Ai Ai No Mi

Todos atrás da navegadora


– Como assim a Nami não voltou desde ontem?! – Sanji estava preocupado com a ruiva. Apesar de tudo o que aconteceu ontem, ela ainda era a Nami, sua nakama. E uma dama.

Sanji e Zoro, após a noite de ontem, voltaram para o Sunny quando todos já estavam dormindo, e deixaram a navegadora no bar. O cozinheiro não teve coragem de voltar a vê-la depois do que havia acontecido entre ele e o espadachim. Ficaria envergonhado enquanto inventava desculpas ridículas por tê-la deixado sozinha no bar. Mas não se arrependeu por isso. Por causa do ocorrido, pôde entender que o que sentia por Nami era um sentimento mais protetor do que especial. Afinal ela era sua nakama de sempre. Estava apenas sob efeito da Akuma no Mi. E talvez o que sentisse por Zoro fosse bem maior do que imaginava. Que história confusa.

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– Ela está na cidade desde que saiu com você, Sanji – Usopp explicava aos dois que haviam acabado de acordar. Tinham dormido no Ninho do corvo, para não acordar os outros. - E Zoro pelo visto, foi atrás de vocês...

– Eu só fui beber sake – Zoro falava com o rosto um pouco sonolento. Ele e o cozinheiro haviam dormido pouco naquela noite. Já era de madrugada quando os dois chegaram ao barco.

– C-cook-san, eu fiz isso para você.. – Robin saia da cozinha com um prato de comida com um sanduíche, interrompendo a conversa entre os meninos. – Já que você ainda não comeu nada..

– Ah, Robin-chan, não faça isso! Eu sou o cozinheiro daqui. Não posso deixar uma dama ter esse trabalho por mim – Mas vendo a expressão decepcionada da arqueóloga com a resposta, aceitou o sanduíche. – Só dessa vez, ok? – Pegou o sanduíche e deu uma mordida. Estava muito bom. – Obrigado, Robin-chan – Sorriu agradecendo pelo sanduíche. Sabia que ela só havia feito isso por causa da fruta, mas não podia deixar de lado o fato dela ter provavelmente se esforçado em sua tarefa. A arqueóloga deu um grande sorriso com a resposta, o que não era muito comum.

– É melhor irmos atrás dela – Chopper disse retomando o assunto.

– T-talvez ela tenha sido pega por monstros ou fantasmas da ilha – Várias gotinhas agora escorriam pelo rosto de Usopp, claramente nervoso.

– O-o que?? M-monstros?? F-fantasmas?? – Chopper e Brook disseram juntos. A rena “se escondeu ao contrário” atrás das pernas de Brook.

– Vocês não precisam ir, eu vou – Disse o cozinheiro após engolir o ultimo pedaço do sanduíche. Sanji tinha a voz firme e determinada. Estava certo de que não deixaria nada de ruim acontecer à sua nakama. - Se alguém a pegou eu a trarei de volta – Sanji começou a andar para descer do navio quando Zoro o segurou pelo braço.

– Eu vou com você – O espadachim usou o mesmo tom de voz do cozinheiro, mas com um pequeno toque sedutor. Sanji notou que o maior havia feito isso de propósito e corou logo após o comentário. Recomeçou a andar na direção que estava indo.

– Vê se não se perde, marimo de merda – Sanji virou de costas para seus nakamas, que olhavam confusos a situação, para evitar que vissem suas bochechas rosadas. Andou rápido para descer do navio antes que o espadachim respondesse. Zoro apenas o seguiu.

– Esperem vocês dois! – Franky fez o loiro e o espadachim pararem. Zoro olhou para o cyborgue.

– Vocês perceberam que apenas você e o cozinheiro saem do barco enquanto nós ficamos aqui? – Franky disse curioso.

– Oh! É mesmo! – Chopper olhou para Franky com uma expressão surpresa por não ter percebido isso ainda.

– Sanji~! Comidaa! – Luffy saia do quarto cheio de energia e pronto pra comer. Havia acabado de acordar.

– Ah, Luffy! Sanji e Zoro estavam saindo agora pra procurar pela Nami – Usopp falava enquanto observava Luffy mudar de expressão.

– O que? Nami não voltou ainda? – Estava claramente preocupado com sua nakama. – Eu vou atrás dela também – Luffy saiu correndo para fora do navio, mas Usopp segurou seu braço, que foi se esticando e esticando até Luffy parar e olhar para o atirador. – Ei, Usopp! Larga meu braço!

– Chega de tantos de nós irem pra essa cidade! Pode ter caçadores de recompensas aqui! É só o Sanji e o Zoro trazerem a Nami de volta para nós irmos embora daqui. O log pose já deve ter se ajustado.

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– Nãaaaooo! A Nami é minha nakama! Se tiverem caçadores de recompensa aqui, eu acabo com eles! – Luffy puxava seu braço, tentando se livrar de Usopp.

– Talvez seja melhor a gente deixar ele ir – Chopper dizia repensando a situação. – Talvez a Nami realmente precise da nossa ajuda.

– Nós cuidamos disso – Sanji falava sério. – Vocês ficam aqui.

– Nãaaao! Eu vou resgatar a Nami! – Luffy falava agitado.

– Tudo bem, mas eu eu vou também então – Franky dizia dando um passo a frente na direção do capitão.

– E-eu também! – Chopper imitou o cyborgue, aproximando-se do capitão.

– Yohohoho! Se é para salvar Nami-san eu irei também! E depois de resgata-la posso perguntar se ela pode me mostrar a calcinha dela – Brook animou-se imaginando a cena.

– E-eu estou com a doença não-quero-entrar-nessa-cidade-estranha – As pernas de Usopp tremiam.

– Se a Nami não voltou até agora é porque essa é uma cidade misteriosa.

– Tudo bem, então – Sanji interrompeu os comentários de seus nakamas. – Eu e o marimo vamos para a parte residêncial da ilha e vocês vão para o centro da cidade.

– Certo! – Luffy, Brook, Chopper, Franky e Usopp diziam animados.

– Isso não será um problema para o capitão Usopp! – O atirador abria um grande sorriso convencido, mas com algumas gotinhas escorrendo pelo rosto.

– Ah, Robin-chan, você vem também? – Sanji percebeu que a arqueóloga havia apenas observado a conversa inteira mas sem comentar nada.

– Ah... Vou sim. Vou com você, cook-san – Robin falava com as bochechas levemente rosadas. Zoro olhou a cena desconfiado. Já não era bastante a navegadora dando em cima de seu loiro? Se meteu na conversa antes que Sanji aceitasse.

– É melhor você ir com o Luffy. Nós dois sabemos nos cuidar sozinhos. Alguém tem que tomar conta dele.

– O que? Mas, Zoro, A Robin-chan.. – O espadachim puxou o menor pelo braço para fora do navio impedindo que o assunto durasse por mais tempo. Robin ficou apenas vendo Sanji sendo levado com uma cara decepcionada.

– Vamos lá, pessoal! – Usopp soltou o braço de Luffy que saiu correndo para a cidade, com todos os outros indo atrás.


~*~*~


– Você tem mesmo certeza de que não viu essa menina? – Sanji mostrava a foto da navegadora que estava em sua mão para o garoto que passava pelo local. O pequeno menino balançava a cabeça em sentido negativo. Sanji estava preocupado. Zoro também, mas ainda estava um pouco irritado pelo que a navegadora fizera com o cozinheiro. – Tudo bem, obrigado - Os dois continuaram a andar pela pequena rua de terra. Já haviam procurado por toda a parte residêncial e agora se aproximavam cada vez mais da entrada da floresta, a parte mais isolada da ilha. Não sabiam mais onde procurar.

– Talvez ela tenha ido pra lá – Zoro apontava na direção das altas árvores da floresta que estavam próximas de onde estavam.

– Ela não é burra a ponto de fazer isso, só você mesmo – Sanji parou para olhar o pequeno mapa da cidade que tinha em suas mãos.

– Mas foi por causa disso que dormimos na praia sozinhos, lembra? – Zoro decidiu irritar o cook.

– N-não fizemos nada além de dormir, maldito marimo! – Sanji corou rapidamente, até se lembrar da causa de tudo aquilo estar acontecendo. – Se você não tivesse se perdido eu não teria comido aquela maldita fruta – Zoro parou de andar e olhou confuso para o menor. Zoro ainda não sabia da história da fruta. Tinha esquecido desse detalhe.

– Que fruta..? – Zoro olhou por um bom tempo para o loiro em busca de respostas, até se lembrar. Sanji tinha falado sobre algo relacionado a Akuma no Mi quando foi à casa daquele velho. Será que...? Não. Sanji não comeria uma Akuma no Mi... certo? – Por acaso, a fruta que você tá falando seria uma Akuma no Mi? – Zoro percebeu o quanto isso era estúpido e começou a rir da própria pergunta. – Esquece, foi uma pergunta tosca – Olhou para o menor esperando ver ele rindo também, mas Sanji estava com uma expressão confusa e um pouco assustada. – Ei, cook. O que foi?

– C-como você soube? – Sanji não conseguia entender. Desde quando ele sabia ou suspeitava daquilo?

– Espera, então é verdade?! Como assim?! – Por que Sanji comeria uma Akuma no Mi?! Isso não fazia sentido.

– Foi um acidente – Sanji abaixou a cabeça, chateado. Se sentia estúpido por ter que contar isso ao epadachim. – Eu não sabia que aquela fruta de merda era esse tipo de fruta...

– Como assim?

– Vou te explicar.


Sanji contou tudo. Desde sua entrada na floresta até encontrar o espadachim na praia onde passaram a noite. Falou sobre o que Haruki havia lhe dito sobre a fruta. E o efeito que ela causava nas meninas que passassem por ele. Sanji contava a história toda com uma certa tristeza.

– Só não vá ficar com ciúmes – Sanji disse rindo, tentando acabar com o clima triste que tinha sido formado durante a conversa.

– Eu não deixaria nenhuma delas roubarem você de mim – Zoro disse com um olhar convencido enquanto se aproximava do cozinheiro. Seus lábios tocaram os do loiro num beijo demorado, até Sanji o interromper, mas sem diminuir demais a distância entre os dois.

– Maldito marimo, não deveríamos fazer isso aqui. Alguém pode.. – Zoro juntou seus lábios aos do menor novamente impedindo que o loiro terminasse a frase. O cozinheiro desistiu de tentar dar uma desculpa para o espadachim, continuando o beijo. Não conseguia resistir ao toque de seu nakama. As línguas passeavam pelas bocas suavemente num beijo calmo e apaixonado. Bem diferente do beijo impaciente da noite anterior. Essa experiência era tão boa e gostosa. Não podiam deixar que uma maldita fruta ficasse no caminho dos dois. Zoro sabia que com aquele efeito da Akuma no Mi outras meninas poderiam ir pra cima de seu cozinheiro. Não queria deixar isso acontecer. Afastou seus lábios dos do menor para retomar o fôlego e olhou em seus lindos olhos azuis.

– Nós vamos dar um jeito nisso, não se preocupe. Tem que haver um jeito de reverter essa situação – Zoro falava com firmeza.

– Mas, como assim? – Sanji não entendia o que eles poderiam fazer. – Isso é uma Akuma no Mi, marimo. Como vamos anular o poder de uma Akuma no Mi?

– Talvez haja um jeito! Eu aprendi com o nosso capitão que nada é impossível se nos esforçarmos para tentar alcançar o que almejamos! Aposto que você sabe muito bem disso também - Zoro estava nervoso e ansioso por uma solução.

Sanji ficou surpreso com a resposta do maior. Ele estava disposto a ajudá-lo e a incentivá-lo a conseguir o que ambos queriam no momento. Isso dava uma grande e boa sensação de proteção. Sentiu-se importante para o espadachim. Deu um pequeno sorriso, abaixando a cabeça e deviando o olhar. Afinal, Zoro também era importante para ele agora.

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– Não sei o que fazer agora, mas vamos pensar num jeito, ok?

– Hm.. obrigado... – Sanji ficou envergonhado falando isso para o espadachim, mas tinha que agradecer. Zoro estava seguro do que devia fazer.

– Não me agradeça ainda, cook. Ainda não te mostrei tudo que minha língua pode fazer – Zoro deu um grande sorriso malicioso. Sanji corou violentamente com o comentário.

– Marimo de merda! Pare de dizer essas coisas pervertidas! – Sanji começou a andar rápido meio sem jeito, ainda super corado, se afastando do espadachim. Zoro apenas ria se divertindo com a cena. – Eu já sei onde podemos encontrar alguma informação – Sanji falava de costas enquanto andava, evitando que o maior olhasse para seu rosto ainda totalmente vermelho. – Vem logo, maldito espadachim.

Zoro apenas o seguiu. Adorou ver o cozinheiro sem jeito por seu comentário, mas voltou ao seu modo normal e sério por Sanji ter alguma ideia de pra onde ir. Tinham que focar no assunto da fruta a partir de agora. E Nami ainda estava desaparecida. Os nakamas eram sempre a prioridade, mas já haviam andado por toda a parte residêncial e não a encontraram. Será que Luffy e ou outros a encontraram? Talvez na sua procura por respostas sobre a fruta encontrassem a navegadora também.