A nova geração marota

A Maldição Cruciatus


– É claro que precisamos. Sabe, nossos amigos estão nos esperando. – Eu disse.

Eu e Alice estávamos saindo, quando um feitiço nos atingiu, fazendo voarmos na parede. Alice gritou e um belo galo se formou na sua testa, e as minhas costas doíam.

– Acho que quebrem todos os ossos.- Fiz drama.

– Ah, e eu estou com traumatismo craniano. – Alice disse brava.- Qual é a sua, descabelada? Deixe-nos ir embora.

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– Não. – A mulher gritou, e depois riu.

Logo depois, um barulho veio do andar de baixo e um cara de pêlos no rosto e dentes afiados disse.

– São os aurores. Temos que fugir.

– Vocês não vão fugir. – Alice disse, bastante brava.

– Não vamos deixar. – Completei.

Eles riram da nossa cara.

– Uns frangotes como vocês vão nos deter? Acho que não será possível. – Belatriz disse. Antes de respondermos Alice foi puxada para os braços de Belatriz. A mulher jogou-a no chão e cordas voaram em minha direção, me prendendo.

– Me solte! – gritei.

– Que tal brincarmos um pouco? Revivermos o passado? Eu me lembro bem de uma vez que a sangue-ruim da Hermione Granger foi torturada, e eu tive a honra de fazer isso. Sabe, o Weasley e o maldito Potter conseguiram salvá-la com a ajuda de um elfo que agora deve estar queimando no inferno, mas dessa vez, eles não vão estar aqui para ajudá-los. Eu sempre odiei você e sua família imunda. – ela apontou pra mim. – Mas a sua família também nunca me agradou. Aquela maldita Marília Sfiryn traiu o sangue para se casar com aquele infeliz, e quem nasceu? Nasceu você, sua desgraçada. – Belatriz disse.

– E sabe o que fazemos com sangues-ruins? Nós torturamos e matamos. E eu terei o prazer de fazer isso com você. – Ela apontou a varinha bem no rosto de Alice, e conjurou o feitiço. – Crucio. – Aquilo doeu mais em mim, ver Alice se contorcendo daquela forma e ouvir seu grito de dor fez meu coração se partir por inteiro. Foi ali que eu descobri que eu era apaixonado por ela. E não é uma paixonitezinha de pré-adolescente. É de verdade. Não á idade para amar. Ouvi outro mesmo feitiço ser conjurado e Alice não ter mais forças para gritar.

– Diga, diga agora. Sua mãe é uma imunda. – Belatriz gritou. Alice apenas chorava emitindo mínimos sons quase impossíveis de se ouvir. Eu gritava para me libertar, e me debatia. Mas era em vão. Outra vez Alice se debateu arfando. E pelo incrível que pareça, ela conseguiu gritar.

...

Mas foi por pouco tempo, o seu grito se calou e seus olhos se fecharam.

– Alice! – gritei. Mas ela não respondeu. Deve ter perdido a consciência.

– Cale a boca! Cale a boca maldito ! – Belatriz disse. – Crucio.

Senti uma dor enorme, e meus pulmões queimaram. A dor só piorava quando eu me contorcia e os nós nas cordas que me amarravam só pioravam a dor que eu sentia. Um outro barulho veio do andar de baixo e o homem de cara peluda entrou no quarto.

– O que está havendo Greyback? – Belatriz se assustou com o barulho.

– Os aurores estão subindo.

Belatriz soltou uma risada histérica, e a porta se abriu. Cordas foram lançadas para Belatriz mas ela sumiu antes que a atingisse. Os homens fizeram o mesmo.

– Covarde! – Ouvi a voz do meu pai, e logo ele estava encima de mim retirando as cordas.

– Alice! – ouvi o pai dela dizer. – Ela está inconsciente. O que aconteceu?

– Ela foi torturada. Três vezes, eu acho. – Consegui dizer, mesmo entre gemidos.

– E você, Tiago? – Meu pai colocou a Mao na minha testa encharcada. Gemi e confirmei.

– Precisamos levá-los aos St. Mungus. – Rony disse.

– Acho que a Madame Pomfrey será melhor nisso. E eu ficaria mais tranqüilo se Alice estivesse em Hogwarts. – Thomaz disse.

– É, você esta certo.

– Como eles estão? – Parecia a voz de Teddy.

Bom, depois disse eu não vi mais nada.

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...

– POV Alice Fox.

Acordei numa sala bem iluminada, com várias camas e alas. Um criado mudo estava do lado da minha cama e um garoto estava deitado na cama ao meu lado. Um garoto que eu conhecia muito bem. Tiago. Madame Pomfrey estava na porta detendo um grupo de pessoas.

– Não, eles estão dormindo agora. Precisam descansar. – Madame Pomfrey disse.

– Mas não custa nada nos deixar entrar um pouco. Não faremos barulho. – Ouvi alguém dizer, mas não reconheci a voz. Era feminina mas estava meio rouca.

– Tudo bem, mas apenas 4 de cada vez. – Madame Promfrey disse.

Quatro de cada vez? Quantas pessoas queriam nos ver?

Fechei os olhos novamente e esperei. Quando os abri novamente, Kristen, Sofia, Victoire e Teddy estavam nos pés da minha cama e da de Tiago.

– Oi. – eu disse com a voz fraca, e forcei um sorriso. Tudo em mim doía.

– Voce deu um susto na gente, tivemos até que adiar o jogo da primeira temporada. – Kristen disse.

– Você o que? – Tentei gritar.

– Calma, é brincadeira. – Ela disse, entre risos.

– E você, em Tiago? – Teddy perguntou.

– Pronto pra outra. –rimos.

– Pronto, vocês tem que ir embora.

– Alie, eu tenho varias coisas pra te contar. Sério mesmo. Voce precisa sair logo daqui. – Victoire se desesperou falando uma coisa encima da outra, a qual eu quase não consegui entender.

Eu ri e balancei a cabeça positivamente.

– Alie, não deixe ela me levar. Socorroooooo. – Sofia parecia desesperada, como se estivessem levando-a para o abate.

– Tchau Alie. Vamos logo Sofia. – Kristen puxava-a.

– Tchau gente, melhoras. – Teddy sorriu e foi atrás das garotas.

...

Fred entrou depois e disse que nossos pais estavam furiosos conosco, assim como a diretoria Minerva. Eu não havia me importado, até que meu pai disse.

– Você vai pra casa. E não volta mais para Hogwarts. – Meu pai disse furioso. Eu nunca havia visto ele daquele jeito, nem ao menos quando eu briguei com eles em casa. Nas ultimas férias.

– Como é que é? – Perguntei, abismada. Bom, eu fui torturada ontem, acho que merecia um pouco de lágrimas, ou de um “eu te amo”, “voce me deu um susto”, “não quero te perder”. Não estou sendo dramática. -.-

– É isso mesmo. Você volta pra casa amanhã, se estiver melhor. E olha, você não vai receber visitas. – Meu pai terminou de dizer e saiu. Minha mãe permaneceu no quarto com a diretoria.

– Voce acha certo? Concorda que ele me tire de Hogwarts para sempre? Que eu vire, provavelmente, um aborto? Não mamãe, isso não é certo. – Eu gritei. Nesse momento eu já chorava, não de tristeza, mas sim de raiva.

– Alie, eu sinto muito. É tudo culpa minha, eu... – Tiago começou dizer.

– Não, isso não é culpa sua. - O interrompi. – não iríamos adivinhar que os comensais da morte estariam lá. Mas se quer saber, ele deve estar com raiva por que eles não me mataram, os comensais bem que podiam ter acabado comigo de uma vez. – minha mãe e abraçou.

– Não, não, isso não. Eu não sou nada sem você meu amor. Ele vai mudar de idéia, eu tenho certeza. Ele só está nervoso. – Minha mãe deu um beijo na minha testa.

– Eu não quero ir embora. Eu quero ficar em Hogwarts. – Eu disse, minha voz falhando.

– Vai dar tudo certo, eu prometo. – Minha mãe disse, Tiago permaneceu calado e Minerva saiu da Ala hospitalar.

Eu havia me acalmado um pouco e minha mãe acariciava meu cabelo. Até eu pegar no sono.

...

Meu pai havia mudado de idéia, e iria esperar ate as férias. Mas eu fiquei uma semana sem receber visitas. Bom, havia chegado o dia de voltarmos para casa. Acordei mais cedo que o normal e tomei banho, arrumei meu malão, e me vesti.

Desci para o Salão Comunal e Tiago e Fred estavam lá. Eles sussurravam, porém, alto demais, capaz de serem ouvidos por qualquer um.

Onde comprou isso? – Tiago perguntou, com o embrulho em mãos.

– Na Zonko’s. vou entregar um pra Alice, pra manter contato com ela nessas férias. E um pra Sofia, Victoire, Teddy e.. este é o seu. – Fred respondeu.

– Pode me entregar. – Eu sorri.

– Ah, você está ai. – Fred sorriu de volta. – tome. É um espelho de dois lados, voce só precisa chamar pelo meu nome, ou de quem quiser se comunicar, contanto que a pessoa tenha o espelho, como a mim, Teddy, Tiago, Victoire, e Sofia.

– Legal. – Sorri novamente e ia saindo, quando Fred disse.

–É secreto. É melhor guardar. Esperamos voce aqui para irmos ao Salão Principal. – Fred disse. Voltei ao dormitório e as meninas estavam se arrumando.

– Vou sentir sua falta. – Sofia disse.

– Por que você não vai pra casa? – Perguntei.

– Meus pais vão para a Austrália, e eu não queria ir. Vou aproveitar que Victoire vai passar as férias aqui. – Sofia respondeu.

– É uma pena, eu adoraria ter vocês lá em casa. Porque voce não vai pra casa Victoire?

– O Chalé das Conchas é legal, mas as vezes é muito monótono. Preferi ficar, e meus pais entenderam. – ela respondeu, sorridente.

Sorri de volta, guardei o embrulho e desci. Encontrei Tiago e Fred como combinado, e esperamos Teddy por breves minutos.

– Esta pronta, noiva? – Fred brincou.

– Cale a boca, Fred. – Teddy disse.

– Você vai pra casa? – Perguntei.

– Não, vou ficar para fazer companhia a Sofia e Victoire.

Rimos e passamos pelo Salão Comunal. Eu me sentia renovada, com poucas dores nas musculaturas e feliz, por ir pra casa.

– E verdade mesmo? A Fox foi expulsa de Hogwarts. – Alguém da sonserina disse, alto o bastante para todos ali ouvirem.

– O que? – Héstia disse, entre gargalhadas. Amélia acabara de chegar.

– Qual o motivo da alegria? – Amélia perguntou a amiga.

– A Fox foi expulsa. – Héstia praticamente gritou.

Amélia bateu palmas e disse:

– Enfim a direção dessa escola tomou uma atitude em relação aos imundos. A urubu líder já foi, só falta os seguidores.

Empurrei duas garotas do primeiro ano ali sentadas e fiquei cara-a-cara com Amélia e Héstia, falando alto o bastante para que, no mínimo, a mesa da Lufa-lufa ouvisse.

– Olhem aqui, alguém informou vocês muito errado, não fui expulsa de Hogwarts, estou indo passar as férias em casa para me recuperar do que aquela maldita comensal fez comigo, mas enfim, se caso eu não voltar a Hogwarts, meus pais me fariam um favor por me tirarem de perto de certas gentinhas como você. Agora vou passar as férias com a minha FAMÍLIA – deu ênfase na palavra – uma coisa que você não tem, na minha CASA – outro ênfase – outra coisa que você não tem. Agora querida, se me der licença, eu vou me retirar para não me contagiar e sofrer da sua doença.

As pessoas que ouviram deram vaias, e a Grifinória praticamente vibrou. Fui para minha mesa e me sentei entre Teddy e Kristen.

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– Então é verdade? Voce vai embora de Hogwarts? – Kristen disse magoada.

– Espero que não. – respondi.

Edgar Nephew se aproximou e disse ao meu ouvido, para que apenas eu ouvisse.

– Me encontre no terceiro vagão da Corvinal assim que chegarmos ao trem. Preciso falar com voce em particular. – O fresco hálito dele inundou o meu pescoço me fazendo arrepiar.

Qual é Alice, olha a frescura.