Acordei com o barulho irritante do despertador ao meu lado…

–Porra…- Reclamei e dei um tapa no despertador, estava com dor de cabeça.-…

Sentei-me na minha cama, me espreguicei, fui pra cozinha, estava sentindo um frio…

–Gente…- Olhei pra janela, tava calor, então eu olhei para mim.- Waah!- Eu estava apenas de lingerie.- Que porra é essa?

Eu estava indo colocar uma roupa, quando ouço a campainha tocar…

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–J-Já vai!- Digo.- Espera…- Lembrei de como eu estava, a pessoa não parava de tocar a campainha.- ESPERA CACETE!!!- Gritei, saí correndo pro meu quarto, era roupa voando só pra acha alguma camisa ou vestido ou qualquer merda que viesse primeiro.

Peguei uma camisa mesmo, desci correndo com ela na mão a pessoa não parou de tocar a porra da campainha…

–CARALHO! ESPERA ANIMAL!!!- Gritei colocando a camisa.- QUE QUE É?- Perguntei abrindo a porta.

–Nossa, que humor de manhã, não?- Castiel perguntou.

–Porra muleque, sabe espera não?!- Perguntei.

–Sei.

–ENTÃO ESPERASSE!

–Ãhn… Alessia.- Ele chamou.

–O que?

–Sua camisa tá do avesso.- Ele disse.

–Oh, porra.- Reclamei.- Espera um pouco.

Entrei um pouco dentro de casa e tirei os braços da blusa, só os braços, virei a camisa pro lado certo e coloquei meus braços de volta…

–Agora sim.- Digo, encosto no batente da porta e cruzo os braços.- O que gostaria?

–Só vim ver se você estava bem.

–Eu to.- Digo.- Aí, você deve saber o que aconteceu depois de nós dois lá no terraço e blá, blá, blá…cara, quem me trouxe em casa?

–Suas amigas.

–Quais amigas?

–Creio que se chamavam Rachel e Beatrice.

–Ah, então tá tudo certo.- Digo, é, parece que não foi nada de mais.- O que mais precisa?

–Nada.

–Então okay, até mais.- Ia fechando a porta, mas ele colocou o pé para que eu não fechasse.- O que?

–… nada.- Ele disse, eu suspirei, pelo visto, ele queria que eu convidasse-o para entrar.

–Não posso te convidar pra entrar, okay?- Disse.

–Eh?

–Só não me peça isso.- Digo, eu ia pisar do lado de fora de casa, mas lembrei que não estava de shorts.- Espera aqui, okay?

–Okay…- Ele disse, confuso.

Eu subi pro meu quarto, fui trocar de roupa, coloquei uma blusa preta caída em um ombro com uma caveira no meio, uma saia xadrez vermelha, uma meia fina preta que ia até um pouco depois dos meus joelhos e um coturno preto, deixei meu cabelo solto e coloquei um óculos sem grau, peguei dinheiro e os negócio tudo, desci e fui pra porta…

–Vamos.- Digo saindo e trancando a porta atrás de mim.

–Onde?

–Sei lá, você não queria minha companhia?

–N-Não.- Ele desviou o olhar.

–Então porque… ugh, esquece, só vamos.- Digo andando.

–Onde?

–Sei lá…centro?

–Pode ser.

Fomos conversando e rindo em direção ao centro, ao chegar, ele parou em frente a uma loja de música…

–Preciso de cordas.- Ele disse entrando lá, eu fui atrás.

–Cordas pra que? Pro seu violoncelo?- Brinquei.

–Haha, engraçadinha.- Ele revirou os olhos.

–Cordas pra que?

–Pra minha guitarra.- Ele diz indo pegar cordas.

–Okay, vai pegando tuas cordas, eu vou dar uma volta por aqui.

–Vai pra sessão de violinos?- Ele sorriu de canto.

–Haha.- Reviro os olhos.- Só vou andando por aí.

–Tá, tá.

A loja era beeeem grande, então seria fácil eu meio que me perder por ali.

Bem, eu cheguei numa parte que haviam teclados, lindos…

–Waah!- Vi um tão bonitinho, azul e branco, fui até ele, eu liguei, comecei a tocar algumas teclas, sorri quando lembrei de uma música.

Então comecei a tocar as primeiras notas de “ECHO – Gumi”, comecei a cantar também…eu adoro essa música, cara, é muito boa, é meio difícil de tocar, mas eu consigo, tenho que prestar bastante atenção, mas consigo do mesmo jeito.

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Acho que, com a música, eu consigo ser eu mesma, não sei… é como se nada importasse, algo muito bom de se sentir.

Agora sim, chegou a parte mais legal da música…

I'm gonna burn my house down into an ugly black. I'm gonna run away now and never look back. I'm gonna burn my house down into an ugly black. I'm gonna run away now and never look back. I'm gonna burn my house down into an ugly black. I'm gonna run away now and never look back. I'm gonna burn my house down into an ugly black. I'm gonna run away now and never look back. I'm gonna run away now and never look back…and never look back…and never look back!– Cantei com a maior felicidade.

Terminei de tocar, já estava até dançando enquanto tocava, não prestava atenção em nada que estava acontecendo por ali, sei lá, pra que me preocupar com o resto do mundo enquanto eu posso simplesmente tocar? Não faz sentido…

–…- Olhei para cima por uns instantes, eu devia sorrir como uma criança.- Hahahaha…- Comecei a rir sozinha.- Divertido.- Sorrio para mim mesma, ouço passos se aproximarem.

–Até que enfim te achei.- Castiel aparece.

–Nem sabia que tava me procurando.- Eu digo.

–Eu estava, vamos? Já peguei as cordas.- Ele diz, parecia… perdido?

–Sim.- Concordo e vamos pro caixa, ele paga as cordas e saímos da loja.

–Onde quer ir agora?

–Sei lá…- Digo-lhe, vejo uma livraria.- Ali.

–Livraria? Jura?

–Juro, agora vem.- Puxei-o até lá.

Fui pra parte onde haviam mangás, Castiel foi ver… sei lá o que, não me importa também.

Comprei alguns mangás e alguns livros, saí de lá com uma sacola cheiinha de livros, feliz da vida…

–Você não se cansa de ler?

–Não mesmo.- Olho-o.- Porque cansaria? É tão bom.

–Se você diz…

Olhei para o relógio do celular, eram 13:20…

–To com fome.- Reclamei.

–Ué, não posso fazer nada.

–Vamos comer alguma coisa.- Digo andando mais a frente.

–Quer comer o que?

–Hm… deixa-me ver…- Pensei um pouco.- Fast Food!

–Sabia…

Fomos para uma hamburgueria por ali, comemos e, olha só, alguém quis ser gentil e pagar meu lanche!

Continuamos andando pelo centro o resto do dia, foi divertido ficar com ele o dia todo, quando eram umas 18:40, ele me levou até em casa…

–Está entregue.- Ele disse.

–Valeu.- Agradeci.

–Gostei do dia.

–Pra quem não queria minha companhia…- Brinquei.

–Nunca disse que não queria.- Ele disse, eu o encarei, ele desviou o olhar.

–Bem, valeu por hoje, também gostei do dia.- Sorrio.- Até segunda.

–Até.- Eu ia fechando a porta, mas ele me chama.- A propósito, você toca teclado e canta muito bem.- Ele foi me deixando com a maior cara de tonta.

X-x-x-X

Resumo do domingo: porra nenhuma.

Segunda, eu acordei um tanto quanto cedo e fui pra escola, estava sem vontade alguma, mas fui.

Ao chegar lá, a escola estava DE-SER-TA!

–…acho que… cheguei muito… cedo.- Digo andando pela escola vazia.

Bem, não importa, não é como se eu ficasse acompanhada na escola, fui indo pra sala de aula, trombei com alguém no corredor, meu livro caiu no chão…bem, a desequilibrada aqui também…

–Desculpe!- Nathaniel disse.

–Ah, tudo bem.- Sorrio, vou pegar meu livro, ele também, nossas mãos se tocam, rimos levemente.

–Deixa, eu pego.- Ele pegou o livro e eu levantei, limpei minha saia também.

–Obrigada.- Pego o livro que ele estende para mim.

–Isso é estranho… o que faz na escola tão cedo?- Ele pergunta.

–Ah… sei lá… acho que não sei.- Digo, ele ri.

–Talvez quisesse se livrar dos seus pais?

–Acho que eles fizeram isso antes de mim.- Ri.

–Eh?

–Eles viajaram, só vão voltar semana que vem…ainda bem.

–Então não teria motivos para vir mais cedo, não?

–Acho que… quis me livrar da solidão.- Digo meio confusa, ele me olha… dó?- Não sinta pena de mim, por favor.- Sorrio de canto.

–Não estava com pena.- Ele tentou disfarçar.

–Aham, Cláudia.- Revirei os olhos e ri.

–Okay, deixando esse assunto de lado- Ele ia dizendo.-, quer me fazer companhia?

–Melody já não te faz companhia?

–Fazer faz mas…- Ele ficou sem jeito.- Acho bom variar de vez em quando…

–Me considera uma variação?

–N-Não!- Ele diz.- É só que… uh…ãhn…- Ele ficou envergonhado e sem jeito, eu ri, quase que histericamente, nada delicado.

–Okaay, já entendi.- Digo.- Tudo bem, fico contigo.

–Obrigado.- Ele diz, pareceu menos envergonhado, lhe salvei disso, uh?

–Vamos pro jardim?

–Claro.

Fomos conversando em direção ao jardim, ao chegar, me sentei embaixo de uma árvore, ele ao meu lado, coloquei o livro sobre minhas coxas, ficamos num silêncio, só ouvindo os pássaros cantando…bem, eu comecei a cantarolar alguma música…

–“For A Better Day”?- Ele perguntou, surpreso, e eu olhei-o, surpresa.

–Como conhece?

–Eu gosto dessa música…mas, na boa…- Ele ia dizendo.

–Nunca pensei que você gostasse dessa música.- Dissemos em uníssono, nos encaramos e rimos.

–Você conhece outras além dessa?- Ele perguntou.

–Não.- Minto.

–Devia ouvir outras músicas do Zedd… são ótimas.- Ele disse.

–Z…?! São do Avicii! Respeite-o!- Digo indignada com o que ele acabara de dizer, foi horrível!

–Mentir é feio, Alessia.- Ele diz, eu fico envergonhada, ele ri.

–N-Não menti, okay?- Digo desviando o olhar, envergonhada.

–Não adianta mais mentir, já sei que conhece.- Ele riu.

–Okaay, admito que conheço Avicii.- Digo ainda sem encará-lo.

–Não precisa guardar isso de mim, sou bom em manter segredos.

–É o que todos dizem.

–Eu não sou “todos”, eu sou eu.- Ele diz, eu rio.

–Tem razão, você é você, você é o Nathaniel.- Digo, antes de ele dizer qualquer coisa…

–Nath!!- Melody corre até nós gritando o nome dele.

–Ah, Melody, oi.- Nathaniel sorriu.

–Oi…- Ela sorriu pra ele, depois me viu, acenei pra ela e sorri gentilmente, ela não pareceu gostar da minha presença ali… me pergunto o porque (rs).- Preciso da sua ajuda no grêmio.

–Com o que?

–Papelada…pra variar.- Ela riu.

–Não consegue resolver sozinha?- Ele perguntou.

–Eh?- Ela o olhou, não vai acabar bem, huh? Treta! Não, pera…não perto de mim.

–N-Nathaniel, acho que devia ajudá-la, sabe?- Disse, ele me olhou, ela também.- Quer dizer, não é seu trabalho por aqui? Vai me dizer que vai fugir do trabalho…

–Não vou!- Ele diz.

–Que feio, Nathaniel.- Sorrio de canto, ele ia argumentar, acena negativamente com a cabeça e ri.

–Okay, vou lá.- Ele se levanta.- Até mais, Alessia.

–Até mais, Nathaniel.- Digo, ele se vai junto de Melody, a mesma agarra em seu braço, eu rio disso.

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~Pov's Nathaniel~

Fui com Melody até o grêmio, o caminho foi silencioso, já estava acostumado com ela agarrando meu braço, mas me incomodava muito ainda…

–Pode soltar meu braço?- Pergunto.

–…- Ela solta, parecia incomodada.- Porque ela está na escola a essa hora?

–Porque ela chegou cedo.- Eu respondi.

–Porque estava com ela?- Ela vai começar mesmo…?

–Porque eu estava.- Digo.

–Isso não é resposta.

–Isso não é pergunta.

–É sim.

–São desnecessárias.

–Nath…

–Não, Melody, chega dessas perguntas, sim?- Digo meio irritado.

Ao chegar no grêmio, entramos, ela fechou a porta…

–Então, cadê os documentos?

–…- Ela não se mexeu, apenas ficou encostada na porta.

–Melody?

–…- Ela… trancou a porta?!

–Melody…- Ia dizendo, ela se aproxima de mim.

–Nath, eu queria te falar uma coisa.- Ela diz, lá vem.- Antes que me interrompa, por favor, só ouça.

–…

–Nath, já faz muito tempo que quero te dizer isso… mas… eu acho que você já até percebeu…bem, o que quero dizer é que gosto de você, mas gosto muito de você.

–…- Suspirei, eu obviamente já sabia disso.- Olha, Melody eu…- Antes de eu falar qualquer coisa, ela pulou e me beijou, cara… não, eu a empurrei para longe, mas não forte, apenas um pouco.

–N-Nath…- Ela me olhou triste.

–Não posso retribuir seus sentimentos, Melody, simplesmente…ãhn…como posso dizer… você não faz o meu… “tipo”.- Eu disse, ela começou a chorar e saiu correndo da sala.

Vai entender…e a parte mais engraçada nisso é que ela já sabia que eu não gostava dela e mesmo assim ela veio me falar isso, complicado né?

Bem, fui em direção ao jardim novamente.

~Fim pov's Nathaniel~

Bem, olhei no relógio do celular faltava bastante tempo pra aula começar, então coloquei meu fone, fechei os olhos e encostei na árvore, estava tocando “Renegades – X Ambassadors”, era uma música tão boa de se ouvir, apenas fiquei ali recostada, com os olhos fechados e ouvindo música, sinto alguém sentar ao meu lado, mas não abri os olhos mesmo assim, evita conversa…

–…- Senti uma mão deslizar sobre minha face… o que? -'

–…- Continuei de olhos fechados.

–Você fica tão bonita dormindo…- Sussurrou…Nathaniel?!

Senti uma respiração se aproximar de mim, acompanhado com a mão na minha face, não sabia quem era, sério, mas sei que me beijou demoradamente, logo retirou sua mão de mim e foi embora, desencostei da árvore no susto, passei a mão sobre a minha boca…

–Whatafuck?!- Questionei rapidamente.

Levantei rapidamente e fui pra sala de aula, ao chegar, vi Castiel lá, acenei pra ele, ele me… ignorou?!

–Hey! Eu dei oi pra você! Tenha a consideração de dar um oi pra mim!- Eu disse brava.

–Tsc.- Ele virou a cara, não entendi!

–Que mal-humor…- Comentei e fui pro meu lugar.- Acho que esse teu mal é fome, hein…- Ele se levantou bruscamente e saiu da sala, bateu a porta com força.- …

~Pov's Castiel~

Eu cheguei na escola hoje cedo e vi Aly sentada embaixo de uma árvore, ouvindo música, ela estava de costas pra mim, como sabia que era ela? Seu cabelo azul estava meio que…esvoaçando com o vento, mesmo estando num rabo de cavalo. Bem, continuando, eu ia ir lá falar com ela, mas vejo o idiota do representante ir correndo até onde ela estava, fiquei curioso e decidi me aproximar e… cara… como eu me arrependi… eu vi… ela e Nathaniel se beijando, saí de lá na hora, fui pra sala…

Como ela pôde me beijar e depois beijar aquele… filho da…viado!! Ugh! E o pior é que eu gosto muito dela…o que? -'

~Fim pov's Castiel~

Logo a aula começou e eu realmente não sei o que deu em Castiel.