— CAPÍTULO QUINZE –

A Queda no Quadribol

Durante o café da manhã do dia seguinte, Al mal tivera tempo de tomar um gole do seu adorado e caloroso café com leite quando Jim se largou na banqueta ao lado, claramente incomodando um estudante do segundo ano que se levantou resmungando audivelmente.

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— Os sereianos acordam vocês com jatos de água ou coisa do tipo? – Perguntou Jim travessamente, roubando uma torrada do irmão – O pessoal da Sonserina sempre acorda com um mau humor dos diabos!

Cruzando os braços, Riley olhou para ele parecendo zangada.

— Ou talvez o problema não seja realmente os sereianos, não é James Potter? Talvez nós só não gostamos de Grifinórios que não sabem cumprir com sua palavra...

— Wow, wow, wow – falou James, levantando os braços defensivamente – Calma lá, cobrinha. Se está falando do ocorrido de ontem, é por isso que eu estou aqui! Para explicar o que houve!

— Então é melhor que você tenha uma explicação bastante boa – disse Al, afastando o prato de ovos fritos para encarar o irmão.

James o olhou de volta despreocupado, parecendo bastante seguro do que ia dizer.

— Escute Al, eu entendo que você possa estar chateado por não termos aparecido, mas nós realmente não tivemos escolha, sabe? Quando chegamos perto da orla, demos de cara com a diretora!

Se Albus tivesse seguido seu desejo de dar um gole no seu recém-preparado café com leite, estava certo que à essa altura já o teria cuspido por inteiro sob a mesa. Ele abriu a boca sem perceber, enquanto Emma, Riley e Scorpius olhavam nervosamente para ele.

— Você viu Salazar entrando na Floresta Proibida?

— Não a vimos entrar – explicou Jim – Ela nos mandou de volta para o castelo e só ficou lá, meio que vigiando para que não pudéssemos voltar... Pensando agora, ela parecia realmente zangada. Nunca a tinha visto daquele jeito antes...

Ah, aí está você! – exclamou uma voz irritada atrás deles.

Era uma voz familiar, e Al se virou para ver sua prima, Dominique Weasley, do segundo ano da Grifinória, batendo o pé nervosamente no chão.

— E aí, priminha – cumprimentou Jim com um sorriso tranquilo.

— Sem essa, Jim, não me venha com priminha! Estivemos te esperando faz vinte minutos na quadra! E caso tenha esquecido, esse fim de semana será o meu primeiro jogo com o time! Mas é claro que não podemos começar o treino com você aqui!

Dominique puxou Jim pela orelha, e ele levantou da mesa com evidente dor e um tanto de dificuldade.

Ouch, Dom! Fique calma, eu já estava indo!

Todos que estavam perto viram James acelerar o passo e marchar apressado para fora do Salão. Dominique, por sua vez, só murmurou um “até mais” apressado para Al, e logo saiu atrás dele.

— Sem querer ofender, Al – disse Riley, observando James passar pela porta feito um raio – mas seu irmão é um exibido.

— Acredite – respondeu Albus – não ofendeu.

— Mas o que ele disse parece ser verdade – ponderou Emma.

— É, faz sentido – disse Scorpius, pensativo – Salazar pode ter usado a festa como distração para garantir que não houvesse ninguém por perto quando ela abrisse a fenda.

— Aposto que ela achou que podia deixar todo mundo distraído no castelo com um pouco de pão e circo – acusou Riley.

— Você quer dizer fontes de chocolate infinito e música ao vivo – corrigiu Scorpius, lembrando das exuberantes atrações que a escola teve no dia das bruxas.

Por mais que quisessem, os quatro não tiveram muito mais tempo para conversar depois disso. Terminaram o café um tanto apressados, com Emma ainda mordiscando uma boa fatia de bacon crocante a caminho da sala de aula.

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Nenhum deles tinha visto Salazar durante a amanhã, pois ela não havia se juntado à Mesa Principal, nem havia feito o desjejum com os demais professores. Sem sombras de dúvidas, Al se sentia terrivelmente intrigado.

Ele gostaria de poder conversar mais com Callaghan sobre o assunto. Parecia que o professor havia passado muito tempo juntando informações sobre a misteriosa sociedade secreta que estava se formando e que definitivamente usava o mesmo estranho símbolo que voltava a aparecer para ele outra e outra vez.

No entanto o dia atarefado e a semana repleta de estudos logo trataram de deixar sua cabeça bastante ocupada. As aulas da Profa. Pandea sempre iam até tarde e as da Profa. Pinborough costumavam ser rígidas, mas Al percebeu rapidamente que conseguia ter um bom controle sob sua varinha e isso, evidentemente, o fazia ter uma nata facilidade em Feitiços.

Por sua vez, os deveres de Transfiguração podiam ser complexos, e muitas vezes os alunos demoravam semanas para aperfeiçoar uma transfiguração completa (no momento eles estavam aprendendo a fazer uma caixa de sapato virar um resistente jarro, e a única da turma que tinha conseguido fazer aquele bando de papelão virar vidro cristalino era Riley).

Ao menos, o Prof. Cornwell não era em nada rigoroso e Al até o achava um pouco engraçado. Ele tinha um forte sotaque escocês que sempre fazia o “r” das palavras soar embolado e seu bigodão cor de milho nunca deixava de balançar quando estava explicando a matéria.

As aulas de História da Magia, entretanto, se mostravam cada vez mais difíceis de acompanhar. Apesar de Al e Scorp nunca terem adormecido em suas carteiras durante os interruptos discursos do Prof. Binn sobre a Guerra dos Gigantes, eles podiam compreender facilmente porque Riley o fizera.

Para alívio dos três, Emma parecia verdadeiramente interessada pelo tema e sempre estava disposta a ajudá-los com a lição. Desde a primeira vez que foram à biblioteca, ela estava sempre pegando livros como “Feiticeiros Famosos e seus Feitos na História” e “A Magia no Século X”.

Todavia, a matéria que mais agradava a Al era mesmo Poções. Desde a primeira semana, ele e Scorpius vinham conseguindo uma quantidade de pontos notavelmente alta para a Casa da Sonserina e, na última aula, a amigável Profa. Platt tinha até mesmo dito que os dois estavam entre os melhores do ano.

Al gostaria de poder dizer que também conseguia ver algo próspero na Herbologia, mas sabia que só estaria enganando a si mesmo. Simplesmente não conseguia sentir o mesmo entusiasmo que o padrinho, ou melhor, o Prof. Longbottom, tinha ao explicar a melhor maneira de criar flores guarda-chuva na estufa.

O que ele não podia negar era que o padrinho tinha mesmo jeito para lecionar. Neville nunca se importava em explicar uma e outra vez para os alunos que deveriam deixar as raízes de burbolínea em conserva depois de utilizá-las em sala de aula e Al nem sequer se lembrava de já tê-lo visto irritado com algum de seus alunos alguma vez.

Mas apesar de todas as aulas e todas as matérias, o que mais deixava Albus esgotado eram mesmo os treinos que começaram a ter durante as aulas de voo.

Albus sabia que o treinador Walsh era um tanto exigente, pois em quase todas as aulas usava seu apito encantado para chamar a atenção dos alunos e desatar a falar sobre a maneira correta de se manterem em uma vassoura.

Talvez com exceção de Scorpius, todos os demais eram sempre alertados a melhorar sua postura quando estavam voando.

Foi uma surpresa para Al (e também para o restante da turma) quando o treinador Walsh parou a prática de voo na sexta-feira para lhe fazer um comentário que soava fundamentalmente positivo.

— Parece que você tem bons reflexos, Potter. Continue assim e pratique arremessos à distância – recomendou ele parecendo orgulhoso – O time da Sonserina fará testes para artilheiros no próximo ano, certamente você deveria tentar.

A ideia gerou uma súbita animação em Al, e ele definitivamente se viu considerando a opção.

Quando o fim de semana finalmente chegou, os ares de agitação não pareceram deixar o castelo. O início de novembro marcava também o início da temporada de Quadribol, e a primeira partida era sempre uma das mais aguardadas.

A Sonserina abriria a temporada jogando contra a Lufa-Lufa e Al estava ansioso para ver o jogo. Ele foi ao campo junto à Scorpius, Emma e Riley logo depois do almoço, mas quando chegaram, as arquibancadas já estavam tomadas de gente.

Uma grande parte dos bancos estava coberto por bandeironas verdes e prateadas que balançavam fervorosamente com os dizeres: “AVANTE SONSERINA” e “RUMO À TAÇA”.

Mais adiante, Albus viu James e Dave, que estavam sentados perto de Dom e mais quatro pessoas, que ele supôs ser o restante do time da Grifinória. Ali perto também estavam Freddie e Finn, liderando um grupo de alunos do primeiro ano, entre eles Levius Lewis e Andy McKay, que disparavam serpentinas vibrantes em preto e amarelo-canário.

— Aqui tem espaço – indicou Riley, numa parte que na verdade não tinha tanto espaço assim, mas que era mais afastada do lugar em Lewis e McKay estavam.

— Vai ser uma partida rápida – garantiu Scorpius – O time da Lufa-Lufa tem muitos novatos, e o da Sonserina está com a mesma formação há dois anos.

— Mas a apanhadora da Lufa-Lufa é a capitã do time – disse Rose, que apareceu do lado deles junto à Amy Butterfield – E ela também é das boas.

Amy tinha metade do rosto pintado com cores da Lufa-Lufa, e pelo comentário da prima, Al achou que ela também não estava torcendo pela mesma Casa que ele. Ainda assim, ele se sentiu feliz por Rose ter ido se sentar perto deles.

— Rosie, por acaso não temos nenhum primo perdido na Lufa-Lufa, temos? – Perguntou Albus parecendo se divertir.

Rose juntou as sobrancelhas parecendo confusa, então ele continuou:

— Porque eu sou seu primo favorito e sou da Sonserina... só estou me perguntando qual motivo você teria para estar torcendo para a Lufa-Lufa...

Al escutou Scorpius segurar uma risada atrás dele, mas Rose rolou os olhos.

— Eu decidi que não vou torcer para nenhum time hoje, foi só uma observação, mas... ah, olhem lá, os times já vão entrar!

Todos eles se viraram bem em tempo de ver os jogadores deslanchando da grama para passar em frente às arquibancadas feito cometas.

O treinador Walsh apareceu logo em seguida para arbitrar a partida e todos na arquibancada pareceram se entusiasmar de imediato. No entanto, a animação geral não pareceu durar tanto assim. Durou, em detalhes mais minuciosamente precisos, vinte minutos e quarenta e dois segundos, pois, na realidade, foi inteiramente isso que o jogo durou.

Assim que o apito inicial soou, o pomo-de-ouro desapareceu por completo. Suas sagazes asas douradas não eram vistas por mais ninguém em parte alguma: fosse perto do gramado ou alto nas nuvens.

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Os artilheiros trataram de manter um placar equilibrado, e a Sonserina recém se acercava do seu décimo-segundo gol quando tudo aconteceu. Inesperadamente, a pequena bolinha reluzente apareceu bem na frente de Susana Bowley, a rebatedora e também capitã do time da Sonserina.

Todos que estavam na torcida pareceram segurar o fôlego no mesmo instante, mas, como era de se esperar de uma capitã da Sonserina, Bowley não perdeu tempo em usar seu taco de rebatedora para lançar o pomo na direção de Elliot Every, o apanhador do time.

As pessoas mal pouderam acreditar no que viam. Num piscar de olhos, Every tinha conseguido o pomo. Quase sem esforço algum.

Um absoluto silêncio pairou no campo pelo que pareceram longos segundos, mas então as cornetas da Soserina implodiram inesperadamente, as pessoas pularam e as catracas em forma de serpente giraram sem parar. A agitação ao redor de Al foi tanta que ele até conseguiu sentir o banco tremer sob seus pés.

No entanto algumas pessoas saíram reclamando, enquanto outras seguiram ovacionando: “é marmelada, é marmelada! ”. Jim foi uma dessas pessoas, é claro, e sua cara estampava uma nítida careta que estava presa entre o choque e a negação.

Mas ninguém da Sonserina pareceu se importar realmente com isso, e todos da Casa se juntaram para vibrar e comemorar em conjunto. Até mesmo Rose (à contragosto) foi obrigada a pular junto com eles por estar no meio da agitação.

De noite, a sala comunal da Sonserina ficou cheia até tarde e Al, Riley, Emma e Scorpius foram uns dos poucos que acordaram cedo no dia seguinte para assistir a partida de domingo.

Era a vez da nova formação da Grifinória estrear em campo contra a Corvinal.

Fazia um dia excepcionalmente ideal para uma partida de Quadribol. Não havia sinais de chuva e o sol irradiava caloroso pelo gramado fresco.

A maior parte dos bancos estava ocupado por um claro contraste entre o forte vermelho-fogo e o nítido azul-marinho. Entre as dezenas de rostos pintados com tinta dourada e brilho escarlate, Al avistou a mão de Rose acenando para ele.

Ela estava sentada perto de Freddie e Finn, mas havia espaço de sobra para que ele, Riley, Emma e Scorp se sentassem ali também.

— Toma um confete, Al – disse Fred, jogando um cone envolto em faixas douradas e vermelhas para ele assim que se sentou.

— Ei, vocês não torceram para a Sonserina ontem – retrucou Al – Porque eu deveria torcer para a Grifinória?

Rose ergueu uma sobrancelha.

— Porque é o seu irmão que vai entrar em campo – respondeu ela como se fosse óbvio.

— Jim não torceria para a Sonserina nem se eu estivesse no time – aclarou Albus, decidido.

Finn soltou uma gargalhada ao seu lado, parecendo concordar. Fred por sua vez, se limitou a esticar o braço, pegando o confete de volta.

— Amargurado... – comentou Freddie num mochicho.

Albus não achou que estava sendo rancoroso, mas no mesmo instante em que pensou em pontuar isso, ouviu uma voz conhecida reverberar pelo campo.

— QUE DIA INCRÍÍÍVEL PARA COMEÇAR MAIS UMA PARTIDA! – Anunciou a voz que parecia ecoar ao alto.

Scorpius, Riley, Emma e Al estiraram os pescoços para cima e viram que Phillip Parker, o animado quintanista da Sonserina, estava narrando a partida.

Ao lado de Phill, estava Neville Longbottom, que Al avistou enrolado num velho cachecol da Grifinória. Não muito longe, estava Hagrid, que acenou para ele com entusiasmo, e o Prof. Callaghan, que parecia recém acordado de um cochilo.

Os olhos de Albus brilharam de imediato, pensando que poderia falar com o professor quando o jogo terminasse. Era a oportunidade que estivera esperando, e não a deixaria passar.

— COM UMA SALVA DE PALMAS, VAMOS RECEBER OS JOGADORES DO TIME DA... COOORVINAL! – Exclamou Phill com exultação.

Os sete jogadores de uniforme cerúleo tomaram a frente. Todos pareciam fortes e mais velhos, e Al reconheceu o que conseguia se destacar ainda mais entre eles: Francis Fleet.

— E PARECE QUE A PUBERDADE ACERTOU FLEET EM CHEIO NESSE VERÃO! QUEM DIRIA QUE O ESTRANHO FLEET FEDEGOSO DO TIME DE XADREZ SE TORNARIA UM PRESTIGIOSO APANHADOR EM SEU ÚLTIMO ANO!

— Er... Sr. Parker – disse Neville, inquieto – Se lembra do que acordamos para que pudesse narrar o jogo...

— Ah, claro professor, nada de apelidos – pigarreou Phillip Parker ao microfone – ENTÃO... VAMOS AGORA PARA O PESSOAL DA GRIFINÓRIA, AQUI VEM A NOVA FORMAÇÃO!

Todos à sua volta aplaudiram e gritaram dando vivas. Al podia sentir a animação e a expectativa em cada um dos torcedores e, por um segundo, ficou feliz por não ser ele que estava entrando em quadra.

Só de estar ali, sua barriga já dava tremeliques engraçados, e imaginou que sua prima Dom deveria estar sentindo o mesmo, mas talvez dez vezes pior.

— JAMES POTTER, DAVID ADDAMS E A NOVATA DOMINIQUE WEASLEY FORMAM OS ARTILHEIROS DO TIME; DYLAN OAKLEY E ANTÔNIO JONES SÃO OS NOVOS REBATEDORES; RYAN O’BRYAN ESTÁ NO GOL; E PARA ENCERRAR, A CAPITÃ ALEXA BROOKS JOGA COMO APANHADORA!

Albus viu seu irmão animar a torcida com algumas manobras descoladas na vassoura. Os alunos da Grifinória assoviaram ainda mais alto em resposta, e Freddie e Finn fizeram os confetes flutuarem até o topo das arquibancadas e caírem sob suas cabeças feito chuva.

– QUANTO ENTUSIASMO! PARECE QUE O PESSOAL DA GRIFINÓRIA MAL PODE ESPARAR MESMO PARA PERDER, OPS, JOGAR! Desculpe, professor... AGORA SIM, VAMOS DAR INÍCIO A PARTIDA!

— AS QUATRO BOLAS SÃO LAÇADAS NO CAMPO, ADDAMS ABRE ESPEÇO PARA POTTER CHEGAR ATÉ A GOLES... EPA, NEM TÃO CEDO... A ARTILHEIRA DA CORVINAL CONSEGUE A BOLA PRIMEIRO, ELA PASSA POR DOMINIQUE WEASLEY, VAI MIRAR O ARO E...

DEFESA DO TIME DA GRIFINÓRIA! ADDAMS RECUPERA A BOLA, PASSA PARA WEASLEY, ELA DESVIA UM BALAÇO E JOGA PARA POTTER... MINHA NOSSA! OUTRO BALAÇO VINDO DOS REBATEDORES DA CORVINAL! AH, ESSA FOI POR POUCO!! O REBATEDOR OAKLEY CONSEGUIU IMPEDÍ-LO E PARECE QUE POTTER SE APROXIMA DO GOL... ELE MIRA NO ARO DA DIREIRA, AGORA O DA ESQUERDA E... PONTO PARA GRIFINÓRIA! ”

Al estava impressionado. Sabia que seu irmão era bom, mas nunca o tinha visto jogando junto ao time antes. Dominique também estava se saindo bem, mas a marcação da Corvinal estava mesmo impecável.

A maior parte do jogo seguiu com um placar acirrado, mas a Grifinória estava conseguindo abrir uma clara vantagem de pontos decisivos a seu favor. Al achou que eles acabariam levando a melhor, até que...

— ESPEREM, O QUE É ISSO?! PARECE QUE FLEET AVISTOU O POMO PERTO DA ARQUIBANCADA! ELE AGORA ESTÁ VOANDO SOB A CABEÇA DOS TORCEDORES! O REBATEDOR JONES DA GRIFINÓRIA TENTA LANÇAR UM BALAÇO PARA ATRASÁ-LO E ALEXA BROOKS TAMBÉM SE APROXIMA! OS DOIS ESTÃO LADO-A-LADO PARA VER QUEM CHEGA AO POMO PRIMEIRO!

“QUE CORRIDA IMPRESSIONANTE, PARECE QUE FLEET ANDOU PEGANDO UMAS AULINHAS COM SUA IRMÃ... EPA! ELE DESLANCHOU DE VEZ AGORA! É IMPRECIONANTE!! PROTEJAM SUAS CABEÇAS!!”

Al não conseguia parar de olhar. Era como se estivesse assistindo uma das corridas de vassoura que tanto gostava. Fleet cortava o vento impetuosamente, se aproximando cada vez mais do lugar em que estava na arquibancada.

– ELE ESTICA O BRAÇO, PARECE QUE VAI CONSEGUIR... O POMO ESTÁ LOGO EM CIMA DOS TORCEDORES, FLEET SE INCLINA NA VASSOURA... O POMO ESTÁ NA PONTINHA DO DEDO... ESTÁ QUASE ALCANÇANDO E... ISSO! ELE CAPTURA O POMO! FLEET FEDEGOSO CONSEGUIU! QUERO DIZER, O NOVO E MELHORADO FLEET FANSTÁSTICO CONSEGUIU.... É VITÓRIA DA CORVINAL! VITÓRIA DA CORVINAL!

Era inacreditável. Francis Fleet tinha acabado de conseguir o pomo, e Al tinha visto tudo em primeira mão, pois a captura tinha acontecido bem em cima da sua cabeça. Ele estava prestes a começar a aplaudir quando viu um indistinto borrão se aproximando muito velozmente.

— OPA, OLHA O BALAÇO!

Foi tudo que Al conseguiu ouvir antes de ver o robusto Francis Fleet despencando sob sua cabeça.