— Mamãe sempre falou que não adiantava o que eu fizesse a você, você sempre estaria ao meu lado, ela estava certa.

O abracei.

— Você é especial demais para eu perder por coisas bobas – sussurrei em seu ouvido.

— Obrigado.

— Pelo que? – o encarei confusa.

— Por ser a única que não me abandonou.

— Foi uma promessa, apenas estou cumprindo – falei.

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— Você tinha os cabelos castanhos pelo que me lembro.

— O treinamento fez isso – falei.

— Ficou interessante.

Ri e peguei um caderno. Foliei o caderno e ele me observava. Parei e peguei o colar com um pingente de cerejeira na folha havia um desenho da flor.

— Não acredito que guardou.

— Foi de um amigo especial – falei.

...

Eu e Sasuke finalmente conseguimos conversar e desabafar um com o outro. Eu consegui me distrair e esquecer um pouco os problemas. Olhei a janela amanhecia.

— O tempo passou voando – comentei.

Ele assentiu. Descemos para cozinha onde Daisuke e Kimimaro conversavam animadamente. Quando notaram nossa presença Daisuke ficou com uma cara séria.

— Precisamos conversar – ele falou.

Assenti e começamos a caminhar pelo vilarejo

— Quatro vampiros fugiram e destruíram quase por inteiro o centro de pesquisas – ele falou.

Parei de caminhar e ele me encarou. Comecei a correr e parei a frente dos destroços. Comecei a procurar meu caderno de anotações, o achei e foliei, estava com a maioria das folhas intactas. Parei na folha aonde deveria estar às anotações do antídoto.

Daisuke

Sakura saiu correndo e parou apenas quando achou um caderno, ela foliou o caderno e parou em uma folha. Ela se levantou e se virou seus olhos estavam rosados quase vermelhos.

— Saiam daqui! – gritei.

Todos que estavam por perto saíram correndo. Olhei para frente e senti um soco. Bati na parede atrás de mim. Ela estava sendo controlada pela marca. Levantei e segurei seu pulso antes dela me dar outro soco. Ela me deu um chute e se distanciou.

Ela pegou uma faca na perna e a atirou. Naruto segurou a faca e encarou Sakura, que começou a atacar ele o acertando várias vezes. Tentei o ajudar, mas ela me bloqueava toda vez que tentava.

— Daisuke chame Madara – Naruto falou.

Assenti e sai correndo. Parei a frente do hospital onde vi Madara e Kimimaro conversando enquanto andavam.

— Preciso que venha comigo – falei.

Começamos a correr e paramos vendo Naruto no chão e Sakura pegando uma faca ainda em pé. Ela se ajoelhou com as mãos na cabeça. Olhei Madara que tinha os olhos vermelhos.

Ela olhou para nós e olhou para suas mãos. Sakura se levantou e começou a pular entre as arvores. Corri até Naruto que sentou ele tinha um corte no braço.

Sakura

Novamente fui controlada pela marca. Fui fraca de novo, quase machuquei Naruto seriamente. Parei de pular próximo a um rio, me ajoelhei e joguei água no rosto. Olhei para trás tive a impressão que alguém estava ali. Levantei atenta e parei meu olhar em Kabuto que estava encostado a uma arvore me encarando.

— Por que continua a resistir? Sabe que tem apenas uma solução – ele falou – Se realmente quisesse proteger a todos já teria feito.

Atirei uma faca e ele pulou para o chão. Ele jogou um caderno e eu peguei ainda o encarando.

— Seu tio lhe mandou antes de ser torturado – ele falou.

— Por quem? – perguntei.

— Está no caderno tudo o que precisa saber.

Ele desapareceu. Guardei o caderno e entrei em meu quarto pela sacada. Tranquei as portas e fechei as cortinas. Sentei nas almofadas envoltas da mesa num canto quarto. Abri o caderno e vi a folha que faltava no meu caderno. Comecei a folhear, mas aquela escrita era antiga, ou seja, em código.

Peguei um livro com os códigos e comecei a transcrever os textos do caderno... Eles batiam na porta pedindo para eu não me culpar. Ouvi novamente as batidas na porta e suspirei voltando a escrever.

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— Sakura, você sabe que se isolar não é a solução.

Era Sasuke. Havia terminado de traduzir os códigos.

— Deixe-me pelo menos ajuda-la – ele pediu.

Olhei a porta.

“Isso crie laços para depois trair a todos. Sabe das regras” – uma voz disse em minha mente.

Balancei a cabeça para espantar os pensamentos. Levantei e respirei fundo antes de abrir a porta. Sasuke entrou e eu tranquei a porta novamente.

— Se eu tivesse a solução para acabar com a guerra e não usasse, seria injusto com todos, não é?- perguntei.

Ele assentiu duvidoso.

— E se eu tivesse medo de usar?

— Eu estarei ao seu lado, não importa qual seja sua decisão – ele falou me abraçando.

Sentamos nas almofadas e enquanto eu lia ele mexia em meus cabelos. Coloquei o caderno na mesa e olhei para o teto.

— Qual é essa solução? – ele perguntou.

— Eu usaria meu dom e impediria que tudo isso acontecesse.

— Isso alteraria tudo, criaria algo totalmente diferente – ele falou.

— Provavelmente, excluiria o que conhecemos e criaria um novo tempo baseando-se nessa mudança – falei.

— Você está escondendo algo – ele comentou.

— Algumas coisas nunca existiriam com essa mudança.

— Isso fará parte – ele falou.

— É, faz parte – falei.

— Do que tem tanto medo?

— Não sei o que vai acontecer comigo se interferir – falei.

Ele olhou para baixo.

— Poderia morrer? – ele perguntou.

— Sim, poderia não existir – confirmei – Ou apenas ser invisível aos olhos de todos – falei.

— Não me lembraria de você?

— Acho que apenas eu me lembraria de tudo isso – falei.

— Vamos pensar em algo, pode haver outra solução.

— Estou tentando achar outra solução há quatro anos – falei.

Ele me abraçou.

— Por favor, vamos pensar. Não estou pronto para te perder – ele falou.

Assenti e ele me abraçou mais forte.

...

Tentei pensar em algo, mas nada vinha.

“Não negue seu destino” – ouvi novamente a voz falar.

Meu destino, mas qual seria?

Respirei fundo e fechei os olhos, não poderia ser tão egoísta. Onde estava à disposição de me sacrificar pelo vilarejo que eu tanto falava?

Estava à frente do mesmo homem do desenho, mas sem aquelas bandagens e um pouco mais jovem. Ele estava sentado em um trono com um sorriso sarcástico.

— Esperei todo esse tempo para uma garota vir - ele riu – Está querendo morrer? – ele perguntou se levantando.

Apenas o encarei. Ele me rodeou e eu virei conseguindo acerta-lo em um dos braços. O tempo retornou e ele desviou do ataque. Arregalei os olhos.

— Sei que há apenas uma pessoa que tem quase o mesmo dom que eu, com o pequeno detalhe que ela vê o passado e futuro – ele falou.

Ele tentou me acertar, mas seu ataque veio em câmera lenta. Fui para traz dele colocando minhas duas katanas em seu pescoço fazendo um X. Ele retornou o tempo e bloqueou meu ataque.

Seria uma longa luta... O joguei na parede colocando a katana em seu pescoço. Meus olhos e cabelos estavam vermelhos. Ele tentou voltar no tempo, mas não conseguiu. Ele arregalou os olhos quando não conseguiu.

— É perda de tempo tentar - falei.

— Entendo, eu fiz algo no futuro, por isso você veio me matar – ele falou – Ficou uma linda moça Sakura, seu pai ficaria orgulhoso.

— Orochimaru já os matou, então – pensei alto.

— Sim, você é uma linda garotinha de 14 anos – ele comentou – Se me permite dizer, é claro – ele falou sorrindo.

Olhei para baixo. Seria arriscado ir para quando eu tinha 08 anos. Senti-o segurar meu pulso esquerdo e torcê-lo após ver a lua. Com a outra mão apertou meu outro pulso até eu soltar a katana que eu segurava. Ele levou meu braço esquerdo para traz de meu corpo e logo depois o direito, me fazendo ficar de costas para ele.

— O que acontece se eu te matar? – ele perguntou.

Forçou mais meus pulsos atrás de minhas costas.

— Isso seria um desperdício – ele pensou alto.

Ele riu logo em seguida, me jogou no chão, bati a cabeça, enquanto tentava raciocinar o que acontecia ele colocou o dedo em minha testa onde havia uma lua no centro. Arregalei os olhos ao perceber o que ele fazia, mas já era tarde. Ele soltou minhas mãos aos poucos quando meus cabelos foram voltando de vermelho a rosa e de rosa a castanho.

Ele tirou o dedo de minha testa já sem nada e me encarou sorrindo. Vi que meus olhos estavam verdes novamente.

— Realmente parece sua mãe – ele comentou – Pena que ela tenha preferido meu melhor amigo, mas agora tenho poder suficiente para voltar ao passado e não os apresentar.

Enquanto ele falava eu tentava pegar a katana, quando consegui aproveitei que ele estava em pé e finquei a katana nas costas dele, que caiu no chão.

— Mas como? Apenas uma estaca pode matar vampiros – ele perguntou.

— No meu tempo apenas duas coisas matam vampiros: estacas e meu sangue – falei.

Os olhos dele ficaram brancos e eu agachei colocando dois dedos em sua testa.

— Droga! – falei quando não consegui recuperar meu dom.

Olhei meu pulso ainda tinha a lua ali. Então por que não conseguia?

O ambiente mudou, olhei em volta. Parei meu olhar na imagem de Kyuubi.

— Vejo que realizou seu destino bem – ela falou sorrindo – Abriu mão da vida pelo vilarejo e pelas pessoas que ama. Darei-lhe a recompensa de voltar e decidir seu destino – ela completou.

Olhei para meu pulso.

— Por que não consegui recuperar meu dom se a lua permanece aqui? – perguntei.

— Não se preocupe com isso. Seu dom continua dentro de você ninguém poderia tirá-lo, apenas cuidei do pequeno problema que enfrenta desde que nasceu. A parte bruxa está mais forte que a parte vampiro, por isso será mais difícil ir do passado ao presente ou do presente ao futuro. Mas suponho que não irá precisar.

— Obrigada – agradeci.

— Eu que tenho que agradecer você que me ajudou. Agora lhe deixarei ir para seu tempo – ela falou.

Uma grande porta luminosa apareceu ao meu lado. Sorri e entrei sendo envolvida por uma luz forte.