A touch of fire

Meu coração está tentando sair pela garganta.


— Não! Só fofa! E...

— Adrian.

— Me desculpe. – Ele diz seu sorriso agora é amarelo. – Mas em sua defesa você perdeu tudo muito rápido. E não foi tanto assim... Foi só coisa pouca. Você tinha ganhado um pouco de bochecha e talvez um...

— Ah Adrian pelo amor de Deus cala a boca! – eu ri. – Você está piorando a situação! E em minha defesa em tinha começado na loja de cupcakes e demorou algumas semanas para eu perder a gula por cupcakes.

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— Você ainda não perdeu.

— Mas eu como só nos fins de semana! – eu rio. Mas logo vejo o relógio e é hora de ir. – Tenho que ir.

— Ok, me mande mensagem, e qualquer coisa que precisar eu vou até você correndo! – Claro! Ele sempre vem.

— Obrigada.

— Eu te amo. – ele diz. Não é o tipo de ‘ eu te amo’ que eu quero ouvir.

— Eu te amo também. – eu digo e sigo para o trabalho.

O tempo na loja de cupcakes passa rápido demais. Entre as conversas bem humoradas com Nina, assar cupcakes e limpar e são dez para cinco. Meu estômago vai mal. Eu só comi metade do sanduíche no almoço e até agora não fui capaz de comer nada mais. Eu saio da loja e faço o caminho mais longo para “casa”. Eu quero que Lia veja que eu não tenho medo. Chego lá cinco e vinte. Minha rebeldia consiste em estar vinte minutos atrasada. Patético. Lia está vendo inúmeros tecidos na sala com um homem calvo e grisalho que usa óculos redondos que eixa seus olhos maiores. Muito maiores.

— Ai está você! Eu já encomendei vestidos descentes para você usar nos eventos que temos que frequentar a partir de agora. – ela diz. Ela me olha como se estivesse cansada de mim. – Alberto, querido, eu volto já. Tenho que trocar duas palavras com minha filha. – Ela me arrasta pelo corredor até meu quarto e me joga lá dentro e tenho que dar alguns passos para não cair. – Você se sente melhor chegando atrasada? – ela pergunta. Apoia duas mãos nos quadris. – Você não cansa de me envergonhar? Deus! O que eu fiz para ter você como filha? – sinto meu temperamento surgir. Oh Deus! Eu não posso me parar quando digo:

— Você deu? Pelo que eu sei é assim que se fazem os bebês Lia! – Seu rosto se avermelha inteiro. É um grande contraste com seu cabelo loiro. Sua mão se movimenta rápido e arde quando faz contato com meu rosto, sinto quando algo corta perto do meu olho e percebo que é o seu anel. Instantaneamente sinto o líquido quente escorrer. Ela não me olha arrependida. Nas primeiras vezes ela teve a decência de parecer arrependida. Agora ela só parece satisfeita.

Ela aperta os olhos para mim.

— Está vendo o que você fez Sofia? – Certo por que isso é minha culpa. Eu rio alto. Sim, eu não tenho nenhum senso de autopreservação. – Você precisa de educação! Eu tentei esses anos todos. Oh, Deus sabe que sim, mas você parece que não tem concerto.

— Eu não estou quebrada! – eu grito.

— Não grite comigo mocinha! – ela diz. Eu rio outra vez.

— Oh Lia! Como se eu ligasse para algo que você diz. Você pode tentar me quebrar o quanto quiser, mas eu não vou malditamente abaixar a cabeça para você. O que o precioso Edward diria sobre isso ein Lia? Sobre essa sua tentativa estupida de me concertar?

— Ora! Você não se atreva. Você ouviu? Eu não vou voltar para a miséria entendeu? Eu não vou voltar para vida que você me obrigou a ter! – com isso ela vai embora.

Eu quero chorar. Eu não choro. Eu quero gritar. Eu não grito. Eu quero ficar lamentando, mas eu não faço isso também. Eu vou para o banheiro e olho no espelho. A área onde o anel bateu está inchada e roxa, uma grossa gota de sangue está escorrendo pescoço abaixo e minha bochecha está vermelha. Eu pego meu estojo de primeiros socorros e começo a limpar. Estou acostumada com essa rotina.

— O que aconteceu? – ouço a voz de Aléxis. Está rouca e um pouco pesada.

— Qual é o seu problema? Não pode entrar assim no meu quarto! – eu digo. Meu temperamento ainda está correndo pelas minhas veias. Não quero descontar nele, mas eu não consigo evitar.

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— Você está sangrando. – ele diz. Seus olhos se arregalam. – O que aconteceu?

— Eu caí. – A desculpa mais velha do mundo! Ele espreme seus olhos caramelos pra mim. Não estou pronta para o que esses olhos me causam então eu desvio o olhar. Eu sei que ele não engole essa, mas foda-se quem quer dizer por ai que sua própria mãe te golpeia? – Você sabe que tem que bater não é? É assim que funciona. Você bate, se a pessoa quiser abrir ela abre se não você vai embora. E sendo bem sincera eu não abriria pra você.

— Deus! Pequena! Pare de brigar comigo um pouco! Deixa eu limpar isso para você. – ele se aproxima. Meu coração salta. Nem Adrian já cuidou de alguma ferida minha. E mesmo que eu não queira, Aléxis assume de qualquer forma.

Ele limpa e aplica um pouco de antisséptico que faz com que eu me estremeça por que arde, e ele assopra, seu folego perto do meu rosto me deixa de pernas bandas, logo ele põe um curativo, ele me surpreende quando se abaixa e beija o curativo e se afasta. Eu não percebo que estou segurando a respiração até que ele se fasta de mim. Meu coração está tentando sair pela garganta. Seus olhos estão intensos demais para mim, eu não consigo encarar ele. – Vai me contar o que realmente aconteceu? – ele pergunta. Sua voz está dura e ele não é o Aléxis de sempre. Ele está sério. E eu digo, um Aléxis sério é um Aléxis total e mortalmente sexy.

Merda!

— Eu caí! – eu repito.

— Okay.

— Uh, isso foi fácil. – eu digo.

— Sim, foi. Diga o que você quiser, eu não me importo mais. – com isso ele sai. Foda- se se eu não sinto que perdi algo.