Régulos não falava nada havia pelo menos dois minutos. Rodolphus, por sua vez, parecia furioso.

— O que você fez?

— Por que você pressupõe que a culpa foi minha? – Rabastan perguntou, extremamente ofendido.

— Porque sempre é! – Rodolphus aumentou o tom de voz.

— Você nem estava lá para saber! – Rabastan disse no mesmo tom do irmão. – Como você pode colocar a culpa em mim se nem sabe o que estava acontecendo?

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— Porque eu sei o que eu vejo, idiota! E sabe o que eu vejo? Eu vejo como Zaniah te olha, há anos! – Rodolphus agora gritava. – Eu duvido que ela terminaria com você por nada. DUVIDO!

Rabastan apenas olhou para seus pés, o que foi suficiente para Rodolphus se convencer que estava certo.

— Parabéns, seu idiota, você era o único que tinha um bom casamento garantido e cheio de amor, amor de verdade e não por conveniência. E você estragou tudo. Como sempre faz. Desde o dia em que nasceu.

Obviamente, Rodolphus se referia ao parto de Rabastan, em que sua mãe, Hadassa, faleceu após dar à luz ao seu caçula.

— É óbvio que é sobre isso. – Rabastan falou com um sorriso cínico, mas era preciso conhecê-lo apenas um pouco para ver a tristeza e a mágoa em seus olhos verdes. – Você nunca me perdoou.

— E nunca vou. – Rodolphus disse ao sair do quarto do mais novo, batendo a porta.

Rabastan olhou para o melhor amigo que ainda estava calado, olhando para o nada, provavelmente perdido em seus próprios pensamentos.

— Régulos. – O Lestrange o chamou, então o Black pareceu voltar à realidade e o olhou. Os mesmo olhos de Zaniah. Aquilo doeu.

— Sim?

— Você pode me ajudar? Sabe, a reatar com sua irmã. – Rabastan perguntou esperançoso. Havia rompido com Zaniah não havia nem dois dias e já estava morrendo de saudade de tudo sobre ela.

Régulos pareceu pensar sobre o assunto.

— Bem, se você me contasse o que aconteceu, eu poderia tentar entender e então te ajudar.

Rabastan crispou os lábios. Não queria falar sobre aquilo.

— Eu tive ciúmes dela com o Burke. – Confessou. – A proteção que ela o deu… Eu não reagi bem. E ela menos ainda…

— Resumindo, você tentou a controlar. – Régulos falou arqueando uma sobrancelha. – É, não vai rolar. – O Black se dirigiu até a porta.

— O QUÊ? – Rabastan gritou exasperado, seguindo o amigo.

— Achei que depois de todos esses anos você já tivesse aprendido que ninguém controla um Black. – Então lhe deu as costas e saiu do cômodo.

Rabastan sentou na sua cama e deixou que o desespero o tomasse por inteiro. As lágrimas corriam livres por seu rosto e o garoto não emitia som, mas seu coração se quebrava ainda mais dentro de si.

/*

Órion Black sentia seu queixo no chão, assim como sua esposa, Walburga, ao seu lado. Joseph Lestrange parecia tão confuso quanto se possa imaginar e esperava que alguém sorrisse e falasse que tudo não passava de uma brincadeira - de muito mau gosto, por sinal.

No entanto, Tom Riddle pareceu muito sério ao dar a notícia aos dois patriarcas de suas famílias de que: seus filhos, Zaniah Black e Rabastan Lestrange, haviam terminado o relacionamento de quase dois anos, que rendera um contrato de casamento. Eram muito mais que namorados, eram noivos e parceiros de vida. Eram apaixonados, e absolutamente ninguém parecia esperar que tal rompimento poderia ocorrer um dia.

Mas ali estavam, recebendo tal notícia pelas palavras do Lorde das Trevas,

/*

— Zan, o que você acha de irmos dar uma volta na praia? – Theo perguntou à amiga que estava deitada na cama sem falar nada havia horas.

— Essa foi uma das últimas frases que eu disse ao Rabastan. – Ela falou rindo. – Uns dez minutos depois eu estava solteira.

— Você pode parar de ser tão cínica consigo mesma? – Bartolomeu perguntou irritado. Zaniah estava fazendo aquele tipo de comentário desde que acordara, o que deixava a todos ali muito desconfortáveis e preocupados em como a amiga estava lidando com a separação.

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— Certo, eu desisto. – Theo disse erguendo as mãos. Madeline pulou e fez um high five com o irmão.

Aquilo fez Zaniah rir genuinamente e Mad sorriu.

Escutaram uma batida na porta e Zaniah se virou na cama, escondendo a face no travesseiro. Enquanto isso, Darwin abriu a porta levemente para ver quem estava do outro lado.

Virou-se em direção de Zaniah e falou com uma voz doce.

— Zan, tem visita para você. – Ao mesmo tempo que a Black erguia seu corpo, os amigos se retiravam do cômodo e o visitante entrava.

Zaniah encarou aqueles olhos verdes marcantes, entretanto, aqueles olhos verdes não despertavam muitos sentimentos sobre ela.

— Rodolphus. – O cumprimentou amigavelmente.

— Zaniah… – Ele falou acenando a cabeça e sentando-se na cama, à frente da garota.

Rodolphus sempre fora direto ao ponto e dessa vez não seria diferente.

— O que aconteceu?

Zaniah suspirou.

— Eu e seu irmão terminamos. – Ela falou vagamente. Afinal, Rodolphus não havia sido nada específico.

— E por quê? – Ele tentou induzi-la.

— Porque foi melhor assim. – Zaniah respondeu, seus olhos distantes relatavam suas respostas tão vagas.

— Parece que você decidiu isso sozinha, Zan. – Rodolphus pontuou, certo tom de acusação na sua voz. – Qual foi a razão do término? – Ele perguntou, agora de uma forma mais decente.

— Por que não pergunta ao seu irmão? – Zaniah respondeu áspera. Será que Rodolphus não estava reparando que essa era a única conversa que ela não queria estar tendo no momento? Que ele não tinha que se meter ou opinar em nada da sua vida?

— Eu estou sem paciência para Rabastan… Sem falar que eu e você sempre nos demos muito bem, por isso estou aqui, para conversarmos. Quero dizer, estou triste porque aparentemente você não irá se juntar à minha família.

— É o que parece mesmo. – Zaniah respondeu simplesmente.

Rodolphus suspirou.

— Não vou conseguir tirar nada de você pelo visto.

Zaniah não se deu ao trabalho de responder, apenas esperou o mais velho se retirar do quarto, voltou a deitar na cama, com as costas viradas à porta, seu rosto quase afundado no travesseiro.

Não ouviu quando alguém se aproximou, apenas sentiu o colchão afundar e a voz doce de Darwin preencher seus ouvidos.

— Como você está?

— Quebrada. - Zaniah disse com uma risada triste. – Praticamente irreparável.

— Duvido. - Darwin falou, a forma que sua voz saiu mostrava que ele dava um pequeno sorriso. – Você é invencível, com certeza vai aguentar isso.

— Obrigada, Darv. – Zan sussurrou.

— Pelo quê? É apenas a verdade. – Ele disse encostando sua mão no ombro da amiga.

Zaniah se virou para olhá-lo. Deu um pequeno sorriso.

— Por ser a primeira pessoa que pediu como eu estou me sentindo em relação aos meus sentimentos e não ao meu noivado, ou ex-noivado.

— Zan, sempre estarei aqui por você, não é algo que você precise agradecer.

— É sim. – Ela sorriu de leve novamente. Darwin correspondeu.

A porta foi aberta por Bartolomeu que não se deu ao trabalho de entrar, assim como nenhum dos outros três atrás de si. Ele parecia preocupado com algo, Zaniah entendeu com a frase dita rapidamente.

— O Lorde chamou uma reunião de emergência, na areia. Todos precisam ir, inclusive você, Zan. Ele foi bem categórico nessa parte…

Zaniah pareceu confusa, mas levantou-se da cama, ainda que sem vontade. Mexeu em sua bolsa, tirando uma muda de roupa mais quente de lá, afinal a casa era climatizada, diferente da área externa. Dirigiu-se ao banheiro onde se trocou, escovou seus dentes, prendeu seu cabelo num coque com uma piranha e disfarçou os olhos inchados com um pouco de maquiagem. Ainda se deu o direito de passar rímel e lápis, escurecendo-os e deixando-os ainda mais marcantes. Passou um hidratante com um leve tom avermelhado nos lábios e vestiu sua melhor máscara de Princesa da Sonserina.

— É isso aí, gata, mostrar pro idiota do Rabastan tudo que ele perdeu. - Theo disse com um sorriso malicioso quando viu a amiga pronta. Zaniah respondeu com um brilho de pura malícia nos olhos.

Era exatamente isso que ela pretendia.

/*

Eles foram os últimos a chegar na praia. Zaniah correu os olhos, analisando cada uma das posições.

Estavam todos de pé. Régulos a procurou com os olhos, mas ela não o deu muita atenção. Ele estava ao lado de Snape, que parecia um pouco mais confiante naquele lugar agora. Seus pais também a olharam de maneira surpresa e Zaniah entendeu, na hora, que eles já sabiam do seu término. Se manteve neutra, mesmo que por dentro estivesse surtando.

Bellatrix a ignorou completamente ao lado de Rodolphus, Andie e Narcisa a olharam com certa preocupação. Zaniah apenas continuou firme em sua caminhada, ignorou até mesmo seu Lorde que a olhava buscando por seus pensamentos.

Os seis se posicionaram numa das pontas e com um movimento de sua mão, Lorde Voldemort conjurou cadeiras para todos. Zaniah sentou-se entre Bartolomeu e Darwin. Como nos velhos tempos, eles faziam uma espécie de barreira a qualquer um que ousasse se aproximar dela.

Tom caminhou até o meio do semicírculo que se formou quando todos se acomodaram e após um longo suspiro pesado, começou a falar de uma forma que parecia o deixar decepcionado.

— Em nosso último treinamento em grupo, uma das duplas não pôde finalizar seu duelo.

Zaniah sentiu Darwin ficar endurecido ao seu lado, com a coluna bem reta. Apertou seu braço leve e discretamente em forma de apoio.

— Tendo tal fato em vista, precisamos terminá-lo. – Darwin já se levantava, assim como Anthony do outro lado do semicírculo, mas Tom os interrompeu. – Entretanto, como o duelo foi paralisado por ocorrência de uma transgressão grave, a qual já foi devidamente resolvida, espero eu, é meu dever não permitir que os dois bruxos se enfrentem novamente, considerando o pouco tempo que se fez desde o incidente.

Zaniah logo entendeu o que Lorde Voldemort queria dizer. Tanto Darwin quanto Anthony deveriam escolher seus representantes para finalizar aquele duelo. Seus padrinhos.

Bartolomeu, ao seu lado, respirou fundo. Ele e Darwin se cumprimentaram com um soquinho e um sorriso encorajador por parte do Burke. Entretanto, Zaniah interrompeu a decisão do melhor amigo ao ver quem seria o representante de Dolohov.

Era claro. Régulos estava longe dos amigos. Aquilo provavelmente significaria algo. E significava. Zaniah percebeu quando o Lestrange cumprimentou o Dolohov e seguiu até a sinalização que Tom estava criando, o local que o duelo deveria acontecer. Diferentemente do original, aquele não aconteceria na passarela, apenas na areia.

Zainah segurou o braço de Bartolomeu quando ele ameaçou se levantar e ir até o Lestrange. Ela mesma ergueu-se, olhou para Darwin com um sorriso confiante, remexeu nos cabelos de Bartô e seguiu até o local que ocorreria o duelo.

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Tom a olhou de maneira surpresa, mas ergueu as sobrancelhas e sorriu de uma maneira estranhamente assustadora. Zaniah não ligou para isso por muito tempo, focou seus olhos na figura de Rabastan, que transparecia seu impacto e sua dor, sem falar de seu medo.

Sim, seu medo, pois ele conhecia muito bem a ex-namorada e sabia que Zaniah pretendia humilhá-lo.

— Cumprimentem-se. – Tom disse de maneira imperativa. Eles os fizeram, ambos sem baixar a guarda por um instante. Zaniah oferecia o contato visual direto e Rabastan o abraçava. A Black não sabia se ficava enraivecida ou satisfeita por isso.

Um. Dois. Três passos largos foram dados em direções opostas. Ainda de costas ao rival, Zaniah olhou Darwin no banco. O garoto parecia prestes a desmaiar de tanto nervosismo.

E então, o duelo começou.

Zan esperou o primeiro ataque que não demorou a vir. Um poderoso estupefaça foi lançado pelo Lestrange, seguidos agressivamente de um everte statum e um impedimenta. Mesmo com os feitiços lançados de maneira veloz, Zaniah não teve grandes problemas de desviá-los. Dividiu sua atenção em duas partes. Como se dividisse sua magia. Mentalizou isso, sentiu isso. Ali, a magia que continuava em seu corpo a mantinha segura dos ataques repetitivos de Rabastan. A Black não fazia nada além de se proteger deles. Não. Ela pretendia derrotá-lo com apenas um golpe.

Já, este, era preparado pela outra metade de sua magia, que se desconectara de seu corpo. Aquela parte dependia de uma grande parte da energia vital de Zaniah, o que a impossibilitava de fazer algo a mais em seu duelo presencial.

Visualizou aquela bola roxa que era sua magia de forma tão clara que a assustou. Estava pronta. Voltando para Zaniah.

Sem precisar fazer mais esforço mental para manter sua magia afastada, Zaniah conseguiu se movimentar no duelo. Não atacou Rabastan, mas se preparou para isso.

Com um movimento de esfera entre sua varinha na mão direita e sua mão esquerda, sentiu quando sua magia preencheu seu corpo, logo sendo canalizada em sua varinha que apontava para o Lestrange. Junto da bola roxa, um tornado passou por Zaniah indo em direção ao garoto.

Aquele funil de fumaça branca que se formou aos pés de Zaniah não parecia afetá-la, mas tirou Rabastan do chão como se ele tivesse o peso de uma folha de papel. O garoto rodopiou pelo céu por um minuto inteiro, com falhas tentativas de encerrar o tornado por sua conta. Foi apenas quando Zaniah fez um movimento de “basta” com seus braços que o tornado se dissipou, aos poucos.

Os fortes ventos carregaram Rabastan ainda até o primeiro terço da altura em que ele se encontrava, mas depois o garoto teve queda livre. Sete metros de queda eram o suficiente para machucá-lo sem causar maiores problemas à vida do rapaz. Zan não desejava matá-lo, afinal.

Quando sentiu sua magia totalmente restabelecida com seu corpo e sua alma, o cansaço também a alcançou. Não se permitiu descansar ali mesmo, seria frustrante desmaiar de cansaço depois de tudo que fizera. Precisava caminhar apenas mais alguns metros até chegar em seu quarto e poder dormir em paz, rodeada de seus amigos.

Estava muito desnorteada para conseguir perceber o que acontecia ao seu redor, mas escutou a voz de Bartolomeu numa mistura de empolgação e preocupação, assim como sentiu quando Theo e Darwin a abraçaram. As garotas os rodeavam de maneira protetora, disfarçando o estado de Zaniah. Eles andavam com pressa e Zan tentava se apoiar nos próprios pés para acompanhá-los, por mais que Darwin e Theo não parecessem precisar de ajuda para carregá-la.

Foi colocada na superfície macia e quentinha que tanto almejava e antes de apagar completamente, pode escutar algo que pareceu apenas um sussurro.

— O que aconteceu em seus olhos, Zan? – A pessoa parecia perguntar mais a si mesma do que a ela.

/*

Tom não prestava atenção na discussão que se dava à sua frente entre dois patriarcas e chefes de duas famílias importantes. Ele se concentrava mais no que havia reparado em Zaniah.

Mais especificamente, nos olhos dela. Apenas tinha escutado falar, mas nunca vira acontecer de fato.

Sua atenção foi retomada àquele cômodo quando Joseph Lestrange aumentou a voz.

— Depois de estragar tudo com Rabastan, sua filha ainda tenta matá-lo, Black?

— Zaniah não estragou nada com seu filhinho, Lestrange. – Órion Black se ergueu da poltrona que sentava. – Seu filho que estragou a relação deles dois.

— Você só pode estar maluco, Black! – Joseph também se ergueu. – Meu filho está completamente correto de querer o respeito da futura esposa. Ele foi paciente o bastante por pedir isso, ele nem precisaria fazer tal asneira.

— Há algo que eu tentei o alertar uma vez e, visivelmente, nunca foi passado a Rabastan. – Órion parecia prestes a explodir. – Ninguém controla um Black.

— Bem, considerando o que seu primogênito se tornou, isso é bem visível. – Joseph falou de forma ácida.

Os olhos azuis de Órion Black transbordavam raiva pura. Ele falou com o tom de voz baixo, aproximando-se de Joseph. Tom precisava admitir, aquela face de Black intimidava até a si.

— Sirius é incontrolável, sim, é um Black até as pontas dos fios de cabelo dele, todos sabemos, por mais que atualmente ele deva negar isso até a morte. – Órion riu, como se fosse divertido. – Sirius abandonou tudo que ensinamos a ele, menos a parte de não deixar que ninguém o controlasse. Ele não permitiu isso nem a nós, seus pais. Meu Sirius foi, é e sempre será muito mais homem do que qualquer um de seus filhos. – Órion disse, chegando cada vez mais perto do Lestrange. – E pare de se referir a Zaniah como “futura esposa de Rabastan”, eu mesmo encerro aqui o contrato. – Ele falou, aumentando a voz novamente. – Enquanto eu estiver em carne e osso, farei questão que meu sangue nunca se junte ao seu.

E, então, Órion Black se retirou do escritório de Lorde Voldemort, sem despedidas, mansas vozes e submissão e ali ficou Joseph Lestrange, paralizado, impactado demais com as palavras do velho amigo para conseguir se mexer.

Enquanto isso, Tom Riddle sorria. Se havia algo que ele amava em Zaniah era sua determinação e impulsividade e ele acabara de ver de quem ela herdara tais características.

É, ninguém controla um Black. Ninguém toca no orgulho dos lobos e sai com as duas mãos.