P.O.V Caius

O dia seguinte amanheceu agitado. Grace já estava de pé as quatro juntamente com a Bella e a Esme, sem disposição para ficar sozinho dentro do quarto eu sai também, Grace estava na cozinha erguendo uma roupinha de bebê, Bella ria e falava que, segundo suas próprias contagens, Charles já deveria parecer um bebê de três meses. As cinco, Renesmee e Jacob chegaram, Grace foi para a sala e eu a acompanhei.

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“Onde nós iremos morar?” ela pergunta.

“Estive pensando na Europa, alguma cidade na Rússia, o que me diz?”

“Eu não sei falar russo” ela diz.

“Grace, você é uma vampira, irá aprender russo com uma extrema facilidade e além do mais, eu sei falar russo”.

“Claro que sabe” ela diz revirando os olhos. “Mas e a casa? Precisamos de uma casa, senhor ricão”.

“Eu compro, mademoiselle, a maior que você quiser”

Ela ri e começa a mostrar as roupas que ganhou, pergunto-me quem será que está cuidando do Charles. Enquanto Grace me conta a respeito das suas descobertas sobre os híbridos e me mostra as roupas de bebê que ganhou eu penso no porque Aro se deu ao trabalho de pegar o Charles, definitivamente um existe um bom motivo e todos os meus pensamentos só me levam a algo: ele tem um dom extraordinariamente poderoso, não é qualquer dom que faz Aro Volturi se levantar do seu trono e fazer o trabalho sujo pessoalmente, pergunto-me qual será o dom e como Aro conseguiu descobriu a respeito.

Grace continua falando ao meu lado, ela já dobrou as roupas e desdobrou novamente, dobrando-a novamente em seguida, ela agora contorna a pequena âncora em seu pulso com sua unha que continua pequena, não ouso tenta-la anima-la porque sei que não irei consegui, Grace só voltar a ficar como era antes quando Charles estive conosco.

Carlisle entra na sala com toda a sua família, no dia seguinte estaremos indo para Volterra e precisamos ter um plano, atacar os Volturi com um plano já é burrice, atacar sem plano é basicamente suicídio.

“Então, qual é o plano?” Carlisle pergunta sentando-se ao lado da Grace, ele está sério e me encara, seus olhos dourados quase perfurando os meus.

“Primeiro eu preciso saber quem irá conosco” digo.

“Eu definitivamente irei” Carlisle diz sério. Esme solta um suspiro triste mas não ousa dizer nada, imagino que eles já tenham conversado a respeito dessa viagem, Grace sorri solidaria para Esme.

“Quem mais?”

“Eu e Bella” Edward se pronuncia.

“Eu” o lobo diz. Olho imediatamente para ele, Jacob me encara de volta com um ar orgulhoso, ele basicamente quer que eu vejo que é melhor do eu, que diferente de mim não guarda rancor e me ajudará apesar de ter tentado matar a Renesmee.

“Eu também irei” Emmett diz, um sorriso rasga o seu rosto.

“Mas não vai mesmo” ouço sua esposa falar séria e alto. Olho para ela, Rosalie tem a própria raiva gravada no rosto e encara Emmett como se ele tivesse a traído.

“Por que não?” ele pergunta inocentemente.

“Você não vai ajudar a ele”.

Emmett, assim como Grace e Carlisle, ficam sérios e a encaram. Ponho a minha mão sobre o joelho da Grace, apesar dela ter demostrado um bom autocontrole quando foi caçar eu já vi o suficiente para saber que a junção de sua força com o seu estresse não é uma boa combinação. Carlisle vira seu corpo todo para a vampira loira, ele está mais sério, um pouco de raiva passa por seu rosto.

“E qual o problema nisso?” ele pergunta. “Caius está aqui porque concordamos em ajuda-lo”.

“Eu nunca concordei com isso” ela diz infantilmente. Grace ameaça ficar de pé, eu aperto mais seu joelho dando-lhe a alternativa de ficar sem ele se ficar de pé, ela entende o recado. “Vocês quem concordaram com isso. Ele tentou acabar com a nossa família, tentou matar a Bella e a Nessy, eu não irei esquecer disso nunca. E a Irina? Por acaso vocês esqueceram a facilidade e a frieza com que ele a matou?” ela argumenta, dessa vez sou eu quem preciso me controlar para não ataca-la, Grace põe a mão no meu joelho.

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“Nós sabemos disso” Bella diz. “Mas agora ele está passando pelo mesmo problema que nós passamos. Não podemos ficar lembrando sempre do passado”.

Rosalie sai enfurecida da sala.

“Eu ainda irei” Emmett diz logo em seguida.

“Eu também irei” Jasper diz. Alice não faz objeções, ela simplesmente aperta os dedos do marido.

“Mas alguém?” pergunto.

Ninguém mais se dispõe. Solto o joelho da Grace e a olho, ela continua com os olhos fixos na porta por onde Rosalie saiu, seus olhos continuam de um vermelho vivo.

“Como vamos fazer para entrar no castelo?” Jacob pergunta. “Nós podemos simplesmente bater na porta?”

“Na verdade podemos" digo. "Mas não será necessário, Aro normalmente manter dois vampiros na entrada da cidade, assim que chegamos eles irão falar para o Aro.”

“E depois?”

“Bom, provavelmente teremos que lutar... e matar. Nós precisamos saber quem irá cuidar de quem e o que fazer exatamente.”

Tracei um pequeno mapa em uma folha e juntamente com o Carlisle planejei o ataque, dividimos as oito pessoas para cada vampiro da guarda e expliquei para a Grace, apesar de não precisar, o dom de cada um.

“Bom, é um bom plano” Carlisle diz. “Eu espero realmente que não precisamos chegar ao ponto de lutar”.

Olho para ele. Talvez eu comece a admirar sua nobreza em algum momento da minha vida, Carlisle parece ter um dom em ver o melhor lado das pessoas mesmo quando elas não o têm, mas por enquanto isso é somente burrice para mim. Aro não deixará Charles voltar com tanta facilidade, Charles é uma arma, seu dom deve fortalecer a guarda de uma forma surpreendente e mesmo que conseguimos derrotar Aro com facilidade eu já sei e aceitei que esse não será o único desafio, Athenodora não irá o entregar com facilidade. Ela, apesar de não fazer questão, me perdeu para uma humana e sei que seu ego é maior que isso, apesar de saber que em algum futuro próximo nós iríamos acabar separados, me perde para a Grace a fez ficar mais diabólica e competitiva que antes.

“Nós vamos caçar, voltamos pela noite” Carlisle anuncia. “Vocês irão caçar?”

“Provavelmente” digo.

Os Cullens saem. Grace recolhe os papéis e as roupas do Charles, ela sai da sala e eu a acompanho. Paro na porta e vejo-a sentada na cama olhando para o espelho, seu cabelo vermelho caiam em pequenos cachos por seu ombro cobrindo um pouco o seu rosto e não me permitindo ver sua expressão facial.

“E se alguém morrer?” ela pergunta.

“Ninguém vai morrer”

“Mas e se morrer? Como eu vou voltar pra cá? Como eu vou encarar cada uma delas? Eles me ajudaram e eu estou colocando eles em perigo, eu nem os conheço direito. E se você morrer? O que eu vou fazer? O que eu vou fazer se Aro te matar? Eu não vou ser forte a esse ponto, eu não sou tão forte” Grace diz baixinho. Sento-me ao lado dela e abraço-a.

“Eu te prometo que não irei morrer” digo. “Ninguém irá morrer, eu te prometo. Nós iremos trazer o Charles de volta, você vai ver.”

Grace me olha.

“Grace, todos nós sabemos os riscos, nós sabemos o quanto isso é perigoso. Eu também tenho medo de ir, não da mesma forma que você, eu só temo que algo aconteça com você, mas eu sei que nada irá acontecer, se acalme!”

Ela sorri.

“Vamos caçar?”

Ela assente.

Nós saímos da casa e seguimos para outra cidade próxima a Forks. Grace prende o cabelo e nós dois seguimos para a floresta, provavelmente algum humano está fazendo trilha. Após corremos por algum tempo eu encontro o rastro de um humano, começamos a correr em direção a ele, após uns cinco minutos nós o achamos. Trata-se de uma mulher com os seus trinta anos, não usa aliança e não nos ver chegando, Grace caminha atrás de mim enquanto eu me aproximo da humana. Sem nenhum movimento brusco eu seguro seu cabelo e a puxo para trás para que ela caia, seus olhos castanhos se arregalam, ela está prestes a gritar quando eu ponho a mão impedindo-a de fazer isso, apesar de não haver pessoas por perto eu simplesmente não suporto os ouvi gritando, é tão irritante, qual o sentindo em gritar quando não se há mais esperança?

“Não grite” digo e ataco, vejo Grace morder o outro lado do pescoço dela.

Livro-me do corpo da humana após terminarmos e limpo a boca com a barra da minha camisa, encontro Grace me esperando, seus olhos estão tão vermelhos que se destaca mais que seu cabelo. Ela parece estar com o humor melhor agora e isso é bom, ela sorri ao me ver.

“Pronto?” ela pergunta. A noite já chegou e os Cullens já devem ter voltado e Edward, como combinado, já deve ter comprado as passagens para a Itália e então seguiremos de carro ou simplesmente correndo.

“Pronto.”

Após duas horas nós chegamos, troco imediatamente a minha camisa e repasso o plano com o Carlisle novamente, quando o relógio bate meia-noite nós nos dividimos nos carros dos Cullens, eu e Grace ficamos na Mercedes juntamente com o Carlisle, o Edward e a Bella.

Carlisle dirigi tranquilamente para fora da cidade. No caminho passamos em frente à casa do pai da Grace, às luzes estão acesas e um carro diferente está parado em frente à casa, Grace segura a minha mão.

“É o carro da minha mãe, ela percebeu. O que vamos fazer agora?”

“Acho que vamos pedi ajuda a uns amigos.”

“Porque não chamamos a Zafira?” Bella sugere. “Ela cria ilusões, faz as pessoas veem o que ela quiser que eles vejam”.

“E como isso irá ajudar?” pergunto.

“Podemos chamar aquele seu outro amigo que persuadiu o meu pai, podemos falar para eles que nós fugimos e sofremos um acidente” Grace diz.

“Nós?”

“Não é óbvio? O meu pai sabe que você é amigo do Carlisle, no momento em que falarem que eu fugi ele imediatamente irá atrás de você, vai te questionar e poderá colocar a polícia atrás, quando o meu ‘corpo’ aparecer você estará encrencado, vão te colocar como suspeito número um”.

“E se os dois fugirem e os dois morrerem nada disso será necessário, fim da história” Bella diz entendendo o fio de pensamento da Grace.

“E como faremos o acidente?”

“Com a ajuda da Zafira. Ela irá criar a ilusão para que eles vejam os corpos de vocês dois ao invés dos humanos que iremos utilizar” Bella explica.

“Podemos falar que o homem, no caso você Caius, estava bêbado e perdeu o controle, o acidente deve ocorrer em uma pista... ah, molhada, com neve”. Edward diz dando a sua ideia.

“É um bom plano” digo.

Carlisle continua a dirigi, provavelmente deve discordar desse plano simplesmente por saber que usaremos humanos.

“Mas espere aí, iremos pegar qualquer humano?” Grace pergunta.

“Mendigos. Ninguém irá sentir falta deles, eu fico dentro do carro e faço o carro perder o controle.” digo.

“E se algo acontecer com você?”

“Desde que o carro não pegue fogo eu estarei bem” tranquilizo-a.

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Chegamos em Seattle uma hora depois. Carlisle estaciona próximo a moto novíssima do Emmett e nós nos agrupamos novamente. Cada um parece confiante e sorri para a Grace, fico contente de assumir que agora posso chamá-los de amigos, uma bolha de gratidão cresce no meu peito e por mais que eu seja grato por cada ação que cada um fez, gratuitamente pela Grace, eu nunca falarei nada para eles, não sou esse tipo de homem.

Nós entramos no aeroporto, Edward distribui as passagens e nós sentamos, aguardando a hora de viajar. Grace e eu sentamos algumas cadeiras afastadas dos outros, não conversávamos e nem nos olhávamos, apenas aguardávamos. Após quase uma hora eu olhei para as minhas roupas, um jeans preto juntamente com uma camisa grossa branca, um casaco e botas pretas completam o visual, a cada segundo em que permaneço olhando para as roupas mais eu fico admirado com as mudanças. Quase um ano atrás eu era Caius Volturi, um dos líderes do clã mais poderoso do mundo, hoje em dia nem um sobrenome eu tenho mais, a única coisa que tenho e sendo ela a mais importante é a Grace e o futuro que teremos juntos, a nossa família com o Charles, e a cada momento em que penso nisso mais eu me pergunto o que teria acontecido comigo se Grace nunca tivesse tirado aquela foto, o quão mergulhado em meus próprios demônios eu estaria? Reconheço agora que Grace me salvou naquele dia e continua me salvando.

“Deixe-me prender esse seu cabelo” Grace diz. Ela me faz sentar de lado e mexe por alguns segundos no meu cabelo, sinto ela o prender e pentear o restante que ela não prendeu. Ela senta-se e eu me viro, olhando ela prender o seu cabelo também. “Já consegue imagina-lo?”

“Quem? O Charles? Consigo!”

“Eu nunca te perguntei como ele é” ela sussurra com a voz carregada de culpa, “e não foi porque não quero saber dele, se eu soubesse antes como ele realmente é, com quem realmente se parece, eu talvez não tivesse aguentado. E então, como o Charles é?”

“Ele tem bochechas grandes, seus olhos são azuis, não iguais ao seu, talvez seja os meus olhos e ele é loiro, platinado como eu” digo.

“Carrego por dois meses na barriga, morro e ainda nasce a cara do pai. Mas tudo bem!” Grace diz, um pequeno sorriso surge em seus lábios, mas se fecha imediatamente, ela fecha os olhos com força e engole em seco, tenho cem por cento de certeza que ela está chorando, abraço-a.

O nosso voo é chamado cinco minutos depois, Grace e eu ficamos sentados juntos no corredor juntamente com Carlisle; Bella, Edward e Jacob ficam à nossa frente e Emmett e Jasper atrás. Após todos se acomodarem, guardarem suas bagagens e as aeromoças darem seus recados o avião começa a decolar, Grace apertar a minha mão com força entusiasmada, logo estaremos em Volterra e aí o verdadeiro desafio irá se iniciar.