Across The Ocean

Epilogue- Some things never change


–JAMES SIRIUS POTTER!- eu gritei, abrindo a porta do banheiro. Ele segurava uma escova de cabelo e cantava como se não houvesse amanhã.

Desligou o chuveiro.

–Dominique, você vai acordar a sua filha. - ele respondeu, rindo e não se preocupando com a minha expressão assassina.

–Você está preso aqui tanto tempo que perdeu sua mãe, a avó mais coruja que eu já conheci, sequestrando a Charlie. - eu suspirei. Por mais que eu ame tia Gina (minha sogra também) ás vezes eu queria que ela deixasse minha bebê em paz.

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Ele riu de novo. Idiota.

–James!

–O que, o que quer que eu faça?- James respondeu, largando a escova que usava para cantar- Nós já estamos atrasados?

Atrasados era pegar leve. O quinto aniversário do nosso afilhado, Leo, filho de Victorie e Teddy, estava acontecendo há DUAS HORAS, e James ainda não tinha nem trocado de roupa. Tudo bem, ele tinha conseguido fazer Charlotte dormir. Mas meia hora devia ser mais que suficiente para tomar banho e colocar uma roupa que eu já tinha separado.

–Estamos- bufei, me olhando no espelho e conferindo a maquiagem- Por quê? Isso é meio obvio.

James deu um dos típicos sorrisinhos de quem está aprontando. Ou teve uma ideia. Nenhuma das opções é boa.

–A Charlie está com a minha mãe, - ele foi se aproximando. -... e já estamos atrasados mesmo. Acho que podemos demorar mais um pouquinho.

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–Atrasados!- Victorie gritou assim que nos viu aparatando em seu jardim cheio de crianças sorridentes. - Dominique, a sua sombra está borrada?- tagarelou, nos empurrando para dentro sem nem dizer “oi” e depois estreitando os olhos. – Vocês... ah, minha nossa, eu ainda não quero outra Charlie. Mesmo que ela seja o amorzinho da titia.

–Por que todos amam tanto a minha filha?- eu choraminguei, obviamente fazendo um drama característico dos Weasley- Até o meu pai, que quase morreu de infarto quando soube que eu estava grávida...

James riu.

–É porque ela é minha filha, eu passei os genes apaixonantes.

Revirei os olhos, e como sempre, James continuou rindo. Ele segurava a vassoura de brinquedo que seria o não tão secreto presente de Leo. Mesmo que a idade indicada fosse seis anos, e ele tinha cinco. Ei, não pense que somos péssimos pais por isso.

Encontrei todo mundo com extrema facilidade. Era só procurar um monte de mulheres agrupadas em uma rodinha.

–Quem é o futuro jogador de quadribol da família?- James gritou, fazendo todos os olhares se voltarem para nós.

Leo veio correndo, e para o desgosto eterno do meu marido, me abraçou primeiro.

–Quem é encantadora agora, Potter?- sussurrei enquanto me afastava dos dois para cumprimentar as pessoas. E pegar a minha quase pública filha, que estava no colo de Rose. - Está treinando, Rose?- provoquei, baixo o suficiente para que nenhum fofoqueiro ouvisse. Todos, menos Rony, meu pai e meus outros tios, sabiam que ela estava grávida do Malfoy. É isso mesmo.

Ela ficou ainda mais vermelha enquanto Charlotte se jogava para meu colo.

–Você tem que contar, Rose- Lily disse, procurando pelo filho de dois anos, Matt. - Isso é pior que aquele casamento não tão secreto da Dominique e do James.

–Vocês bem que amaram o Brasil, Lilian. - respondi, enquanto elas riam.

–É, ajudou bastante o Fred ter percebido que fomos feitos um para o outro. – suspirou Molly, sonhadora- mesmo que esteja me enrolando com esse noivado há uns três anos.

–Ajudou a fazer o Zabini terminar com a Lily, ela casar com o Hugo e eu ter o sobrinho mais lindo do mundo. - Rose riu, e foi a vez de Lily corar.

Victorie apareceu por ali sorridente.

–Ah, fala sério, a minha sobrinha é a mais linda. - disse, falando com Charlie com aquela voz que usamos para falar com bebês.

Roxanne revirou os olhos. Ela ia se casar em duas semanas.

–Vocês realmente estão competindo sobre que bebê é o mais bonito? Isso é ridículo- ela riu enquanto Charlie se jogava no meu colo e ela continuava um discurso sobre o seu casamento.

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Olhando em volta, era impressionante como tudo mudou em cinco anos. Meu tio Rony finalmente aceitou o namoro de Rose com Scorpius Malfoy (mesmo que se negue a estar no mesmo ambiente que Draco Malfoy). Meu pai ainda não matou nenhum dos genros. Alvo e Juliet finalmente se acertaram. Bem, pelo menos não brigam toda semana. Roxanne vai casar, Lily e Hugo se acertaram, assim como Molly e Fred (sim, cantem “aleluia”). E eu? Fui promovida no Departamento Internacional de Magia, James ganhou mais cinco campeonatos de quadribol. Bem, o time dele, o que é a mesma coisa. Um deles, meses atrás, que o fez se atrasar para o nascimento de Charlie.

Vovô Arthur passou por ali seguido de algumas crianças, enquanto Victorie corria atrás deles dizendo que “não, ele não podia ensinar crianças a usar o micro-ondas”. É, a cada dia mais doido.

–Você imaginou que fosse ser assim?- James perguntou, tirando Charlie do meu colo. Ela riu para o pai, jogando a cabecinha loira para trás. –Cinco anos atrás, quando Teddy invadiu nossa casa em desespero?

Flashback on

Eu estava sentada naquele fim de manhã de sábado, no chão da sala do nosso apartamento, batendo o lápis repetidas vezes enquanto tentava terminar a primeira das três pastas de trabalho que precisava entregar na segunda-feira. Coisa que eu tinha que ter feito na noite anterior, mas alguém (leia-se James), que no momento roncava esparramado na cama, não tinha exatamente me ajudado. Ele tinha passado a última semana fora, em treinamento, então estava especialmente hum animado. E agora dormia enquanto eu tentava resolver assuntos importantes aqui, sem nenhuma concentração.

Tinha quase desistido e levantado para comer qualquer coisa quando Teddy Lupin abriu a porta da sala, parecendo desesperado. Ele ficou parado ali, me encarando.

–Ela... Victorie... eu...

Eu tentei não rir, mas foi impossível.

–Pegue um copo d’água e relaxe, papai. Vou acordar o James.

Teddy voltou a mudar a cor do cabelo e se jogou no sofá.

E foi assim que, cinco anos atrás, que Leo Lupin nasceu.

Flashback off

–Não sei. Eu nunca pensei muito nisso. - admiti, olhando em volta. Não, na verdade eu nunca sequer pensei nisso. Como seria minha vida daqui á não sei quantos anos... O que com certeza parece estranho. Ele continua me encarando, parecendo impaciente. - Mas eu não mudaria nada.

–Que bom, porque eu também não.

–Dominique, James, venham cantar parabéns!- Victorie gritou, agitando os braços, enquanto Teddy segurava Leo para tirar uma foto com meus pais.

James praticamente saiu correndo, enquanto Tia Gina gritava que ele estava sendo um irresponsável. Felizmente, algumas coisas nunca mudam.


Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.