Capítulo 16

Steve on

Desde a segunda guerra mundial eu não sentia isso por alguém. Desde Peggy. Depois de perde-la para o tempo, decidi que me apaixonar era a pior coisa a ser feita. Só servia para você se machucar. E doia, muito. Daquele dia em diante, depois que acordei no hospital anos e anos depois, decidi que a melhor forma de seguir em frente, era me focar em ajudar os outros. E estava indo tudo bem, até ela chegar.

Todas as garotas que conheci nesse século só estavam preocupadas em roupas, maquiagens e quantos quilos quererem perder. Emma é diferente. Ela é inteligente, esperta, engraçada e independente. Me lembra muito Peggy, mas ao mesmo tempo, são totalmente diferentes. Parece ser confuso, mas isso faz todo o sentido da minha cabeça.

AGR, odeio isso! O amor faz a gente cometer loucuras, e pode nos deixar totalmente acabados de um momento pro outro. Como na festa, quando vi Emma caindo no chão, inconsciente com a perna cheia de sangue. A única coisa em que consegui pensar foi pegá-la em meus braços e sair dali o mais rápido possível. Fiquei naquele hospital por horas e horas, esperando que ela acordasse para eu poder ver aqueles lindos olhos verdes brilhando para mim de novo, junto com aquele sorriso que me tira o fôlego.

Talvez, se eu não estivesse tão cego de paixão, pudesse ter ajudado Natasha e não estaríamos agora em Asgard. E talvez, nós não tivéssemos que escutar aquele grito, e sair da biblioteca a tempo de ver Emma sumindo diante de nossas vistas.

- O QUE ACONTECEU? - Gritei com Clint. Mais uma vez, perdi meu controle. Tentei ficar controlado, mas não conseguia. Aquilo não podia estar acontecendo.

- Eu não sei! - ele respondeu, passando as mãos no cabelo. Por que eu estava com tanta vontade de socá-lo? Não foi culpa dele! MEU DEUS, SE ACALMA STEVE! - Escutamos a explosão, e quando vi, uma luz verde a estava puxando para cima. Não pude fazer nada.

Tony já havia colocado a armadura, e Thor tinha chamado todos os soldados de Asgard. Stark voava pelo céu adentro, de um lado para o outro, víamos somente um risco quando ele passava por nossas cabeças. Nunca me senti tão inútil como aquela hora! Não ia perder o amor da minha vida para aquele cubo azul brilhante idiota de novo. NÃO IA!

Enquanto eu sentava em uma espécie de meio fio, segurando as lágrimas que insistiam em ir aos meus olhos, uma segunda explosão veio de dentro da biblioteca. Entramos correndo, e vimos uma figura ofuscada pela fumaça: LOKI!

- Ora ora, meus queridos Vingadores - ele disse, com aquele sorriso sarcástico nos lábios. Ele fechou a cara, e olhou para os lados, como se estivesse procurando alguma coisa - Se não me engano, faltam alguns membros no clube, não é?

O sangue subiu a minha cabeça, e eu fechei os punhos. Sem pensar duas vezes, fui em direção à Loki. Ele ficou parado, sorrindo. Joguei o braço para frente do meu corpo, iria acertar em cheio seu rosto cínico em segundos.... caí do outro lado. Ele não estava realmente ali!

- Você é um holograma - Stark gritou - é tão covarde assim, que tem medo de aparecer em carne e ossos?

Me levantei, ignorando a dor no meu ombro, que acertou com tudo o chão. O holokigrama se virou para mim.

- Vejo que alguém está apaixonado. Own, que fofo. - ele disse, meu corpo tremia de raiva - Ela fala demais, como você a aguenta? Estou com ela a dois minutos, e com vontade de jogá-la pela janela.

- Não se atreva... - comecei a dizer, mas ele me interrompeu.

- Não se preocupe, ela vai estar sã e salva. Além disso, não entendo metade do que ela diz. E a ruivinha é uma graça, não é pequeno Gavião? - Ele disse, se virando para o lado de Clint - sempre me simpatizei com ela, desde o começo - ele riu sarcasticamente - ela ainda é sua namorada?

- Não mais - Clint cuspiu as palavras. - SOLTE-AS!!

- Somente depois, que vocês, cavalheiros, me entregarem o Tesseract!

Por um momento, nos esquecemos o que estava em jogo, e nos olhamos com expressões confusas.

- O Cubo não está com você? - perguntei finalmente. Se não estava com ele... com quem estava?