PV EDWARD

Eu estava dirigindo no automático a toda velocidade e com a mente no vazio. Sim vazio. A Bella havia dado sentido a minha existência e agora não a tenho mais. Continuar existindo depois de saber o que é realmente ter uma vida vale a pena? Voltar a viver como antes, correção, pior do que antes, pois agora eu sei o que é ter sentido na eternidade, mas sem Bella esse sentido deixa de existir.

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Meu celular começou a tocar.

— Edward! – Alice fala de forma urgente quando atendi, eu sabia que todos ficariam preocupados comigo.

— Só atendi para dizer para me deixarem em paz. Volto quando estiver pronto.

— Bella sofreu um acidente de carro.

— O que?

— Ela tentou seguir você... Bella não ia terminar com você idiota.

Não ia. Pensei feliz, mas minha felicidade foi manchada, pois Bella havia sofrido um acidente.

— Como Bella está? – perguntei extremamente preocupado. – Foi muito grave?

E rezo para que a resposta fosse não.

— Graças a Deus Bella estava de cinto e o airbag do carro funcionou. Ela está no hospital, mas apenas para observação. E...

— Estou indo imediatamente para aí.

Desliguei o celular e dirigi rapidamente para o hospital de Forks. Eu acreditava em Alice, mas eu preciso ver Bella bem com meus próprios olhos.

— Edward eu...

— Depois Alice agora eu preciso vê-la.

— Eu sei, mas você não me deixou terminar de falar no celular, tem algo que precisa saber antes de ver Bella.

— Você me disse que o acidente não provocou danos a ela, ou mentiu? Você mentiu?

— Calma, não tem a ver com isso e sim com o comportamento dela ultimamente. Carlisle perguntou onde Bella esteve na última semana. E ela não se lembra, ele falou do comportamento estranho que ela teve algumas vezes e ela não se lembra disso também.

— Então minhas desconfianças sobre lapsos de memória estavam certas.

E ter minhas suspeitas confirmadas me deixou preocupado.

— Sim, papai fez exames nela para verificar isso e está esperando os resultados.

— Que não seja nada grave. - pedi a Deus.

Entrei no quarto e Bella olhou para mim e vi angustia em seu olhar. Sentei-me na poltrona ao seu lado.

— Como está?

— Eu sei que não vai acreditar, mas não me lembro de agir estranho com você.- começou Bella a falar ignorando minha pergunta- E nem de sumir por uma semana. Carlisle me detalhou a maneira como me comportei com você e eu sinto muito, eu não tenho explicação, mas não quis fazer nada daquilo. Eu amo você. – sua última frase me trouxe o alívio que eu precisava. Eu poderia lidar com o resto desde que ela me amasse. - Você acredita? É claro que não, nem eu mesmo acredito.

— Eu estou aqui.

— Por pena.

— Por que amo você.

Bella me olhou incrédula.

— Mudanças em vampiros são tão raras, que quando acontece é para sempre. Eu falei sério quando disse que meu coração é eternamente seu. Não importa o que faça ou aconteça. Eu vou continuar a amar você enquanto eu existir.

— Mas isso não impede que esteja com raiva ou magoado comigo.

— Fiquei mais triste acima de tudo, por que pensei ter perdido você, mas você ainda me ama isso é tudo o que importa para mim.

— É muito bom ouvir isso. – diz Bella aliviada e eu lhe dei um beijo.

— Eu não quero te magoar de novo. – Bella fala quase num sussurro sofrido.

— E não vai.

— Eu não posso garantir que esses lapsos e comportamento estranho não venham a ocorrer de novo.

— De agora em diante saberei que há um motivo oculto, então não vou me magoar.

— Eu tenho medo.

— Vai ficar tudo bem. – a garanti.

— Tenho medo do que faço quando tenho esses lapsos. Além de magoar você, será que fiz algo grave nessa última semana? Onde será que eu estive? O que eu fiz? - fala aflita.

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— Ei acalma-se. – acaricio seu rosto – Vamos investigar está bem e tenho certeza que você não fez nada demais, você é boa demais para fazer algo ruim Bella.

— Com licença. – diz papai entrando no quarto. – Você está bem Bella pode ir para a casa agora.

— Obrigada Carlisle.

— Os resultados dos exames que eu fiz só sai mais tarde, eu levo para você na sua casa.

— Obrigada Carlisle.

— Vemo-nos mais tarde então. – diz Carlisle saindo do quarto.

— Então vamos?

— Sim.

E a ajudei a se levantar, quando saímos do hospital o meu carro estava estacionado na entrada.

— Er... Bella você acha que...

— Eu posso entrar no carro Edward, está tudo bem, sem traumas.

— Certeza?

— Sim.

Quando chegamos à casa dela a fiz comer algo leve, assistimos um filme enquanto aguardávamos Carlisle, mas pelo visto ele teve alguma emergência, então ia demorar. Já era tarde da noite, achei melhor que Bella fosse descansar.

— Agora você precisa dormir.

— Não quero dormir. E se eu acordar daquela outra maneira.

— Bella uma hora terá de dormir, então não adiantará nada adiar isso, só irá ficar exausta e você precisa descansar. Durma meu amor, ficará tudo bem.

Ela suspirou em derrota, subimos até seu quarto ela se ajeitou melhor na cama, e a cobri melhor com o edredom.

— Amo você Edward.

— Amo você também. – digo e comecei a cantarolar uma música para que ela dormisse. O que não demorou muito, logo ela estava entregue ao mundo dos sonhos.

— Porque eu? - Bella começou a falar dormindo.

— Não faça, NÃO ...

— Me deixa sair... está escuro.

— Não... me deixa em paz...

Por mais que seu pesadelo me desse pistas do que lhe aconteceu era demais ficar assistindo sua aflição, eu tinha de acorda-la e fazê-la sair desse pesadelo.

— Bella meu amor acorde. – faço um carinho em seu rosto.

— Não ... de novo... não... não faça...

— Bella!- a sacudo de leve- Acorde!

Ela acordou sobressaltada.

— Calma você teve um pesadelo.

— Pesadelo?

— Não se lembra?

— Não.

A olhei preocupado e ela notou.

— Bom não se lembrar de sonhos quando acorda é normal. - a tranquilizo.

— É pode ser. – Bella soa não muito convencida. Devido seus lapsos.

Quando Bella dormiu novamente. Meu pai chegou com os resultados dos exames e falei sobre o que Bella falou no seu pesadelo.

— Sequestro? – Carlisle deduziu.

— Bom, se encaixa.- digo incerto, era uma explicação, mas eu não gostaria que Bella tivesse realmente passado por isso.

— Mas nada de pedido de resgate, e eles a libertaram sem mais nem menos. – fala depois de pensar um pouco.

— Ela pode ter fugido?

— Se Bella foi sequestrada é uma possibilidade. Mas ela não se lembraria de ser sequestrada?

— Algumas pessoas que sofrem esse tipo de violência podem não se lembrar como auto defesa da mente.

— Verdade, mas isso justifica ela não lembrar da última semana. Mas e os outros lapsos?

— Os exames não acusam nada.

— Então é isso não há explicação para os lapsos.

— Ainda não vejo uma, filho, acho que deva ser algo psicológico ela vem passando por vários momentos difíceis, falarei com especialistas, enquanto isso Bella fica vinte quatro horas sob observação.

— Ela não vai gostar, mas é para o bem dela. – faço um carinho de leve no rosto de Bella.

— Eu terei de ir caçar, mas não irie longe qualquer coisa me ligue que volto imediatamente.

— Tudo bem pai, obrigado.

— Até amanhã filho. – diz papai indo embora.

— Ficará tudo bem, meu amor. – sussurrei esperançoso.