Part Niklaus Mikaelson

Os traços eram sombrios, vermelhos e vinhos, cortavam a imagem e demonstravam a raiva, a raiva que eu estava ao saber que Mikael tinha voltado, eu jamais teria paz, ainda mais naquele momento em que Esther também tinha voltado. Sinto falta, mas eu fiz bem em mandar a minha filha pra longe de New Orleans, ela estaria mais segura estando longe de mim e dessa cidade maldita. Eu pintava com força uma imagem que até o momento eu nem sabia o que era, eu só queria descarregar a raiva.

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–Ora, vejo que voltou a seu velho abito de descarregar emoções em seus quadros. –Elijah entrou no meu quarto e se aproximou de mim. –Realmente isso me alegra.

–Sua alegria vai durar pouco irmão, nada me faz descarregar mais emoções do que matar alguém, ainda mais se esse alguém for Esther ou Mikael. –Respondi dando algumas pinceladas no centro da tela.

–Sobre isso...temos que encontrar Davina, ela está controlando Mikael com um bracelete, pode usa-lo como arma, precisamos conversar com ela.

–Por que isso não me surpreende? Já devíamos saber que Davina iria tentar algo contra nós depois de tudo que aconteceu. –Limpei a ponta do pincel com um dos panos que havia ao lado da tela e o coloquei em um pote onde só tinha pinceis.

–Marcel pode nos ajudar...-Elijah comentou e eu me virei para ele.

–Acho difícil, ela está cada vez mais decidida, parece que foi só ela morrer uma vez que se tornou mais madura. Isso sim me faz surpreso. –Sorri de canto, eu precisava beber alguma coisa.

–Não podemos ficar parados e esperar as coisas acontecerem Niklaus, a cada segundo as bruxas canalizam mais poder de suas ancestrais, se tornam mais fortes, e como se essa dor de cabeça não bastasse, a Hayley deu para matar toda bruxa que ver pela frente! –Coloquei um pouco de conhaque no copo e dei um gole.

–Ela só está tentando se sentir melhor...-Falei e Elijah suspirou.

–As bruxas que ela matou poderiam nos ajudar contra Esther.

–Ou nos prejudicar, francamente Elijah, eu pensei que depois de tudo você fosse o que mais quisesse matar as bruxas dessa cidade. –Me sentei na poltrona e ele colocou as mãos nos bolsos.

–Só que nossa mãe, irmão, não é uma bruxa qualquer! Precisamos de ajuda, só os vampiros não vão poder parar a raiva de Esther e nem a loucura de Mikael! Precisamos nos unir! –Ele juntou os dedos e os balançou lentamente, revirei os olhos.

–Marcel já esta criando um pequeno exercito de vampiros, os lobos estão com Esther, não temos a quem nos unir Elijah, isso só aumentaria o banho de sangue nessa cidade, em vez de melhora-la para a minha filha enfim voltar pra casa, pra perto de mim! –Ele apertou os olhos, aquele olhar acusador que eu detestava.

–Hope está melhor longe daqui, enquanto vivermos Niklaus, não teremos lugar para morar em paz. –Entortei minha boca, já se passaram meses desde que Hope se foi com minha irmã, e só de pensar que ela estava longe de mim eu ficava louco.

–Então, o que você quer que eu faça? –Me levantei colocando o copo no criado mudo. –Hein? Quer que eu vá até nossa mãe e peça perdão? Que eu vá até Mikael e clame por clemencia? Não Elijah...isso não vai acontecer, essa cidade antes vai arder em chamas para que isso possa acontecer!

–Sua arrogância vai acabar com você irmão, muitos inocentes vão sofrer por causa desse seu orgulho tolo! –Oh deuses, ele não desiste mesmo.

–O que é Elijah, tirou a noite para me dar bronca foi? Vai procurar a Hayley, ela deve ta fazendo uma chacina dentro daquele cemitério! –Dei as costas pra ele, mas logo parei. –Esta sentindo esse cheiro?

Perguntei me virando para ele, Elijah procurou sentir também.

–É sangue...-Respondi e ele me olhou.

–E em grande quantidade, vem da rua. –Ele comunicou e eu peguei meu casaco. –E não é só isso, parece que é cheiro de fumaça também...

–Que maravilha, Hayley deve ter surtado e está matando até os vampiros dessa cidade! –Falei e ele negou com a cabeça.

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–Não, não é Hayley, não sinto o cheiro dela. –Ele respondeu.

–Bom, o que nos resta é ver o que está acontecendo não é mesmo? Ninguém faz uma festa na minha cidade e não me convida.

Descemos para o terraço da casa, quando saímos do French Quarter, vimos uma fumaça no fim da rua, poderia ser só bagunça dos vampiros novos do Marcel. Andamos até lá e o que vimos era um típico cenário de filme de terror moderno, sangue para todos os lados, corpos drenados no chão, mais corpos nos telhados, fogo nas lojas, e poucos vivos mas em estado critico.

–Mas o que aconteceu aqui? –Elijah parecia abismado. –Será que foi Mikael?

–Não...se fosse já tinha aparecido. –Respondi andando no meio de todo aquele sangue, será que Esther poderia ter feito aquilo mandando os lobos fazerem o trabalho sujo? Mas eu não sentia o cheiro de nenhum lobisomem, nem o da Hayley.

Avistei então Marcel, ferido, com um dos braços envolvendo o tórax, corri até ele e o segurei antes que caísse no chão.

–Marcel, o que aconteceu aqui? –Perguntei, ele estava fraco.

–U-Um ata-que...-Ele falou com a voz rouca.

–É, isso eu tô vendo, mas quem fez o ataque? –Perguntei e ele tossiu, não poderia me responder nada naquele estado. Mordi meu pulso e o coloquei na boca dele, só meu sangue iria cura-lo.

Quando ele terminou, tirei meu pulso de sua boca.

–Mataram todos os meus vampiros, os que sobraram foi por pura sorte, você tem que sair daqui Klaus...-Ele falou e eu o encarei.

–Quem foi que fez isso? –Perguntei sério e ele deu um goto.

–Bruxas...-Eu sabia, eu sabia que minha mãe estava envolvida nisso. Esther não consegue ficar parada sem mexer os pauzinhos por muito tempo. Me levantei e suspirei.

–Incrível como o nível de loucura da nossa mãe chegou a tanto. –Elijah comentou.

–ONDE VOCÊ ESTÁ? POR QUE NÃO SAI AGORA? VENHA, VAMOS BRINCAR! É A MINHA VEZ DE ME DIVERTIR! –Gritei olhando casa por casa, mas ninguém apareceu.

–Oh, fale baixo garoto, ninguém é surdo aqui. –Me virei e vi uma mulher morena, alta e de cabelos trançados, ela estava com os braços cruzados, eu nunca tinha visto ela em New Orleans.

–Quem é você? –Perguntei me aproximando dela. –Foi você que fez isso?

–Por mais que eu quisesse receber todos os créditos dessa arte, não, não fui eu. –Ela respondeu enquanto eu continuava andando até ela, aquela mulher não movia um musculo se quer.

–Então quem foi? –Perguntei e ela sorriu.

–Se eu fosse você eu não chegava perto dessa vadia! –Olhei para trás e vi uma mulher baixinha e gorda depois de Elijah, ela segurava um leque e se abanava. –A rainha do voodo pode espetar você.

–Cala essa boca Delphine, antes que eu espete você! –A morena respondeu.

–Ora, ora senhoras, não vamos nos exaltar, hoje é dia de festa não é? –Outra mulher apareceu, saindo de uma das lojas com uma taça de vinho nas nãos, ela era loira, tinha uma aparência bem mais velha e sorria, todas elas vestiam preto.

–Quem são vocês? E QUEM FOI QUE FEZ ISSO? –Gritei e a mulher loira sorriu.

–Você não nos conhece mas conhecemos você, o poderoso Klaus Mikaelson, o hibrido original...-Ela se aproximou de mim com o copo de vinho e o jogou no chão, quebrando a taça. –Sou Fiona Goode. Essa vadia que está do seu lado é Marie Laveau, e a gorda é Delphine Lalaurie.

Fiona pegou um cigarro e o acendeu na minha frente, guardando o isqueiro entre os seios.

–Madames, acho que temos o direito de saber por que atacaram metade da comunidade vampira sem nenhum motivo. –Elijah falou e Fiona sorriu.

–Sem motivo? A anos as bruxas não esperam por outra coisa a não ser dar um fim em vocês, vampiros! –Ela cuspiu no chão e deu as costas para nós. –PODE SAIR QUERIDA, NOSSOS CONVIDADOS JÁ CHEGARAM!

Ela gritou, e o vento ficou mais forte, havia algo ali. Das sombras do beco, saiu uma mulher, loira também, de média estatura, com roupas comuns, não eram pretas, era uma calça jeans, uma blusa vinho e um casaco bege, seus cabelos eram curtos e encaracolados, seus olhos eram azuis e sua boca estava manchada de sangue.

–Boa noite. –Ela falou se aproximando de nós, aquilo estava muito estranho.

–Quem é você? –Elijah perguntou.

–Sou Anna, mas eu não vim aqui para falar de mim, vamos falar de vocês, Mikaelsons! –Ela falou eu olhei para Elijah, entendi que ele também estava tentando manipula-la com o olhar.

–Ela não é uma graça? –Fiona perguntou sorrindo.

–O que você quer? Pelo visto foi você que fez tudo isso! –Falei alterando a minha voz, Anna sorriu pra mim. Me aproximei dela. –Por que?

–Eu só quero uma coisa...-Ela estendeu a mão e logo minha cabeça começou a latejar e meu corpo a ficar pesado. –Onde está Esther? ONDE ELA ESTÁ? ONDE?!

Porcaria, aquilo poderia não matar mais era horrível! Ela levantou o outro braço e fez o mesmo com Elijah.

–NÃO SABEMOS! –Gritei.

–MENTIRA! –Ela gritou aumentando a intensidade. Nós dois estavamos urrando de dor. –ONDE ELA ESTÁ?

Meu lado lobisomem estava quase espertando, eu estava tentando me segurar, mas não estava dando, ela estava aumentando cada vez mais e quando dei por mim, meu dentes já estavam crescendo e os olhos já haviam mudado. Olhei para ela e ela arregalou os olhos, parando a tortura.

–Minha nossa...-Ela colocou as mãos na boca, eu me ajoelhei respirando fundo, tentando me recompor daquilo. Olhei para ela e seus olhos estavam lacrimejados.

–O que houve Anna? –Fiona perguntou.

–Algum problema? –Marie Laveau também perguntou.

–Essa bruxa...-Elijah começou a falar. –Ela...tem um poder do qual eu nunca vi, nem mesmo em Davina quando ela tinha todos os poderes das bruxas da colheita.

Realmente.

–Desculpa, desculpa...-Ela pediu e depois as quatro sumira, mas o diabos foi aquilo? Ela mata os vampiros, destrói as lojas, tortura a mim e a Elijah e depois pede desculpas? Mas não vai ficar assim...há mais não vai mesmo.

–VAI TER VOLTA!