêbe,sim um bêbe recém nascido a criança parecia estar com frio,estava com um macacão azul escuro,e com uma chupeta na boca,era um bêbe bonito,tinha os cabelinhos pretos tudo arrepiado

Cobra na hora se sentiu nauseado,teve forças apenas para gritar:
–ALLAN,PEDROO,KARINA VENHAM AQUI
–TÁ LOUCO CARA,QUER MATAR A GENTE.Fala Allan vindo correndo com uma arma na mão.
–Jogaram um bêbe aqui na porta,parece que quanto mais odeio crianças,eles jogam na minha porta,é só o que me faltava.Fala Cobra nervoso
–Calma Cobra,é um bêbe,ele tá com frio,com fome,vou trazer o cestinho para dentro para vermos o que vamos fazer.Fala Karina apaixonada pelo menininho
–É obéveo que vamos entregar esse pirralho no orfanato né Karina.Fala Cobra
–Eu também não quero criança aqui não.Fala Allan
Karina pegou o bêbe no colo a criança parecia estar abaixo do peso,ou ser prematuro,ela segurou na cabeçinha do bêbe o colocando no ombro,até que Pedro diz:
–Hey gente,tem um bilhete aqui.
Pedro pega o bilhete que estava embaixo do récem nascido,ele então começa a ler o bilhete

"Sei que você não se lembra de mim,mais eu me lembro muito bem de você,me humilhou na noite da balada ta lembrado??Não sei seu nome mais você na hora vai lembrar do meu,me chamo Andréa,lembrou?
A nove meses atrás,vivemos uma loucura transamos no seu carro,você me usou como objeto depois me jogou fora,lamento te dizer mais aquela noite teve consequências,e está ai seu filho,se for necessário faça um exame e tenha a prova na suas mãos,ele é seu filho,não quero essa criança,faça o que quiser com ela,estraguei minha juventude em troca de uma noite com você,sou nova tenho uma vida pela frente,crie seu presentinho,ele não tem nem nome,nasceu em casa mesmo,quero apenas que ele conheça o pai,e quando perguntar da mãe,responda que ela pra você foi apenas um objeto sexual se vire"

Cobra nesse momento foi amparado por Allan,ele sentou no sofá e colocou as mãos na cabeça o silêncio que havia na sala foi cortado pelo choro insistênte da criança,que chorava incontrolavelmente,e Karina diz:
–Cobra,agora você fez merda vai ter que se virar,vai buscar fralda para ele,leite
–EU NÃO VOU BUSCAR NADA,QUERO ESSE MENINO LONGE SUMAM COM ELE.Grita Cobra batendo a porta do quarto e se trancando lá dentro
–E agora,uma criança em casa,e o pai o rejeitando, a mãe,o que vamos fazer???Fala Pedro
–Temos que alimentar essa criança,ele chorando desse jeito ninguém vai conseguir pensar direito.Fala Karina andando de um lado para o outro com o bêbe
–Vou lá comprar as coisas necessárias então, e você vai ficar parado ai??Fala Pedro se referindo a Allan que olhava o bilhete pasmo
–O Cobra pai??Não imaginava isso nem nos meus piores pesadelos,na vida que a gente leva essa criança vai sofrer.Fala Allan olhando para o bêbe
–Quem disse que vamos ficar com ele,vamos alimentar e sumir com ele.Fala Pedro,abrindo a porta e saindo
Karina começou a perder a paciência e disse:
–Allan segura esse menino,cansei de choro. Fala Karina colocando o bêbe nos braços de Allan
Ele segura a criança todo desajeitado,o menino começa a chorar mais ainda.

No quarto Cobra pela primeira vez chorou,nunca havia chorado,mais agora viu a burrada que fez,um filho?Era isso mesmo um filho?Como iria ser sua vida ele iria ter que abrir mão da extreme?E agora sem Jade como iria ser? Cobra ouvia o choro da criança da sala,e não sabia o que ia fazer que beco sem saída ele estava.

Pedro chegou com uma sacola,Karina começa a colocar leite na mamadeira e esquentar no microondas,Pedro abre o pacote de fraldas e entrega para Allan que diz:
–Que que eu faço com isso??
–Tira a roupa da criança e troca a fralda dele ué.Fala Pedro
–Se é tão simples faz você,com esse choro insurdecedor no ouvido.Fala Allan
Pedro colocou a criança deitada no sofá,e começou a desabotoar o macacão,ao abrir por sorte não tinha coco,Allan levantou o bêbe,enquanto rapidamente Pedro colocou a fralda em baixo,Allan abotou o resto do macacão,Karina chegou com o leite ajeitou o garoto no colo,que sugava com força todo o leite ali contido.
Allan foi no corredor a bateu na porta do quarto do amigo e disse:
–Cobra,vamos conversar cara,o moleque já calou o bico,sai dai
–ENQUANTO VOCÊS NÃO SUMIREM COM ESSE GAROTO EU NÃO SAIO
–Cobra o molequinho é seu filho,você vai ter que carregar essa responsabilidade,ele até parece você,vem ver.
–NÃO QUERO ESSE MENINO JÁ DISSE,LARGA ELE NO LIXO MAIS AQUI NÃO.
Allan sai atrás da porta e vai para sala aonde o garoto tinha dormido no colo de Karina que acariciava o rosto do pequeno,ela diz:
–Vamos ver o que a gente faz com ele amanhã
–Não tem o que fazer ele é filho do Cobra,e vai ter que ficar aqui,ele tem que entender isso.
–Vamos preparar um lugar próvisorio para o pequeno dormir então.Fala Pedro
Allan e Pedro arrastaram o sofá,e ajuntaram um com o outro,Allan pegou um edredon,e colocou no sofá,Pedro busca o colchão de casal,e joga do lado do "Berço" do menino,e Karina diz:
–Antes de dormir ele precisa de um banho.Fala Karina tirando o macacão do garoto
–Eu comprei umas roupinhas,olha.Fala Pedro dando a sacola para Karina
Allan enche uma bacia,e o pequeno chorava,ninguém ali sabia banhar o bêbe,ele cansado dorme ao Karina terminar de trocar,e Allan diz:
–Vou para meu quarto qualquer coisa me chamem,o Cobreloa não vai sair de lá tão cedo.
De madrugada o bêbe começa a choramingar,de tão pequeno e miúdo seu choro era baixo,Cobra se levanta para ir ao banheiro e vê o "berço" que seus amigos fizeram,e viu o pequeno se remexendo,e chorando baixinho,Cobra fica olhando e diz:
–Pirralho,só veio para atrapalhar minha vida,amanhã de manhã sumo com você.
Cobra se arrepende de ter dito aquilo,e começou a se colocar no lugar do bêbe,ele se sentia igual, rejeitado pela sociedade,imagine acabar de nascer e ninguém te querer,nem nome ter, Cobra então fala:
–Ok,vou te pegar um pouco
Cobra segura o bêbe,ele nunca havia segurado um récem nascido antes,ele era tão frágil,Cobra vai até a cozinha com o bêbe que abria os olhos e olhava para todo o ambiente,Cobra esquenta a mamadeira e leva o pacotinho para o seu quarto,ele da mamadeira para o menino que sugava rapidamente,ele logo coloca o molequinho no canto da sua cama,e o tampa,começa a embalar ele que fecha os olhinhos e Cobra diz:
–Até que você não é um pirralho chato Cobra fica olhando para o bêbe e dorme junto.

No Dia seguinte...
Karina acorda e olha para o sofá e vê que o bêbe não estava ela logo diz:
–PEDRO O BÊBE SUMIU,SERÁ QUE O COBRA FEZ ALGUMA BESTEIRA?
–CALMA EU VOU VER SE O ALLAN TÁ COM ELE.Fala Pedro levantando tonto de sono,indo no quarto do amigo e o sacudindo
–QUE FOI??Fala Allan pulando da cama
–O GAROTO SUMIU TÁ COM VOCÊ??
–NÃO
Todos vão em direção do quarto de Cobra,e sorriem ao ver,Cobra dormindo abraçado com o bêbe.