A filha da Marca Negra

E o tempo passa


O bom humor do dia anterior tinha passado, dando lugar à raiva e um pensamento assassino “Quem sabe faça um favor para o mundo matando o Potter, a profecia nem é tão ruim”.

Quando revelou isso com selvageria para as amigas, Ashley riu.

_Bem capaz, então espera ele entrar no salão e acaba com isso.

_Papai disse que tenho que estudar antes, provavelmente mais uma profecia idiota_ ela resmungou, tinha contado para Ashley da profecia. Concluiu que ela merecia esse voto de confiança.

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_Mais?_ ela riu­_ bom, acho que cheguei a uma conclusão sobre tudo isso_ ela estava séria_ precisamos de torradas, toda essa ação me deixou com fome.

_Ação? Você só levantou da cama!_ Lena riu.

_Exatamente, não é o suficiente para você?_ elas se sentaram na mesa da Sonserina, Ashley se servindo de muitas torradas.

_Ei, eu gostaria de pedir desculpas_ Lena se virou e alvo estava atrás dela, com uma expressão cuidadosa.

_Desculpas?_ ela riu_ De que adianta, considerando que me atacou na noite passada?_ não fora exatamente um ataque, mas ela achou desnecessário acrescentar isso e desejou que Alvo também não o fizesse.

_Olha, eu estava obcecado, precisava saber do que se tratava aquela lembrança e agora que sei percebo o porquê de você não ter me contado_ ele a olhou demoradamente.

_Jura? Por quê?_ ela lançou um olhar curioso.

_Se eu não soubesse da profecia, não precisaria te enfrentar e os dois ficariam vivos_ ela falou com um tom de quer diz “é óbvio”_ eu faria o mesmo.

_Não, espera. Você realmente acha que eu não te contei porque não queria que você morresse?_ isso era ridículo até para ele, embora algo tenha despertado nela quando ele deu a entender que a queria viva_ o único motivo que me compeliu a não lhe revelar a lembrança é o mais simples possível. Quanto mais informação de vantagem eu tiver, melhor_ parecia que Alvo tinha entalado um sapo na garganta, pois não conseguiu dizer nada, apenas saiu rapidamente.

_Não achou um exagero?_ Ashley opinou quando ele estava longe o bastante para não ouvir.

_Talvez, mas você ouviu o que ele disse, é ridículo!_ ela falou com a maior certeza que pode.

_Sim, mas ele tentou_ ela parou por um momento_ o que estou fazendo? Defendendo um Potter...

_Você ainda gosta dele?_ Lena a olhou com desconfiança.

_Não_ ela corou_ na verdade, gosto do Scorpius, não fala nada para ele.

_Mas isso é ótimo, tenho certeza que ele gosta de você!_ Lena sorriu_ mas não se preocupe, não vou me meter.

_Bom dia meninas_ Jake apareceu e a beijou.

_Bom dia_ Ashley sorriu gentilmente. Ela parecia bem mais animada depois que descobriu do namoro dos dois.

_Bom dia_ Lena não estava tão animada quanto a ruiva.

_O que aconteceu?_ Jake a olhou preocupado.

_O Potter, como sempre, nada demais_ ela sorriu, a última coisa que precisava era que Jake fosse bater no garoto, até porque ela não contaria para o namorado como que acabou baixando a guarda.

_Quer que eu fale com ele?

_Não precisa, consigo me resolver sozinha.

Durante as aulas da manhã seus pensamentos deslizaram para uma zona que ela costumava evitar: Alvo Severo Potter.

De verdade, ela tentava, mas parecia que quanto mais ela ficava sem pensar no garoto, mais coisas aconteciam para envolvê-los na mesma confusão. Como se o mundo quisesse provar que ela estava certa, no almoço uma menina do quinto ano veio avisá-la que seu segundo dia de detenção seria hoje às dez horas da noite.

Quando faltavam dez minutos para as dez, ela se dirigiu ao hall de entrada onde Hagrid os esperava novamente em uma animada conversa com Alvo.

_Lena, já chegou? Certo, então vamos_ ele os conduziu novamente para a floresta proibida, mas desta vez pararam na orla dela_ Hoje vamos fazer coisas mais simples, como alimentar explosivins_ Lena e Alvo trocaram um olhar que dizia com todas as letras “isso é uma coisa simples?” porque os dois estavam cientes de que essas criaturas eram tão perigosas de frente como de trás.

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_Está maluco? Esses bichos são um perigo!_ ela se indignou.

_Não estou maluco, agora, se preferir encontrar as aranhas novamente_ ele falou com frieza. Ela empalideceu.

_Onde está a comida?

_Ali no canto, e acho que vamos passear com eles também.

Uma hora depois eles estavam sendo arrastados pelos gramados do castelo, tentando desesperadamente se colocar de pé. A esperança de Lena foi quando se agarrou a uma árvore e se equilibrou, atando firmemente o bicho. Alvo a imitou.

_Eu preferia as aranhas_ alvo concluiu quando voltavam ao castelo, com sérias queimaduras.

_Estou com sérias dúvidas de qual é mais perigoso_ concordou Lena.

Eles chegaram a ala hospitalar (novamente) para que Madame Pomfrey pudesse cuidar das queimaduras.

_Porque será que sempre acabo na hospitalar com um Potter envolvido?

_Ei, mera coincidência, e comigo é a mesma coisa, então nem reclame_ ele riu.

Já era madrugada quando finalmente chegaram aos dormitórios, para um merecido sono, embora o de Lena não tenha sido tão tranqüilo.

Ela estava no gramado, de frente para Alvo. Mas tinha algo errado, ele parecia ofegar tentando respirar.

Lena o analisou e viu uma enorme ferida feita por uma faca logo abaixo da caixa torácica.

Ela começou a procurar quem teria feito um horror daqueles, mas não havia ninguém. Estendeu as mãos para ajudá-lo e soltou um grito de horror. Suas mãos estavam sujas de sangue e a faca estava caída ao seu lado.

Acordou com um grito, horrorizada.

_O que foi?_ Ashley levantou assustada.

_Tive um pesadelo_ ela levantou as mãos que estavam sujas de sangue_ Ashley, olhe minhas mãos!_ ela começou a chorar.

_Calma, você só apertou as unhas com força contra sua palma_ ela a tranqüilizou_ quer me contar o sonho?_ Lena negou e se levantou da cama, indo em direção a porta_ Aonde você vai?­_ Ashley a olhou como de tivesse enlouquecido.

_Já volto_ ela desceu até o saguão e se dirigiu ao corredor que levava para o dormitório dos meninos.

Procurou a placa que dizia primeiro ano e abriu o mais silenciosamente que pode. A primeira cama era de Alvo que dormia profundamente. Fechou rapidamente a porta e voltou ao dormitório onde garantiu a Ashley que estava bem e voltou a dormir.

Quando acordou no outro dia não se levantou de uma vez, ficou olhando para o teto e pensando na jornada que tinha a partir de agora.

Teria que dedicar-se exclusivamente a encontrar tudo que pudesse ajudar no seu sucesso, nem que tivesse que renunciar a todos os momentos felizes que viriam.

6 anos depois...