Ele tomou minha boca suavemente, mas logo aprofundou o beijo.

Fazendo sua língua dançar e explorar cada espaço de minha boca. Eu fiz o mesmo. Seu gosto era inebriante, me fazia querer mais e mais. Sem intervalos ou precauções. Passei meus braços por seus ombros e meus dedos encontraram sua nuca, e seu cabelo pouco desgrenhado esparramado por lá, os entrelacei entre minha palma. Enquanto isso, sua mão jazia em minha cintura, agora intensificando o toque e não deixando nenhum espaço entre nossos corpos. Essa mesma mão começou a conquistar espaço em meu corpo nu, coberto pelo grosso roupão. A única coisa que me cobria naquele momento. Sua mão zanzava pelas minhas costas, até encontrar meu cabelo longo molhado. Seus dedos agora faziam o que eu havia acabado de fazer, ele entrelaçava sua palma e dedos pelo meu cabelo, e me puxava mais para si. Sua boca deixou minha boca por um instante, e foi em direção ao meu pescoço, me fazendo ao mesmo tempo suspirar e recuperar o folego. Involuntariamente, nossos corpos começaram a procurar um suporte, e uma parede foi encontrada.

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Nossos corpos estavam em um frenesi. Algo nos movia. O desejo.

Bruce havia encontrado novamente meus lábios, e suas mãos agora estavam em toda parte de meu corpo. Conhecendo cada pedaço. Elas, lentamente, encontraram a faixa de meu roupão, e começaram a tirá-la. O momento era esse, o mundo desaparecera diante meus olhos, e só o que permanecia era seu beijo e suas mãos explorando meu corpo... Porém, algo fez com que o mundo voltasse a sua verdadeira face. A porta de meu quarto bateu. Ambos, surpresos, voltamos nossas atenções para.

–Patrão Bruce? - A voz de Alfred ecoou pelo quarto. Bruce voltou seu olhar para o meu, e olhando em meus olhos respondeu:

–Sim, Alfred!

–A Srta. Vale está a sua espera. -

–Você disse que ela havia ido embora, Bruce - Sussurrei para ele

–Não, eu apenas disse que a entrevista havia acabado. - Disse ele, em tom de voz normal. Senti sua mão deixar meu corpo e repousar ao seu lado. - Deixe-me ir dispensa-la. Volto em um instante. - Seus dedos roçaram em um instante minhas bochechas e se foram, assim como ele, em direção a porta.

Ele saiu, e Alfred, ainda lá, fez a pergunta rotineira.

–Precisa de algo, Srta Kyle?

–Não, muitíssimo obrigada!

–Mesmo assim, insisto em trazer-lhe um chá.. -

–Insiste? Essa é nova - Disse, com um enorme sorriso - Então já que insiste, não me cabe dizer não. Adoraria um chá, obrigada Alfred.

–O trarei em um instante. - E saiu.

Aproveitei para me vestir. Estava apenas, como já comentado, de roupão. O troquei por leves roupas. Depois de alguns meses, o problema com o closet havia desaparecido. Foi o tempo certo de eu ouvir a porta bater.

A abri e Alfred jazia com uma bandeja em mãos.

–Entre! - Lhe falei, mostrando o caminho -que ele já sabia- com as mãos.`Ele deixou a bandeja em cima da enorme cama e já estava de saída, quando agradeci e ia perguntar por Bruce, mas ele se adiantou e falou:

–Patrão Bruce ainda está dispensando Srta Vale, logo virá, presumo.

–Obrigada, novamente! -

–Srta Kyle, se me permite, posso comentar algo?

–Claro, Alfred.. - respondi, tentando imaginar sobre o que ele comentaria. Será que sobre Bruce estar em meu quarto? Sabia que para Bruce, Alfred era como um pai, e para Alfred, Bruce um filho. O que será que ele falaria? Esses pensamentos atingiram meu cérebro em questão de milésimos de segundos.

–Srta, devo dizer que acho que não percebe o que, involuntariamente, está fazendo. - Acredito que eu tenha assumido feições de espanto, pois ele logo continuou - Não se assuste, não é essa minha intenção. A verdade é que depois que chegou aqui nesta mansão, por pouco que pareça, tudo veio a melhorar. Patrão Bruce tem andando com mais sorrisos do que já havia visto em anos. Principalmente depois de algo que aconteceu na adega - Meu rosto, instantaneamente ficou rubro - Nada ele me contou, não se preocupe! O ponto é que, não quero entrar no que for que vocês dois tenham, mas você o está fazendo feliz. Como nenhuma mulher fez. Só gostaria que assim soubesse. Agora, se me dá licença... - Fiquei em silencio, tentava falar algo, mas era como se algo impedia. Eu o fazia feliz, como nenhuma mulher fez. Essas palavras ecoaram em minha cabeça. Até eu perceber de que Alfred havia ido embora, mas eu não estava sozinha.

–Se perdeu em seus pensamentos? - Bruce disse.

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–Ah.. sim... Desculpe. Chá? - ofereci, apontando para a bandeja. E indo em direção a ela. Servi duas xícaras. Bruce estava ao meu lado, sentado na cama. Coloquei uma xícara em suas mãos, e ele as pegando manteve uma de minhas mãos presas na sua. Com a outra mão livre peguei a segunda xícara servida e dei um gole.

–O que houve? - ele perguntou

–Ãhn? Ah, sim... Nada! - disse, em um completo e desnecessário nervosismo. O que havia acontecido de fato? Só que Alfred me dissera que eu o fazia feliz, e isso geralmente seria sinônimo de am... Melhor deixar pra lá.

–Hum... Não, digo com o roupão. Estava tão sexy. - Não consegui não rir. Em meio a discretos risos retruquei:

–Se quiser o coloco!

–Não, não, tudo bem... Me conformo com seu cabelo molhado. - E de fato, não havia me lembrado de os secar. A xícara de chá sua mão sumira, e agora ele pegava a minha.

Em segundos sua boca já estava na minha novamente.

Seu corpo se deitou sobre o meu. Por um segundo meu olhar pairou sobre a porta, e ele percebendo o olhar disse:

–Eu tranquei, ninguém nos incomodará agora... A menos que queira fugir.

–Fugir? De seus braços? Nunca! - Foi o suficiente para que ele me beijasse arduamente. Suas mãos tateavam cada milímetro de meu corpo. Ele começou a tirar minha blusa, não me opus. Eu o ajudei, e fiz o mesmo com sua camisa, desabotoei botão por botão, lentamente. Logo seu tórax definido se encontrava a minha frente, mas não foi isso, de certa forma, que me impressionou. Ele tinha cicatrizes, muitas cicatrizes. Elas se estendiam de seu peito até a baixo, e apostava que se estendiam mais ainda por suas costas. Não pude conter meu assombro.

Uma de minhas mão cobriram minha boca, e a outra percorreu por algumas dessas cicatrizes.

–Bruce, o que...

–Tudo bem. Foi um acidente enquanto eu esquiava.

–Todas elas?

–Hm, algumas apenas. Não se preocupe, são só cicatrizes. Posso me vestir se quis...

–Não! Só estou assustada, só isso. - Agora, eu estava sobre Bruce. Minhas mãos percorreram por todo seu peitoral despido, até chegar em seu lábios. Encostei, suavemente, meu dedo sobre sua boca, e disse:

–Sei que pode parecer bobo, principalmente agora, mas Bruce, eu te faço feliz? - Ele fez o mesmo que eu tinha acabado de fazer. Seus dedos roçaram meus lábios e ali pararam.

–E por que não faria?

Sem nem perceber, Bruce havia trocado de lugar comigo, e agora era ele que pressionava seu corpo sob o meu na cama.

–Onde estávamos? - perguntou ele, retoricamente. Sua boca avançou na minha, e em meu pescoço, me fazendo arrepiar. O botão de minha calça foi encontrado e em momentos ela estava no canto do quarto, assim como a dele.

Suas mãos encontraram meu seios, cobertos por um sutiã de renda. Bruce não encontrou dificuldade nenhuma em tirá-lo.

A boca de Bruce, agora descia de meu pescoço, para um destino mais a baixo.