Capítulo 15 - The Fat Cake's Plan

PDV - Freddie

Ainda não estou acreditando que a Sam veio até o vestuário para me ver. Não tenho dúvidas de que ela me ouviu cantar... Até decifrou o nome da música e da banda.

– É...Eles fazem um som legal! - falei, meio envergonhado.

Tinha medo de que alguém pudesse nos ver naquele lugar, lembrando que o pessoal do basquete pode chegar ao vestuário a qualquer momento.

– Você está me evitando? - perguntou ela.

Óbvio que não!

– Você leu o que está escrito? - perguntei, enquanto eu apontava para a tatuagem e sorria.

Sai do vestiário masculino e segui para a quadra, onde pude ouvir cochichos da galera - meninos do meu time e meninos do grupo adversário, incluindo o Brandon, que ria de mim.

– Força, Freddie! - gritou o mascote, no caso o Gibby-fantasiado-de-Buldogue, de um jeito animado.

A professora de educação física chamou todos os alunos presente e mandou dicas táticas para cada um. Por coincidência, eu fui um dos que levou mais dicas.

– Estão dispensados por hoje! - disse a professora para os alunos.

(***)

Depois do treino, Gibby e eu fomos para a arquibancada, onde encontramos Carly e Griffin, mas nenhum sinal da Sam.

– Carly! - chamei a morena, enquanto ajeitava a alça da mochila. - Tem notícias da Sam?

– Tenho - respondeu Carly. - Eh... Logo depois que você saiu do vestuário, ela veio até mim, dizendo que precisava ir embora e que não iria esperar você sair da quadra. - informou Carly, com a mão no queixo. - O que aconteceu no vestuário para ela agir assim?

Reparei que Griffin e Gibby fizeram uma "carinha estranha"

– Não aconteceu nada de mais, seus pervertidos! - indaguei para os dois e depois voltei a minha atenção para a Carly. - Bom, ela me ouviu cantar uma música e me perguntou se "eu estava a evitando".

Carly estreitou os olhos para mim.

– A Sam está muito estranha. - disse ela, meio confusa - Primeiro ela pede para você não procurá-la e agora te lança essa pergunta.

Abri um pequeno sorriso.

– Isso é um bom sinal, né? - perguntei, com uma grande esperança no coração.

– Claro que é! - confirmou Carly. - A Sam ainda te ama, Freddie. Basta apenas fazer a coisa certa.

Gibby decidiu se intrometer:

– Pelo visto o basquete não é a "coisa certa".

Eu lhe lancei um olhar de indignação.

– Você tem razão, Gibby - concordou Carly, que teve o apoio do Griffin. - Teremos que bolar um outro plano...

(***)

No dia seguinte, Carly e eu fomos juntos para a escola. Continuei usando umas roupas descoladas, que chamou a atenção das outras garotas.

– Qual é o novo plano? - perguntei, assustado, para a Shay. - Não aguento mais esse suspense!

Sam ainda não havia chegado a escola, então a Carly decidi finalmente contar:

– A Sam adora comida...

Fiz uma expressão de surpresa.

– Jura!? - eu estava sendo irônico, pelo menos tentei. - O que isso tem a ver com o plano?

– Tudo! - contou Carly, contente. - Depois da aula, eu vou levar a Sam para o meu apartamento, enquanto você arranja uma maneira de entrar na casa da Sam...

– Mas, o que eu vou fazer na casa da Sam?

– Ah, você irá receber dois caminhões com imensos estoques de Bolo Gordo. Terá que encher a casa da Puckett de Bolo Gordo e sair. Mas, antes, deixe um recado carinhoso para ela. - explicou ela, exaltada. - Ao invés de encher a casa da sua amada de pétalas vermelhas, encha de comida.

Olhei espantado para a Shay.

– Carly, você pirou!? - falei, quase gritando, no corredor.

– Talvez, eu tenha exagerado um pouco... - disse ela, sorridente. "Um pouco"? - Ah, você terá que pagar o estoque de Bolo Gordo também.

– O quê? Você faz as loucuras e quer que EU PAGUE!?

O nosso diálogo maluco teve fim com a aproximação da loira, que acabara de chegar na escola.

– Qual a novidade, pessoal? - questionou ela, sonolenta, envolvendo um dos braços ao redor do pescoço da amiga.