"O dia mais importante não é o dia em que conhecemos uma pessoa e sim quando ela passa a existir dentro de nós."

De volta ao quarto de hotel... sozinho, Edward sentou-se no escuro e fitou o oceano iluminado pelo luar, cinco andares abaixo. De longe, ouvia vozes trazidas pelo ar noturno e sabia que outros casais haviam se encontrado na escuridão. E se sentia mais isolado do que nunca.

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Suspirando, jogou-se numa cadeira da varanda estreita e apoiou os pés no corrimão, fitando o mar. A lua se refletia na superfície da água, deixando um rastro prateado até o infinito. Estrelas de­coravam o céu e soprava uma brisa fria, causando-lhe arrepios. Ignorava o desconforto, atormentado demais para se preocupar com bobagens, como a temperatura.

Deixara Bella havia apenas uma hora, mas ela não saíra de seus pensamentos nem por um instante. Claro, a imagem dela ago­ra dividia espaço com o rostinho da filha.

Sua filha.

Passou a mão no rosto como se esperasse remover a confusão... o choque que ainda reverberava pelo corpo. Mas não era tão fácil. Raios, nada nunca mais seria fácil.

Seu mundo todo mudara, alcançara uma esfera totalmente nova, e não tinha a mínima idéia do que fazer. Pegou a garrafa de cerveja sobre a mesa, tomou um grande gole e pousou-a novamente. Du­rante toda a vida, evitara comprometer-se com alguém, ou qualquer coisa, além dos fuzileiros navais.

Não que fosse contra compromissos... simplesmente, nunca se considerara do tipo familiar. O que sabia sobre famílias? Nada, por isso mesmo. E sobre garotinhas?

Virou a garrafa novamente, mesmo sabendo que a bebida não resolveria. Precisava era de um plano. Alguma idéia sobre o que fazer em seguida. Alguma ajuda. Mas não tinha a quem recorrer. Estava sozinho. Como estivera na maior parte da vida.

A velha mágoa ameaçou aflorar, mas ele a sufocou. Não tinha tempo para se lamentar. Precisava agir. Mas que tipo de ação se­ria? Já pedira Bella em casamento e ela recusara. Raios, argumen­tara até ficar sem fôlego, mas Bella, teimosa como era, não cedera um centímetro. Normalmente, teria apreciado. Gostava de mulheres fortes, que conseguiam ficar em pé sozinhas. Mas não naquele caso.

--- De volta ao plano. Resmungou, consigo mesmo. Geralmente, resolvia melhor os problemas falando em voz alta. De algum modo, parecia mais fácil. Então, o que preciso aqui é de uma estratégia de batalha. Não é muito diferente de invadir o território inimigo. Preciso atingir meu objetivo e sair antes que o inimigo perceba o que está acontecendo. Infelizmente, o inimigo, no caso, era bella.

Ela se mantinha contra ele e contra o que ele achava ser a atitude correta. Precisava contornar as defesas dela.

Sabia exatamente como contornar as defesas, as imagens sur­giam uma após a outra em sua mente. Ficou excitado.raios, queria tocá-la. Queria sentir de novo aquela pele macia e lisa junto dele.

--- Maldição, essa linha de pensamento não leva a lugar algum. Repreendeu-se. Exceto que retratava onde ele queria estar. Den­tro dela.

Baixou os pés ao chão e levantou-se. De repente, a energia con­tida o impelia à ação. Talvez uma corrida na praia, pensou, con­templando a faixa de areia quase deserta. Tinha de se movimentar. Tinha que bombear o sangue. E como o que queria fazer lhe fora negado... pelo menos por aquela noite, uma corrida de cinco quilômetros deveria resolver.

Deu meia-volta e entrou na pequena ante-sala da suíte. No ba­nheiro, despiu a camiseta e se abaixou para descalçar as botas. Já tirara as meias e desabotoara a calça jeans quando bateram na porta.

Intrigado, atravessou a suíte e abriu a porta que dava no cor­redor. Boquiaberto, viu-se diante de Bella.

Ela sentiu a boca seca.

Sem pudor, admirou-o da cabeça aos pés. Esquecera-se de como Edward era bonito. O tórax desnudo parecia ter sido cinzelado por um mestre da madeira. A pele bronzeada e lisa cobria camadas e mais camadas de músculos bem-torneados. O abdome chato cobria-se de pêlos bronze escuros que desapareciam sob o cós da calça jeans. Os pés descalços afastados sugeriam posição de luta. Ele mantinha a mão na maçaneta e a outra ao lado do corpo, o punho cerrado. No ombro, a tatuagem com o símbolo dos fuzileiros navais, que se lembrava de ter traçado com a língua naquela noite memorável...

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Sentia a temperatura do corpo subindo. Cada terminação ner­vosa estava alerta, e ela sabia que, se ele a tocasse, explodiria em mil pedacinhos.

Oh, esperava que ele a tocasse.

Presa daqueles olhos verdes, Bella umedeceu os lábios, rezando para que a voz saísse clara.

--- Talvez eu devesse ter telefonado. Desculpou-se.

--- Não. Respondeu ele, a voz grave a máscula arrepiando-a. --- Está tudo bem. Eu ia sair para correr...

--- Oh, então eu... Iria embora? Não queria ir embora.

--- Não. Adiantou-se Edward. --- Está tudo bem. Só estou surpreso, só isso.

Claro que estava surpreso, ponderou ela. Ele a deixara havia apenas uma hora, com a promessa de que se encontrariam no dia seguinte para conversar mais. Mas não fora capaz de ficar sentada após ele partir. Aguardara dezoito meses para vê-lo e, agora que ele estava ali, não queria esperar nem mais um minuto.

--- Eu sei que combinamos conversar amanhã. Mas pensei... por que adiar até amanhã o que podemos... Bella deteve-se, sorriu e deu de ombros. --- Você sabe.

--- E. Ele enfiou a mão livre no bolso.

Bella acompanhou o movimento e, naturalmente, notou o volu­me exagerado sob a braguilha e experimentou outro arrepio. Sen­tindo os joelhos trêmulos, travou-os para evitar que se derretesse como um pudim diante dele.

--- Onde está o bebê?

--- Deixei com Paul. Felizmente, um dos irmãos tinha co­ração mole e atendera prontamente a seu chamado, sem criticar quando ela informou onde estaria. Ele ainda disse que poderia se demorar o quanto quisesse, pois estava preparado para pernoitar ali, se necessário.

Claro, se Edward não a fizesse se sentir bem-vinda logo, ela poderia estar em casa dali dez minutos.

Como se adivinhasse o que ela pensava, ele abriu bem a porta.

--- Entre.

Era um começo, pensou ela, adentrando a suíte do hotel. As cortinas estavam abertas, bem como as portas de vidro deslizantes da pequena varanda, deixando o luar invadir o ambiente. O tecido diáfano branco flutuava com a brisa marinha, quase um fantasma na escuridão.

Edward fechou a porta e ela sentiu que ele se aproximava. Mas então ele mudou de direção e se distanciou. Um interruptor foi acionado, e a forte luz artificial baniu as sombras.

Bella deixou a bolsa numa cadeira. Agora que estava ali, não sabia como iniciar o discurso mal ensaiado. Passou as mãos úmidas na calça jeans, nervosa.

--- Eu sei que Emily foi um grande choque...

--- Sim. Edward avançou um passo, mas deteve-se novamente. --- Pode-se dizer que sim.

--- Edward, eu teria lhe contado antes, se houvesse um meio de entrar em contato com você.

--- Eu sei.

--- Desculpe-me pelos meus irmãos.

--- Não posso culpá-los. Admitiu ele. --- Imagino que tenham me difamado um pouco nesses últimos dezoito meses.

Edward mostrava-se compreensivo. Desde que descobrira que estava grávida, seus irmãos nunca concordaram com nada menos do que casamento... ou a cabeça de Edward num prato. E, para eles, qualquer das duas opções satisfaria.

Mas aquela decisão não cabia a eles, conforme ela se cansara de lhes dizer naqueles dezoito meses. Referia-se a ela e Edward somen­te. Mais ninguém tinha direito a voto.

--- Vamos deixá-los fora disso agora, sim? Pediu, não querendo realmente falar sobre os irmãos.

Edward concordou e lançou-lhe um olhar capaz de colocar fogo no jeans.

--- Confie em mim. Não estou pensando nos seus irmãos agora. Bella engoliu em seco e aproximou-se, um passo de cada vez.

--- Em que está pensando? Indagou, espantada por conseguir verbalizar as palavras, apesar do nó na garganta.

Ele meneou a cabeça.

--- Sabe muito bem no que estou pensando, Bella. Naquilo que não me saiu da cabeça nesses últimos dezoito meses.

--- Você também? Ela não se continha. Era imprudência ad­mitir a um homem o quanto o desejava, mas quem queria fazer jogos ali?

Bella estava a um passo de distância. Ele avaliou seu rosto, os cabelos, o corpo... o olhar suave como uma carícia de amante, e ela sentiu o coração disparar.

--- Todas as noites, sempre que fechava os olhos, você surgia. Seu perfume. Seu sabor... Desabafou Edward, a voz rouca.

Ela sentiu as pernas bambas.

--- Seu toque. Sussurrou ele, erguendo a mão para lhe traçar o rosto, o queixo.

Ela estremeceu e procurou respirar.

--- Faz muito tempo.

--- Muito tempo. Concordou ele, puxando-a pela nuca. Bella cedeu ansiosa, pousando as mãos no tórax sólido.

Sentiu as batidas do coração dele, no mesmo compasso do seu, acelerado. O sangue se aquecia e engrossava em suas veias, causando tontura e dor nos seios.

Bella perdeu-se naqueles olhos verdes e compreendeu o desejo que ele sentia. Emocionou-se com aquele sentimento, tão evidente, tão puro, e algo despertou em seu íntimo. Devagar... a expectativa era dolorosa... ele inclinou o rosto, enquanto ela erguia o dela para se encontrarem.

Por isso, fora até ali, pensou ela. Por isso, não fora capaz de esperar até o dia seguinte. Precisava sentir as mãos dele. Precisava beijar e ser beijada. Precisava abraçar e ser abraçada. Precisava se deitar sob o corpo dele e senti-lo preencher seu vazio interior.

Quando Edward a beijou, ela deixou de pensar. O cérebro desligou-se, ao mesmo tempo que o corpo se ativava. Embalada pelas sen­sações, enlaçou-o ao pescoço. Sentia os braços fortes dele a seu redor como tiras de aço, juntando seus corpos com a tranqüilidade que ela conhecia bem.

Edward introduziu a língua e Bella entreabriu os lábios. Seus hálitos mesclaram-se, alternando suspiros, e as línguas iniciaram uma dan­ça de desejo e paixão. Ele a mantinha segura pela nuca, enterrando os dedos nos cabelos, posicionando-a para aprofundar o beijo. Bella agarrou-se a ele, saboreando, provocando, colando ainda mais seus corpos. Mas nada parecia bastar. Havia tanta roupa separando-os... Ela precisava sentir a pele dele contra a sua.

Edward a massageava, tateava os seios, provocava os mamilos atra­vés do suéter de cashmere. Bella gemeu com o toque.

--- Edward...

--- Eu sei, meu bem. Murmurou ele. --- Eu também. Preciso sentir você. Por inteiro. Agora.

--- Sim. Confirmou ela, fitando-o com olhos semi-cerrados. --- Agora. Por favor.

Edward puxou a barra do suéter e removeu a peça. Acariciou-lhe as costas enquanto fitava o sutiã rendado. Os seios estavam mais cheios, constatou. Mais redondos do que antes. Mas continuavam perfeitos.

Ela estremeceu, e ele perturbou-se ante a reação. Localizou o fecho frontal entre os seios e, habilmente, o abriu. Ela prendeu a respiração quando o sutiã se afrouxou e permaneceu imóvel en­quanto ele lhe acariciava os ombros e braços.

--- Linda. Sussurrou ele, apoderando-se dos seios. Bella suspirou.

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--- Edward ...

Ele provocou os mamilos rígidos com os polegares e indicadores, puxando os gentilmente, até ela ficar ofegante. Bella segurou-se nos braços dele, aflita. Então, ele inclinou a cabeça e satisfez o desejo que o atormentava. Abocanhou um mamilo e depois o outro, degustando, provocando a área sensível com a língua, mordiscando a pele.

--- Oh... Senti tanta saudade. Ela segurou-se com mais força enquanto arqueava o corpo, oferecendo-se a ele, exigindo silencio­samente que ele tomasse mais, e desse mais.

Ele correspondeu. Sugou, provocando os mamilos rosados até ela estremecer e desmoronar, de modo que só ele a mantinha de pé. Quando ela gemeu, grave e rouca, ele endireitou-se e fitou-a. Sem desviar o olhar, desabotoou-lhe a calça jeans e baixou o zíper. Bella sorriu perspicaz e retribuiu o favor.

Enquanto ela baixava o zíper de sua calça, ele prendeu a respi­ração, cônscio de que nunca teria o bastante.

Bella o livrou do jeans e acariciou-o. Edward cerrou os dentes e fez o mesmo com ela, introduzindo a mão na calcinha de seda para sentir o calor da feminilidade.

Bella agitou os quadris, movendo-se para que ele pudesse ex­plorá-la completamente.

--- Edward... Não consigo... respirar.

--- Então, não respire. Retrucou ele, febril. --- Apenas sinta. Colocou o dedo no ponto mais sensível, e ela gemeu, ajustando-se para dar acesso total. Ele a provocou repetidamente, excitando-a, levando-a cada vez mais alto, controlando a própria reação ao estímulo que ela causava.

O peito arfante, Bella sentiu uma onda de calor e seu corpo estremeceu.

Gritando o nome de Edward, abandonou-se contra ele, aba­lada com a intensidade do orgasmo. Gentil, ele a fez se deitar no chão, nua. Afobado, despiu-se e colocou o preservativo que tinha no bolso da calça. Introduziu-se nela e excitou-se ainda mais quan­do ela ergueu as pernas e o prendeu pelos quadris.

Ao mergulhar nas profundezas femininas, Edward finalmente teve aquilo por que tanto esperara. Ansiara por aquela mulher. Por voltar àquele lugar onde tudo o mais deixava de existir.

Já suportara a miséria, combates e solidão, mas, com Bella ali, nada daquilo importava. Totalmente entregue, ela lhe acariciava as costas e implorava.

--- De novo, Edward... Quero que me possua de novo. Faz tanto tempo...

--- De novo. Edward a fitou nos olhos quando seu próprio orgasmo aconteceu. --- E de novo. Nunca vou parar. Prometeu, sério.

Edward pensara naquilo por tempo demais. Esperara por aquilo. Sonhara com aquilo. E agora Bella estava ali, em seus braços, sus­pirando contra seu rosto... tinha de possuí-la. Voltou a excitá-la com as mãos. Tocando, acariciando, provocando. Sem descanso. Sem pausa. Não conseguia obter o bastante e, pela reação dela, Bella sentia o mesmo.

Ele a penetrava e retirava, envolvendo-os em chamas, aproximan­do-os cada vez mais do clímax. Bella o apertava contra si, movendo os quadris para garantir mais prazer e o êxtase final. Quando ele já temia perder a consciência de tanto regozijo, finalmente ouviu.

--- Agora, Edward. Suplicou Bella, enlouquecida. --- Venha.

Ele a segurou com força e beijou, sentindo que ela atingia o ápice. Ele também chegou ao clímax e depois aninhou-se na segu­rança dos braços dela.