Espectros Dourados:


- A gente morreria? – diz Seiya surpreso com a afirmação de Mu.

Saori mandara que nenhum de nós, Cavaleiros de bronze, entrássemos no Santuário. Se desobedecêssemos, as ordens eram de que nos punissem com a morte. A pergunta era: por que Atena impediria de nos unirmos a ela num momento como este? Seiya não podia entender, nem acreditar no que acabava de ouvir. Mu o ataca, mandando-o embora, mas ele ainda se levanta.

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- Mu? Isso é um erro, me deixe ver a Saori, a Atena.

- Cale a boca! – diz Máscara da Morte, atacando-o pelas costas – Primeiro você se intromete, agora fica aí choramingando!

Mas Seiya não aceita levar desaforo pra casa, e defende o golpe de Câncer, lançando-o para longe de si. Ele veste sua armadura, incitando o espectro a lutar com ele.

- Hahaha! O que pensa fazer? Esta armadura está toda estraçalhada das batalhas de antes!

- A armadura pouco importa para vencer você! – disse avançando contra o inimigo – Vou te socar, socar e socar, até não dar mais!

Máscara da Morte é atirado contra o chão, sendo ainda alfinetado.

- Levante, Máscara da Morte. Vamos lutar até que você solte bolhas como um caranguejo de verdade!

Mas Seiya é paralisado por Mu e perde todas as suas forças. Ajoelhado ao chão, sem entender como podia ser morto por querer lutar ao lado de Atena, é impiedosamente atacado pelo espectro sobre o qual levava vantagem até agora. Mas o último golpe de Câncer é parado pelo guardião da primeira casa.

- Limite-se a seus afazeres, Máscara da morte, que eu cuido de Seiya.

Ele apenas forçou para traz o punho do espectro, mas ele voou como se o tivessem lançado com força, caindo de cara no chão.

- Descanse em paz, Seiya.

- Espere... MU!

- \"EXTINÇÃO ESTELAR!\"

Uma intensa luz envolve Seiya, junto com inúmeras estrelas em raios. O corpo atirado ao ar desaparece por completo, deixando no lugar nada mais do que fumaça que se erguia do chão, como se tivesse sido pulverizado.

- A \"Extinção Estelar\" continua tão poderosa quanto antes... Mas você não espera me enganar, não é? Para onde enviou Pégaso? – pergunta o homem sob a capa, mostrando conhecer aquela técnica.

- Todos os que são atingidos pela \"Extinção Estelar\" não têm outro destino senão o Mundo dos Mortos...

- Pff... Não importa. Era apenas um Cavaleiro de bronze, vivo ou morto Pégaso não mudará o resultado deste combate.

Ele ordena que os outros prossigam, esperando que, desta vês, Mu não se interponha em seu caminho. Mas num salto, o Cavaleiro se põe novamente diante deles, elevando seu cosmo, com o qual atinge e derruba a ambos.

- Mu, ainda não entendeu? Já não disse que atacá-los é se opor a mim?

- E, por acaso, eu já não disse que proteger a casa de Áries é meu dever? Mesmo que tenha que te desobedecer, aceitarei ser punido com a vida. Mas antes disso, lutarei, e mandarei estes dois de volta para o lugar de onde nunca deveriam ter saído! Deste templo, garanto que vocês dois não sairão!

\"Oh... É a primeira vez que Mu, Áries dourado, sempre elegante e amável, mostra toda sua agressividade!\" Pensa surpreso o comandante, como se já conhecesse bem o Cavaleiro à sua frente. Indignado com o ato de seus adversários, antes aliados, Mu os manda, com a \"Extinção Estelar\" de volta para o além túmulo. Mas o homem ali presente não parecia sentir-se derrotado.

- Mu, não pense que a ausência dos dois encerra o combate. Sua punição será ainda mais severa com este ato de rebeldia.

- Isso não é motivo para que eu fique parado, eu ainda não derrotei os 108 espectros de Hades.

- Não é dos espectros que falo...

Outros três homens sob capas aproximam-se do primeiro. \"Não... mais espectros estão com ele! Mas, esses cosmos, não são desconhecidos...\"

- Não acredito... Vocês também...?

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Cemitério do Santuário:

- Ponham fogo nisso tudo! – manda Shina.

- O que? Mas assim vamos incinerar os corpos dos Cavaleiros!

- É preciso... De nada adianta reforçar a segurança se os inimigos, os soldados de Hades, vêm de dentro do Santuário.

Outro soldado chega desesperado, chamando por sua comandante.

- Senhorita Shina! Os túmulos dos Cavaleiros de ouro também estão abertos! Como estes, parece que eles saíram das próprias covas!

Ela corre para o local. De fato, os túmulos dos Cavaleiros de ouro mortos na Batalha das Doze Casas, foram abertos por dentro. Não só os de Máscara do Morte e Afrodite, mas também os de Saga, Shura e Camus.

- É tarde demais... – sentencia a Amazona – Se os mais fortes entre nós aderiram à causa inimiga, o Santuário será destruído por dentro!

Casa de Áries:

- Ah... Saga... Shura... Camus... Vocês também? Também cederam à tentação de Hades, e vieram decapitar Atena?

- Isso mesmo, – respondeu Shura, com uma secura amedrontadora – saia da frente, Mu!

Sem mais delongas, corta o ar com a poderosa Excalibur. Mu desaparece diante de seus olhos, reaparecendo poucos passos atrás, com alguns fios de seus cabelos, agora soltos, voando pelos ares.

- Se salvou graças ao teletransporte, mas te asseguro que, da próxima vez, cortarei algo mais que o cabelo.

- Espere, Shura – diz Camus calmamente – Eu abrirei caminho sem precisar derramar sangue. \"PÓ DE DIAMANTE!\"

Mu é atirado contra o pilar, caído no chão vê Saga se aproximar.

- Parem de conter seus golpes, ou Mu nunca nos deixará passar. Se querem ser piedosos, devem acabar com ele com um só golpe.

Áries se ergue com dificuldade, fitando o sério olhar e Saga, mas há algo errado com ele, lágrimas de sangue escorrem em seu rosto, não só dele, mas de Shura e Camus também. Não são reais, o Cavaleiro é para-normal, e pode ver o interior de seus corações, suas almas que choravam. \"Ah... Mas então eles...\" Enquanto pensava, Saga prepara-se para atingi-lo, mas não chega a fazê-lo. O corpo de Mu é paralisado por uma força quem nem ele consegue rivalizar.

- Já chega, Saga. – diz o comandante do grupo – Eu contive os movimentos de Mu. Apressem-se e tragam a cabeça de Atena, pois o prazo já é de menos de doze horas, sabem o que acontecerá se falharem.

- Sim. – respondem em uníssono, depois se levantam e seguem caminho.

- Quanto a você, Mu, por insistir em me desobedecer seguidamente, sabe o castigo que terá, espero que esteja pronto. Mas não posso negar o afeto que tenho por você, portanto, farei com que morra sem sofrer... Adeus, Mu!

Mas ele não chega a desferir o golpe. Doze chamas se acendem no relógio zodiacal de forma misteriosa. \"Quem é o responsável por isso?\" – pergunta.

- Fui eu! – responde uma voz calma na entrada do templo.

Era Mestre Ancião, com sua bengala e roupas típicas da China.

- Há quanto tempo, hein?

- Dohko...?

- Já faz 243 anos... Não esperava revê-lo neste mundo, ainda mais em tão boa forma. Já é hora de mostrar o rosto, não acha, velho amigo? Você que perdeu a vida pela loucura de Saga, o verdadeiro Mestre do Santuário, Cavaleiro dourado, Shion de Áries!

O homem finalmente tira a capa, mostrando uma esplêndida aparência. Como dizia Mestre Ancião, fora seu companheiro de batalhas na última Guerra Santa, e deveria ter sua idade, 261 anos. Mas seu rosto e corpo eram jovens, e sua Surplice tinha a forma da armadura de Áries.

- Shion... Meu venerável mestre... – diz Mu, para si mesmo.

Shion atribui sua forma jovem e no ápice da força e beleza ao poder de Hades, que lhe dera nova vida, enquanto ironiza o estado de seu antigo amigo, enfraquecido pela idade.

- Isso não passa de ilusão. – diz Dohko.

- Como?

- Por que acha que acendi as chamas do relógio sagrado? Sua vida e juventude são ilusões que se findarão com as chamas desse relógio. Você sabe disso tão bem quanto eu, não é mesmo, Shion?

Volta-se para Mu, e com seu cosmo o liberta da prisão imposta por seu mestre, mandando-o seguir e deter Saga, Shura e Camus. Era preciso avisar os outros Cavaleiros de ouro e defender Atena durante as doze horas em que ardessem as chamas do relógio. O jovem guerreiro levanta-se e prontamente se põe no caminho adentro das doze casas, desta vez sem dar ouvidos a Shion.

- Espere, Mu!

- Shion! – intervêm Dohko – Eu serei seu adversário.

- Dohko... Sabe que isso pode acarretar a guerra dos mil dias. Está certo de que é isso o que você quer?

- Não tenho outra opção.