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Atrasada no Primeiro Dia


Acordei com o som insistente do despertador. Tentei fechar os olhos e voltar a dormir, mas quando me lembrei na escola de quem que eu iria estudar, eu levantei num pulo em meio a xingamentos enquanto corria para o banho.

Tentei não demorar muito no banho, o que não me impediu de ficar uns quinze minutos embaixo do chuveiro. Logo após isso, passei o secador no cabelo o mais rápido que podia e voltei para o meu quarto para trocar de roupa.

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Abri a janela, já que eu preferia a luz natural à lâmpada, apenas para ver Natsu na porta da minha casa, lá embaixo.

O que raios ele estava fazendo ali? Droga.

Acelerei o processo de escolha de roupas apenas escolhendo a primeira roupa que encontrei na minha gaveta e corri pelas escadas em direção à cozinha. Lá, minha mãe me esperava com uma mesa de café da manhã, onde ela sentava com... Natsu e tio Igneel?!

Tudo bem o Natsu, provavelmente ele iria me dar carona para a escola, de modo a manter nossa encenação, o único problema era que o seu pai não tinha nada a ver com isso, nem um motivo aparente para estar lá.

Disfarcei minha expressão que indicava que aquela era uma surpresa infeliz com um sorriso, enquanto eu me sentava ao lado de Natsu para tomar o café.

– Como você está Lucy?- perguntou tio Igneel sorrindo.

– Bem, tio. Obrigada por virem aqui- falei, pegando uma torrada e comendo-a.

– Eu que os chamei!- disse minha mãe, extremamente animada- Achei que isso te deixaria mais feliz no seu primeiro dia.

– E acertou!- respondi. Na verdade, a última coisa que me deixaria feliz no meu primeiro dia de aula era o que ela tinha acabado de fazer.

– Eu estou animado para te apresentar para o pessoal da escola, Luce- pronunciou-se Natsu, que até aquele momento estava devorando toda a comida na mesa de um modo até nojento, deixando um bigode de leite embaixo do seu nariz- Eles vão te adorar!

– Sério?- perguntei, rindo. Nunca pensei que eu seria tão falsa.

– Sim- ele disse, me dando um beijo na bochecha.

Ótimo, agora o bigode de leite dele passou para a minha bochecha. Eca.

– Eles crescem tão rápido- suspirou minha mãe, com um sorriso tão sincero que até me fez sentir-me culpada.

Peguei o guardanapo e limpei minha bochecha

– É, eu sei- concordou tio Igneel.- Bem, nós não queremos atrasar vocês, é melhor vocês irem para a escola.

Arregalei os olhos e enfiei a torrada que eu estava comendo inteira na boca com rapidez, agarrando Natsu pelos ombros enquanto me levantava, se tinham nos dado a deixa para sair era bom nós aproveitarmos.

– É sim, melhor nós irmos...- falei (ou pelo menos tentei com aquela torrada na boca), puxando um rosado que parecia mais um chumbo para fora da casa.- Tchau!

Larguei Natsu assim que saímos da vista da minha mãe e do tio Igneel, ele reclamou um pouco pelo puxão e porque ele queria comer mais, porém eu não estava querendo chegar atrasada no primeiro dia de aula.

– Tá bom, entra logo no carro- Ele disse, um pouco emburrado, indicando um Prius prata que estava estacionado em frente à minha casa.

– Nossa, alguém ficou irritado- murmurei, andando em direção ao carro e sentando no banco do passageiro.

– Tsk!- fez Natsu, entrando no banco do motorista e dando a partida no carro.

Ficamos em silêncio enquanto ele concentrava-se no caminho, eu olhava pela janela tentando prestar atenção para conseguir voltar à pé caso eu precisasse.

– Ali está- disse o rosado, brevemente, enquanto indicava uma escola com a cabeça.

Que escola grande!

Ela ocupava um quarteirão inteiro, sendo toda pintada de branco e azul, o nome Fairy Tail high estava escrito em um dos dois portões de entrada. A escola tinha três andares e eu podia ver pessoas entrando na escola.

Meu coração acelerou. E se eu não conseguisse nenhum amigo e ficasse sozinha para o resto do ano? E se eu tropeçasse na frente de todo mundo e me zoassem até o fim do colegial? Eram muitas possibilidades para um fracasso total.

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– Luce, você está me ouvindo?- Natsu falou, parecendo sério. Voltei à realidade, encontrando seus olhos ônix me encarando de um jeito estranho.

– Hã... sim?- Tentei disfarçar mas saiu como uma pergunta. Droga, agora ele sabe que eu estou nervosa!

– Não se preocupe, tem louco para tudo nessa escola- disse ele- Algum louco vai acabar virando seu amigo.-O Natsu tentou... Me confortar?

Quando eu estava pensando em falar alguma coisa, ele reclamou:

– O que está esperando? Saia do meu carro, sua mula empacada.

Justo quando eu pensei que o Natsu podia ser legal ele fala isso! Tratei de colocar uma expressão emburrada na cara e saí do carro, batendo a porta com tudo.

Ele não disse nada, mas correu igual a um louco em direção à porta fechada para ter certeza de que eu não tinha quebrado sua preciosa porta.

Andei em direção ao portão e fiquei ali, parada, por um tempo, apenas olhando a escola.

Olha, tem uma garota ruiva segurando um bolinho. Hum... parece bom.

Andei quase que institivamente em direção a ela, hipnotizada pela força do bolinho. Meu Deus, como eu sou patética.

Felizmente eu me conti quando vi que ela deu um soco num garoto de cabelo azul que pediu por um pedaço. Saí de fininho de perto deles.

– Natsu!- ouvi uma voz fina gritar, olhei para trás, a tempo de avistar uma garota albina vestida em trajes de líder de torcida abraçando o Natsu como se estivesse se esfregando nele. Minha boca abriu e eu tentei disfarçar que eu estava olhando.

Será que ele não cumpriu o nosso acordo? Será que a albina e ele estão namorando? Eu deixei o choque e comecei a sentir irritação, se ele estivesse descumprindo o nosso acordo eu iria agarrar o primeiro garoto que eu visse na minha frente quando ele estivesse olhando.

– Lisanna, dá licença?- disse Natsu, afastando-a com o braço- Nós somos apenas amigos.

Naquele momento eu tive vontade de gargalhar. A tal de Lisanna estava numa bela friendzone. Como o nosso trato estava seguro, eu apenas perdi o interesse na conversa. Lembrei que eu tinha que pegar meus horários na diretoria.

Andei até lá e peguei os benditos horários, e, para minha “sorte”, a primeira aula era de matemática, na sala 14B.

Olhei para a porta mais próxima, era a sala 179C. Olhei para o meu relógio, faltavam cinco minutos para o início da aula.

Deus, eu estava absurdamente longe daquela sala.

Pensei em pedir informação para algum aluno, mas quando eu vi o corredor e a entrada estavam vazios como a minha barriga depois de uma aula de natação.

Comecei a me desesperar, eu não queria chegar atrasada no primeiro dia. Corri pelos corredores olhando o número das salas, mas não importava o quanto eu corresse, a sala 14B só parecia mais longe.

Quando eu vi, eu estava completamente perdida em algum lugar do segundo andar.

Ótimo, se o meu ano inteiro se espelhar nesse dia eu estou ferrada.

– O que está fazendo?- ouvi uma voz masculina me perguntar, com um tom de clara irritação na voz- Não é permitido correr nos corredores.

Melhor ainda, agora eu, além de atrasada, ainda fui flagrada correndo pelos corredores.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.