A segunda-feira para mim estava com cara de domingo. Depois de passar um final de semana maravilhoso com Edward, meu corpo precisava entender que a semana já tinha começado novamente.

Como o casamento de Alice foi no sábado, combinamos que voltaríamos no dia seguinte. Mas quem disse que isso foi possível? Aquela casa era tão aconchegante e aquela cama era tão convidativa... E a piscina! Edward estava levando realmente a sério a sua ideia de que tinha muito amor acumulado.

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Depois de passarmos tanto tempo dentro da piscina, ele entrou em desespero com medo de eu ficar resfriada. Eu amo esse jeito dele, o seu cuidado comigo, sou completamente apaixonada pelo seu jeito superprotetor.

Ao mesmo tempo em que ele é engraçado – um ótimo piadista, diga-se de passagem – ele também é extremamente sexy – com aquelas coisas inapropriadas ditas ao pé do ouvido. Estou amando conhecer este lado dele. Edward é um homem completo. E meu, só meu.

E não é que já estava sentindo falta dele. Como pode uma coisa dessas? Eu estava perdida, completamente perdida...

É claro que eu precisava do meu espaço, e ele do dele, mas ficar longe dele, mesmo que por algumas horas, já dava uma saudade imensa.

E nós só saímos de Brigthon porque ele tinha consultas hoje à tarde. A companhia estava em recesso, então me restavam alguns dias de folga. Eu tinha algumas coisas pendentes para resolver, mas eu precisava de coragem para sair de casa.

Edward disse que era para eu ficar em casa o esperando porque iríamos sair à noite. Ele falou assim, desse jeito mesmo. Para mim soou “Minha mulher, fique em casa esperando seu maridinho chegar do trabalho”. Ri do meu pensamento. Seja lá o que isso significava, eu não me importava, eu só queria ficar com meu Edward, e não tinha importância qual caminho estávamos seguindo.

Saí de casa nem um pouco animada. Vestia uma simples calça jeans e uma blusa de babados verde, usava rabo de cavalo e óculos. Eu estava bem. Imaginava o que Alice iria fazer se me visse assim.

Eu iria me consultar com o Dr. Aro Volturi. Desde que Edward tinha recomendado ele como meu psiquiatra, as coisas tinha ficado mais calmas. Poder conversar com alguém e desabafar todas as minhas frustrações estava me fazendo bem. Há alguns meses que eu estava tomando antidepressivos, e, por mais que eu odeie essa dependência, ele tinha tido o efeito esperado.

Cheguei ao consultório do Dr. Aro, e, como eu já imaginava, ele suspendeu os medicamentos. A cada mês que passava as doses diminuíam, e agora, finalmente, elas foram suspensas.

– Esse processo é gradual, Bella. A cada emoção nova você vai conquistar um pouco do seu alto-controle emocional. – Dr. Aro explicou, se levantando para se despedir. – Porém não hesite em me procurar, mas eu espero não vê-la nesse consultório tão cedo. – disse de forma descontraída.

O Dr. Aro era um homem sério e extremamente profissional. Mas, pelo pouco tempo que eu me consultei com ele, eu percebi que ele tentou estabelecer uma relação de amizade comigo. Talvez tenha sido por ele ser amigo do Edward e saber da nossa relação.

– É claro que eu também espero não vir aqui tão cedo. – respondi sorrindo. – Obrigada, Dr. Aro.

– Por favor, Bella, só Aro. – ele insistiu pela milésima vez. Eu sempre me esqueço de retirar o "doutor".

– Ok, Aro... Sua ajuda foi essencial para mim, eu não sei nem como te agradecer.

– Imagina, Bella, te ver bem é o melhor agradecimento que você pode me dar. – ele me cumprimentou e eu segui até a porta. – Dê lembranças ao Edward por mim. – Assenti, me sentindo feliz por ter feito este progresso.

Saí do consultório com um sentimento diferente no peito. Eu estava me sentindo mal por ter sido fraca o suficiente para chegar ao ponto de tomar remédios controlados. Sem contar que uma pergunta sempre ficava em minha cabeça: “Eu estou bem por quê eu estou realmente bem, ou tudo isso é efeito dos remédios?”. Mas agora eu estava livre de qualquer pensamento de dúvida.

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Em um ato involuntário, peguei o celular para ligar para o Edward. Hoje eu sabia que ele não estava no centro de fisioterapia, mas sim no hospital. E se eu ligasse no meio de uma consulta? Bom, era melhor eu não arriscar para não ser inconveniente. Eu poderia segurar a ansiedade até a noite.

Peguei um táxi e segui para a companhia. Eu precisava saber das novas turmas que eu iria dar aulas. Não via a hora de rever as minhas alunas. Estava sendo bem gratificante para mim passar o que eu sei para outras bailarinas que seguirão a carreira profissional daqui a alguns anos. Eu me via nelas; aquele brilho nos olhos, a paixão, toda aquela ansiedade... Era tudo igual.

Quando cheguei lá, não estava muito movimentado. Nem as pessoas da limpeza, as professoras ou Gianne estavam.

Peguei uma lista na mão de uma das secretárias. Agora eu tinha mais duas turmas avançadas – o que totalizava três turmas. É um ótimo começo para mim que nunca pensei/gostei de dar aulas.

– Bella! – Ouvi uma voz grossa quando saí da companhia.

– Jake! – o reconheci de imediato. – Que bom te ver.

– Se marcássemos não daria tão certo. Aceita tomar um café comigo? – perguntou enganchando seu braço no meu.

– Claro que sim.

Jacob e eu sempre fomos amigos. Na verdade, éramos um trio: eu, ele e Alice. Estávamos juntos desde o 1º ano de balé. Ele sempre foi o meu partenaire* nos pas de deux*, e acho que essa convivência só fortaleceu a nossa amizade. Minha amizade com ele é diferente da que tenho com Alice. Nós duas somos cúmplices, confidentes, irmãs... Ele era bem diferente; Jacob é chato, grosseiro e arrogante, mas eu tenho um carinho enorme por ele.

* Partenaire – Parceiro

*Pas de Deux – Dança á dois.

Quando estávamos com dezesseis anos, nós três fomos chamados para dançar no New York City Ballet. Alice só ficou durante um ano e depois voltou para iniciar seu curso de moda aqui. Eu permaneci durante quatro anos, e Jacob está lá até hoje. Eu tinha voltado porque o Mike estava tornando as cobranças ainda maiores por causa da minha ausência. Hoje eu vejo que ele só sentia a minha falta. Minha mãe quase enfartou por eu ter saído de lá, e as cobranças em casa só aumentaram depois disso.

– Então, Bella, me conta tudo. – ele pediu, enquanto sentávamos-nos à mesa de um café do outro lado da companhia.

Enquanto ele falava, pedi um Café Frappuccino* para nós dois.

*Café Frappuccino O nome Frappuccino (o original) é uma mistura da palavra frappé (do francês: bater) com a cappuccino, que é o expresso com leite vaporizado. A bebida é preparada com café, gelo, leite, chantilly e outros complementos conforme a variação: chocolate, caramelo, etc… É marca registrada do Starbucks, mas é possível encontrar “cópias” em outras cafeterias.

– Tudo o quê? Eu sei que você deve estar muito bem informado sobre mim.

– Um pouco. Os jornais pararam de falar de você depois do acidente.

– Ah, é? Fofoqueiro! – disse batendo no seu ombro. – Eu estou bem, na verdade, ótima. – sorri para ele.

– Eu nunca vi você com esse sorriso e esse brilho nos olhos, então creio que o causador de tudo isso seja aquele homem que você estava dançando na festa.

– Aquele homem? Jake, não adianta fingir, eu já sei de tudo sobre você e a Rosalie. – disse friamente.

– Ele te contou, não foi? Eu imaginei que ele faria isso. Vocês estão namorando?

– Sim.

– Que bom, ele é gente boa. Apesar de eu não ter boas lembranças dele – ele tem um soco de direita bem forte. – fez careta.

– Nem preciso dizer que você foi um cafajeste.

– Eu sei, Bella, mas, você sabe, eu nunca fui de me prender a mulher alguma.

– Sei, sei... Você sempre fez o tipo pegador. – lembrei-me de inúmeras meninas que ele ficava dentro e fora da companhia.

– Bella, é a minha profissão... A nossa profissão... – ele enfatizou. – Num dia estamos aqui, no outros ali... Eu não posso me dar o luxo de me apegar a ninguém. Você sabe perfeitamente do que eu estou falando. – dei um sorriso sem graça.

Jacob sempre foi a versão masculina de mim. Ou melhor, de quem eu era.

– Eu sei, Jake, mas você foi mau caráter com ela.

– Agora eu vejo o quão imaturo eu fui. Mas eu tinha acabado de receber uma proposta de dançar na Rússia, lembra? – Assenti.

– E você sentiu que não poderia largar tudo e assumir uma responsabilidade tão grande. – opnei.

– Sim, e logo depois, quando eu voltei da Rússia, nós fomos para o New York City e eu não sai mais de lá. Está vendo, foi destino!

Quem era eu para julgá-lo? Eu mesma tentei durante anos fugir das minhas responsabilidades com Mike. Dancei em várias companhias, viajei para vários países, sem ao menos me importar que tinha alguém sentindo a minha falta.

– Eu não vou te julgar, eu seria hipócrita se fizesse isso... Fico muito feliz que você tenha voltado. – peguei sua mão.

– Eu também! Senti saudade de brigar com você... – riu, retribuindo o carinho na minha mão. – Que pena que tenho que ir amanhã, mas vou voltar daqui a uma semana só para te ver.

– Só para me ver? – arquei a sobrancelha e o encarei.

– Oh, Bella rabugenta, eu só quero matar a saudade. – ele sorriu. – Ok, tudo bem! Você realmente me conhece.

– Agora sou eu que digo: me conta tudo.

– Então, adivinha quem é o novo diretor artístico do New York City Ballet?

– Ai, meu Deus! Sério, Jake? – gritei eufórica. – Meu amigo, você é o diretor de uma das melhores companhias de balé!

– É, eu sei, mas o meu mandato como diretor está sendo um fracasso. – disse desanimado.

– Já? Não creio nisso.

– O último ballet que eu dirigi foi Giselle, e, acredite, foi um desastre de bilheteria.

– Oh, Jake, eu sinto muito.

– Pois é, inventei de colocar a Sarah Clamison como protagonista e perdi o público.

– Eu imagino como deve ter sido ruim, Giselle é um ballet tão lindo. – lembrei-me de quando eu fui a Giselle a uns anos trás, em um espetáculo dirigido pela Gianne.

– Mas isso agora é passado. – o momento de lamentações tinha acabado. – Agora, chegou a nova temporada. E eu vou dirigir Dom Quixote.

– Bravo! – disse animada. – Dom Quixote é maravilhoso, mas você tem que escolher muito bem a sua Dulcineia.

– Então, é ai que você entra. Eu quero você, Bella – ele me disse do nada, com olhos cheios de súplicas.

– Você... me quer? – falei entre risos. – Como assim?

– Não é desse jeito que você está pensando – se não seu namorado vai me apresentar o soco de esquerda dele – ele riu e eu o acompanhei. – Eu preciso de você como a minha Dulcineia.

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– Eu, Jake? – perguntei assustada. – Eu não posso fazer isso mais.

– Como não, Bella? Eu soube que o te impedia de dançar não existe mais.

– Meu Deus, aonde é que você descobre tanta coisa sobre mim? – perguntei curiosa.

– Se você soubesse o quanto as bailarinas são fofoqueiras...

– E os bailarinos também. – o provoquei.

– Ok, Bella, mas eu preciso de você. – ele retomou o assunto. – Não existe uma melhor interprete de Dulcineia do que você.

– Não sei, Jak... Eu estou bem, e eu tenho planos. Mas voltar a dançar não está neles.

– Eu sei, Bella, mas eu preciso de você! – pediu desesperado . – Só de eu colocar o seu nome na divulgação, eu vou vender praticamente todos os ingressos.

– Então é só interesse de vender todos os ingressos? – perguntei, já imaginando a sua resposta.

– Claro que não! Você sabe que eu nunca teria um pensamento desses... – ele deu uma piscadela. – E então?

– Eu não sei se eu quero escravizar o meu corpo novamente, passar fome... A dança não é mais prioridade na minha vida.

– Você pode ser a minha convidada, e se depois você não quiser retomar a sua carreira, você continua como... professora. – disse com desdém.

– Eu amo dar aulas, Jacob Black – falei séria –; não desmereça meu trabalho. – pedi ofendida.

– Me desculpe, você sabe que eu sou um grosso.

– Mesmo que eu aceitasse voltar, eu estou parada a muito tempo. Tem várias bailarinas ótimas que já passaram na minha frente.

– Isabella Swan, eu não acredito que você está dizendo isso! – eu parei e o olhei. Sua expressão estava incrédula. – Você acha mesmo que se eu não acreditasse no seu talento eu estaria aqui? E você só está parada um ano, Bella. Você é uma bailarina profissional! Um ano não é nada comparado a um vida toda dedicada ao balé.

– Ok, Jake. – o interrompi, sabendo que ele continuaria com os seus argumentos até eu não aguentar mais. – Eu vou pensar nesta possibilidade... Eu posso?

– Claro que sim. – ele deu um sorriso mostrando todos os dentes. – Uma semana, Bella. Quando eu voltar, preciso de uma resposta sua. Definitiva.

(...)

Tinha passado em um restaurante e comprado algo pronto para eu almoçar. Fui em um restaurante bem tradicional e comprei um roast dinner*.

*Roast dinner O almoço ou jantar tradicional britânico. É composto por fatias de carne assada, acompanha por verduras cozidas, batata assada eyorkshire pudding (uma panqueca ao forno), com o molho da carne servido por cima.

Não que fosse ruim, mas era muita coisa... Eu nem sei porque eu não comprei pizza. Eu sempre tentei fugir destas comidas típicas, bem Londrinas – elas são verdadeiras bombas calóricas. Além disso, eu preferia mil vezes uma comida caseira. Por mais que Edward desse risada de mim quando chegava perto da cozinha, eu sabia fazer algo comestível. Eu não sei cozinhar, mas eu aprendi o suficiente para não morrer de fome. Eu não gostava muito de comer comida de fora – provavelmente por causa do tempo que eu fiquei morando com Alice, vivendo a base de pizza e quentinhas –, mas hoje eu não estava a fim de preparar nada, então optei pela praticidade. Olhei de cara feia para a minha comida, coloquei-a no micro-ondas e fui tomar banho.

Eu precisava pensar. Minha cabeça estava dando voltas, a conversa com Jacob ainda ali.

–...Eu preciso de você como a minha Dulcineia.

Voltar a dançar... Alguns meses atrás eu desejaria tanto por isso, acho que eu daria até pulos de alegria com essa noticia, mas hoje noticia não me abalou tanto.

– Eu sei, Bella, mas eu preciso de você!

Eu tinha que dar uma resposta à Jacob. Ele sempre foi um amigo maravilhoso e um profissional excelente.

– Uma semana, Bella... Quando eu voltar, preciso de uma resposta sua. Definitiva.

Uma semana. Eu precisava refletir, pensar realmente em todos os pontos... Por mais que eu queira ajudar o Jacob, eu tinha que pensar em mim.

Como diria a Edward que eu tinha que ir para Nova York? E a Companhia? As minhas alunas? Minha querida Alice, ela sobreviveria sem mim? Bom, Alice também é bailarina, ela compreenderia. Mas hoje eu tinha outras prioridades. Eu não poderia jogar tudo para o alto agora...

Porém, eu tenho tempo. Talvez conversando com Gianne e com Edward eu encontre uma solução para todos os pontos.

Sai do banho, e vesti um roupão. Eu não queria ficar pensando muito nisso. No momento que eu menos esperasse, a solução iria chegar.

Ouvi meu celular vibrar. Peguei-o e olhei para a tela. Era uma mensagem.

Como está sendo o seu fim da manhã? O meu está sendo cansativo.

Queria almoçar com você, mas o hospital está um caos.

Só Deus sabe o quanto foi difícil me despedir do seu cheiro de morangos...

Estou com saudade.

Beijos,

Edward.

Sorri vendo que ele tinha se lembrado de mim. O bom era saber que não era só eu que estava com saudades.

Respondi imediatamente:

A minha manhã está sendo bastante produtiva.

Na verdade, estou bastante preguiçosa hoje... E você tem um percentual de culpa nisso.

Também queria almoçar com você, mas só porque você cozinha bem e a comida que eu comprei não está parecendo saudável.

Também estou com saudades

Muitos beijos,

Bella.

Não demorou para o celular vibrar novamente.

Então eu te deixei preguiçosa? Hum... Quero saber mais sobre isso depois.

Seu interesse de almoçar comigo é só na minha comida? Oh, Isabella, que coisa feia de se dizer.

Quando você diz muito beijos, aonde seriam todos eles?

Senti um calafrio percorrer meu corpo com ele me chamando de Isabella. Era tão... sexy.

Quase me engasguei com minha própria saliva... Que história era essa dos beijos?

Meio em dúvida de como responder, falei o que estava em mente.

É realmente interessante você me chamando de Isabella.

Por todo o corpo...

Ele queria jogar, não é? Então vamos lá...

Peguei a minha comida, que já estava quente, liguei a TV e sentei no sofá. Demorou uns dois minutos e ele respondeu.

Amo o seu nome... Isabella.

Por todo o corpo? Me dê detalhes...

Porra! Agora eu engasguei com a comida. Detalhes? Sério mesmo? Ai, meu Deus...

Tem a imaginação fértil? Se sim, triplique.

Beijos molhados por todo o corpo...

Dois podem jogar esse jogo, não é mesmo?

Rapidamente veio a resposta.

Você conseguiu me deixar extremamente excitado, Bella. O que eu faço agora?

Eu ri com a sua resposta direta.

Gemi internamente e só consegui digitar uma pequena frase.

A noite...

Rapidamente veio a resposta.

Tenha certeza absoluta disso.

Preciso voltar ao normal... Tenho pacientes me esperando.

Muito e muito beijos... Por todo o corpo.

Até a noite.

Esteja linda, te amo.

Edward

E como esse homem poderia dizer palavras de arrancar calcinhas e ao mesmo me deixar apaixonada?

Respondi completamente derretida.

Esperando ansiosamente pela noite. Estarei com a sua cor predileta.

Muitos, muitos e muitos beijos por todo o corpo.

Te amo x

Sua Bella.

Voltei a comer, não esperando por sua resposta. Para a minha surpresa, o celular vibrou novamente.

Como eu posso me concentrar no trabalho quando você acaba de me mandar uma mensagem escrito “Sua Bella”. Se eu não tivesse cancelado as consultas ontem, eu cancelaria agora só para ter o prazer de passar a tarde toda com a minha Bella.

Te amo. Sempre.

Seu Edward.

Me derreti ainda mais com esse homem.

Engraçado, romântico, sexy...

Você está me deixando absurdamente apaixonada.

Vá trabalhar.

Sua Bella.

Alguns segundos depois.

Estou tentando, mas você está complicando tudo.

Absurdamente apaixonado estou eu.

Vou trabalhar. Ou pelo menos tentar.

À noite meu amor, beijos.

Suspirei ao terminar de ler. Meu Deus, como esse homem é apaixonante. Ele devia estar engraçado, queria poder ver sua reação pessoalmente.

Olhei para minha comida, e tentei me concentrar nela. O grande pedaço de carne estava realmente me encarando e as panquecas estavam me dando medo.

Bom, vamos lá. Seja uma típica londrina e coma tudo, meu subconsciente tentou me animar.

(...)

A tarde tinha sido absurdamente entediante. Concentrei-me em cuidar da minha casa.

Minha casa. Isso era tão estranho... Nunca tive nenhuma responsabilidade em casa, e hoje estou aqui, arrumando-a.

Reguei as flores que Alice tinha plantado carinhosamente na varanda e plantei algumas mudas. Arrumei, limpei, passei pano... Fiz tudo para deixar a casa linda. Isso continuava sendo estranho para mim, mas tudo bem. É só questão de costume.

Sentei e coloquei algo para assistir. É incrível como quando a gente quer que as horas passem elas parecem demorar de propósito. Eu estava agitada e nada prendia minha atenção. Já tinha limpado, arrumado e deixado tudo no seu perfeito lugar.

Depois de inúmeras tentativas de tentar me concentrar em algo, percebi que a ansiedade estava tomando conta de mim e eu precisava liberar ela de alguma forma.

Tirei o roupão que eu ainda estava vestindo e coloquei uma calça de malha, um top, e um casaco por cima. Já eram umas 17h e o tempo lá fora não estava lá essas coisas – o que não é novidade. Fui fazer uma caminhada. Precisava me ocupar em algo que não fosse pensar em Edward e suas mensagens insinuativas.

O fim de tarde fora de casa não estava tão ruim assim. As ruas estavam movimentadas e tinham algumas pessoas se exercitando no parque. No final de tudo, eu percebi que caminhar não estava resolvendo nada e resolvi correr. Corri muito e só parei quando eu estava extremamente ofegante. Tinha batido o meu recorde. Bom, agora que eu estava cansada e menos ansiosa, eu poderia voltar para casa. Comecei a rir de mim mesma. Eu só estava ansiosa porque eu iria sair com Edward e correr não iria ajudar a passar essa ansiedade.

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Entrei em casa e vi que já eram 18:30h. Correr fez as horas passarem mais rápido, e agora só faltava uma hora.

Entrei em casa e segui correndo para o banheiro para tomar um longo banho. Pus a banheira para encher e coloquei alguns sais. Isso era arte de Alice, ela ama tomar banho na banheira com todos os sais disponíveis. Uma verdadeira lady.

Entrei na banheira e comecei a passar a bucha por todo o meu corpo.

Pensar em Alice me fez perceber que já estava sentindo falta dela. Bateu uma vontade de ligar para ela, mas achei melhor não. Era a lua de mel dela e de Jasper, não iria ligar para atrapalhar o momento que eles desejaram tanto.

Ela iria voltar no fim da semana. Os dois bem que queriam ficar mais tempo, mas Alice tinha a faculdade – que ela já estava finalizando – e o ateliê, e Jasper tinha seu trabalho.

Eu amo aqueles dois. Alice e ele foram feitos um para o outro. Eu queria que o meu relacionamento com Edward conseguisse chegar aonde eles chegaram.

Terminei de tomar meu banho e segui para procurar uma roupa.

Meu Deus, o que eu vou vestir?

Eu não tinha pensado nisso. Talvez um vestido seja uma boa opção. E precisa ser azul...

Olhei, virei o meu closet de cabeça para baixo e achei três vestidos azul que eu não lembro de ter comprado. Provavelmente foi Alice... Não, é claro que foi Alice.

Perdida na dúvida cruel de qual roupa vestir, ouvi meu celular vibrar. Peguei, e vi que era ele.

Vá de calça jeans, ok?

Daqui a pouco estou ai.

E.

Calça jeans? Era muito estranho ele pedir isso... Edward estava aprontando alguma. Ok, tudo bem. Vestidos de volta para os armários.

Até que não foi ruim. Vesti minha boa e velha calça jeans, uma blusa azul e calcei um salto não muito alto – fico mais feliz com minha sapatilha, mas é Edward, então... Bem mais confortável, e bem mais eu. Passei um lápis de olho, uma máscara nos cílios e um batom vermelho. Meu cabelo estava indomável, então fiz um coque para acalmar a juba. No fim, ele não ficou muito diferente de como estava, mas não estava tão ruim. Ele estava selvagem.

Às 7h30 em ponto a campainha tocou. Era ele. Uma pontualidade britânica impecável como sempre. Peguei minha bolsa preta e me olhei no espelho novamente. Sim, eu estou apresentável.

Abri a porta e me deparei com um deus grego. Calça preta e jaqueta de couro e uma camisa branca era o que ele usava. Acho que esqueci como se respira. Ele estava tão... Lindo, sexy, maravilhoso, divino...

– Oi, meu amor. – me cumprimentou, colando levemente seus lábios nos meus. – Você está linda.

– Obrigada. – agradeci, tentando controlar a respiração. – Me arrumei pensando em você. – sorri.

– Hum... Está querendo me agradar... Isabella?

Suspirei novamente. Isabella... O meu nome nunca ficou tão lindo na boca de alguém.

– Sempre. – respirei fundo.

Saímos do apartamento e descemos. Quando chegamos à frente do prédio, me supreendi ao ver uma moto enorme assustadora e Edward nos conduzir para ela. Olhei em volta a procura de seu Volvo prata - o chamego do meu namorado -, mas parecia que a moto seria nossa condução hoje.

– Uau... Você tem uma... moto? – gaguejei.

– Não, meu amor, isso não é uma simples moto. – ele me puxou para ficar de frente para ela e apontou. – Olhe direito, essa coisa sensacional é uma Harley Davidson. (N/B: Beta aqui querendo socar a cara da Bella. Como assim ela pode andar nessa belezoca e nem sabe o valor que tem? Ah, eu podendo ir na garupa de uma dessa...)

– Ah, legal. – tentei mostrar entusiasmo. – Uma... Como é mesmo? – minha voz estava trêmula.

Harley Davidson, querida. – ele repetiu, como se fosse um absurdo eu não saber o nome daquela coisa grande assustadora. – E o nome dela é Abigail.

– Abigail? – e todo o meu nervosismo passou. Olhei para Edward: ele estava rindo junto comigo. – Sério mesmo, Edward?

–O que foi? Foi ideia do Emmett.

– Ok, tudo bem. Olá, Abigail! – fingi me apresentar a ela. – Devia ser proibido andar por ai com um coisa dessas... Edward, ela é enorme!

– Calma, meu bem... – ele agora estava rindo de mim. – É super seguro e você vai amar.

Respirei fundo. Essas coisas são a cara dele; por que eu não imaginei isso antes? Por isso ele me pediu para ir de calça.

– Me deixa colocar seu capacete. – ele segurou aquela coisa feia, me olhou e riu de novo. – Calma, nós vamos devagar, ok? – ele disse preocupado, e me deu um beijo na testa.

– Eu sei que você vai devagar. E, só pra deixar bem claro, eu não estou com medo, eu só fiquei... Surpresa. – me defendi.

– Uhum. Está certo. – desdenhou pondo o capacete na minha cabeça. Eu me senti estranhamente ridícula.

Ele sentou na moto e depois eu me coloquei no lugar do carona. Aconcheguei-me em Edward segurando firmemente em sua cintura e coloquei a cabeça em seu ombro, sentindo seu cheiro. Pelo menos andar de moto tinha suas vantagens.

Edward estava se divertindo comigo. Toda hora ele perguntava se eu estava bem, mas eu sabia que ele estava rindo por dentro. Como pode uma coisa dessas?

– Para onde vamos? – perguntei, quando percebi que seguíamos para Westminster.

– Surpresa.

Será que ele conseguiria me surpreender ainda mais?

(...)

– Acabei de descobrir que você gosta de viver perigosamente.

Estávamos na fila para subir na London Eye. Acho que Edward tomou algumas vitaminas, energéticos ou algo que fizesse ele querer tanta adrenalina. Primeiro uma moto enorme cuspindo velocidade, e agora a terceira maior roda-gigante do mundo?!

– Um pouco. – ele sorriu e me abraçou.

O tempo estava muito frio, mas usar a jaqueta dele e ser aconchegada em seus braços estava valendo muito a pena.

Depois de alguns minutos na fila, entramos na cápsula. Lá dentro estava bem mais quente, mas Edward permaneceu atrás de mim, me abraçando. Não estava cheio quanto normalmente estaria, então eu desconfiava que Edward tivesse comprado ingressos Vips.

A cápsula subiu e começamos a ver Londres de outra maneira.

Eu já tinha vindo aqui, há muito tempo atrás, com o meu pai. Eu lembrava que ficava nervosa quando começávamos a subir, mas meu pai me distraia dizendo o nome de todos os lugares.

As luzes das cidades eram ainda mais lindas vistas de cima. Edward cochichou no meu ouvido que eu poderia segurar firme na mão nele. Ok, muito engraçadinho.

Avistamos o palácio de Westminster, aIgreja Catedral de São Paulo*, mas o mais encantador eram as luzes. Todos os bares e restaurante ao redor do Rio Tâmisa estavam iluminados. Era uma visão extremamente encantadora. Sem palavras, fiquei observando a bela vista.

*Igreja Catedral de São Paulo – A Igreja Catedral de São Paulo, o Apóstolo, mais conhecida como Catedral de São Paulo é uma catedral anglicana em Ludgate Hill, na cidade de Londres, na Inglaterra. É a sede do Bispo de Londres.

O edifício atual, projeto a cargo do arquiteto Christopher Wren, data do século XVII e é geralmente considerado como a quinta Catedral de São Paulo, embora o número possa ser maior se todas as reconstruções medievais forem contadas como uma nova catedral. A catedral é atualmente um dos sítios de maior visitação na cidade de Londres. Foi também nesta catedral que Charles, Príncipe de Gales, casou-se com Lady Diana Spencer, em 1981. A cúpula da catedral é a segunda maior do mundo (só sendo ultrapassada pela Basílica de São Pedro) e dela se tem uma visão ampla de Londres.

Edward começou a morder a minha orelha e a minha concentração foi pelos ares.

– Olhe que vista linda, meu amor, vamos nos concentrar nisso. – o incentivei.

– Com você aqui é um pouco complicado comparar. – ele disse, e apaixonadamente eu me virei e olhei nos seus olhos, esquecendo completamente a bela cidade.

(...)

Quando eu achei que a noite já tinha terminado, atravessamos a rua e Edward me levou em um restaurante que se chamava Le Pont De La Tour*. O terraço tinha vista para o rio Tâmisa, e, como a noite estava realmente maravilhosa, eu nem preciso dizer como a vista estava realmente linda.

*Le Pont De La Tour – Famoso restaurante de comida francesa localizado em Londres. Tem vista para o a Tower Bridge e é muito apreciado por todos que já foram. Deem uma pesquisada e vocês vão querer comprar uma passagem agora e ir direto pro Le Pont :D

Com uma música de piano ao vivo, me lembrei da noite romântica que tivemos no restaurante italiano da Mama Cullen. Foi realmente maravilhosa e essa noite não poderia ser diferente.

O restaurante não era só encantador do lado de fora, e a parte de dentro também era surpreendentemente formal e romântica.

Edward me contou como tinha sido o seu dia, das incontáveis consultas que ele teve e o quanto ele estava com saudade de mim. Não falei com ele sobre a minha conversa com Jacob. Eu tinha medo de sua reação, sabendo que ele não gostava dele. A nossa noite estava tão boa... Eu não queria tocar em um ponto desagradável para ele.

Edward me puxou para dançar, quando não tinha ninguém dançando. Eu tentei até dizer isso a ele, mas a única coisa que ele fez foi sorrir e me puxar para perto do seu corpo. Nossa noite estava realmente linda, e saímos do restaurante como dois bobos, sorrindo e de mãos dadas.

Fomos ao encontro de Abigail e eu ri achando isso extremamente ridículo.

– Do que você está rindo, mocinha? – ele perguntou, quando chegamos ao lado dela.

– O nome da sua moto... Não me acostumei com isso. – disse entre risos.

– Isso foi ideia do Emmett, ele sempre faz isso. – ele se defendeu. – Ele tem um Jipe vermelho que ele chama de Afrodite.

– Afrodite? – Coloquei a mão na boca para abafar o riso.

– É. Abigail não é tão estranho assim. – riu. – Venha e seja boazinha com ela. – ele colocou novamente o capacete em mim, em um gesto carinhoso. – Você não sabe o quanto você está sexy com a minha jaqueta e esse capacete.

– Sexy? – subi na moto e agarrei sua cintura. – Você hoje está surpreendente, Edward Cullen.

Ouvir o seu riso baixo, e ele deu partida na moto.

(...)

– Você devia fazer isso mais vezes. – Edward sugeri enquanto eu fazia uma massagem relaxante nele.

Ele tinha me trazido para casa e eu pedi para ele ficar. É claro que ele não se importou. Eu repararei o quanto Edward estava cansado.

Depois de um banho, ele estava deitado de buços somente com uma cueca box branca. Tantas vezes ele cuidou de mim e olhe que nem namorados éramos. Agora eu estava tentando retribuir.

– Sabe, eu aprendi esta massagem no dia do casamento de Alice. – Dei um beijo no seu pescoço e voltei a fazer a massagem. Pressionei meus polegares pela extensão do seu corpo e depois substituí pela palma da mão estendida. – Ela beneficia o corpo e a mente, e renova o equilíbrio físico.

– Hum. – ele gemeu baixinho. – Estou amando tudo.

Voltei a distribuir beijos por toda a linha da suas costas e depois levantei para buscar alguns óleos.

– Ei! Você não pode levantar e me deixar aqui! – Edward protestou, me fazendo cair na risada.

– Calma, eu já volto. – sai correndo em direção do banheiro.

Eu tinha visto uma infinidade de óleos para o corpo aqui. Coisas de Alice é claro. Não demorou muito e achei junto com alguns sabonetes uma cesta com muito óleos. Comecei a ler para ver os efeitos que cada um causava.

Peguei um frasco preto.

Ylang Ylang

Desperta a sexualidade, a afetividade. Em excesso pode causar queda de pressão.

Coloquei de volta na cesta. Nada de queda de pressão. Peguei um frasco verde.

Ládano

Óleo resinoso quente, traz sensação de aquecimento sem queimar.

Aquecimento sem queimar? Uau! Achei um vermelho.

Canela

Causa ardência e queimaduras e por isto deve ser diluída.

Com certeza esse eu não irei usar.

E por fim, achei um que de cara eu já gostei. A embalagem era azul e tinha escrito:

Cravo

Semelhante à canela, porém, menos agressivo. É quente, estimulante, renova a energia, aumenta o magnetismo pessoal e favorece a limpeza espiritual.

Bom, é esse mesmo.

Voltei ao quarto carregando o frasco. Edward não estava mais deitado, e sim sentado olhando para mim de cima à baixo. Eu estava com uma blusa cinza e uma calcinha short. Fiquei arrepiada só com seu olhar.

– Quem disse que você podia se levantar? – perguntei, sentando na cama.

– O que é isso na sua mão?

– É um óleo de cravo... – olhei novamente para a embalagem. – Vem, é relaxante. Alice comprou estas coisas e eu quero ver se realmente funciona.

– Então quer dizer que você está me fazendo de cobaia? – brincou já se deitando.

– Deite de frente, por favor. – pedi, dando uma piscadela.

– Bella, Bella... – riu. – Isso não vai dar certo.

– Vai sim, é só você ser um bom menino e se comportar. – dei um beijo em seus lábios. – Quietinho, está bem? E fecha os olhos.

– Você está muito mandona hoje. – ele disse sorrindo e fechando os olhos.

Fiquei observando ele ali deitado. O que eu fiz para merecer um homem desses? Sinceramente, eu não sei. Edward era maravilhoso; gentil, tem um coração enorme, bom amigo, humorado... E ainda está apaixonado por mim. Eu era realmente muito sortuda.

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Comecei a passar o óleo por rle, começando pelo pescoço e descendo pelo abdômen. Senti Edward tremer um pouco com o contato com o óleo no seu corpo. É, parece que isso faz realmente efeito. Demorei mais ali - eu amava seu abdômen. Não era nada exagerado, cheio de músculos, mas tinha totalmente o seu valor. Voltei a trabalhar no seu abdômen, passando a ponta dos dedos e depois a palama da mão. Quando eu me virei para pegar mais um pouco do óleo, Edward se virou e se colocou por cima de mim.

– Ei! Eu não terminei. – protestei.

– Eu disse que isso não iria dar certo. – ele começou a dar vários beijos no meu pescoço. – Você acha mesmo que eu iria deixar você sair ilesa disso?

– Eu sabia que você não iria ficar quieto por muito tempo. – tentei passar o braço na sua cintura, mas Edward segurou e prendeu meus braços na cama.

– Agora é a minha vez. – ele passou o nariz por meu pescoço, me fazendo ficar arrepiada. – Sou apaixonado pelo seu cheiro - nunca amei tanto morangos. Sua pele macia... – ele passou os dedos lentamente por meu rosto, acompanhando as feições da minha mandíbula, ao meu pescoço e até a cintura.

Meus olhos se reviraram um pouco. Edward continuou beijando todo meu corpo, até que colou seus lábios nos meus, fazendo nossos corpos colarem um no outro. Rapidamente tudo foi esquecido. Cansaço, massagem, ou qualquer outro empecilho... A única coisa que eu tinha certeza, é que eu colocaria estes óleos afrodisíacos frequentemente nas nossas vidas.