Akai Ito

Fire and the Flood


Capítulo XXIX

"O que faz a gente se apaixonar

Uns pelos outros não é o que o outro nos fala,

É o jeito como o outro nos olha."

O fogo e a inundação

O relógio apontava 8h34mn e ela observava os ponteiros se movimentarem dês das oito. Naquela manhã nublada sentia a preguiça lhe aconchegar, suspiros desgostosos escapavam de sua boca por não ter ninguém ocupando o outro lado da cama. Em pouco tempo se acostumou em acordar e vê-lo ressonando como um bebê, os olhos ônix despertavam inchados procurando inconscientemente por sua presença, e ela não poderia impedir seu coração de bater como um louco, nunca seria capaz de conter as sensações que ele causa em seu corpo apenas com o toque de sua pele, seu sorriso, sua voz. Era praticamente impossível esconder seu desejo, não tinha duvidas estava apaixonada pelo homem que contem mais defeitos do que poderia imaginar e ainda sim continua sendo perfeito.

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Sua avó dizia que o amor era para os distraídos, pois aquele que anseia demais acaba por não aguardar que o próprio destino fizesse seu trabalho, escolhe por conta e logo reclama julgando a vida infeliz. E ela sempre foi impulsiva a ponto de achar que os dois namorados que tivera lhe renderia uma família, um amor de conto de fadas. E quando o namoro chegou ao fim, sua avó a alertou que a hora ainda não havia chegado, precisaria ter paciência e nada mais.

Levantou-se, então, com a vontade de procurar por seu noivo. Por ordem do senhor Uchiha, Mikoto lhe disse que deveriam dormir em quartos separados ate o casamento. Logicamente que não gostou nada, poderia ser tímida, mas não era santa.

Olhou para os dois lados do corredor confirmando a ausência de pessoas, caminhou com cautela na pontinha dos pés ate o outro lado, se encontrava próxima a escada, mais cinco passos a direita e estaria a frente da porta de Itachi. Averíguo o local mais uma vez sentindo a adrenalina pulsar em suas veias, respirou fundo pronta para correr diretamente ate o quarto, abrir a porta e fecha-la como se sua vida dependesse disso e enfim soltar o ar que prendeu em seus pulmões. Isso se ele não estivesse com a porta trancada, ai sim seria o seu fim. Entretanto, a voz dócil de Mikoto lhe impediu de qualquer movimento.

─ Diga para mamãe, olhando em meus olhos.Você a ama? - a Uchiha perguntou suave, como quem pergunta a uma criança se ela quer doce.

─ Claro, mãe. Se não, não a pediria em casamento - respondeu obvio. Ambos conversavam dentro do quarto, atiçando a curiosidade de Washu.

─ Meu bebê. Você pode gostar muito dela, vejo que Washu é uma garota alegre, simpática e muito bonita. Mas, amor, é um sentimento que não vejo em seus olhos, nem mesmo nos dela.

─ Mãe, eu... - suspirou. E Washu deduziu que ele estaria nervoso, suas mãos seriam elevadas aos cabelos, em um breve sinal de que ponderaria antes de prosseguir - Estou certo do que quero, e realmente gosto muito dela.

─ Sabe, quando Sakura esteve aqui para o jantar, eu vi como olhou para ela - começou.

─ Mãe - brandou - Onde esta querendo chegar?

─ Fico aliviada por não ter que apartar a briga dos meus bebês. Seria decepcionante, pois eu torceria para que seu irmão ganhasse - Mikoto riu de seus próprios dizeres - Eu não sei o que tenta esconder de mim, meu filho. Mas, pare de fingir ser o que não é, mamãe não curti.

─ Não estou fingindo, eu só-

─ Você não é impulsivo, não faz surpresas, suas atitudes são tão controladoras quanto as palavras que saem de sua boca - recitou como se tivesse decorado de algum lugar - Eu conheço meus filhos, eu o gerei por nove meses. Sei exatamente quem você é. Então, não me olhe com todo este espanto - deu uma pausa.

─ Eu te amo - disse Itachi encerrando o assunto.

─ Eu te amo muito mais, meu bebê - Mikoto correspondeu - Só não me deixe tão preocupada.

Washu permaneceu ali sentindo-se uma intrusa, da mesma maneira que sentia que deveria entrar e pedir desculpas a senhora Uchiha. Sabia que aquela ideia de casamento era impulsiva, mas o que poderia fazer? Sua mente perdia-se em devaneios, quando a porta se abriu e ela caiu aos pés de alguém.

─ Washu?

─ Querida, estava ouvindo atrás da porta?

─ Ouvindo? - engoliu seco, Itachi a observava com um sorrisinho idiota e Mikoto esperava atentamente por uma resposta - Não, claro que não. Que isso. Eu... eu estava indo ao banheiro quando senti um mal estar e... e apoie na porta - colocou a mão sobre os olhos e outro no peito fingindo sentir dor.

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─ Minha nossa, onde esta doendo? Quer que eu chame um médico? - abaixou-se preocupada, tateou o rosto de Washu sentindo sua temperatura.

─ Só foi um mal estar dona Mikoto - sorriu amarelo.

─ Mãe, pode deixar que eu cuido dela - garantiu.

─ Tem certeza que não precisa de um médico? E se você estiver gravida? Precisamos ver isso, não quero que meu neto fique doente - Mikoto tagarelava sem parar. Washu havia parado de ouvir quando a palavra "Gravida" surgiu de Deus sabe onde, seu rosto tomou a tonalidade de um tomate e desta vez acreditava que estaria passando mal.

─ Mãe! Para, Washu esta bem, ok? - Itachi também estava constrangido, suas bochechas levemente coradas não poderiam passar por despercebidas.

─ Certo, certo. Washu, querida, se apronte para o café da manhã porque hoje teremos um dia cheio - comunicou com um sorriso radiante.

─ Onde vamos senhora Uchi... quero dizer, dona Mikoto.

─ Comprar o seu vestido - lhe deu dois tapinhas nos ombros e piscou, antes de dar meia volta e descer as escadas.

Itachi e Washu se entre olharam em uma conversa muda.

─ Você se acostuma - depositou um beijo sobre os lábios finos em seguida desejou " Bom dia"

─ Não tenho escapatória - sorriu o envolvendo em uma abraço selando seus lábios mais uma vez - Afinal, vou me casar com o filho dela.

Ambos desceram juntos para o café, ainda agarrado a cintura da Nakamura. Sentaram-se a mesa e logo se serviram. Sasuke adentrou em silencio, comeu quieto e olhou para ninguém.

─ Algum problema filho? - preocupada Mikoto parou para observar o mais novo.

─ Não - respondeu seco.

Washu havia conhecido Sasuke no mesmo dia que saiu para almoçar com o restante da família, pelo pouco que viu, constatou rapidamente a diferença entre os irmãos. No entanto, algo lhe chamou a atenção, naquele dia Sasuke sorria espontaneamente, nos dias posteriores o sorriso foi sumindo ate restar a carranca que o mesmo estampava naquela manhã.

─ Seu irmão não parece estar muito bem, será que esta doente? - sussurrou somente para que Itachi ouvisse.

─ Com toda certeza - murmurou de volta - Uma doença chamada Sakura - sorriu para a noiva.

─ Estou curiosa sobre esta moça que conquistou os Uchihas. Ela deve ser muito bonita - Itachi não pode conter uma risada baixa, Washu forçou um sorriso que logo sumiu.

─ Esta com ciúmes? - indagou provocando-a, mas ela não o respondeu.

─ Washu já terminou? Precisamos ir - alertou Mikoto levantando-se.

─ Ah! Tudo bem, vou me arrumar rapidinho e já desço - assim que a Nakamura saiu Itachi virou-se para a mãe.

─ Onde vocês irão comprar o vestido?

─ Meu filho, não se preocupe com isso. O noivo apenas entra na igreja e aguarda sua futura esposa no altar. Mais nada.

─ Mãe, eu quero ficar por dentro dos mínimos detalhes. Então, onde irão comprar o vestido? Já tem alguma ideia de modelo?

Sasuke e Mikoto olharam espantados, Itachi nunca se preocupou com nada além do seu trabalho e agora exigia saber ate mesmo sobre as escolhas de sua noiva.

─ Itachi, por acaso mudou de ideia e vai querer entrar de vestido? - zombou.

─ Idiota. Eu apenas quero estar por dentro, não posso?

─ Não - respondeu a Uchiha - Vamos ao ateliê de Karin. Satisfeito?

Antes de Itachi responder Washu apareceu, Mikoto logo a segurou pelo braço e saíram juntas porta a fora.

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Itachi tirará o dia de folga para cuidar das coisas do casamento. Passou boa parte da manhã pesquisando preços e locais ideais para a cerimônia. Decidiu por acompanhar cada detalhe dos preparativos, sua mãe havia convocado Orochimaru para ajudar com tudo, se ele não cuidasse teria seu casamento transformando em um grande carnaval.

Sentado no sofá da sala, repassava seus planos mais um vez, quando teve seus pensamentos interrompidos por uma forte batida na porta.

─ Sasuke? - observou o irmão mal humorado cruzar a sala a passos largos.

─ Itachi - mal olhou para o irmão, já começará a subir as escadas, indo em direção ao seu quarto.

─ Sasuke, eu gostaria de conversar com você...

─ Sem chance - tornou a subir.

─ Sei que você está com raiva Sasuke, mas você não tem o direito de ser cruel.

─ Shakespeare - sorriu de canto.

─ O grande sábio - bebericou seu café - Agora, porque você não deixa esse mal humor de lado e vem aqui conversar com seu irmão? Sinto falta do meu melhor amigo.

Sasuke não foi capaz de conter um sorriso, ouvir que era o melhor amigo de Itachi fez com que retornasse aos tempos de infância. Quando tudo era mais simples e os dois eram protagonistas de uma bela irmandade. Devagar, aproximou-se do sofá e aguardou pelas palavras do mais velho.

─ Você já sabe que eu estou noivo e devo me casar até o final de Junho. Sei que você nunca desejou trabalhar em nossa empresa, mas, não poderei estar lá esses dias, preciso que você vá no meu lugar...

─ Nunca. Eu já aturo nosso pai tempo suficiente aqui, não preciso vê-lo em outros lugares. Ainda mais em um lugar do qual ele é dono - cruzou os braços sob o peito.

─ Que droga Sasuke! Será que ao menos uma vez podemos conversar sem acabar brigando? - passou a mão pelos cabelos na tentativa de se acalmar - Eu não te pediria algo assim se não fosse extremamente importante. Eu sei como ninguém como é estar trabalhando em algo que você não gosta.

Sasuke sentiu a culpa cair em seus ombros. Sempre soube que o sonho do seu irmão era ser piloto da aeronáutica, contudo, jamais imaginou que ele ainda se auto torturava por ter desistido.

─ Eu amo aquela garota Sasuke e preciso torna-la minha mulher. Eu quero estar com ela todos os dias da minha vida. Antes de dormir levanto as mãos aos céus e peço a Deus que não permita que ela morra antes de mim, pois um mundo sem ela me parece vazio, sem brilho, sem razão - olhou para o chão pensativo - Ela é o amor da minha vida - sorriu apaixonadamente.

─ Como uma garota pode ser o amor da sua vida se você a conhece a poucas semanas? - ergueu a sobrancelha desconfiado.

─ Nunca ouviu dizer que o amor é algo inexplicável? - sorriu de canto.

Sasuke observou seu irmão em silêncio. Procurou por algo que denunciasse o mais velho, algum sinal de que ele estivesse mentindo, entretanto nada encontrou. Seu irmão parecia realmente apaixonado.

─ Um mês - declarou enquanto se levantava - Isso é tudo o que eu darei a você.

Com um sorriso vitorioso no rosto, Itachi observou o irmão subir as escadas. Sasuke podia ser um mala sem alça orgulhoso, mas tinha bom coração. E agora graças a ele, seus planos estavam preparados para serem posto em prática.

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Mikoto dispensou o motorista e impediu que os seguranças de seu marido a acompanhassem, seria um dia apenas de garotas, onde a Uchiha aproveitaria para conhecer melhor aquela que conquistou o coração de seu filho de maneira arrebatadora.

Após dar partida, Washu sentiu o medo se apossar, pois sua querida sogra corria como uma louca quase batendo em um poste e desviando de alguns carros. Um sorriso estampava no rosto de Mikoto, que sentia a adrenalina percorrer em suas veias.

─ Do-dona Mikoto, não seria melhor diminuir um pouquinho? - sugeriu agarrada ao cinto

─ Oh! É que faz tanto tempo que não dirijo - comentou assustando a pobre nora - Mas, me conte Washu, quer mesmo se casar? É uma responsabilidade muito grande, não é uma brincadeira a qual assim que se cansar poderá jogar tudo para o alto.

─ Entendo sua preocupação, mas garanto que nunca estive tão certa - observava a paisagem das ruas e prédios - Nunca se quer imaginei brincar com Itachi, Senhora Uchiha. Jamais faria tal crueldade.

─ Desculpe querida, não quis ofende-la. Apenas desejo a felicidade do meu filho. Se foi em você que ele viu tudo que lhe ensinei, eu também estou feliz - sorriu sem tirar seus olhos das ruas.

Em quinze minutos chegou ao prédio composto apenas pela loja da Uzumaki, desceram do carro e após ativar o alarme adentraram. Karin se encontrava escondida atrás de um amontoado de roupas, seu estresse poderia ser visto de longe.

─ Querida, já lhe disse para contratar uma ajudante - murmurou Mikoto chamando a atenção.

─ Tia Mikoto? - a ruiva arregalou os olhos assustada - Meu Deus, estou tão distraída que ao menos ouvi a porta se abrir - levantou-se de onde estava para cumprimentar a Uchiha com um abraço - Ah! Suigetsu as vezes me ajuda aqui, assim como Sasuke. Mas acho que hoje ele decidiu se atrasar de propósito.

─ Ah! A amizade é algo extraordinário - sorriu - Karin, querida, quero apresentar Washu, noiva de Itachi.

─ No-noiva? - permaneceu perplexa por alguns instante ate processar aquela informação - Me desculpe, mas, como isso aconteceu?

De maneira resumida Washu e Mikoto explicaram como tudo aconteceu, Karin ouvia em silencio tendo dificuldade para compreender como Itachi havia descido se casar do dia pra noite. Realmente a historia parecia conto de fadas, como num filme perfeito e romântico.

A ruiva percebeu que a noiva de Itachi realmente parecia estar apaixonada, além de bonita, trabalha no mesmo ramo que o Uchiha. Talvez o destino tivesse sido caridoso o bastante com eles, querendo ou não, ela sentiu uma pontada de inveja e desejo que Sasuke não demorasse para perceber seus sentimentos.

─ Vieram ao lugar certo, sem duvidas farei o seu vestido. Achei que não estaria viva para ver este momento, Itachi se casando? É um verdadeiro milagre - sorriu animada para começar.

─ Obrigada Karin - agradeceu Washu.

─ Que isso. Então, já tem alguma ideia de modelo?

─ Bem, eu... eu ainda não tenho nenhuma ideia - respondeu cabisbaixa.

─ Meninas venham ate aqui! - Mikoto gritou do andar de cima.

Karin e Washu correram para socorre-la, chegaram ofegantes, para enfim ver Mikoto com um vestido creme estilo sereia em mãos, havia renda por toda parte do busto onde se seguia ate a metade do vestido terminando em cetim. A frente mostrava ser comportado deixando o deslumbre nas costas cobertas por renda.

─ É um lindo vestido - comentou Washu.

─ Sim é, mas você não quer se casar de branco? - indagou Karin.

─ Verdade, Washu tem que se casar de branco, seria uma ofensa utilizar uma outra cor - disse Mikoto - Mas confesso que me apaixonei por este, se fosse meu casamento, com certeza seria este - sorriu sonhadora - Mas não é, então, vamos prosseguir.

─ Eu gostei deste - pronunciou Washu tímida - E também não me importaria com a cor.

─ Bem... - Karin intercalou entre Mikoto e Washu - Desculpe meninas, mas este já foi reservado, mas posso fazer um parecido - sugeriu - E pode ser branco.

─ O que acha Washu? - perguntou Mikoto - Podemos olhar mais um pouco, tenho certeza que encontramos outro - virou-se e seguiu para as araras que continham uma imensidão de vestidos de noiva.

─ Karin, será que você poderia fazer outro igual a este? Com a mesma cor, tudo, exatamente igual - estava esperançosa, seria aquele vestido, não poderia ser outro.

─ Igual? Bem, eu posso fazer. Mas tem certeza que não quer olhar um pouco mais?

─ Não, eu preciso deste - a cortou, olhou de soslaio para confirmar que Mikoto estaria distraída e continuou - Consegue terminar em menos de 1 mês?

─ O QUE? - Washu tampou a boca da ruiva - Ficou louca? Eu teria que trabalhar em triplo e ainda assim faltaria muita coisa.

─ Karin, será muito importante, não só para mim, mas para dona Mikoto e Itachi, que você faça este vestido. Por favor? - piscou os olhos como um gatinho sem dono.

─ Certo - suspirou contrariada - Mas não será fácil. Céus, vou precisar de alguém para me ajudar.

─ Se quiser, eu pos-

─ Não, não. Você é a noiva. E eu já sei quem vai me ajudar - sorriu

─ Quem? - encarou a ruiva curiosa.

─ Suigetsu. Com certeza vou terminar seu vestido - garantiu unindo suas mãos com as de Washu - E ele ficara tão lindo quanto o que viu.

─ Ei, meninas, venham aqui! Washu você precisa experimentar estes aqui, é sua cara - Mikoto trazia dez peças em mãos, praticamente jogou Washu dentro do provador juntamente dos vestido - Karin, tem mais alguns que eu deixei para trás, devem ser apenas quinze, vá pega-los para mim, por favor - seu sorriso cresceu em seus lábios, ah! adorava escolher roupas, ainda mais quando era para outra pessoa. Com toda certeza só sairia dali quando se sentisse satisfeita.

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Sakura se preparava para ir ao hospital, não sabia ao certo quantas vezes já havia ido até lá, suas memórias embaralhadas a deixava confusa. Por muitas vezes, não sabia o que realmente aconteceu e o que não passava de um mero sonho. Absorta em pensamentos, secava seu cabelo distraidamente quando um envelope chamou sua atenção. Aproximou-se do criado mudo, observou a carta atentamente, não havia endereço apenas seu nome escrito de caneta preta.

Junto a um bilhete continha uma foto, onde ela se encontrava deitada em sua cama dormindo e completamente coberta, no entanto, o que chamou sua atenção foi o homem moreno sentado no chão debruçado sobre sua cama, ele segurava sua mão como se quisesse lhe passar força e algo mais. Ambos dormiam tranquilamente, como se sentissem seguros apenas pela presença um do outro.

Sakura observou aquela foto por logos minutos, sabia quem era aquele, Sasuke não poderia ser mais reconhecível. Fechou os olhos sentindo seu coração bater mais forte, estava confusa, perdida. O que era aquela imagem? Aquilo realmente havia acontecido?

Seus olhos voltaram ao bilhete, talvez ali encontrasse respostas.

Querida Sakura.

Sei que esta confusa, e sinto muito por não compreender completamente o que esta passando. Talvez nem você mesmo entenda. Mas, posso lhe ajudar, na verdade é exatamente esta a razão desta carta.

Você sofreu um acidente a qual gerou sequelas, consequências estas que sugam suas lembranças recentes. Com toda certeza não se lembra, mas nesta foto contem uma de suas memorias.

Neste dia vocês se divertiram indo ao parque, ele sorriu como nunca havia feito, e fez coisas a qual nunca sonhou fazer. Por puro orgulho. Infelizmente a diversão foi interrompida por alguém que naquele momento ainda era mais importante. Ele a deixou na chuva, deixou que ficasse resfriada, mas não o culpe. Apesar de suas falhas, em suas mãos esta a prova de tudo que precisa saber.

Este é Sasuke Uchiha, o homem que o destino com um radiante sorriso lhe enviou. Não se esqueça nunca desta pessoa, ele é importante para você tanto quanto é para mim.

Se seu coração sentir a duvida, abra a gaveta.

Com carinho,

um amigo

Sakura não entendeu de que gaveta aquela pessoa se referia, apenas deduziu que seja la quem for sabia muito mais de suas memorias do que ela mesmo. Se sentiu incomodada, poderia estar sendo vigiada naquele exato momento.

Colocou a carta com a foto sobre o criado mudo, suplicando por um pouco de paz. Tinha vontade de voltar para cama, tudo parecia mais seguro quando

estava em baixo dos lençóis, porém precisava ir ao médico, só assim ficaria realmente curada. Decidida, pegou sua bolsa e saiu, para mais uma consulta.

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Karin desceu correndo do carro, abriu a porta do passageiro e retirou Suigetsu as pressas. Adentrou o hospital como um furacão, enquanto o rapaz choramingava baixinho.

─ UM MÉDICO! PRECISAMOS DE UM MÉDICO - gritou a plenos pulmões chamando toda a atenção para si.

Gaara caminhava em direção a saída, acompanhado pela garota de cabelos róseos quando gritos chamaram sua atenção. Rapidamente andou em direção contrária, indo de encontro a garota que parecia desesperada.

─ Eu sou médico - declarou ao se aproximar - O que aconteceu?

─ Tem uma agulha no... - teve sua frase interrompida por um grito.

─ Ah! - fingiu estar com muita dor apoiando-se na ruiva - Você tá doida? Não quero que ninguém saiba que eu...

─ Tragam uma cadeira de rodas, vamos leva-lo para a cirurgia. Avisem o cirurgião - Gaara dava ordem aos enfermeiros que o obedeceram sem pestanejar.

─ NÃO! E-eu não posso sentar - cochichou baixinho para que apenas o médico pudesse ouvir.

Ao ouvir tal frase, Gaara compreendeu onde se encontrava a agulha. Pediu para que um dos enfermeiros lhe trouxesse uma maca, onde acomodou o garoto confortavelmente. Caminhou em direção a emergência onde uma enfermeira aguardava pacientemente.

─ Tudo certo para a cirurgia?

─ Sim, Doutor - acenou para alguns enfermeiros que iriam ajuda-la a transportar o rapaz até a sala de cirurgia - O Doutor Serra já se encontra a espera do paciente.

─ DOUTOR SERRA? Você só pode estar brincando! - observou todos a sua volta na espectativa que alguém risse, entregando assim a piada - Eu não vou, não vou! Não vou ser operado por Serra nenhum - Suigetsu se debatia

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desesperadamente, quase levando a maca ao chão. Por precaução o amarraram na cama impedindo que pudesse se mexer.

─ Você não vai opera-lo? - indagou a Uzumaki surpresa e levemente ofendida.

─ Não, sou Neurocirurgião senhorita. Não cuido desta área - explicou.

─ Ah - acomodou-se na sala de espera. Acenou para o garoto que gritava seu nome desesperadamente, enquanto era levado à sala de cirurgia.

Mais calma, Karin observou tudo a sua volta. O médico era até bonitinho, pena que sua cota de pessoas ruivas já estava esgotada, se ela conseguisse convence-lo a pintar o cabelo, talvez... Teve seus pensamentos interrompidos ao notar a presença da garota de cabelos cor de rosa.

─ Olá Sakura - acenou sorridente em direção a porta.

─ O-Oi - sorriu sem jeito enquanto se aproximava.

Karin caminhou em direção a garota, a abraçando delicadamente. Ao notar um certo receio, lembrou-se da situação da jovem.

─ Oh, Desculpe - Sentou-se envergonhada - Você não deve se lembrar de mim, não é?- viu a garota concordar com um aceno de cabeça - Sou a Karin, amiga do Sasuke e aquele lá é o Suigetsu. Você também o conhece, pro seu azar - riu divertidamente.

Sakura riu docemente envolvida pelas gargalhadas da garota a sua frente.

─ Ele está bem? - indagou preocupada.

─ Está sim, não se preocupe- Sorriu gentilmente - aquele ali já passou por coisa bem pior.

─ Desculpe por eu me intrometer, mas você poderia explicar o que aconteceu? - Indagou o ruivo que sentou-se na cadeira a frente. Naquele momento ele deveria estar almoçando, porém notou o interesse de sua acompanhante pela ruiva e decidiu por ficar ao lado de ambas.

─ Claro - ajeitou-se na cadeira - Eu estava no meu ateliê preparando o vestido para o casamento da Washu. Ah! Washu é uma garota loira que o irmão do Sasuke conheceu em sua última viagem. Parece que o cabeludo voltou completamente apaixonado, agora ele quer que eu faça um vestido para ela em 1 mês. Dá pra acreditar? Ele não tem ideia do trabalho que dá costurar um vestido, ainda mais em um prazo tão curto - cruzou os braços emburrada - Enfim... Eu costurava partes do vestido quando o Sui chegou. Já avisei

quinhentas vezes pra aquele cabeça oca tomar cuidado, mas ele nunca me escuta - bufou - Quando estou trabalhando em um novo projeto, minha loja fica de ponta cabeça, há botões, tecidos e retalhos por todo lado. Eu me preparava para costurar alguns retalhos, minha almofada de agulhas estava em cima da mesa, justamente no local onde ele decidiu sentar - passou a mão pelos cabelos - Algumas agulhas foram fáceis de arrancar mas uma delas sumiu dentro da pele dele, por isso tivemos que correr até aqui.

Gaara e Sakura permaneciam em silencio, nenhum dos dois sabia o que dizer naquele momento. Toda aquela situação se mostrava trágica e cómica, os deixando assim ser saber ao certo qual seria a melhor reação. Seus pensamentos foram interrompidos pela bela enfermeira que acabará de sair da emergência.

─ Senhorita Uzumaki? - corria os olhos pela sala de espera.

─ Sim - caminhou em direção a mulher de branco.

─ A cirurgia foi um grande sucesso. O rapaz já foi levado para o quarto, você pode ir vê-lo quando quiser.

─ Obrigada - sorriu gentilmente.

Karin acenou para seus companheiros, se preparava para encontrar seu amigo quando uma ideia lhe ocorreu.

─ Doutor Gaara?

─ Pois não? - aproximou-se da garota.

─ Você gostaria de ir no casamento que acontecerá na casa dos Uchihas? Tenho certeza que a Tia Mikoto não se importaria se eu o levasse. Quero ter a chance de agradece-lo pelo que fez hoje.

─ Não precisa agradecer senhorita - fez uma leve reverencia, se preparava para ir embora quando ouviu a voz feminina o chamar mais uma vez

─ Eu insisto. Tenho certeza que sua presença seria muito bem vinda. Inclusive você poderia fazer companhia para Sakura, ela conhece poucos convidados. Acredito que só a família Uchiha foi apresentada e todos estarão muito ocupados.

Gaara refletiu por alguns minutos. Por fim decidiu por aceitar o convite, seria uma boa oportunidade para se aproximar mais da bela garota de cabelos cor de rosa.

Feliz por ter convencido o rapaz, Karin se despediu com um doce sorriso. Caminhou em direção ao quarto encontrando seu amigo ainda desacordado. O

efeito da anestesia não havia terminado. Vagarosamente, aproximou-se da cama e depositou um suave beijo entre os cabelos azulados.

─ Você me assustou, seu cabeça oca - sorriu docemente enquanto sentava-se na poltrona ao lado do leito.

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Ori entrou no esconderijo da Akatsuki sem grande dificuldade. Para uma organização especializada em segurança, aquele local era muito fácil de invadir. Caminhava por entre os diversos túneis a procura do seu deus ruivo favorito, quando teve sua atenção desviada a um grupo formado por mais de 20 homens corria sem camisa. Enfeitiçado, observou atentamente o treinamento, não percebendo que alguém se aproximava.

─ Orochimaru? O que faz aqui?

─ Hm? - virou-se devagar como quem acorda de um belo sonho - Oi bonitão, estava te procurando - aproximou-se do ruivo o envolvendo em um abraço - Vim requisitar os serviços de vocês. Itachi me mandou - sorriu.

Em um pátio que pareceu pequeno demais para a quantidade de homens que havia ali, Pain ordenou que ficassem enfileirados para que assim Orochimaru pudesse visualizar melhor.

─ Homens. O senhor Uchiha solicitou nossos serviços, aqueles que forem escolhidos fiquem ao lado de Orochimaru - comunicou, sua voz ecoava pelo local tamanho silêncio - Sinta-se a vontade - dirigiu-se a Ori.

─ Céus, encontrei o monte Olimpo estou envolvido por Deuses - suspirou sonhador.

─ Ei, libélula! Anda logo, não temos tempo pra ficar ouvindo suas babaquices de florzinha - alguém disse alto o bastante para que Ori escutasse.

─ Pain - chamou fechando a cara. Talvez ali não fosse o paraíso mesmo.

─ Sim? - prontamente ficou ao lado de Orochimaru.

─ Convoque o engraçadinho para vir a frente - observou os rostos inexpressivos louco para arrancar a língua daquele que ousou ofender a sua pessoa.

─ Hidan - com um único olhar não foi preciso mais nada para compreender a ordem.

Ori não tirou seus olhos do homem musculoso e traços rígidos, seu cabelo platinado chamava atenção pois seu rosto aparentava ser jovial. Hidan ficou a alguns passos a frente com suas mãos cruzadas nas costas e pernas um pouco afastadas, seu olhar de superioridade não amedrontou Ori.

─ Acha que pode falar o que quer e sair impune, senhor Hidan? - questionou

─ Acho - limitou-se um sorriso presunçoso.

Orochimaru aproximou-se o encarando de frente, estava ardendo em fúria.

─ Acho melhor se afastar, não curto brincar de boneca - provocou.

Orochimaru apenas seguiu seus instintos dobrando sua perna e direcionando seu joelho as partes baixas do homem que caiu no chão gemendo de dor. Ainda não satisfeito chutou o estômago de Hidan e o ergueu pela camisa desferido um soco em seu rosto.

─ Você quer brincar? Ótimo. Mas saiba que vamos disputar no mesmo nível - sua voz masculina assustou os homens que jamais haviam presenciado aquele lado de Ori - Agora levanta desse chão - esperou Hidan se levantar para prosseguir - Como mostrou gostar de flores, ficará encarregado de plantar 10 mil, sem objeções.

Hidan secou o sangue que escorria pelo canto de sua boca, enquanto se posicionava ao lado de seu chefe. Com os olhos ardendo em chamas, almejava por bater naquele imbecil, mas foi impedido por Pain, que com um simples aceno de cabeça declarou que seu ato não seria aprovado.

Ori caminhou entre a fileira de homens, precisava de ajudantes fortes e obedientes, que não lhe dessem grande trabalho. Sua primeira escolha foi Tobi, o jovem se mostrava sempre animado e disposto a trabalhar. Deidara veio logo depois, ele podia ser resmungão, entretanto, Ori sabia como lidar com ele. Pain foi o último a ser escolhido, seu time estava formado. Antes de dispensar o grupo de rapazes, decidiu por escolher o jovem com aparência semelhante a de um peixe.

─ Pain, Deidara e Tobi, vocês virão comigo. Seremos os responsáveis pela decoração. Enquanto você - olhou de maneira desafiadora para o rapaz que o enfrentará - Vá para mansão Uchiha e plante um corredor com 10 mil rosas vermelhas, quero um caminho por onde a noiva deverá passar. Leve o rapaz que

sobrou com você. Ele deve garantir que ninguém, eu disse NINGUÉM veja o jardim até o dia do casamento.

─ Noiva? Estamos sendo convocados para preparar um casamento? - indagou o loiro indignado.

─ Algo contra Senhor Deidara? - o olhou de canto - Itachi Uchiha, mandou a minha ilustre diva maravilhosa pessoa, até aqui, se você tem algo a dizer posso ligar para ele.

Engolindo em seco, Deidara negou com um aceno.

─ Muito bem meninos - colocou seus óculos escuros envolvido por pedrinhas de rubi e prosseguiu - Temos um casamento para preparar - jogou seus longos cabelos para o lado, enquanto caminhava rebolando em direção a saída, acompanhado de seus novos ajudantes.