A Última Música

Eu não me importaria


O ar gélido da manhã a obrigou se encolher embaixo das cobertas. Procurou se aconchegar um pouco mais ate encontrar o outro corpo quentinho, o abraçou e sorriu, seu maior desejo era permanecer ali para sempre.

─ Bom dia flor do dia – murmurou Itachi

─ Bom dia – seu sorriso cresceu ao ouvir aquela linda melodia – Com certeza sua mãe deve esta preocupada.

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─ Avisei a ela que estaria com você – virou-se para observa-la melhor – Aya, como pode ser tão linda mesmo com esses olhos sonolentos? – sorriu depositando um beijo em cada um dos olhos da mulher que tanto admirava.

─ Quando estamos apaixonados tudo se torna mais bonito – riu abraçando-o, beijou o ombro esquerdo e subiu ate o pescoço inalando o perfume do homem que deixou sua vida de cabeça para baixo.

─ Esta apaixonada por mim – afirmou a olhando nos olhos. Aya tentou a todo custo fugir daquele olhar que lhe penetrava a alma, jamais em toda sua vida havia sentido nada parecido.

─ Estou – confirmou – O que vai fazer quanto a isso Itachi? – mesmo que transparecesse através dos olhos negros o que o Uchiha sentia, Aya se sentia acuada, tinha medo e ainda pior, não conseguia esconder.

─ Vou ama-la – sussurrou, Aya sorriu radiante – Com todo meu coração – a tomou em seus braços capturando os lábios finos.

─ Aya! Aya!

─ Sim – responde sonhadora.

─ AYA!

Aya se sobressaltou, seu coração batia descompassando parecia ate mesmo que iria sair pela boca. Seus olhos azuis procuraram o dono daquela voz.

─ S-Senhor Haruno? – rapidamente se levantou do sofá onde sonhava com seu amado.

─ Aya, você anda muito dispersa. O que esta acontecendo? – perguntou com seriedade.

─ Na-nada, eu só... só... bem, me desculpe – inclinou a cabeça envergonhada.

─ Hm, amanhã será a ultima apresentação daquele programa que Sakura participa. No fim de semana será o casamento, quero que a ajude no que precisar.

─ Ainda não me conformo com este casamento, ela tem apenas 17 anos e...

─ Aya, sei que Sakura a ama como uma mãe, mas não interfira – indagou ríspido.

─ Pensei que a amasse tanto quanto eu – sorriu triste – Sakura não será feliz desta maneira.

─ JÁ DISSE PARA NÃO INTERFERIR – alterou a voz, os olhos de Aya lacrimejaram – Sakura será beneficiada também, continuara com toda a mordomia que sempre usufruiu ambos estaremos ganhando.

─ Não, você estará ganhando. Já se perguntou alguma vez o que Sakura quer para o próprio futuro? – o observou desviar os olhos, não esperou mais nem um minuto para obter a resposta, saiu dali e correu em direção à cozinha. Apenas queria chorar por sua menininha.

─ Aya – a loira procurou pela voz e assim que o encontrou, jogou-se nos braços do Uchiha – Ei o que aconteceu?

─ Apenas me abrace Itachi, apenas me abrace – suplicou com a voz embargada.

Itachi nada disse a envolveu em seus braços e a consolou preocupado.

Escondido próximo à porta de entrada da cozinha se encontrava Ryu. Quando viu as lagrimas nos olhos dela seu coração se contraiu, não queria ser o motivo de sua magoa. Então, quando a viu sair correndo a seguiu e deparou-se com algo desagradável. Seus olhos emanavam fúria, ele conhecia Aya a muito mais tempo e não aceitaria perde-la para um moleque, sua vantagem era que Sakura a considerava como uma mãe. Continuou analisando o casal e não gostou nem um pouco daquela cena.

─ Mas o que esta acontecendo aqui? – sua voz soou com desprezo.

─ Itachi, melhor você voltar ao seu trabalho – murmurou ignorando o Haruno.

─ Certo, depois nos falamos. Bom dia senhor Haruno – o cumprimento e logo saiu.

─ Que pouca vergonha é esta na minha casa? – se segurou para não gritar, tamanha era sua raiva.

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─ Pouca vergonha? Faz tanto tempo que não recebe um abraço como carinho que nem ao menos sabe mais o que é! – indagou com sarcasmo.

─ Olha como fala comigo! Você pode estar nesta casa há muitos anos, mas nada lhe da o direito de se dirigir a mim desta maneira – a voz fria do Haruno a fez sentir calafrios, os olhos azuis se arregalavam a cada passo que ele se aproximava – Não quero este moleque dentro da minha casa, ele foi contratado para cuidar do jardim e nada mais. Estamos entendidos?

─ Sim – fixou seus olhos ao chão, havia passado dos limites sendo impulsiva em suas palavras.

Por alguns segundos ainda sentia os olhos de Ryu sobre si como se analisasse cada centímetro de seu corpo, aquela atitude a deixou constrangida, ele jamais havia olhado para ela daquela maneira. Ele pareceu perceber o que estava fazendo e logo saiu às pressas.

* *

O palco estava sendo equipado, todo ajuste necessário estava sendo exercido nos mínimos detalhes, mas nada disso á interessava, seus olhos se mantinham fixos no jogo de luzes que estavam sendo testados, seus pensamentos voavam longe, para muito longe...

─ Quero falar com você – sua voz soou ríspida ao telefone – E tem que ser agora. Vou esperar na cafeteria do prédio – desligou sem esperar uma afirmação. Pegou o elevador ate a recepção e se dirigiu a cafeteria, pediu um cappuccino misto e se sentou. Ele chegou em dez longos minutos, sentou-se sem pedir nada e a olhou com o que parecia ser... preocupação?

─ O que houve? Eu vim correndo pra cá. Você esta bem? – a analisou da cabeça aos pés.

─ Guarde suas preocupações Daysuke.

─ O que houve Sakura? – ele ignorou o mau humor dela, realmente estava preocupado.

─ Eu vou te perguntar apenas uma vez, não quero enrolação – deu uma pausa e o olhou nos olhos – Por que você e a Karin causaram o acidente, proposital alias, de Sasuke – o loiro não se surpreendeu, ele sabia que uma hora ou outra ela descobriria.

─ Há algumas questões que precisam ser esclarecidas e ...

─ Eu disse que não quero enrolação, apenas diga o motivo. De qualquer maneira eu ainda vou quebrar sua cara – o interrompeu ansiosa, antes de dar o golpe da misericórdia gostaria de saber os motivos fajutos para tal atitude.

─ Sakura me ouça ok? Aquele acidente não era para ter sido assim...

─ Então era pior? Meu Deus Daysuke, Meu Deus! E eu aqui ainda sentido pena de vocês e... olha só o que você me diz.... Eu... eu não posso acreditar....

─ Me deixa fala – pediu com seriedade – Você fica tirando conclusões a cada palavra que digo.

─ Por que tanto ódio? O que vocês fizeram foi horrível, foi grotesco... Eu... eu tenho nojo só de imaginar, quanta maldade...

─ Me escuta Sakura. PORRA me escuta! – seu autocontrole estava indo por água baixo – Aquilo não era para ele, era pra você! – os olhos da Haruno se arregalaram perplexos, ela emudeceu aquilo tudo estava indo longe demais – Karin queria te eliminar do programa de alguma forma, ela esta tão obsecada por esse Uchiha que se quer pensou nas consequências.

─ O que voc...

─ Olha, antes de tudo acontecer eu estava la encima assistindo sua apresentação, recebi uma mensagem da Karin e fui ate o camarim dela– suspirou com pesar desviando os olhos para o enfeite de um pequeno recipiente com algumas flores coloridas sobre a mesa - Ela chorava muito e tudo que dizia era como o mundo era injusto, ajudou a família Uchiha lhes oferecendo uma casa e Sasuke a rejeitava. Eu não sabia o que fazer, então só a escutei. Odeio aquele Uchiha, com duas garotas correndo atrás dele e ele não se prontifica a nenhuma – refletiu com uma pontada de inveja – Foi tudo muito rápido, Karin pegou a primeira coisa que viu, era um vaso com flores que estava encima de sua penteadeira, então ela correu. Demorei alguns minutos ate me ligar ao que ela iria fazer. Ela gritava insana que iria acabar com você a qualquer custo, mas aconteceu o inesperado. Acho que ninguém esperava, nem mesmo nós, que o Uchiha fosse perceber algo e te salvar.

Sakura estava em choque, toda aquela informação estava sendo processada com dificuldade. Ela fechou os olhos respirando fundo, precisava de ar, precisava se afastar daquele ambiente fechado. Simplesmente se levantou e caminhou para fora do Hotel. Daysuke a observava em silencio.

─ Onde esta ela? – perguntou baixo.

─ Sakura...

─ ONDE ESTA AQUELA VADIA DESGRAÇADA? ONDE? – gritou exasperada – EU VOU ACABAR COM ELA, VOU DESTRUIR TODOS OS SONHOS DELA ASSIM COMO ELA FEZ COM SASUKE!

─ Se acalme, do que esta falando?

─ AQUELA VADIA.... Aquela... – não aguentando mais Sakura caiu de joelhos em pranto, soluçava como uma criança que havia perdido o brinquedo favorito.

─ Fica calma – a puxou para um abraço – Calma.

─ Ela acabou com os sonhos dele – soluçou tentar conter o choro – Ela acabou... E eu não posso fazer nada...

─ Vamos entrar e tomar uma água, você precisa se acalmar e...

─ Sasuke esta com deficiência auditiva, isso era para mim – seu choro se intensificou, mas o que assustou o Hashitaka foi o diagnostico de Sasuke.

Ambos permaneceram ali ate que Sakura se acalmasse, logo ela se afastou e disse que precisava ficar sozinha. Daysuke não a seguiu ele também precisava daquele tempo.

Não havia encontrado a ruiva, mas o tempo que a procurou serviu para esfriar a cabeça. Havia pensado em diversas coisas, Sasuke era uma delas. Estava decidida a encontrar uma solução, mas nada vinha a sua mente.

─ O que faz aqui sozinha? – Tsunade que passava por ali a viu com um semblante triste – Aposto que esta tentando encontrar alguma maneira para que Sasuke volte a cantar.

─ Acertou em cheio – forçou um sorriso que não durou muito – Como sabe?

─ Konan nos informou, se ele desistir estará entregando a vitoria de bandeja a você – suspirou – Não acha muito fácil?

─ Eu não quero que seja assim, mas eu não tenho ideia de como posso fazê-lo cantar. Estou a ponto de desistir também...

─ Uma desistência dos dois finalistas, isso nunca ocorreu – sentou-se ao lado da rosada. Por um tempo ambas permaneceram em silencio, ate Tsunade pronunciar-se – Há muito tempo quando estava no inicio de minha carreira eu fui a um concerto de um coral veterano, o mais belo que já vi em toda minha vida, afinadíssimos, a emoção deles era transmitida por cada voz diferente. Haviam mais de 2000 pessoas, profissionais alias, todos convidados Vips, mas não houve uma só pessoa que não saiu daquele local com lagrima nos olhos.

(PLAY)_ Satellite - Nickelback

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─ Uau, quem eram eles? – a olhou interessada.

─ Academia auditiva/visual de Nova York – sorriu ao lembrar-se daquele grupo – Reconhecidos pelo governo dos Estados Unidos como o melhor coral de surdos e cegos do país, você precisa ouvi-los, ira se encantar.

Sakura ficou impressionada, seus olhos brilhavam, pois ali se encontrava a sua solução.

─ Tsunade, obrigada. Você foi um anjo, um anjo – beijou lhe a bochecha e levanto.

─ Eu não fiz nada – alinhou seus lábios em um sorriso pequeno – Apenas faça o que tem que fazer menina – Sakura assentiu e saiu dali. Aquela era a primeira vez que conversava com Tsunade, e pode constatar o quão incrível era aquela mulher. A resposta estava diante dos seus olhos, agora dependia apenas dela para que tudo desse certo.

* *

Sasuke não tinha ideia de quantas horas estava com os olhos fixos ao pequeno pássaro de origami, sentia falta de sua família, de estarem reunidos distribuindo sorrisos. Tudo estava sendo tão difícil, mesmo que já tenha decido que não mais participaria do programa, algo o impedia de sair daquele prédio. Talvez fosse medo ou apenas covardia.

Ainda sentia o terrível zumbido em seus ouvidos e nada mais que isso. Havia perdido sua audição. A simples constatação caiu como uma bomba. É inacreditável como a vida era irônica. Porem, sentia um grande alivio, se não fosse com ele seria com Sakura e isso ele não permitiria.

Sentiu alguém tocar em seus ombros, virou-se e encontrou Sakura, ela o estendeu um bloquinho onde havia escrito algo. Quando ela havia entrado ali?

Oi – arqueou a sobrancelha e a olhou confuso. Sakura puxou o bloquinho e escreveu mais uma vez – Eu sei o que aconteceu com sua audição... Me desculpe.-Sasuke levantou-se e caminhou ate a janela. Se sentindo ofendida Sakura escreveu novamente e empurrou para que ele lesse – Ei, não me ignore! Se não quiser falar, tudo bem, mas... preste atenção no que vou dizer, ou melhor, escrever. – o Uchiha suspirou pesadamente e apenas assentiu – Mesmo que não aceite ajuda, eu não ligo, pois vou leva-lo arrastado a uma clinica especializada. Você ira cantar naquele palco, nem que seja a ultima coisa que eu faça.

─ Não – pronunciou – Você continuaria se estivesse no meu lugar? – a olhou nos olhos esperando pela resposta obvia. Sakura balançou a cabeça negativamente e voltou a escrever - Então, não me peça para fazer o que nem mesmo você faria – indagou ríspido, Sasuke já não tinha mais controle de seu tom de voz.

Mas eu sei que você se esforçaria, daria tudo de si para que eu estivesse naquele palco, faria de tudo para que eu sorrisse e não desistisse, pois assim como eu me importo com você, você se importaria comigo. Estou errada? – sorriu estendendo o pequeno bloco a ele.

─ Você mudou muito – murmurou.

(PLAY)_ I Wound’t Mind – He is we

Espero que seja para melhor - seus lábios curvaram-se em um grande sorriso -Eu vou te ajudar, mas antes quero tentar algo... – Sakura buscou pelo seu celular e rapidamente achou uma musica para tocar, Sasuke a observava sem nada entender – Conhece a música l woundn’t mind? – escreveu mais uma vez logo mostrando a ele. O Uchiha a assentiu, em seguida, eufórica, Sakura escreveu apenas o primeiro trecho da musica – Quando der o sinal você começa, tudo bem? – a contragosto o moreno aceitou.

Animada, a Haruno deixou a música iniciar e ao seu sinal Sasuke começou, sem ritmo, harmonia ou qualquer espécie de tom. Aquilo foi pior do que havia imaginado. Sakura suspirou e fez um gesto de pausa, reiniciou a música uma,duas, três, diversas vezes.

Nós mal saímos da linha

Saímos da linha

Eu caíria em qualquer lugar com você, eu estou do seu lado

Balançando na chuva

Sussurrando melodias

Nós não vamos a lugar nenhum até congelarmos

Assim não vamos chegar a lugar algum - escreveu no bloquinho, desanimada.

─ Eu disse que não daria certo – deu de ombros.

Sakura se irritou com o descaso, era inacreditável, ela estava ali disposta a ajuda-lo e ele simplesmente não estava ao menos tentando direito.

Sasuke, se você não querer, realmente, nada vai acontecer. Então, ao menos se esforce – praticamente jogou o bloco sobre o moreno – Idiota – pronunciou com raiva.

O Uchiha riu, na verdade gargalhou, deixando Sakura com uma feição confusa.

─ Já quer desistir? Você realmente é muito expressiva.

Não vou desistir tão facilmente Uchiha suburbano. Vamos, mais uma vez

─ Não – balançou a cabeça negativamente e deitou-se na cama. Sem que esperasse, Sasuke abraçou Sakura – Só quero descansar... só um pouco.

─ Ok – a Haruno aconchegou-se nos braços de Sasuke. Um sentimento de culpa a incomodou, sentia vontade de agarrar-se a ele e nunca mais soltar. Ela depositou um beijou sobre a testa dele e acariciou os fios negros com carinho.

Eu não estou mais com medo

Eu não tenho medo

Para sempre é muito tempo

Mas eu não me importaria de passar ao seu lado

─ Me acha mesmo um idiota? – murmurou de olhos fechados, o sono estava o alcançando aos poucos.

Sakura franziu o cenho, como ele sabia que tinha o chamado de idiota?

─ Sas... – interrompeu-se ao lembrar que ele não a ouvia. Buscou pelo bloquinho e escreveu – Como sabe disso? Conseguiu me ouvir? - cutucou o moreno e o obrigou a ler.

─ Ainda posso ler seus lábios – foi tudo o que disse. Em seguida voltou a fechar os olhos.

Demorou alguns segundos, mas assim que Sakura assimilou o que ele havia dito, foi como se deslumbrasse a luz ao final do túnel.

─ É isso – levantou-se e pegou o celular – Sasuke levanta – meio segundo depois bateu sobre a própria testa, escreveu novamente e mostrou ao Uchiha após chacoalha-lo –Anda levanta, quero que acompanhe a musica prestando atenção em minha boca.

─ Na sua boca!? – deixou escapar um sorriso malicioso.

─ Nada de mais Sasuke, eu vou fazer com que você cante ou eu não me chamo Sakura Haruno! – pronunciou confiante, apenas esquecendo mais uma vez que Sasuke não a ouvia.

Sakura o obrigou a se levantar, preparou a musica novamente. Assim que ela começou a cantar Sasuke tentou acompanha-la, demoraram um pouco, mas finalmente estavam obtendo resultado.

Cuidadosamente somos colocados no nosso destino

Você veio e tirou esse coração e o libertou

Foi inevitável esconder o sorriso, Sakura parecia-se com uma criança, admirava encantada o pequeno progresso. Sasuke ainda não cantava perfeitamente bem, como antes. Contudo, ela sabia que logo mais conseguiriam.

Ver o brilho daqueles olhos não tinha preço algum, mesmo sem se quer ouvi-la, ele sabia que Sakura cantava com precisão, esforçando-se para que ele pudesse conseguir. A vontade de estar no palco aumentou assim como sua esperança que havia se perdido. Sakura, sua doce flor.

Por um momento Sasuke parou, deslumbrou as feições da rosada, aproximou-se de vagar e selou seus lábios aos dela, sem que esperasse. O beijou durou poucos minutos, a sensação de formigamento permaneceu. Ambos ansiavam um pelo o outro, mas as circunstâncias o impediam.

─ Obrigado – sussurrou ele com os olhos vidrados nos lábios avermelhados – Obrigado Sakura.

Foram simples palavras que a fizeram chegar a conclusão obvia, o amava, e mesmo que o mundo conspirasse contra eles, ela continuaria o amando. Com um sorriso radiante o puxou para mais um beijo, jurando a si mesma que nunca mais iria deixa-lo.

Para sempre é muito tempo

Mas eu não me importaria de passar ao seu lado

Diga-me que todos os dias eu acordaria com aquele sorriso

Eu não me importaria nem um pouco