Aimable Prisonnier

Foyer est oú le couer est


Já havia dois dias em que Jason deixara Piper naquele quarto extra dentro do suposto prédio da pretoria. O encontro com Reyna no dia anterior, já que em sua chegada a pretora estava ocupada demais, fora nada amistoso, e talvez a filha de Afrodite nunca mais confiaria em cães de metal em sua vida. O quarto nunca iria parecer um lugar para manter um refém, era aconchegante, mas as janelas estavam sempre fechadas e a porta trancada, isso dava uma sensação meio claustrofóbica na garota. Pelo menos lá não havia correntes e tinha uma cama decente, era mais um quarto de hóspedes mesmo, ao contrário do porão da Casa Grande, aquilo era só um porão com objetos inúteis muito antigos de semideuses. Piper estava sentada na ponta da cama, pela luz que passava pelas frestas da janela ela sabia que ainda era dia, sem ter muita certeza do horário, seria um trabalho complicado descobrir o horário, já que nem mesmo fazia ideia de quando fora dormir e por quanto tempo o fizera, mas sabia que já estava acordada havia algumas horas, talvez fosse ainda o fim da manhã, mas não conseguia ter tanta certeza disso. Até que ouviu sua porta ser destrancada, e notou o loiro entrar.

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— Vem, vamos almoçar. — Jason dissera parado no batente da porta. Meio dia, a morena concluiu ficando de pé.

Uma coisa que estranha fora o avanço, de receber suas refeições no quarto no primeiro dia agora ela teria que sair de lá para poder comer, a garota sentira-se subestimada é claro, mas se fosse para considerar que estava bem próxima a semideuses que, agora, sabiam o que ela poderia fazer, era meio óbvio que os romanos se preparariam, diferente dos gregos, que não tinham nenhuma informação sobre Jason Grace. Ela saiu do quarto acompanhada dele, mesmo sendo guiada por ele ela andava na frente, apenas sendo indicada onde virar e qual porta passar. Por sorte, suas roupas novas se tratavam apenas de calça jeans e uma camiseta branca, mantendo consigo seu tão característico casaco. Ao momento que pisou fora da construção da pretoria se sentiu sendo observada, não só por Jason que a mantinha em sua vista, mas sim por diversos outros pares curiosos de olhos, os campista, ou melhor, os legionários, andavam por lá, seguindo seus caminhos para o mesmo lugar provavelmente.

— Por que mesmo eu vou almoçar fora daquele quarto? — Ela perguntou casualmente como se aquele assunto já tivesse sido discutido antes.

— Você não é uma prisioneira.

— Só uma refém.

— Também não. — Ela o encarou séria fazendo-o notar as palavras que usara simplesmente não combinavam com o contexto. — Você não está completamente presa, só não pode sair de Nova Roma. — Desse vez escolhera bem suas palavras com cuidado, se havia alguém que sabia usar as palavras era Piper, então, suspeitava o Grace, o que quer que ele diga ela saberia usar em seu favor sem muitos problemas.

Ao entrar no refeitório já se sentiu desconfortável demais, prefiria estar trancada naquele quarto, vários olhares se voltaram a ela e só conseguiu seguir em frente porque Jason insistia nisso com uma mão nas costas dela a fazendo andar por lá até parar em uma mesa ainda perto de uma saída, mas meio afastada, o que resultara em uma boa caminhada para a garota que não queria ser observada por todos aqueles romanos.

— Sério, existe algum sentido realmente em eu ter de comer aqui? — Ela perguntou claramente irritada, Jason apenas a encarou, enquanto se sentava.

— Não, mas sei lá… Não é melhor que ficar no quarto só? — Ele perguntou deixando de a olhar passando sua atenção para sua comida.

Jason estava certo, Piper sabia, mas parecia que não era só para ela estar se sentindo menos claustrofóbica naquele momento. Ela observava o refeitório, tinha aquela mesma sensação agradável do seu acampamento, principalmente agora que os romanos dispersaram o olhar. Não parecia tanto com um acampamento para Piper, mas não conseguiria definir com apenas aquela visão rápida do lugar, só acha que não era bem um acampamento. Ela mirou o prato e logo uma expressão de desgosto se fez em sua face.

— Algum problema? — O loiro a perguntou calmamente.

— Sou vegetariana. — Jason só pode rir com aquele argumento.

— Então isso é hamburger de soja, os espíritos do vento nunca erraram um pedido. — Jason disse casualmente e Piper notou que naquele lugar a expressão dele era bem menos descontraída. Ele está em casa. Ela concluiu com um sorriso de canto. — Aliás, se for levantar, não o faça muito rápido, a menos que prefira ter comida em você.

E foi nisso que ela notou. Ele tentava fazer aquilo um pouco mais agradável, o mesmo que ela tentara, mas falhou miseravelmente comparado com o que o romano vinha fazendo. A culpa a atingiu como um tijolo na testa, e se abaixou um pouco em seu assentou começando a comer em silêncio, sem se importar com o clima constrangedor que poderia ficar caso algum deles não falasse algo para amenizar isso. Depois do almoço ele se levantou com calma, e a garota fizera o mesmo saindo do refeitório seguindo-o. Abriu a boca algumas vezes para dizer o que martelava em sua mente, mas simplesmente não conseguia, sabia que já dissera melhor coisas mais difíceis em situação milhares de vezes mais complicadas, isso a frustava, principalmente ao notar que já haviam passado um bom tempo andando e lá estavam de volta ao quarto que Piper fora alojada.

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— Obrigada. — Dissera passando pela porta na frente do loiro, bem se fechasse a porta ele poderia entrar em seguida normalmente, então decidiu não o fazer e deixar que ele visse que a conversa não tinha motivos para durar e sair de lá.

— Só estou retribuindo.

— Se fosse para retribuir que não me… — Ela se cortara, já tinha começado com a hostilidade automática, culpa dos acontecimentos passados. — Bem, estou cansada, vou dormir, com licença, Grace. — Ela disse sem deixar de o encarar pelos próximos segundos, o garoto dera um passo a frente e parecia querer falar ou fazer algo, mas então sua hesitação fora perceptível e ele voltou para trás.

— Então, durma bem, McLean. — Terminou ele, fechando a porta logo em seguida, deixando a morena sozinha com seus pensamentos.

Ele não trancou a porta. Notou dirigindo-se de volta para cama.