Capítulo 2: Primeiro dia como interna.

Acordei com o sol batendo em meu rosto e peguei meu celular para ver que horas eram. O relógio marcava 4:40 A.M, não estava nem muito cedo e nem muito tarde para começar a me arrumar para o primeiro dia de estágio no hospital do amigo de Caroline. Sai da cama e me olhei no espelho vendo o quanto estava horrível e com a cara amassada, sorrindo depois por lembrar da noite passada com Damon e ao recordar o que havia dito sobre repetir a dose. O que seria meio difícil já que trabalharia durante dois dias seguidos no hospital. Tirei minha camisola e vesti o roupão de banho enquanto enchia a banheira e jogava a quantidade de sais exata para que começasse a fazer espuma e assim que encheu fechei a torneira quando finalizei o que queria. Retirei o meu roupão e joguei ele em cima da cama, voltando para o banheiro e finalmente entrando na banheira me deliciando com a água morna e relaxante, deixei meu preso em um coque para não molha-lo já que tinha o lavado na noite passada. Passou-se uns 6 minutos e eu peguei uma toalha presente ali e sequei-me, enrolando ela no meu corpo e prendendo na altura dos seios em seguida. O uniforme do hospital era uma blusa social da cor azul marinho com alguns detalhes brancos e acompanhava uma calça justa da mesma cor, coloquei um tênis branco simples para que combinasse. Assim que me vesti por completo, tratei de colocar o cartão que informaria que eu era interna do hospital e que trabalhava lá. Olhei-me detalhadamente no espelho e arrumei o cabelo liso com as pontas onduladas porém, com duas mechas de cabelo presas para trás. Passei apenas rímel e um brilho labial para o primeiro dia, peguei o resto das minhas coisas como a bolsa que eu levaria com as coisas essenciais e sai do meu apartamento indo para o primeiro andar pegar o meu carro. Assim que peguei minhas chaves com o moço do balcão, entrei no meu veículo e fui em direção ao Hospital Seattle Grace.

[...]

Depois de finalmente chegar no local, estacionei meu carro e verifiquei as horas para ter certeza de que eu estava no horário, e sim, eu estava. Saí do automóvel e tranquei o mesmo indo em direção às portas. Assim que cheguei a recepção do hospital, uma moça disse que alguém chamada Jô iria me guiar para a sala dos internos.

— A doutora já está vindo para te mostrar onde você ficará diariamente aguardando o chefe da especialização que você escolheu. - A mesma mulher que atendia o balcão e que havia me comunicado antes avisou-me e agradeci deixando um sorriso gentil escapar.

Uns 3 minutos depois a tal doutora apareceu. Ela tinha uma boa aparência, era muito bonita e aparentava ter uns 29/30 anos. Ela me chamou e segui ela pelo hospital até que chegássemos a sala. Quando chegamos ela me deu algumas papeladas para assinar e ficou acompanhando minha turma da cardiologia enquanto o nosso chefe não chegava. Enquanto a espera acabei esbarrando em uma menina, morena, conversando com dois garotos e resolvi puxar assunto com eles.

— Oi, sou Elena. Vejo que seremos colegas de trabalho. - disse com um sorriso meigo nos lábios.

— Oi Elena! Sou Bonnie, e esses são Enzo e Kol. - A morena disse se apresentando e depois apresentando seus amigos.

— Oi meninos! É impressão minha ou o Kol é irmão do dono do Hospital, Klaus? - disse surpreendida por ele estar no mesmo ambiente que eu, uau, teria um amigo que era irmão do dono do Hospital? Já estava adorando a minha profissão.

— Sim, Elena. Mas seja discreta, por favor, não gosto que fiquem me paparicando porque sou irmão do dono. Mas logo toda turma irá saber, só peço para que seja sincera comigo, sem me mimar. - Ele disse dando uma gargalhada curta mas divertida, embalando a risada dos outros e inclusive minha. Assenti apontando que tinha concordado e entendido com tudo que ele havia me pedido e continuei a conversar com eles enquanto esperava o doutor que nos acompanharia.
Passou mais um tempinho e uma voz que eu já achava ter ouvido antes pôs-se a falar.

— Obrigado e desculpe pela demora, Jô. Deixa que eu cuido deles.

— Espero que não pegue muito pesado com eles, Sr. Salvatore. Você sempre coloca medo nos seus internos.

— Não é verdade! Eles me adoram. Quem não me adora, hum?!

Aquela voz, aquele sobrenome, não podia ser possível. Virei-me para poder olhar o doutor e me assustei a ver que tinha dormido com o meu chefe. Era Damon! Céus, como não tinha pensado nisso antes? Lembro-me de ter ouvido ele dizer que era médico no jantar que tivemos na noite passada. Ai meu deus, ai meu deus!

Depois de ter surtado na minha memória, ouvi novamente aquela voz rouca e sexy passando pelos meus ouvidos. Espere, Elena! Chega de fogo, ele é seu chefe. Não pode se apaixonar pelo seu chefe!

— Atenção, internos. Irei fazer uma pequena revisão no nome dos meus aprendizes. Portanto, irei fazer uma chamada rápida. Fiquem calados. Está bem, hum... Alaric Saltzman? Está aí. Bonnie Bennet? também está. Camille? Tudo certo. Diana Waverly? também... Elena Gilbert? E-Elena? - Depois que ele disse meu nome eu gelei completamente e ele disfarçou terminando o resto da chamada. Logo após terminar, fui rendida em um canto por Damon e começou o questionamento. - O que está fazendo aqui, Elena? - O interrompi sendo um pouco grossa e talvez fria. - Eu estou trabalhando. E desculpe, não vamos poder repetir a dose sabendo que você é o meu chefe. - Não. Nada disso, Elena eu gostei mesmo de você, não pode fazer isso. - Ele me deixou com o coração mole, mas eu não podia ter nenhum tipo de relacionamento com o meu chefe além de um relacionamento profissional. - Damon... - Não fala nada, Elena. Eu não vou desistir de você. Agora me dê licença, tenho que levar você e sua turma para ensinar as práticas do hospital. - Não consegui responde-lo pois já tinha virado às costas para mim e ido à frente fazendo toda a turma ir atrás dele.

— Elena? Chamando Elena... ELENA! - Bonnie me assustou com a tentativa de me 'acordar' enquanto eu dormia acordada.

— Me desculpe Bonnie. Vamos? Teremos dois dias cheios e longos, precisamos aproveitar o maximo dessa etapa da nossa vida e dar o nosso melhor.

[...]

— Caroline? Cheguei. Trouxe uns amigos do trabalho. - Disse enquanto entrava no meu apartamento com Bonnie, Enzo e Kol.

— Elena ai meu deus, que saudades! Não sei como vou me acostumar com isso. Oh, olá, sou Caroline Forbes, é um prazer conhece-los. Espera aí, Kol? Quanto tempo! Uau.

— Conhece ele? - Eu, Bonnie e Enzo dissemos ao mesmo tempo como um coro.

— Caroline e eu nos conhecemos quando Klaus a levou em casa para nos apresentar. Ela foi muito atenciosa e simpática com todos nós, quero dizer, com meus irmão e comigo. - Disse Kol.

— Então.. convidei eles para saírem conosco hoje, se não houver problema nisso... - Claro que não! Estou honrada. - Caroline disse, me interrompendo como sempre. Eu ia dizer algo mas antes que eu pudesse ouvi três batidas na porta a qual foram consecutivas. Logo, fui até lá para abri e quando fiz arregalei os olhos, levando um susto vendo Damon e seguindo ele com o olhar enquanto ele entrava na minha casa sem minha permissão.

— Dr. Salvatore? O que está fazendo aqui? - Bonnie perguntou e eu ainda permanecia boquiaberta.

— Como vai, Bonnie? E por favor, me chame de Damon quando estiver fora do hospital. Vim aqui ver a minha namorada, preciso ter uma conversa com ela, se não se importarem eu queria roubar ela um pouquinho.

— Eu vou bem. Esta falando de Caroline?

— Não Bonnie, falo de Elena. - Arregalei os olhos e depois sai distribuindo tapas no seu abdômen, ainda coberto pela roupa com cheiro de hospital. - Não sou sua namorada Damon! Ele está apenas brincando gen... - Antes que eu terminasse de falar, fui surpreendida ao ver ele tirar um buquê de rosas atrás das costas e se ajoelhar diante à mim. - Elena Gilbert, eu sei que nos conhecemos a pouco tempo mas... - Não, não, não! Damon o que pensa que está fazendo? Nem pense nisso. - Enquanto os outros estavam com uma cara de surpresos e não sabendo o que estava acontecendo. - Mas eu só estava lhe parabenizando por conseguir uma cirurgia amanhã comigo. O que achou que eu estava fazendo? Ah, e me desculpem alunos, eu queria deixar ela tímida e sem reação na frente de vocês, eu consegui... perdão. - Disse Damon soltando uma gargalhada e depois parando ao me ver séria e de braços cruzados.

— Vaza, Damon. - Revirei os olhos, doida de raiva.

— Não não, Caroline me chamou para sair com vocês. Não é mesmo Caroline? - Ele disse encarando-a e eu fiz o mesmo, mas a fuzilando com os olhos.

— Sim. Vai ser divertido. - Disse ela tentando disfarçar o clima tenso, com um falso sorrisinho na cara, sonsa!

[...]

Já havia se passado 1 hora e agora o relógio marcava nove horas da noite. Eu estava quase pronta, o cabelo ja estava pronto, com cachos jogados e bem armados na ponta dos cabelos enquanto a raiz e a metade do cabelo permaneciam lisos. Separei um vestido preto centímetros à cima do joelho e colado, que deixava cada curva do meu corpo bem valorizada. Para acompanhar, peguei um salto preto que deixava o resto do visual bem elegante. Me adaptei por uma maquiagem escura com uns tons de cinza e preto, e um batom líquido da cor nude, para não deixar muito chamativo, e sim discreto e bonito. Coloquei um perfume e me vesti, me admirando no espelho e amando o resultado. Todos já estavam arrumados na sala, Damon disse que iria se arrumar e voltar pra cá e e que eu ficasse na sala, o esperando. Saí do meu quarto e fui para a sala me juntar aos outros quando recebi uma trilha de elogios de Bonnie, Enzo, Kol e Caroline, me fazendo sorrir e agradecendo a todos logo depois. Quando eu ia me sentar para esperar Damon, a campainha tocou. Caminhei até a porta e abri, dando passagem para todos os outros que estavam lá dentro, que cumprimentaram Damon e foram para o final do andar, esperar o elevador chegar para que pudéssemos descer e irmos para a boate. Saí também é fechei a porta, trancando-a e sentindo um olhar sobre mim nada discreto, principalmente sobre minhas curvas e seios que estavam muito bem valorizados no vestido.

— Desculpe o modo de falar, mas você está muito gostosa. - Ele disse me encarando com seus lindos olhos azuis, me fazendo sorrir em forma de agradecimento e sendo surpreendida por ele ao oferecer seu braço, esperando que eu entrelaçasse o meu e assim eu fiz, indo em direção ao elevador que tinha acabado de chegar. Descemos e todos foram no carro de Caroline, com minha exceção e a de Damon. Ele insistiu para que eu fosse no carro dele ao seu lado. A viagem pelo visto seria uma completa sequência de provocações me causando nervosismo e tensão sexual. Será que iríamos ter nossa segunda dose naquela noite?