~Mundo da Amy~

POV. Amy

E por motivos totalmente desconhecidos eu estava agora no vestiário do banheiro feminino, ouvindo Nat perguntar a cada cinco segundos, quem era a líder das líderes de torcida.

— Se ela perguntar de novo, eu vou falar. — Si sussurrou para mim.

— Não estraga a brincadeira, Si. — Respondo rindo.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Mas, sério, meninas — Nat Kabra disse pela sei-lá-que-número vez. — Quem é ela? Como ela é? Ela é grossa? Ou é tipo...calminha? Gentil? Amigável?

— Nat! — Reg quase gritou. — Espera e você vai ver!

— Se ela falar mais alguma coisa sobre a nossa capitã, eu sou acabar matando ela! — Maddie disse em alto e bom tom.

Todas riram e eu entrei no banheiro para colocar a minha roupa, o problema era o grande “C” de capitão que havia nas minhas costas, assim que terminei de me vestir berrei para as meninas:

— Levem a Nat para lá! Antes que a capitã chegue e não encontre ela. Já sigo vocês.

— Isso nos deixa com a mala. — Maddie resmungou, rindo.

— Ok ok, eu paro, mas vamos lá! Obrigada Amy, só você que é um doce que se importa tanto comigo, obrigada, mon amour! — E ela abriu a porta, sei isso porque a porta é velha e faz barulho ao abrir.

— Ok, te esperamos lá Amyzinha. — Reg disse, e eu ouvi elas saindo.

Assim que o banheiro ficou em silencio, saí do toalete e me olhei no espelho. Não que eu não estivesse bem, mas eu era tremendamente magra. Meus cabelos presos em um rabo de cavalo. Minha roupa era ridícula. Mini saia e mini blusa (no estilo HellCats). Realmente, muito ridícula.

Bom...Já estou cansada de olhar para mim...

A vida de outra garota...

Você é a nossa capitã? — A boca de Natalie se abriu em um ângulo de 360º graus.

— Por quê, Nat? Algo errado? — Pergunto rindo.

Os meninos chegam ao ginásio, e não posso deixar de ficar animada ao ver a cara de Ian Kabra, seus olhos fixos em mim. Mas bem, não que eu devesse ficar daquele jeito... Pelos deuses, o que há de errado comigo?

— N-não... Só... Por que não me falou? — Ela perguntou, visivelmente nervosa.

— Não sei... — Ponderei, rindo. — Mas, vamos, me mostra o que você sabe.

— O-ok... — Natalie puxou um pouco a nossa mini blusa para baixo e foi até o meio do ginásio. Pegou uma bola pequena e fez sua magia. Foi realmente muito bom. Natalie se mexeu como se fosse um relógio, equilibrando a bola, e ao mesmo tempo dando nós no seu corpo.

Bati palma junto com os outros e rimos um pouco.

— Muito bom! – eu disse sorrindo.

— Obrigada... Realmente demorei bastante para aprender. — Sorriu a morena, modesta.

— Ok Nat, bem vinda a equipe.

Ela deu saltinhos e bateu palmas!

— Certo, meninas, vamos ao treino, eu quero gritos, saltos e principalmente...treinem a piramide! — Berrei. — Mycon, ajuda a Maddie a dar o salto dela.

E assim... Nós treinamos.

A vida de outra garota...

Estávamos treinando a meia hora, e eu já estava até tonta de tantas vezes que tive que dar mortal para as meninas entenderem, quando ouvi um berro vindo do treinador Holt, pai do Hammer.

Olhei para lá e vi Hammer e Ian se encarrando.

Ah não...

Corri até o meio do campo.

— ...você tinha que ter me passado a bola! — Hammer berrava com Ian.

— Ah por favor! — Ian brigava. — Eu realmente não acredito que você está mesmo dizendo isso! Quando Ted pediu a bola você passou? Não. E quando o Jonah? Não. E até mesmo Kaus! E vem me xingar por não ter te passado a bola?

Hammer fez menção de socar o rosto do Ian mas eu me meti no meio.

— Hammer! — Berrei irritada.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

— Amy! — Ele respondeu no mesmo tom.

— Não se bate em ninguém! — O repreendi. — Lembra o que pode acontecer se você bater em mais alguém?

— Sim! — Ele disse mal-humorado. — Vamos pra casa. Não quero mais treinar.

— Foge pra casa e ainda quer tirar a sua namorado do treino? Que coisa feia Hamilton... — Ian disse, usando sacarmos.

Hammer olhou feio para ele, mas antes de dizer qualquer coisa eu disse:

— E você? O que tem haver com isso? Esqueceu que foi o Hammer que te colocou aqui? Deveria ser mais grato, seu britânico mimado.

Ian ficou vermelho.

— Como assim? Eu jogo essa merda muito melhor que qualquer um aqui!

— Isso é verdade... — Jonah disse mas logo se calou ao ver meu olhar nele.

— Não importa! Você deveria ser mais grato! Tem muita gente nessa escola que sabe jogar bem e não tá no time — Ok, isso era uma mentira, mas... Quem precisa saber disto? Certamente não o britânico irritadinho aqui. — Então, agradeça!

— Nem morto, cara de tomate! – Provavelmente minha cara deve estar vermelha.

— Caí dentro, olhos de merda!

Ficamos nos encarando por três longos minutos. Três minutos que eu lutei para continuar com raiva olhando dentro daqueles olhos cor de âmbar... Lindos... FOCO!

— Você se acha demais. — Ele cuspiu em cima de mim depois.

Eu devo ter ficado vermelha, mais do que nunca fiquei na minha vida.

Eu NÃO me acho. Não que não tenha motivos, mas eu nunca os falei em voz alta. Sempre guardei comentários assim para mim. E esse... ARGH!!

— Quem você acha que é para me dizer uma coisa dessas!?! — Berrei alterada, visivelmente. — Você não é nada Ian Kabra, você é um lixo, você é uma merda, você é...

Hammer me tirou de lá antes que eu pudesse terminar de falar. Dizendo que ia ligar para Nellie me levar para casa.

A última coisa que vi antes de sair totalmente do ginásio foi os olhos de Ian Kabra, o menino mais idiota do mundo!

POV. Dan

Puta que pariu mesmo! Como assim a Amy me deixa aqui? Argh, andar 23 quilômetros até a minha casa não será nem um pouco legal! Argh!

— Dan? — uma linda voz me chamou, do tipo mel atrás de mim. Me viro e encontro Natalie Kabra, o projeto de top model.

— N-Natalie... O-olá. — Droga de gagueira. Não eu não sou gago, na verdade só fico assim perto de meninas bonitas.

— Pode me chamar de Nat. — Ela riu. — Esperando carona? — perguntou-me.

— Na verdade não... Amy me esqueceu aqui... E você?

— Ian me esqueceu. Pelo jeito, ele ficou tão bravinho que saiu correndo para casa... Que ódio! — ela disse, depois riu. — Sua casa é para que lado?

— Lá, 23 quilômetros...

— Eita, quase me passa. — Ela ri. — A minha é para lá também, 25 quilômetros.

— Então... Hm, me daria a honra de lhe acompanhar, Srt.Kabra?

— O prazer é todo meu, Sr. Cahill. — Ela devolve a brincadeira e começamos a andar, conversando sobre qualquer coisa que viesse a mente.

No final descobro que ela até gosta de vídeo-game, mas isso é segredo. E a menina patricinha que eu esperava na verdade existe, mas tem uma grande personalidade.

— Tipo... A Meggi, minha amiga de outra escola, apareceu na festa com um vestido lindo! — Ela contou, na verdade não estava nem ai pro assunto, só quero ouvir ela falar, o jeito como mexia os lábios ou o tom da sua voz eram maravilhosos. — Quase tão lindo quanto o meu, só que veio a Sheila vestida igual, e a Sheila estava feia, tipo... O vestido não combinou com ela, dai ela resolveu rasgar o vestido da Meggi, e dai eu tive que sair atrás de um outro no meio da festa, porque não ia deixar minha amiga no banheiro... Mas no final deu tudo certo, porque o vestido que eu encontrei ficou perfeito,e a gente nem teve que refazer toda a maquiagem... — e ela continuou falando.

Andamos muito, muito mesmo.

Mas quando chegamos perto da minha casa, Nat viu um cachorrinho na beira da estrada, seus olhos se encheram de lágrima.

— Ah Dan! Pobrezinho... — Ela pegou o filhote no colo, ele era realmente muito fofo. – Droga , ele está tremendo... E eu não tenho nada com que cobri-lo...

Não sei o que me deu, mas no instante seguinte eu tirei um dos meus casacos e entreguei para ela, que me olhou sorrindo e enrolou no pequeno bichinho.

Natalie cuidava do cachorro tão bem, que eu quase senti inveja dele... Seus olhos brilhavam com carinho e ela ria feito boba...

— Eu... Eu quero ele Dan... Será que tem dono?

— Acho que não Nat, muitos cachorros são abandonados por aqui... Algum deve ter tido cria e...

— Ah Dan... Me ajuda a cuidar dele? — Os olhos dela eram tão lindos. Combinados com os olhos do cachorrinho...

— Claro, Nat, te ajudo. — Novamente, o que deu em mim?

Ela pulou e me deu um beijo na bochecha. Onde seus lábios tocaram, senti um leve formigamento.

— Dan, você é incrível!

Andamos por mais um tempo, brincando o cachorrinho sempre que dava, até chegar na minha casa, onde Nellie gritou da porta:

— Danny Boy! Que susto que eu levei! Acabei de perceber que te esqueci e ..

— Eu já vou Nellie, deixa só eu dar tchau pra minha amiga?! — Pedi, fazendo ela calar a boca e entrar, não sem antes dizer:

— Amiga, unf, sei. Para ser grosso assim comigo...

— Danny boy? — Natalie perguntou, um lindo sorriso engraçado em sua face.

— Nem pergunte...

— É genial! — Ela disse sorrindo. — O nome dele Dan, vai ser Danny Boy! Em sua homenagem!

Danny Boy olhou para cima com o nome, e pareceu gostar.

— Gostou Danny Boy? — Nat perguntou, mas nesse momento o cachorrinho se virou e deu para perceber que era menina. — Ah droga...

— Que tal Danny Girl? Tipo Danny é unissex e Girl pode ser em homenagem a garota mais linda que eu já vi. — Eu não faço ideia de onde tirei coragem. — Pode ser, girl?

Ela riu.

— Claro boy! — Sorriu, dando-me mais um beijo na bochecha e saiu, não sem antes de dizer: — Você é incrível Dan!

Não, Nat, você que é incrível!