A herdeira de Poseidon

De volta ao Brasil


–Por favor treinador! Me deixe entrar! - Eu gritava enquanto via mais um ponto de seque para o time adversário. Meu teme estava perdendo feio.

–Você vai ficar quietinha ai, sem jogar até a final! Eu já disse Marina! Não é porque você é a capitã que tem que jogar sempre!

Fazia um més que eu estava no Brasil. Um més que eu não via o Leo nem o Percy...

Ignorei o meu treinador, e fui trocar de roupa. Enquanto fazia isso, coloquei os meus fones de ouvido ( estava passando : Demons-Imagine Dragons.), e me lembrei da minha conversa com Poseidon.

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Flashback on:

–Vocês vão ter que se separar. - Disse para todos do acampamento. -Escolham lugares muito longe uns dos outros, para dispersar Tritão.

Todos falaram seus lugares, menos eu e Percy.

–Muito bem, Percy, você vai para Nova York.

Eu sabia muito bem o lugar que ele ia escolher para mim...E eu já me preparava para revidar.

–Marina...Brasil.

–Nem tente!

–Você vai, isso é uma ordem!

–Eu sempre segui suas ordens, mais essa eu vou ignorar!

–Marina!

–Eu já disse pai! A culpa é sua! Eu não volto naquele lugar! Eu não volto naquele casa! Eu não vou voltar!

–Você tem que superar isso!

–Você deixou ele morrer!

–Marina, o seu irmão morreu, mais a culpa não é minha!

–Você nós deixou sozinhos! Ele não tinha nenhuma forma de se defender!-Gritei.

–Eu pensava que a sua mãe estava lá!

–Tudo bem pai...-Me rendi, não queria ter aquela discussão de novo. - Mais você sabia que ela nunca estava lá...-Resmunguei.

Sai pisando forte até o meu chalé.

–Ei! Espera! - Leo corria atrás de mim. - Quem era Miguel?

–Meu irmão, Leo.

–I-Irmão?

–Isso - Parei.- Meu irmão, irmão do Percy, filho de Poseidon. O melhor irmão de todos os tempos, que morreu me protegendo...-Não consegui terminar, eu soluçava de tanto chorar...

Ele me abraçou e passou a mão pelos meus cabelos...

–E o que tudo isso tem haver com o Brasil?

–Eu sou brasileira Leo.

–Você é brasileira? Porque nunca me contou? Há! Deixa pra lá! Já entendi...

Flashback off.

Entrei na quadra com a música no voluma máximo para não ouvir as reclamações do treinador.

O saque não era o meu problema, nem o resto das jogadas...Agora quando e dava manchete...Ai Deuses! A cada vez que isso acontecia eu dava um gemidinho de dor.

Em uma jogada, meu fone caiu, e eu pude ouvir uma voz que me causou arrepios. Eu a reconhecia perfeitamente.

–Espero que quebre o pulso de novo!

–Olha ai! O meu meio-irmão idiota apareceu!

–Por falar em meio-irmão...

–O que você fez com o Percy seu canalha?

–Se entregue princesinha, e ele vai ficar bem!

–Mari! Não faça isso! Eu vou ficar bem!

(...)

–Estamos na final! - Gritei assim que voltamos para o colégio.

–URUUUUUUUUUU- Os alunos gritaram em coro, nós carregando nós ombros. Eu adorava aquilo...Aquela sensação de dever comprido...

(...)

Entramos na sala de aula, e assim que vi a professora sorri. Teca, professora de biologia.

–Como foi o jogo meninas? - Ela perguntou assim que nós viu.

–Qual é o colégio que está na final? -Gritei, enquanto ouvia, feliz, os aplausos da turma.

Fui para o meu lugar esperar a hora da apresentação do meu trabalho.

(...)

Eu era a próxima, quando estava quase me levantando, meu celular tocou.

–Caramba! O que é? - Disse estressada, em português.

–Em inglês, por favor! - Disse uma voz, que assim que reconheci, abri um sorriso.

–Desculpe amor! Onde você está? - Perguntei em inglês.

–Você namora nós Estados Unidos?- Perguntou Breno. Merda! Ele falava em inglês!

–Sim Breno, eu namoro.

–O que você disse? Deixa pra lá! Estou quase chegando ai, tem uma coisa que você precisa saber...

–O que?

–Curiosa!

–Ele não fez isso fez ? Argh! Ele não desligou desligou? Nilo, você vai ficar com um irmão a menos! -Brinquei, enquanto jogava o telefone para ela segurar.

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(...)

Eu apresentava o trabalho sem olhar para a turma. Vergonha? Não! Eu encarava a porta...Esperando que ela abrisse e o Leo entrasse ali.

–Esperando alguém Marina? - Apenas assenti.

Quando a bateram na porta, eu corri e abri, tinha um bilhete no chão.

Minha chave de fenda!

Beijos, Leo.

Fui até a minha bolsa, tirei de lá a chave dele e joguei na direção que eu tinha visto um vulto. Ele saiu de lá, segurando a chave e rindo.

–Era para acertar a sua cabeça! Errei!

Ele gargalhou e disse:

–Cara, Tritão está ferrado!

Eu ri com ele e lhe dei um beijo.

–Eu não teria tanta certeza, Valdez!