Cenas se passam na cabeça de Margot: ela se vê pequena em seu quarto, no castelo onde morava, ela estava rindo com a feiticeira branca sobre algo que Margot havia lhe contado. A cena muda, e agora, Margot vê sua mão colhendo uma maçã vermelha. A cena muda novamente, e agora ela está dando um abraço na sua mãe, no dia de sua morte. Mais uma vez a cena muda, agora ela está parada no meio do salão de Cair Paravel, olhando nos olhos do rei magnifico. A cena muda mais uma vez e agora ela está rindo embaixo da neve que fez. Depois de várias lembranças de sua vida Margot abre os olhos. Ela está do mesmo jeito de quando dormiu, Margot olha em volta, seu quarto está do mesmo jeito de quando adormeceu porem com muita poeira. Ela se levanta da cama e vai para o espelho, pelo que viu, parecia ter dormido por menos de um ano. Seu rosto continuava o mesmo e ainda estava com o vestido branco que usou no dia em que começou a dormir. Margot desceu as escadas.
– Winy? Lincon? – Nenhuma resposta.
Os moveis da sala estavam todos empoeirados e velhos. Margot decide procurar então fora da torre, agora já não era mais inverno, estavam aparentemente na primavera. Todas aqueles tapetes de folhas forrando o chão... estava tudo lindo porém deserto. Ela chamou por Lincon, Winy e até o senhor Remo, porém nenhuma resposta novamente. Onde estavam todos? Ela decidoun ir até o estábulo, mas os cavalos também não estavam lá, O que teria acontecido esse tempo em que ela esteve dormindo? A noite se aproximava, então Margot resolvoubacender algumas velas, depois foi até a cozinha para comer algo. A cozinha estava completamente suja, com muitas folhas e teias de aranha. Na mesa já não havia mais nenhuma fruta e a despensa estava vazia. Margot então subiu as escadas de volta para seu quarto, para sua cama, ela não queria mais dormir pois já havia dormido por bastante tempo, mas como não temais nada para fazer, fechou seus olhos e tentou dormir. No dia seguinte ela voltou ao jardim, o qual continuava vazio, Margot resolveu ir atrás de algo para comer. Ela entrou na floresta e por sorte conseguiu achar algumas frutas. Quando voltou, encontrou a porta da torre aberta, e ela lembrava-se de te-la fechado quando saiu. Ela soltou as frutas no chão e foi correndo para a torre que estava silenciosa e vazia.
–Olá? –Perguntou. Ninguém respondeu. –Winy? É você? –Silêncio. Margot deu alguns passos em direção a cozinha, quando escutou uma batida vindo de seu quarto, assustando-a. Outro barulho. E depois outro e mais outro. Logo ela percebe que tem alguém descendo as escadas. Ficou paralisada, e depois de alguns minutos ela consegue ver, parado, no fim da escada um fauno muito velho com uma bengala em uma as mãos. Ela não consegue acreditar.
–Você demorou a acordar Margot. -Disse o fauno
–Senhor Remo? – Perguntou a menina com seus olhos cheios de lagrimas. –Por quanto tempo dormi?
–Cerca de 1300 anos. Eu tive que hibernar algumas vezes para poder estar aqui hoje. – O fauno vem se aproximando devagar.
Ela não conseguia acreditar que havia dormido por tanto tempo, quando parecia que dormiu apenas alguns meses.
– 1300 Anos? Mas eu não mudei. – Disse a menina.
–Quando se está hibernado o tempo para você, por isso continua do mesmo jeito de quando dormiu.
–Então todos que conheço estão.... – Seus olhos se enchem de lagrimas.
–Sim Margot, estão mortos. –Disse o fauno, limpando uma lágrima dos olhos de Margot. –Não se preocupe Winy teve uma ótima vida, se casou com Lincon e tiveram dois filhos. –Winy casada com Lincon. Isso era uma coisa que ela queria ter visto.
–Então eu tenho 1300 Anos? –Pergunta sorrindo
–1316, para ser mais exato. –Disse o fauno rindo junto com a menina. Alguns dias se passaram e Remo decidiu tirar a menina da torre e levar para sua casa, em um povoado um pouco longe da torre onde eles estavam. A menina arrumou algumas coisas para levar, e colocou na parte de trás da carruagem em que o fauno veio. Ela o ajudou a subir na carruagem e em seguida sentou ao seu lado. A carruagem era simples, porém bem aconchegante.
–Gostaria de lhe avisar que muitas coisas mudaram em Nárnia. –Diz ele olhando serio para a menina. –Outro rei governa Nárnia.
–Os antigos Reis e rainhas morreram, certamente. –Diz ela abaixando os olhos.
–Não exatamente. Eles sumiram alguns anos após você hibernar. –Ela levanta os olhos para o fauno. -Como sumiram? –Perguntou ela
–Eles estavam na caça ao veado branco e depois disso nunca mais foram vistos. Alguns dizem que eles voltaram para o mundo de onde vieram.
–E esse novo rei foi elegido por Aslam?
–Não. Aslam não foi mais visto desde de a coroação em Cair Paravel.
–Então ele foi elegido pelos narnianos? –Pergunta Margot
–Também não, os telmarinos tomaram conta de Narnia, alguns animais não falam mais e eles pensam que fomos extintos. –Explica o fauno para a menina.
–Quem são esses telmarinos e porque os narnianos se escondem? –Pergunta ela com um pouquinho de raiva.
–Bem, pelo que eu sei um homem chamado Caspian I conquistou Nárnia e fez dela seu reino, foi ele quem trouxe sua gente para cá. Vieram todos de Telmar, um lugar além das montanhas Ocidentais. Por isso Caspian I é chamado de Caspian, o conquistador.
–Então esse tal Caspian veio para cá, lutou contra a gente e venceu?
–Sim senhorita.
–Então não podem nos ver? – Pergunta Margot
–A senhorita não teria problema. Poderia se passar muito bem por uma telmarino. Eu provavelmente seria morto.
Margot não estava gostando nada dessa história, não gostava nada desses telmarinos que invadiram suaa terras e se acham no direito de se tornar reis. Depois de alguns minutos em silêncio a carruagem vai parando no meio da floresta.
–Já chegamos? –Perguntou a menina
–Ainda não. Só vamos parar por alguns minutos. –Diz o fauno descendo da carruagem e indo em direção a um tronco grande, ele bate três vezes no tronco e fica parado frente a ele. Margot começou a achar que o fauno já estava muito velho e acabou ficando louco, quando uma parte do tronco se deslocou como uma porta e um anão de barbas negras aparece em meio ao buraco no tronco.
–Nikabrik, está é Margot. –Disse o fauno apresentando a menina. –Margot este é Nikabrik um velho amigo.
–É uma honra conhece-la senhorita. –Diz o anão para ela.
–A honra é minha. –Margot dá um sorriso para ele.
–Vamos, entrem. –Convidou ele.
–Nós não vamos ficar, eu só vim pegar o mapa da caverna. –Disse o fauno.
–Ah sim, esperem um minuto, vou buscar. – O anão entrou em sua toca e em menos de um minuto ele voltou com um pergaminho nas mãos. –Aqui está. –O anão entregou o pergaminho a Remo.
–Obrigada, e até mais. –Agradece o fauno voltando para a carruagem e Margot vai logo atrás dele.
–Foi um prazer conhece-la senhorita. –Diz o anão ainda na porta da toca. Margot acenou para ele e entrou na carruagem. A carruagem voltou a andar, ela está muito curiosa para saber onde está indo agora. Alguns minutos depois, a carruagem parou em frente a uma montanha de pedras. O fauno estava descendo da carruagem com dificuldade, por causa de sua idade avançada. Margot o acompanhou até o início da montanha. Ele bateu algumas vezes em uma parte totalmente de pedra e em seguida uma grande porta se abriu, deixando a menina com a boca aberta. O fauno caminhou devagar e foi entrando na abertura na pedra, e aos poucos ela pôde ir vendo o quando aquele lugar era bonito. Havia muitas tochas iluminando o lugar, algumas casas de madeira e barraquinhas de frutas. A porta de pedra se fechou. Depois de alguns minutos de caminhada dentro da caverna, o fauno parou na porta de uma casinha de madeira, ele tirou uma chave dos bolsos e abriu a porta. Dentro da casa a há duas poltronas, uma cozinha pequena e uma outra porta, que deveria dar para um quarto.
–Pode ficar à vontade. –Disse ele para a menina que lhe devolve um sorriso.
–Que lugar é esse? –Pergunta ela.
–É aqui que alguns dos narnianos se escondem. Agora descanse –Ele indicou a porta do quarto. No quarto há uma cama, algumas velas e um guarda-roupa. Ela foi em direção a cama, deitou-se e adormeceu.

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