Am I a Nerd?

Capítulo 35 - Ashamed of You!


PDV - Freddie

Que droga! Justo quando estava rolando um clima entre a Sam e eu, o Gibby resolveu atrapalhar - na verdade foi a Carly que mandou o aviso por ele.

Só deu tempo de colocar o casaco, esperar a Sam colocar o dela e descer, ao lado do Gibson, para o hall do hotel.

Logo de cara avistamos a Carly e o Spencer discutindo sobre algo extremamente relevante sobre o nosso passeio, no meio do pátio. Assim que nos aproximamos dos dois, a Shay lançou uma questão:

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— Vamos saber deles! - disse ela, aborrecida, virando o corpo para Sam, Gibby e eu. - Vocês preferem ir para a Torre Eiffel ou para o Arco do Triunfo!?

Carly e o Spencer - que segurava um mapa - arregalaram os olhos para nós, esperando uma decisão.

— Que tal... - Sam sorriu. - Se a gente for para um restaurante da rua ao lado...

Carly revirou os olhos e se rendeu:

— Vamos para o Arco do Triunfo, então!

(***)

Pegamos um táxi bem espaçoso que nos deixou próximo ao monumento histórico. Lá havia um guia turístico que explicava todos os fatos daquele local para um pequeno grupo.

Decidimos nos aproximar daquele grupo, para verificar o monumento.

Reparei que a Carly continuava emburrada com o irmão, que parecia apreciar a paisagem e as artes ao redor; a Sam parecia entediada com a voz do guia; e o Gibby parecia abobado com qualquer coisa.

Me interessei ainda mais por aquele local e pela riqueza de detalhes, então mantive os meus dois ouvidos bem abertos.

— De que horas voltamos? - ouvi a Sam dizer para mim. Ela apoiou a mão esquerda no meu ombro.

Não a respondi, por estar profundamente entretido com o assunto, até levantei a minha mão para fazer uma pergunta, mas tive que abaixar imediatamente:

— Freddie! - Sam gritou.

Dei atenção a loira.

— Temos que ir, cara! - Ela apontou para a Carly, Spencer e Gibby, que já estavam bem afastados.

Corremos para tentar alcançar o pessoal e no caminho ouço a Sam murmurar algo: "Esse nerd não muda nunca!?"

— Para onde vamos? - pergunto ao Spencer.

Ele não sabia bem para onde ir, o que deixou a Carly satisfeita com a incompetência dele. O velho Shay virou o mapa de ponta a cabeça e disse:

— Vamos para cá! - Ele apontou para um local qualquer no mapa.

(***)

O local escolhido pelo Spencer não foi tão legal quanto o Arco do Triunfo, então decidimos voltar para o nosso hotel, antes que ficasse muito tarde. Porém, não poderíamos voltar sem comer nada.

Sam foi a primeira a entrar em um dos restaurantes daquela região. O ambiente era tranquilo, bem chique, a iluminação estava baixa e dava um ar romântico, e talvez as comidas fossem caras.

— O que vocês vão querer? - perguntou Spencer, com o cardápio em mãos.

Desvio o olhar para a Sam, que parecia saborear o cardápio só de olhar para as ilustrações.

— Deixa que eu escolho para você, amor! - tomei o cardápio das mãos da loira. Ela estreitou os olhos para mim e eu sorri, antes de olhar para o cardápio. - Esse aqui... Não... Ah... Esse é perfeito para você!

Carly e Gibby pareciam decididos; apesar do Spencer continuar com uma expressão de dúvida, sempre tentando pronunciar o nome das comidas em francês.

Horas depois, o garçom chega na nossa mesa com duas bandejas grandiosas.

— Está ótimo! - Gibby fez uma cara engraçada quando comeu um pouco da comida.

Carly e Sam também concordaram, sorridentes.

— Não foi bem isso que eu pedi! - murmurou Spencer, olhando do prato de comida para o cardápio. - Vejam! - Ele mostrou o cardápio. - Não é nada parecido com o que eu pedi!

A comida do Spencer era bem esquisita, pois tinha a consistência de uma sopa verde, mas não era uma sopa. O cheiro era um tanto quanto constrangedor.

— Acho que o seu francês anda um pouco enferrujado - zombou Sam, de boca cheia.

— Não deve ser tão ruim! - indagou Carly. - Prova logo, Spencer.

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Spencer pegou a colher, pegou uma pequena quantidade daquele líquido pastoso e pós na boca. Ele fez uma careta estranha depois que engoliu aquilo.

— Argh! - Ele arregalou os olhos e depois pós as mãos no pescoço. - Isso é terrível! Argh!

— Qual é a sensação? - quis saber.

Ninguém se ofereceu para provar aquela coisa, nem mesmo a Sam.

— Péssima... - Ele bebeu um gole da água. - Horrível! A minha língua está queimando... E... Estou com vontade de ir no banheiro!

Spencer ficou de pé.

— Vamos embora, pessoal! - gritou Spencer, com as mãos na barriga. - Agora!

Sam e Gibby ficaram chateados por ter que largar os pratos e iremos embora. Carly juntou o dinheiro de todos e se encaminhou para pagar pelas comidas.

Na saída, Spencer foi o primeiro a sair, acompanhado da irmã e do Gibson. Sam e eu íamos logo atrás deles, mas algo nos impediu de continuar.

Algo ou alguém segurou a perna da minha Puckett.

— Ei! - Sam tentou se soltar.

Quando olhamos para a pessoa que estava no chão, tomamos o maior susto. Era justamente a mãe da Sam, a Pam.

— Pam!? - as palavras saíram sem querer.

Ela parecia péssima, suja, triste e talvez estivesse mendigando na porta do restaurante.

— Samantha! - Ela se levantou, deu um abraço na filha e olhou para mim. - Filha, eu sabia que você viria atrás de mim.

A Sam sorriu ironicamente.

— Eu não vim atrás de você! Não sabia que você estava pelas ruas!

Pam ficou um pouco desapontada.

— Eu preciso de ajuda! Uma salvação - Ela pediu. - O Wallace me usou, Sam! Depois que viemos para a França, ele me largou... Fiquei sozinha no hotel até me... Despejarem... De lá! - Sam suspirou. Algo me dizia que esta não era a primeira vez que a Pam era enganada pelos namorados. - Você tem que me ajudar a voltar para Seattle!

Sam trocou olhares comigo. Poderia estar errado, mas a Sam estava mais preocupada em alcançar o resto do pessoal do que dar atenção a mãe.

(***)

Enfim, voltamos para dentro do restaurante. Um dos garçons tentou impedir a entrada da Pam, por conta do estado físico dela, mas me senti na obrigação de dizer que ela estava nos acompanhando.

Sentamos na nossa mesma mesa de antes, reparei que as nossas comidas nem foram retiradas, mas foram reaproveitadas pela Pam, que comeu de tudo um pouco.

— Bom... - Pam estava prestes a comer a comida que era do Spencer. Tentei lhe impedir, mas já era tarde de mais.

— Estou morrendo de fome! - disse Pam.

Sam - sentada ao meu lado na mesa - não pronunciou uma palavra. Se manteve de braços cruzados, com uma expressão fechada.

— Então, vocês vão me ajudar a voltar para Seattle!?

Sam bufou.

— Tem ideia do que você fez!? - Sam ficou de pé, com um sorriso amargo no rosto. - Simplesmente não veio me visitar quando eu desmaiei naquele dia! E agora... Quer a minha ajuda!?

Pam abaixou a cabeça.

— Eu tenho vergonha da senhora! - Ela gritou em alto e bom tom. Todos olhavam para nós. - Você merece isso! Agradeço de coração ao Wall por ter feito isso!

Sam deu as costas e saiu do restaurante, sem falar ou olhar para mim. Tornei a olhar para a Pam, que permaneceu de cabeça baixa.

— Não se preocupe - segurei na mão da Pam. - Voltaremos aqui e iremos lhe ajudar!

— Vai atrás da Sam - Ela pediu. - Por favor!

Eu me levantei e corri a procura da Puckett. Só vim encontrá-la num beco escuro, próximo ao restaurante.

— Sam! - Ela estava escorada na parede. - Eu entendo o que você está passando... A minha mãe vive me...

— Não! - Sam berrou para mim e me encarou, séria. - Você e sua mãe são diferentes!

Segurei levemente o queixo dela.

— Temos problemas! Sempre tive problemas familiares - falei, olhando para ela. - Pam está bastante arrependida do que fez com você. Eu posso sentir isso...

Abracei-a calmamente enquanto ela murmurava baixinho em meu ombro: "Vamos embora daqui, Freddie! Não quero voltar para o hotel..."