Agora e Sempre

O Retorno


O vento soprava as pedrinhas fazendo-as cair na areia, seis metros abaixo da plataforma rochosa. Onde a reporte caminhava ao lado de Naruto Uzumaki, uma câmera de televisão seguia-os, observando-os com seu olho escuro, emoldurando-os entre a propriedade palaciana de Uzumaki em Suna.

Uma leve tempestade de areia se desdobrava, ondulante, impulsionado para a frente pelas mesmas rajadas impiedosas de vento que despenteavam os cabelos da reporte, e jogavam areia na lente da câmera. No ponto combinado, a mulher parou, virou-se para Uzumaki e começou a fazer-lhe uma pergunta. A câmera moveu-se também, focalizando apenas os dois contra o nevoeiro cinzento.

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— Corte! - ela gritou, afastando os cabelos do rosto com impaciência, puxando algumas mechas grudadas no batom em seus lábios. Virando-se para a maquiadora, perguntou - Miyki, você tem alguma coisa que possa segurar meus cabelos?

— Superbond - sugeriu Miyki, numa tentativa desajeitada de fazer graça.

Pedindo licença a Naruto a reporte seguiu a jovem maquiadora na direção da perua estacionada entre alguns ciprestes, no jardim da propriedade.

— Odeio areia! - exclamou o operador da câmera, olhando carrancudo para a areia que flutuava a sua frente, obstruindo a vista panorâmica que ele planejara usar como cenário naquela entrevista - Odeio - repetiu, erguendo o rosto furioso para o céu - E odeio vento! - Endereçara seu queixo ao todo-poderoso, e como em resposta um punhado de areia rodopiou a seus pés e subiu, atingindo-o no peito e no rosto.

— Parece que Deus também não gosta muito de você - comentou seu assistente, rindo. Esperou que o irado companheiro tirasse a areia das sobrancelhas e estendeu-lhe uma xícara de café fumegante – O que sente a respeito de café?

— Também odeio - o câmera respondeu, mas pegou a xícara

O assistente indicou com um gesto de cabeça o homem alto que parado a alguns metros de distância, olhava para as dunas de areia.

— Por que não pede a Uzumaki para fazer parar o vento e aquietar a areia? Pelo que tenho ouvido dizer, ele dá ordens a Deus.

Hana Masako, que cuidava do roteiro, juntou-se aos dois, bebericando seu próprio café.

- Se querem minha opinião, Naruto Uzumaki é Deus - declarou com uma risadinha

Eles lançaram lhe um olhar irônico, mas não disseram nada e ela tomou seu silêncio como prova da admiração, embora relutante, que sentiam por aquele homem.

Olhando por cima da borda da xícara, ela observou Naruto. Ele era um herói, seus feitos eram aclamados e conhecido até nas vilas mais remotas e escondidas. Ali, na beira do penhasco, esperando que a entrevista continuasse ele emanava poder e de uma forma contraditória também uma certa vulnerabilidade que o tornava mais atraente ainda refletiu Hana. Bronzeado e educado, vestido de modo impecável, deixava transparecer algo perigoso que o sorriso gentil e as roupas perfeitas não conseguiam disfarçar. As pessoas sentiam, só de olhar para ele, que não deviam aborrecê-lo.

A reporte desceu a trilha até a plataforma, usando as duas mãos para segurar os cabelos contra o rosto

— Sr. Uzumaki o tempo está horrível demais. Teremos de continuar a entrevista dentro de casa. Podemos usar a sala de estar? Não levaremos meia hora para arrumar tudo

— Tudo bem - Naruto concordou, disfarçando com um sorriso a irritação causada por aquela demora

No início achava divertido toda a atenção que recebia dos reportes, mas agora precisava se controlar para não manda-los voando para bem longe sempre que encontrava um. Naruto concedera aquela entrevista por pura pressão de Shikamaru, porque nos últimos tempos houvera uma enxurrada de publicidade sobre sua vida particular, e ele achava que seria benéfico para quando se tornasse hokage.

Quando se tratava de seu sonho, Naruto não media sacrifícios.

Dez anos atrás entrará no escritório do velho e pedira a missão de mais alto nível, é claro que ele teria recusado acreditando que Naruto não estava pronto, se não fosse por Ero-sennin que intercedeu por ele. Partiram de Konoha no dia seguinte, sempre que regressava não ficava mais que alguns dias, saindo sempre em uma nova missão mais complicada e complexa que a anterior.

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A grande mansão onde estava havia sido um presente de agradecimento de Suna, por ter salvado seu Kazekage. Tentou recusar, lembrando que tudo que fizera foi por um amigo, mas Gaara foi o primeiro a insistir para que aceitasse o presente.

Durante todos esses anos viajou quase o mundo inteiro em missões, fazendo amigos e transformando os inimigos em aliados. O que lhe deu a reputação de um oponente imprevisível, assim como sua fama de se envolver com várias mulheres, a quem devia agradecer em parte ao Ero-Sennin, em parte a imprensa, mas isso não o aborrecia.

Publicidade danosa e perda da privacidade faziam parte do preço a pagar por conquistas, era o que dizia Shikamaru, e ele aceitava isso com a mesma indiferença com que aprendera a encara tanto a adulação e a hipocrisia daqueles que fingiam o aceitar como um igual, Naruto tivera que deixar sua ingenuidade e seu entusiasmo arrebatador para trás para que pudesse lidar com eles, um obstáculo a transpor para ficar mais perto do seu sonho.

Pela primeira vez em anos voltava a sentir a velha excitação, fazia anos que não enfrentava um desafio, Tsunade por fim estava deixando o cargo e ele seria nomeado como o novo hokage. E tinha tantos planos, mudar algumas das leis antiquadas, levar tecnologia a Konoha que estava tão desatualizada e tantas outras coisas que precisavam ser modificadas. Naruto estava ansioso para começar a trabalhar, e para ajuda-lo contava com uma equipe, que em sua opinião era a melhor de todas.

Entre eles estava Shikamaru, seu conselheiro e um dos seus melhore amigos, que arrancaria sua pele se a entrevista não saísse perfeita.

A entrevista decorria de maneira previsível havia quase uma hora, então a reporte riu e depois dirigiu-lhe seu melhor sorriso de profissional da mídia.

— Podemos conversar um pouco sobre sua vida particular, agora?

— Eu poderia evitar? - replicou Naruto, sorrindo para esconder a irritação. Ela sorriu mais amplamente, abanando a cabeça numa negativa.

— No decorrer dos últimos anos, você teve tórridos casos, com uma estrela de cinema, uma princesa e mais recentemente Shion, uma famosa sacerdotisa, esses casos, tão noticiados, foram reais, ou inventados por colunistas sociais que se dedicam a publicar mexericos?

— Foram - Naruto respondeu, sem responder como Shikamaru lhe havia orientado.

A jornalista tornou a rir.

— E seu casamento? Quer falar sobre isso? - Indagou já séria. A surpresa de Naruto foi tão grande, que por um momento ele ficou sem fala.

— Meu o quê? - perguntou por fim, incapaz de acreditar no que ouvira.

Ninguém jamais soubera de seu curto e desastroso casamento com Hinata Hyuuga dez anos atrás

— Sei que nunca foi casado - a reporte esclareceu - Mas eu gostaria de saber se planeja casar-se, um dia

Naruto relaxou.

— Pode ser - ele respondeu

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Uma verdadeira multidão andava devagar ao longo da avenida principal de Konoha, sua falta de pressa devia-se não só ao clima ameno daquele dia de outono, como também ao obstáculo formado pelo grande ajuntamento de pessoas que admiravam as vitrines das lojas espetacularmente decoradas para o Natal.

Hinata apressou seu passo parando quando chegou em frente ao grande portão, onde dois guardas prontamente o abriram quando a viram.

— Boa tarde srta. Hinata - os guardas pertenciam a família secundaria e como muitos outros membros guardavam magoas da família principal, se antes quando a viam apenas pendiam suas cabeças em um comprimento obrigado, agora a saudavam em um tom reverente.

— Boa tarde Izumi, Nakatsu - Hinata respondeu sorrindo - diga a Aya que a estou esperando para o chá na próxima terça - ela acrescentou se referindo a mulher de um dos guardas.

— Certamente srta Hinata

Tratava com intimidade todos os membros da família secundária, foi a forma que encontrou para demonstrar que podiam confiar nela, que desejava pôr fim a todas as barreiras que os separavam e que se tornassem uma única família. Não foi uma tarefa fácil, todas as suas tentativas de aproximação eram vistas no início com desconfiança e medo e não havia muito que pudesse fazer para dissipar esses sentimentos. Não tinha nenhuma influência nas decisões dos mais velhos a bem da verdade naquela época até uma mosca tinha mais credito com os anciões do que ela, mas Hinata não estava disposta a desistir, desejava saber o que passava pelas cabeças e corações da sua família, do que necessitavam, quais eram seus sonhos, seus medos, o que esperavam para o futuro do clã.

Hinata sabia que só conseguiria essas respostas ganhando a confiança de todos e que só poderia comprovar suas intenções com atitudes sinceras. Passou a cumprimentar a todos por seus nomes, abriu o jardim da mansão para que as crianças brincassem, e assim se aproximou das mães, foi ideia de Hanabi convidar algumas dessas mulheres para um chá, o que terminou por se torna uma tradição, onde realmente conheceu as necessidades de todos que viviam no complexo Hyuuga.

Um delicioso prazer encheu-lhe o coração, essa era uma sensação que experimentava sempre que avistava o pequeno conglomerado de casas com seus pequenos jardins, uma mistura de orgulho, entusiasmo e desejo de preservar tudo aquilo. Havia sido uma lutar árdua convencer seu pai a investir dinheiro em melhores moradias. Onde antes havia pequenos prédios com aspecto governamental, casas foram construídas para os Hyuugas que já possuíam sua própria família.

A mansão ainda se erguia imponente no lado leste, no lado norte novos prédios foram erguidos sem o aspecto frio dos anteriores, onde aqueles que ainda não haviam formado suas famílias podiam viver, até que encontrassem alguém com quem desejasse compartir sua vida.

Hinata cumprimentou todos que cruzaram seu caminho até a mansão, sempre com um sorriso no rosto. Assim que entrou na mansão, uma voz abafada veio ao seu encontro.

— Papai está te esperando no escritório dele.

— Hanabi?

— Estou aqui? - Hanabi respondeu afastando uma grande cortina e colocando a cabeça para fora, sacudindo os cabelos castanhos e liso.

— O que você está fazendo ai? - Hinata riu se aproximando puxando a cortina para o lado, Hanabi estava sentada no chão as costas apoiadas a parede.

— Apenas me atualizando - ela respondeu mostrando uma revista de fofocas, o que explicava por que ela estava escondida, essa publicação em particular estava proibida de entrar na mansão Hyuuga, desde que em quase todas as edições saiam matérias sobre Naruto Uzumaki - Tem uma matéria sobre você, a princesa Hyuuga.

Hinata ouviu, mas não se impressionou. Nos últimos anos, acostumara-se aos olhares e comentários das pessoas, não entendia o por que a impressa de Konoha colocara seus holofotes sobre ela, a chamavam da encarnação da delicadeza, a imagem da pura elegância e a princesa regente dos Hyuugas. E na privacidade da sala de reuniões, por trás de suas costas, os velhos que comandavam o clã a chamavam de "um chute na canela".

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Era só a essa última descrição que Hinata dava importância. Pouco se incomodava com o que os jornais e revistas escreviam sobre ela, a não ser que suas matérias aumentassem o prestígio do clã. Mas os velhos que comandavam o clã era outra coisa muito diferente, pois aqueles homens tinham o poder de colocar obstáculos em seus projetos, e o líder do clã não a tratava com mais afeto que os outros. E o líder era o seu pai.

— Juro que não sei, o que você ver de interessante nesse tipo de revista.

Hanabi fez um gesto com a mão tirando importância do assunto.

— Não quer saber por que papai que falar com você? - Hinata deu de ombros - Ele está planejando casar você.

Hanabi bufou e revirou os olhos diante da indiferença da irmã.

— Não é como se fosse a primeira vez - Hinata disse, recebera algumas propostas de casamento todas devidamente recusada por seu pai, nenhum dos pretendentes estava à altura de Hinata Hyuuga, segundo Hiashi.

— Dessa vez é diferente, escutei papai dizendo que está sendo pressionado para que você se case, ele já estar em negociações com os filhos de dois dos clãs mais importantes de Konoha.

Hinata suspirou, não era surpresa que um casamento entrasse em pauta nesse momento. Vinha se preparando a algum tempo para quando isso acontecesse, seu pai por fim decidira se aposentar o que a deixava na linha de frente para a sucessão o que desagradava a muitos dentro da família principal. Era mais do que conhecido a luta que travava com Hiashi e os membros influentes do clã para abolir o uso do selo do pássaro e por fim libertar todos os Hyuugas dessa maldição.

— Não se preocupe Hanabi, você conhece o papai, ele não vai se dobrar facilmente, e pensando bem um casamento não é uma má ideia.

— Hinata! Você é linda, inteligente. Não deixe papai escolher por você, provavelmente ele vai escolher alguém igual a você - Hinata abriu a boca para responder o comentário da irmã, mas Hanabi continuou seu discurso fervoroso - não me leve a mal, mas você precisa de alguém que a tire dessa casca de conservadora e a obrigue a fazer coisas loucas.

Hinata sorriu.

— Eu não pretendo deixar ninguém decidir com quem vou me casar, mas também não vou me privar da chance de conhecer alguém agradável, por mais que eu e papai tenhamos as nossas diferenças confio que ele vai escolher alguém que seja bom para mim.

— Alguém agradável? Que seja bom para você? E o amor? Você não gostaria de se casar com um homem por quem você estivesse apaixonada?

— Paixão acaba Hanabi, e o amor a gente constrói diariamente, papai e mamãe se casaram sem estarem apaixonados e no fim eles se amaram profundamente.

Hanabi amassou a revista entre suas mãos, ela parecia prestes a chorar.

— Você diz isso... por causa do outro casamento? - ela sussurrou

Hinata não precisou responder a irmã, passos suaves podiam ser ouvidos vindo pelo corredor. Hanabi voltou a se esconder atrás da cortina, quando Miki a velha cozinheira da família entrou na sala.

— Srta. Hinata - ela se curvou quase completamente

— Aconteceu algo Miki? - perguntou preocupada, Miki não a teria procurado se não houvesse um motivo. Ela limpou as mãos no avental que levava amarrada a cintura em sinal de nervosismo.

— Satomi, a senhorita poderia ir vê-la?

Hinata lançou um olhar rapidamente em seu relógio de pulso, dentro de uma hora teria uma reunião com seu pai e outros membros do clã, afastando qualquer pensamento que não fosse Satomi, retornou pelo caminho que tinha acabado de percorrer.

—----

A casa de Satomi era a sexta que haviam construído. Ela morava com os filhos, o marido havia morrido em missão. O pequeno jardim estava apilhado de brinquedos por todos os lados, desviando dos objetos Hinata chegou a porta e bateu, pode ouvir as vozes animadas do outro lado e a porta foi aberta de supetão.

— Senhorita! - uma vozinha infantil gritou quando a viu e se jogou em seus braços, Hinata levantou a pequena Yuki em seus braços as pernas dela a rodearam pela cintura firmemente.

— Yuki! - Satomi entrou no campo de visão de Hinata, escondida entre suas pernas estava Shinji o irmão gêmeo de Yuki, e seu oposto completo, como ela e Hanabi - Desculpe senhorita - ela disse aflita correndo para arrancar a menina dos seus braços, Hinata se afastou a impedindo de pega a menina.

— Está tudo bem, oi Shinji - o garoto lhe concedeu um sorriso tímido.

— Obrigado por ter vindo senhorita - a mulher murmurou, seus olhos estavam cansados e inchados o que significava que ela havia chorado.

Hinata colocou a criança no chão e tirou do bolso do casaco que usava uma pequena trouxa que continha doces, e estendeu as duas crianças, gritos de alegria explodiram e as crianças saíram correndo deixando as duas mulheres sozinhas.

Hinata a seguiu até a cozinha e esperou calmamente enquanto ela preparava um chá e a servia, tomou um gole enquanto Satomi se remexia em sua cadeira.

— O que aconteceu? - Hinata perguntou docemente segurando a mão da mulher sobre a mesa.

— Eles vieram ontem - ela disse, lagrimas escorrendo por seu rosto. Hinata não precisava pergunta que eram eles, Yuki e Shinji completariam sete anos dentro de algumas semanas a idade máxima para o selo ser marcado em suas testas.

— Eu não vou deixar isso acontecer - Hinata sabia que estava fazendo uma promessa perigosa, mas essa era uma promessa que não estava disposta a voltar atrás - Pode confiar em mim?

— Eu confio - ela sussurrou com a voz entre cortada - Eu confio senhorita.

—----

Hinata seguiu pelo correndo que levava a sala onde aconteciam as reuniões dos Hyuugas, nas paredes fotos de antigos membros da família principal pareciam segui-las com os olhos. Ignorando os retratos o pensamento já voltado para a reunião para a qual se dirigia. A sala estava estranhamente silenciosa quando ela entrou, e a tensão que pairava no ar era quase tangível. A decisão de deixar o cargo de líder do clã já estava tomada por parti de Hiashi, e Hinata queria e precisava desesperadamente ocupar o posto.

Ela trabalhara arduamente para alcançar esse objetivo, com obstinada diligência e inegável sucesso. Conseguira conquista a confiança de quase todos, tanto da família secundaria como da principal, e até mesmo aqueles que não gostavam dela tinham que admitir todas as melhorias que ela havia provocado. O único obstáculo e maior de todos era o fato de ser mulher, Hinata sabia que se tivesse nascido homem assumiria o cargo automaticamente, seu

pai e seu avó se tornaram lideres muito mais jovens que ela. Mas por serem homens não sofreram discriminações dos próprios pais, tão pouco enfrentaram tantas oposições criados por velhos que exerciam tamanho controle sobre decisões importantes.

Para piorar a situação de Hinata muitos dos membros eram leais ao pai dela, e tendiam a apoiar qualquer decisão de Hiashi. Se ele a recomendasse como sua substituta era quase certo que esses homens, e outros também, aprovariam. Ela precisava se torna a cabeça da família, por Yuki e Shinji, e todas as outras crianças Hyuugas, e também para provar que estava preparada para as responsabilidades e que seria uma boa líder.

Todos ali, esperavam que Hiashi Hyuuga desse uma pista sobre quem o substituiria. Hinata cumprimentou respeitosamente os nove homens, era a única mulher a participar das reuniões. Sentou-se numa cadeira perto da cabeceira da longa mesa, Neji estava sentado na cadeira em frente a sua, em nenhum momento os dois trocaram olhares.

A hierarquia do clã Hyuuga era simples, um membro cuidava das finanças, assim como haviam os responsáveis de comprar tudo que era necessário para o composto Hyuuga, havia também os que cuidavam das missões atribuídas ao clã. Hinata cuidava de tudo que envolvia o funcionamento do composto, desde a segurança, a expansão de algumas áreas que apenas poucos Hyuugas tinham acesso, e o planejamento de inovações dentro do território do clã. E fora nessa área que conseguiu colocar em praticar alguns dos seus planos, a construção de melhores moradias para todas as famílias Hyuugas.

Pela primeira vez Neji encontrou seus olhos rapidamente quando Hiashi entrou na sala, os dois evitavam qualquer demonstração de reconhecimento ou solidariedade, sabendo que demonstrar tal coisa seria como admitir dependência ou até mesmo fraqueza, ambos evitavam dar esse prazer aos homens nessa mesa.

— Boa tarde - Hiashi Hyuuga cumprimentou tomando seu lugar na cabeceira da mesa enquanto todos o olhavam em tensa expectativa.

A primeira hora de reunião discutiram assuntos financeiros, o auto gasto com vestuário dos novos ninjas, a solicitação de alguns membros para morar fora do composto.

— Sobre a decisão da equipe para escoltar o chanceler? - Hiashi perguntou olhando Neji.

— Hokage-sama ainda não se decidiu sobre qual clã fara a escoltar.

O chanceler era um homem muito rico que importava e exportava por todo o pais do fogo, e que investia milhões em segurança, e Hiashi queria que boa parte desse dinheiro viesse para no cofre do clã.

— Eu quero que os Hyuugas façam esse trabalho - declarou Hiashi de maneira autoritária - se for necessário diga que aceitaremos uma redução no pagamento, não preciso lembra que se conseguirmos que o chanceler escolha os Hyuugas para todas as suas escoltas teremos um aumento substancial em nossas contas.

— Sim senhor.

Hiashi dirigiu seu olhar frio para Hinata.

— Alguma novidade sobre o terreno que você está tão determinada a comprar?

— Sim, estou cuidando dos detalhes finais, os proprietários finalmente concordaram em vendê-lo, e logo poderemos fazer o contrato.

Hiashi virou-se na cadeira para olhar o velho Hiroyuki que cuidava das finanças, o homem remexeu nervosamente os papeis a sua frente. Hinata não pode evitar de sorrir para ele, em parte para acalma-lo, mas a maior parte era por que seu pai não tinha colocado nenhuma objeção a compra do terreno. A alguns anos vinha dando forma ao seu projeto de construir um centro de apoio as mulheres, não apenas as mulheres Hyuugas, mas todas as mulheres de Konoha que desejassem aprender uma profissão, ou mesmo receber educação básica, foi com horror que descobriu que muitas das mulheres Hyuugas da família secundaria não recebiam educação adequada, e o número ficava gigantesco quando incluía as mulheres civis e provavelmente de outros clãs. Decidida a mudar essa realidade, passara noites em claro criando relatórios que demonstrassem o quanto sua ideia seria benéfica para o clã, quanto dinheiro seria necessário nesse investimento, e por fim seu pai concordara. Assim que assinasse o contrato de comprar do terreno mais um sonho seu ganharia vida.

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Quando seu pai terminou com Hiroyuki, olhou todos na mesa.

— Se estão querendo saber se tomamos uma decisão a respeito de quem será o novo líder do clã, a resposta é não. Quando isso acontecer, vocês todos saberão.

—----

Hinata esperou todos saírem da sala para ergue os olhos para seu pai, que olhava para fora por uma das janelas

— Aconteceu algo para você não ter vindo ao meu encontro quando lhe foi solicitado? - Hiashi perguntou, encontrando os olhos da filha.

— Desculpe pai, eu tinha um assunto para resolver.

Hiashi a olhou com firmeza e Hinata correspondeu o olhar deixando claro que era o máximo que ele saberia sobre esse assunto.

— Tudo bem, precisamos conversar sobre... - ele hesitou cruzando suas mãos sobre a mesa

— Casamento - ela concluiu pelo pai - eles estão tentando matar dois coelhos com uma cajadada só. Conseguem um casamento rentável para os Hyuugas e acreditam que com o casamento eu desistirei de substitui-lo. Eles não me aceitam por que sou mulher.

— Você não está tão errada Hinata, mas não é tão simples - ele resmungou, obviamente reprimindo a raiva - Você é ainda muito jovem, não tem tanta experiência.

— Isso não é verdade! - ela exclamou sentindo-se triste, abalada e incrédula tudo ao mesmo tempo - o senhor e todos os antigos lideres assumiram muito mais jovens que eu. E se formos analisar os serviços prestados ao clã por alguns deles, são muito menos lisonjeiros que os meus. Eu tenho o apoio da família secundaria, todos os meus atos durante os últimos anos demonstram minha capacidade para administrar o clã, nenhum outro membro exceto Neji, seria mais capaz do que eu. E se esse for o caso, se Neji for o escolhido para assumir o clã aceito sem nenhuma objeção.

— Você sabe que os anciões nunca aceitariam Neji como o líder do clã.

— Então essa discussão é inútil. Eu sou a primogênita, a herdeira pelas leis antigas - Hinata o encarou afastando as lágrimas que persistiam em subir por sua garganta - E nos dois sabemos pai, que os anciões aceitariam quem o senhor escolher para substitui-lo. O que me leva a pensar que eu nunca fui uma opção, nem agora, nem no futuro, por mais duro que eu trabalhasse. Estou errada?

Hiashi pressionou sua têmpora como se uma dor de cabeça começasse a se infiltrar naquele lugar.

— Não. Mas estou fazendo isso para o seu bem, não quero incentivar essa sua teimosia de querer construir a vida ao redor do clã.

— Do que está falando?

— Estou falando que dez anos atrás você se casou com um miserável que estava atrás de seu dinheiro e a deixou grávida. Perdeu o bebé. De repente, começou a sentir verdadeira paixão pela ideia de comandar os Hyuugas. Voltou seus instintos maternais para o clã.

Hinata olhou o pai chocada, as lágrimas que com tanto esforço manterá longe deslizaram por seu rosto.

— Eu amo minha família. Desejei ser líder antes de conhecer Naruto e depois que ele saiu da minha vida. Posso lhe dizer quando foi que decidir ser a porta voz do clã. Eu tinha cinco anos, o senhor me trouxe junto com mamãe a uma reunião com os anciões - Respirou fundo, tentando controlar o tremor da voz - Nós duas ficamos na sala ao lado o esperando, mamãe me disse que quando eu crescesse eu tomaria o seu lugar, quando o senhor voltou eu lhe perguntei se era verdade - seu pai empalideceu, e compreendeu que ele se lembrava daquele dia tão bem quanto ela - o senhor respondeu, naturalmente que vai Hinata— Calou-se por um instante, suspirando - Com o tempo sentir que eu não era boa o suficiente para ocupar esse cargo, que qualquer pessoa seria melhor do que eu para assumi-lo. Abandonei meu sonho. Quando perdi meu bebê... achei que morreria de tristeza, mas conseguir me ergue e foi quando percebi que poderia realizar esse sonho, que havia muito que eu podia fazer por nossa família - Hinata fez uma pausa erguendo o queixo orgulhosamente - Eu achava que o senhor me amava, apesar de desejar que eu fosse um menino, nunca pensei que o senhor pouco se importava com o que eu queria. Não aceito sua decisão, e por isso não vejo motivo para permanecer aqui.

— O que quer dizer com isso?

— Que estou indo embora da mansão, que a partir desse momento estou deixando o clã Hyuuga.

Viu o ar de zombaria no rosto de Hiashi. E foi o suficiente, virando-se para a porta principal que a levaria ao corredor começou a se afastar.

— Se não estiver presente, quando eu anunciar o nome do novo líder, todos vão pensar que saiu daqui chorando porque não foi a escolhida - o pai avisou.

Hinata parou e voltou-se para lhe lançar o olhar mais duro que conseguiu.

— Embora me trate como uma pedra em seu caminho diante de todos, ninguém sabe o quanto o senhor é mau. Todos pensarão que já me contou há dias a quem indicaria.

— Vão pensar diferente quando você for embora - ele observou.

— Estarão muito ocupados, ajudando o coitado que irá substitui-lo a comandar o clã, para prestarem atenção nessas coisas – replicou Hinata voltando a andar.

Sem esperar resposta, saiu da sala de reunião. O desapontamento de Hinata por ter perdido a chance de ocupar o cargo, foi eclipsado pela dor de ter quebrado sua promessa, de não poder ajudar a todos os membros da família secundaria, e não podia negar a si mesma que também doía descobrir que significava muito pouco para seu pai.

Por muitos anos dissera a si mesmo que ele a amava, apenas não sabia demonstra. Enganara-se. Sentia-se como se seu mundo houvesse virado do avesso e de cabeça para baixo. Hinata piscou quando percebeu que já estava do lado de fora, a noite começava a cair sobre Konoha, olhou para as pequenas ruas, que levavam a lugares diferentes dentro do composto, mas não sabia para onde devia ir, por que não sabia para onde queria ir. Ou mesmo quem era. A vida toda fora a filha de Hiashi Hyuuga. Esse era seu passado. Seu futuro sempre estivera ali no clã. De repente, descobria que o passado fora uma mentira, e o futuro… um vazio.

—----

Naquela noite o carro de Naruto abria caminho pelas ruas de Konoha indo em direção a grande casa com vista panorâmica para a montanha com os rostos dos Hokages, acomodado no banco de trás ele lia um relatório, mas ergueu os olhos aborrecido, as palavras insistiam em dança diante dos seus olhos. Cansado jogou os papeis sobre o banco, e fechou os olhos.

— Chegamos - o motorista disse o olhando pelo retrovisor quando chegaram ao estacionamento.

Naruto olhou com melancolia para a casa. Estava de volta a Konoha para assumir o cargo de Hokage, de modo que teria um longo período de trabalho árduo pela frente. Mas estava acostumado a isso, sempre trabalhara como um desesperado, impulsionado pelo desejo de ser reconhecido, depois para esquecer, então quando por fim conseguira o reconhecimento que não imaginara nem mesmo em seus sonhos mais audaciosos, mantivera o ritmo exaustivo simplesmente por habito.

A chance de se torna hokage o enchia de excitação, tinha tantos planos para Konoha. Métodos de procedimento antiquados teriam que ser abandonados em favor de outros, novos e mais eficientes, os salários precisavam ser reajustados e Naruto queria investir em tecnologia, havia tanto a ser feito refletiu enquanto abria a porta.

Para sua surpresa havia duas mulheres paradas no hall de entrada, antes que exigisse saber quem eram as duas estranhas, uma voz familiar gritou seu nome.

— Naruto! - Braços o rodearam e cabelos rosas tamparam a sua visão.

— Sakura é bom ver você - ele disse enquanto correspondia o abraço, as duas mulheres ficaram mais rígidas em suas posições como se isso fosse possível, Sakura gargalhou sua risada ecoando pela casa.

— Naruto, essa e Mey e Nishiko, as contratei para que pudesse cuidar da casa, Mey vai cuidar da limpeza, e Nishiko é uma ótima cozinheira - Naruto lançou um olhar de lado para as duas mulheres e depois ergueu a sobrancelha para Sakura, que dispensou as duas com um gesto de mão.

—Sakura eu não preciso de empregadas.

— Quem mandou você comprar uma casa desse tamanho, vai precisar de ajuda para não transformar isso em um lixão - ela sentenciou prendendo seu braço ao dele e o guiando para dentro da casa.

Naruto nunca teve a intensão de comprar uma mansão em Konora, mas no dia que foi ao encontro da corretora para que ela lhe mostrasse o pequeno apartamento que queria, a mulher lia uma revista que tinha uma foto de Hinata, ela estava de braços dados com um homem que inegavelmente era um Hyuuga, a legendada da foto dizia que ela encantara a todos com sua beleza e fora escolhida como a mais elegante da festa. Naruto não sabia dizer se ela estava bem vestida ou não, mas podia afirmar que ela estava mais linda que nunca.

Foi com esse estado de espirito que foi em busca de uma casa, no fim da transação a corretora tinha um sorriso que mostrava todos os seus dentes e Naruto uma das maiores casas de Konoha.

Quando chegou a sala foi com surpresa que viu cinco dos seus amigos mais queridos.

— Uma bebida Naruto? - Sai perguntou erguendo uma garrafa da sua bebida preferida

— Seria ótimo - disse circulando pela sala dando abraços e apertos de mãos.

— E Suna como estava? A entrevista ocorreu bem? - Naruto revirou os olhos para a pergunta de Shikamaru que estava sentado no espaçoso sofá com sua permanente expressão de tédio.

— O que você acha?

— Vindo de você, o impossível pode acontecer - Kakashi falou em tom de brincadeira, ganhado risadas dos seus companheiros e uma carranca de Naruto.

— Eu li a entrevista, ao contrário de vocês - Jiraya disse virando de uma vez o conteúdo do seu copo e tomando a garrafa das mãos de Sai para enche-lo novamente, Naruto o olhou agradecido - Se não conhecesse o garoto, acreditaria que ele é inteligente - uma nova rodada de risadas se espalhou pela sala.

— Com amigos como vocês, eu realmente preciso de inimigos? - Naruto olhou para o canto mais afastado da sala, onde uma figura olhava a vista espetacular de Konoha pela janela parecendo completamente aparte das risadas e conversas que o rodeavam. Sasuke encontrou os olhos dele, o canto dos seus lábios se moveram em um quase sorriso, e ele ergueu o copo que segurava em uma saudação muda.

Naruto sorriu e pensou que era bom está de voltar. Por mais que as pessoas nessa sala fizessem piadas sobre ele, Naruto não duvidava por um instante do afeto que tinham por ele, e mais, da lealdade. Se chegara onde estava devia muito a essas pessoas, e podia ver além de suas palavras, o respeito que tinham por ele, mesmo que por vezes não conseguisse entender por que eles tinham esses sentimentos por ele.

Ao questionar Shikamaru certa vez do por que, ele responderá que Naruto era o um herói. Envergonhado retrucou que tudo que fizera muitos outros fizeram antes, inclusive Shikamaru, ao que ele contradisse dizendo que herói, não era o que Naruto era, mas quem ele era. Diante de seu semblante confuso, ele suspirou e continuo.

— Não importa o quão tortuoso seja o caminho que você tenha que percorrer, eu tenho esse desejo de seguir você. De lutar ombro a ombro com você, de me interpor entre você e seja qual for o mal que você tenha que enfrentar - Shikamaru sorriu e voltou sua atenção para a pilha de papeis a sua frente. Naruto não insistiu no assunto pegando um papel e fingindo ler para que ele não pudesse ver seu rosto tão vermelho como um tomate.

Afastando o pensamento para longe, Naruto se aproximou de Jiraya.

— Esperava encontrar Baa-chan aqui.

— Ela já devia ter chegado, alguma coisa deve ter prendido ela no escritório, você realmente quer esse emprego garoto? Pelo que eu vejo é muito trabalho e pouco prazer - ele disse com uma careta.

— É o sonho da minha vida, e estou pronto para enfrentar todo o trabalho.

Jiraya sorriu e deixou transparecer todo o carinho que sentia por ele.

— Você falar como seu pai, ele teria tanto orgulho de você!

Naruto piscou e agradeceu quando Tsunade chegou, rebocando Shizune, e chamando a atenção de todos, o que deu tempo a ele e Jiraya de olharem para lados opostos e limparem as lágrimas que se formaram em seus olhos.

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Sentindo-se refrescado depois de um banho Naruto pegou a toalha e enrolou em volta da cintura e saiu do banheiro, sua mala estava sobre a cama, rapidamente retirou uma muda de roupa e vestiu-se. Seus amigos estavam no andar de baixo, após a chegada de Tsunade e Shizune, não demorou para Ino, Shoji, Konohamaru e até o velho apareceram, para comemora a sua voltar a Konoha depois de quase dois anos e dessa vez para ficar. Após abraços apertados, e umas poucas trocas de palavras com o terceiro, pediu licença para tomar um banho, depois de horas de viagem desde Suna sentia-se sujo.

Naruto suspirou olhando seu quarto, onde cabia dois do seu antigo apartamento. A enorme casa apenas o faria se sentir mais solitário, apesar de ter tantos amigos preciosos, em poucas horas eles partiriam o deixando sozinho. O pensamento o deprimiu, mas o afastou para longe quando bateram na porta.

— Você está nu? - Shikamaru perguntou.

— Eu nunca teria esperado isso de você Shika - disse com fingida surpresa - As mulheres podem acha você charmoso, mas você não faz meu tipo.

Shikamaru empurrou a porta sua sobrancelha erguida em irritação.

— Eu as vezes esqueço desse seu senso de humor.

— O que eu posso dizer, tem quem goste!

Shikamaru ignorou o comentário.

— Vim para lembra-lo da festa beneficente dos Nara, é depois de amanhã, a imprensa estará presente em massa, por isso prepare-se para ser massacrado. Falei com Sakura se ela não se importa em acompanha-lo...

— E o Sasuke? - Naruto perguntou surpreso.

Shikamaru deu de ombros.

— Ela disse que não tinha problema, e você tem coisas mais importantes para se preocupa, do que, o não relacionamento dos seus dois amigos, se você for sozinho várias de suas fãs grudaram em você, e você não precisa dar a impressa a chance de fotografar você com uma mulher diferente a cada minuto, a impressa já conhece a Sakura, e ela sabe lida com as fãs mais ousadas sem provocar um escanda-lo. Estamos a poucos dias da Quinta abdicar, você não pode se envolver em nenhum escanda-lo, principalmente um envolvendo mulheres.

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Naruto abriu a boca para protesta, mas a fechou rapidamente ao perceber que não tinha um argumento. Shikamaru tinha razão, não podia pôr tudo a perde quando seu sonho estava ao alcance de suas mãos.

Shikamaru respirou fundo.

— Tenho outro assunto para discutir com você, sobre o investimento que você queria fazer, encontrei um terreno que é um ótimo negócio.

Naruto fez um gesto com a mão o impedindo de continuar.

— Discutimos isso depois, agora tudo que eu quero é ficar com os meus amigos.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.