Acertando as Contas com o Passado

Capítulo 10 – E o tempo começa a se esgotar...


Não demoramos muito para chegar ao hospital onde Vance estava. Tudo bem que Ziva cismou que tinha que dirigir.

— Onde estão as chaves Tony?

— Mas nem pensar que você vai dirigir! Precisamos estar vivos se quisermos proteger o Diretor! – Eu atirei em sua direção.

— Claramente eu sou melhor motorista e dirijo mais rápido que você, Tony! Portanto ME PASSE ESSAS CHAVES, JÁ!

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Contra esse tom de voz eu não poderia fazer nada.

— Tudo bem, já que insiste, mas lembre-se, se nós morrermos antes de chegarmos ao hospital, a culpa será sua! E se algo acontecer ao Diretor, tenho certeza de que o Chefe nos ressuscita só para que ele tenha o prazer de nos matar!

— Você fala demais DiNozzo!

— Pelo amor de Deus, Ziva, aqui não é uma zona de guerra! Olha para a estrada!

Ela só grunhiu algo inteligível. Com toda certeza ela tem passado tempo demais perto do Chefe, já tá até pegando as manias dele.

Não sei como, mas chegamos inteiros ao nosso destino. E imediatamente rumamos para o andar onde Vance estava. Porém não contávamos com o que encontramos.

— Acho que o Gibbs não vai querer nossa cabeça nem tão cedo. – Ziva me disse enquanto observava toda a movimentação vinda de dentro do quarto de hospital.

Nos identificamos, apresentando nossos distintivos à enfermeira que estava de prontidão.

— Agentes DiNozzo e David, NCIS. O que está acontecendo? Por que essa gritaria de Código Azul?

— O paciente acaba de sofrer uma overdose por morfina. Parece que alguém regulou o conta-gotas para que todo o medicamento fosse injetado.

— Já se sabe quem foi?

— Não senhor. – A enfermeira chefe me disse.

— Prognóstico? – Ziva sempre muito direta.

— Teremos que esperar e fazer todos os exames necessários. Mas não teria muita esperança.

— Sim, muito obrigado por seu tempo. Só mais uma pergunta, onde podemos conseguir a cópia das fitas de segurança?

— Na sala da segurança, segundo andar.

— Eu pego as fitas e você avisa ao Gibbs. – Ziva falou já se encaminhando para o elevador.

Israelense esperta. Deixou a tarefa mais difícil pra mim. Respirando fundo, realizei a ligação, esperando que o Chefe estivesse em um lugar sem sinal ou muito ocupado para me atender. Mas não foi esse o caso.

— Gibbs.

— Oi Chefe, temos um problema aqui no hospital... – e narrei a ele todo o acontecido. Pude ouvir claramente o barulho que ele e Jenny fizeram ao subir as escadas e quando ele entrou no carro batendo a porta, sem contar os pneus cantando quando o carro saiu em disparada.

— Chegaremos aí em 20 minutos.

Normalmente levaríamos quarenta, mas como era ele quem dirigiria...

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— Atualização seria muito bem vinda agora. – Disse, curiosa com o que Tony havia contado a Gibbs no telefone e que nos fez marchar apressadamente para fora de seu porão.

— Alguém tentou matar Vance. De novo.

— Alguém não. McCallister.

— Que seja! Temos que pegar esse bastardo! Ele já está brincando com a nossa cara! – e dizendo isso pisou mais fundo no acelerador

— Nós estamos um passo atrás dele o tempo todo. Temos que prever o próximo movimento para tentar impedi-lo.

— Nós previmos que ele iria atrás de Leon. Você mesma disse isso, Jen.

— E chegamos tarde, porque ele já tinha uma vantagem. Agora temos que dividir para conquistar. Se os alvos dele estão naquela lista...

— Significa que somos os próximos. Então temos que atrai-lo para um lugar onde teríamos uma vantagem.

- Todo o tempo em que ele serviu o NCIS, ele ficou baseado em Camp Pendleton. Temos duas opções de lugares, poderiam ser três se você não tivesse ateado fogo na minha casa... – Eu tinha que jogar na cara dele que não tinha gostado de ver minha casa ser queimada!

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— Vai começar com isso agora??

— Então temos o NCIS e a sua casa. – Deliberadamente resolvi que seria melhor ignora-lo, por enquanto.

— Minha casa? Jen, isso é vingança pela sua?

— Não é vingança, Jethro. São apenas lugares que nós conhecemos e ele não. E dos dois eu diria que a sua casa é a melhor opção, pois o risco de ferirmos algum inocente é bem menor.

— Mas a base nos dá a vantagem de podermos contar com acesso a mais armas.

— Tanto nós quanto ele, o que não é uma boa ideia. Além do mais, colocaríamos muitos agentes em perigo, sem contar o diretor do Mossad e Abby.

Quando acabei de fechar a boca, ele estacionava o carro em frente ao hospital, cantando alto os pneus. Se ele queria chegar de forma discreta, seu plano foi para água abaixo.

Descemos e logo vimos Ziva nos esperando na estação das enfermeiras.

— Novidades? – Jethro perguntou para a israelense.

— Sim e não. Foi McCallister e disso todos nós já suspeitávamos. Interessante foi o horário.

— Como assim? – Perguntei confusa.

— Ele não veio direto da base para cá quando ele saiu. Ele chegou aqui uns minutos antes de Tony e eu chegarmos.

— Temos que descobrir o que ele fez nesse meio tempo.

— É pra já, Chefe! – Tony apareceu. – Já liguei pro McGee e ele está rastreando o carro que McAllister pegou no estaleiro. Ele e Abby vão refazer o percurso para saber onde ele foi.

— E quanto a Leon? – Tinha que perguntar, por mais que não sejamos assim amigos, sei que ele tem dois filhos pequenos.

— Não há um prognóstico ainda. A esposa está com ele no quarto, e já disse que só quer ver algum agente do NCIS quando quem fez isso com o marido dela estiver preso ou morto. – Tony me informou.

— Entendo o lado dela. – Eu disse mais pra mim do que qualquer um presente.

— E então, o que vocês dois descobriram a respeito de McCallister? – Tony perguntou enquanto saíamos do hospital.

— Não muito. – Jethro foi vago.

— Os motivos dele para fazer toda essa bagunça não estão interligados nos casos. São motivos mais pessoais, porque os casos em si, com a exceção de 1991 e 1999, não possuem ligação. – Complementei.

— Então ele estava usando a Família Zukov como assassinos de aluguel? – Ziva estava inconformada.

— Sim. E foi o líder desta mesma família que ele mandou Leon executar em Amsterdã em 91 e, depois, como Leon foi descoberto, nos mandou a Paris para continuar a missão. Só que ainda não chegamos a nenhuma conclusão do motivo para isso tudo.

— Poder? Ambição. Família? – Tony deu as três opções ao chegarmos em nossos carros.

— Pode ser qualquer coisa, Tony. E só saberemos quando o pegarmos.- disse a ele.

— Espero que não demore mais. Isso já virou uma bola de neve tão grande que duvido que possamos consertar os estragos feitos. – O agente sênior me respondeu, assim que sentava no banco do motorista logo depois de roubar as chaves da mão de Ziva.

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— Gibbs! Jenny! Tony! Ziva! Venham aqui! Ainda bem que estão bem! O que vocês têm aí? Eu fiquei tão preocupada com todos vocês!

— Fitas de vigilância, Abbs, você precisa achar McCallister nesse vídeo. Vai ser a prova para incrimina-lo de vez. – El Jefe me entregou as fitas.

— Isso eu posso fazer! E vou fazer agora! Tim está rastreando o carro.

— Até agora nada, McRastreador? – Tony sempre quebrando o gelo e perturbando o pobrezinho do Tim.

— Ele andou em círculos por mais de uma hora, Não estou entendendo o motivo. – McGee já estava nervoso com tudo isso.

— Não está entendendo, McGee? – Esse tom não era nada bom, quando Gibbs fala assim.

— Ele andou em círculos por onde, McGee? – Jenny perguntou antes que Gibbs desse um de seus famosos tapas na cabeça do meu amigo.

— Por toda área central de DC. Mas nunca sequer parou o carro.

— Será que é possível rastrear o celular dele. Isso pode ser uma tática para nos despistar, ele poderia estar ligando para alguém para armar o próximo passo. – Nossa Diretora disse.

E enquanto eles conversam entre si, eu encontrei facilmente o nosso vilão nas fitas de segurança.

— Pessoal, olhe ele aqui. Não fez questão nenhuma de se esconder... – Chamei minha família.

— Ele está olhando diretamente para a câmera. Nossa, ele realmente quer que o peguemos não é? – Tony estava realmente bravo.

— Não, Tony, ele está falando com a câmera. – Ziva complementou.

— Para a câmera, Ziva!. – Todos respondemos ao mesmo tempo.

- Que seja, o que ele está dizendo é que é importante! – Nossa ninja nos respondeu azeda.

— Isso não é inglês. Eu sei ler lábios, e isso não se parece em nada com o nosso idioma. – Eu disse.

— Vocês serão os próximos e não perdem por esperar o grande show! – Gibbs disse.

— Mas como? Se a Abby não conseguiu... – McGee estava, para dizer o mínimo, curioso.

— Russo. Ele está falando russo. – El Jefe disse.

— Sempre achei que McAllister fosse um sobrenome escocês! – Tony mais uma vez.

— E é, ele mesmo me disse isso mais cedo. – McGee respondeu.

— Ele falar russo não assusta, ele é um agente treinado, mas... – Ziva começou

— Mostra que ele tem realmente uma ligação muito maior do que imaginamos com a Família Zukov – Jenny disse.

- Que seria? – Tony questionou.

— Abby, por favor, rode o DNA de três pessoas no sistema. Anatoly e Dmitri Zukov e Svetlana Cherminiskaya. – A Diretora continuou.

— E devo compará-los com quem?

— Com o DNA de McCallister. – Gibbs complementou o raciocínio dela. Isso é tão fofo!!!

— Chefe. Consegui o número do celular do McCallister. E a localização também. Ele está aqui no estaleiro. Mas precisamente, na porta do prédio!