Pov Katniss
8 meses atrás

–Temos que começar - Estou sentada em uma cama hospitalar com uma daquelas camisolas de hospital. Meu cabelo está solto e cobrindo parte do meu rosto vermelho, assustado e confuso - A senhorita destacou que quer fazer isso antes que o seu noivo volte para o hospital, sendo assim precisamos começar. A senhorita tem certeza? Podemos conversar sobre outras opções.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Carl fala calmamente. Ele tem razão, preciso acabar com isso antes que Peeta chegue com Haymitch.

–Outras opções? - Pergunto com a voz tremendo e algumas lágrimas - Não existem outras opções, não para mim. Tenho apenas duas opções. Levar a gravidez até o final, essa opção geraria vários problemas, ou fazer isso. Não fale como se as minhas duas opções fossem perfeitas e felizes.

–Vou ser sincero. Não estou falando como se as suas opções fossem perfeitas. Um aborto não é algo feliz. Você pode ser a pessoa mais fria do mundo e nem isso impedirá o sentimento de tristeza, mesmo um sentimento passageiro. A gravidez não é fácil. Daqui um tempo a barriga cresce e você vai sentir os dois aí. Pode ser que você os ame ou não. Dentro dessas duas opções existem milhares de possibilidades e não posso decidir isso e o Peeta também não.

–Por que alguém não pode falar qual opção escolher? Seria tão simples.

–A pergunta certa é: o que você quer?

–O que eu quero? Quero uma vida normal onde não preciso tomar essa decisão. Não quero ser mãe, não quero esses bebês mas não me sinto capaz de machucá-los. Na melhor das hipóteses eles teriam o Peeta. Estou com medo de colocar duas pessoas no mundo para sofrerem tanto quanto os pais. Tenho medo de me apegar e depois assistir um dos bebês sendo... morto ou tirado de mim. O presidente Snow vai usar essa gravidez contra mim, vai usar essas crianças para me ameaçar.

Carl tira o jaleco e senta na cadeira mais próxima.

–Na realidade nenhum de nós deveria ter nascido, Katniss. Esse mundo é ruim demais para qualquer pessoa. Todos os dias nascem muitas crianças aqui e esse mundo não merece algo tão precioso. Esse mundo maldito vai tornar seres tão bonitos uma dessas pessoas estranhas e ridículas que moram na capital. As pessoas são ruins e cruéis umas com as outras e por isso acho que o mundo precisa de mais pessoas como você e o Peeta. Pessoas moldadas a imagem de seres humanos como vocês dois, pessoas como vocês são a esperança e precisamos disso mais e mais. Não encare essa gravidez como algo ruim, pode ser a melhor coisa da sua vida, ou não. Não tenho muita voz então... faz o que quiser. Estou aqui para qualquer decisão. Se escolher o aborto vou realizar, se escolher a gravidez vou acompanhar tudo, fazer o parto e garantir o bem estar dos seus bebês para o resto da vida deles.

"Seus bebês". São meus bebês, e decido por eles. Daqui a 8 meses eu teria dois pequenos bebês de 1 mês. Parecidos comigo e com o Peeta, olhos azuis, quem sabe. Meu novo nome seria mãe e do Peeta seria pai. Estaríamos unidos pelo resto das nossas vidas por algo mais importante que os jogos vorazes. Não sei se sou capaz de tomar essa decisão. Na melhor das hipóteses eles teriam ao Peeta. Posso fazer isso pelo Peeta? Sim. Enquanto não senti amor por essas crianças posso repetir para mim que estou fazendo isso pelo Peeta.

–Já tomei uma decisão - Digo olhando para o chão.

–E qual seria essa decisão?.

Dias atuais

–Ela não mudou muita coisa durante os dias que fiquei na Capital - Gale fala sussurrando para não acordar Willow, que está acomodada em seu colo - Ela parece um pequeno anjo

Posso dizer que Gale é louco por Willow? Sim, com todas as letras. Ele chegou da Capital a 3 dias e a primeira coisa que fez foi nos visitar. Eu e ele temos uma nova rotina e estamos tentando nos adaptar a ela. Gale está ainda melhor que eu. Willow não dorme metade da noite e eu só tenho 3 soluções para o choro.
1: Chupeta
2: colocá-la para mamar
3: Gale

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Pode parecer exagero quando digo que só ele faz o choro parar em menos de 10 minutos mas é verdade. Gale passou boa parte da gravidez comigo e uma vez ou outra acontecia um "Oi bebês". Quando Will nasceu me ocupei com Rye e esqueci completamente que tinha outro bebê no berçário, Gale ficava com ela o tempo inteiro. Ele é muito bom com ela, quero ter essa afinidade mas até agora... Minha mãe e Prim insistem em ajudar mas preciso aprender a fazer tudo sozinha. Sei que não parece eu mas não posso fugir para a floresta como fiz boa parte da minha vida. Gale garante que Rye está bem, que quando estava na Capital viu meu filho pessoalmente. Não sei se é uma mentira para me tranquilizar.

–Mês que vem já são os jogos? - Gale pergunta.

–Já, o intervalo foi menor por causa do massacre e agora as coisas estão voltando ao normal. Não sei como vou fazer isso. Fiz 17 anos 2 dias atrás e mês que vem já é junho. Minha mente e é meu cérebro nunca descansam. Fui aos jogos grávida. Precisei lidar com todas as mudanças no meu corpo, tive dois bebês, agora estou cuidando da minha filha sem descanso e mês que vem terei que ensinar alguém a se manter vivo! Francamente, não posso fazer isso. Sei que uma hora vou ensinar Willow a se manter viva mas ela tem 1 mês, falta bastante tempo para isso. E mais uma coisa, os jogos podem durar mais de 1 mês, não posso ficar longe da Willow todo esse tempo e também não quero levar um bebê para a Capital.

Respiro fundo e ponho as mãos no rosto.

–Eu vou com você - Gale diz com um sorriso meigo - Preciso trabalhar, posso fazer companhia e teremos que levar a Willow de qualquer jeito. Hoje a tarde recebi uma ligação do gabinete do presidente snow e ele quer que você leve Will, para fazer publicidade.

–Ótimo, ela tem 1 mês e já é boa em publicidade.

–Sinto muito, até tentei conversar mas não deu. Digamos que isso é culpa de um certo imbecil - Gale fala com raiva, levanta e põe will no berço - Falei pra esse idiota não ter nenhuma idéia e adivinha? Ele teve uma idéia e agora a Willow vai pra Capital de qualquer jeito.

–É um grande idiota. Não sei quem é essa cara, não quero saber e não gosto dele - Muito obrigada, você terminou de ferrar minha noite.

–Vamos juntos, fico com a Willow durante o dia e a noite nos vemos. Não se preocupe por antecipação, sei que é algo idiota para se dizer. Haymitch vai estar com você, é um lado positivo.

–Obrigada - Gale sorri aperta minha mão. Estranhamente parece que agora estamos mais próximos um do outro, nos apoiando, compartilhando nossos problemas e pensamentos mais profundos. Não éramos assim antes da minha primeira edição dos jogos. Quando eu estava grávida pensei que Gale se afastaria mais e mais e que quando os bebês nascessem eles seriam o motivo do término da nossa amizade mas não foi assim. Gale realmente se afastou e ficou distante mas depois voltou. Ele foi uma das pessoas que mais se importou e cuidou de mim. Nós dois tivemos nossos momentos de egoísmo, não posso negar. Willow não nos afastou, nos uniu muito mais, amamos algo em comum. Para você que está lendo isso parece ridículo mas para mim não é, para uma pessoa como eu Gale é tão único quanto Peeta.

–Carl ligou - Digo a ele. Carl é o tipo de pessoa que faz algo errado e não consegue não pedir desculpas. Ele contou a Gale sobre uma decisão que tomei no início da gravidez, logo depois voltei atrás. Carl se sentiu tão culpado que não aguentou a culpa e ligou para pedir desculpas. É um idiota. No início fiquei brava (é um segredo de médico e paciente) agora quero esclarecer algumas coisas com Gale - sei que ele contou sobre a minha decisão, não aguentou a culpa e ligou para pedir desculpas.

–Idiota - Gale murmura.

–Está tudo bem… apenas não conte para ninguém. Era um segredo meu e do Carl, nem Peeta sabia. Apenas tenho medo de que em um momento de raiva você fale para Willow sobre isso. Não quero que ela saiba, nunca.

Gale senta ao meu lado na cama.

–Por que eu faria isso? Nem nos meus momentos de extrema fúria, farei algo que possa magoá-la. Você se arrepende?

–Não sei se arrependimento é a palavra certa para definir. Como Carl falou naquele dia, nenhum de nós deveria nascer, é um mundo ruim demais para qualquer um. É muito egoísta o que sinto. No momento em que peguei o Rye no colo foi como se… - meus olhos se enchem de lágrimas - Não consigo descrever. Foi algo parecido com um calafrio na barriga que foi subindo pelo meu corpo. O momento mais especial da minha vida. Eu os amo tanto, preciso dos dois vivo porque não posso mais viver sem eles. Estou aguentando a ausência de Rye porque sei que ele está bem. Mas isso, esse amor incondicional me torna egoísta, pois preciso deles mesmo sabendo que na verdade o melhor para os dois seria nunca ter nascido. Não é maldade ou sei lá… é apenas o que seria melhor para eles. Me sinto culpada por ter trazido ao mundo duas coisas perfeitas, culpada porque o mundo não merece Rye, Willow e nenhum dos nosso irmãos.

–Carl e eu concordamos em muitas coisas. Também sei o que ele disse naquele dia e vou repetir. Não se sinta culpada porque o mundo precisa de pessoas como você e o Peeta. Vamos criar Willow para lutar pelas causas certas, talvez não possamos mudar as coisas em panem mas ela pode. Ela é como você Katniss, a nossa esperança.

E mais uma vez Gale disse a coisa certa.

–Aproveitando o assunto. Tive uma idéia e quero compartilhar, podemos realizar juntos, eu, você e o Haymitch - Gale completa e dou sinal para ir em frente - conheci pouca coisa dos outros distritos mas notei uma coisa. Os jovens de lá são treinados em academias. Quero igualar o jogo. Nós três temos dinheiro e eu posso burlar a lei. Não é justo, aqueles garotos vão para os jogos preparados enquanto nossos garotos vão mortos de fome. A minha ideia é: Sermos mentores em conjunto. Procuramos um lugar e lá treinamos os nosso jovens. Um dia na semana crianças de 8 anos até 11. 2 dias na semana crianças de 12 até 15 anos. 2 dias na semana 16 até 18. 3 refeições bem fartas, muito treinamento. Posso conseguir equipamentos e armas no quartel dos pacificadores. Vamos igualar os jogos para os nossos garotos. Não é justo certas coisas. O Carl está certo quando disse que o presidente snow não quer apenas um empregado e é uma boa idéia entrar no jogo dele. Não podemos fazer muita coisa para mudar as coisas no país mas pelo menos vamos igualar o jogo e dar uma chance a esses pobres garotos. Will e os nossos irmãos estão fora dos jogos mas e as outras crianças?

–É uma boa idéia mas não podemos fazer de uma hora para outra. Precisamos de mais pessoas para ajudar, equipamentos, um lugar escondido porque não podemos esfregar na cara dos pacificadores. Quem poderia nos ajudar?

–Fox, a Willow só tem a ele de tio e não quero que ele morra nas Minas. O Fox é um dos lutadores mais habilidosos que conheço. Tem outros caras que conheci trabalhando nas minhas. As pessoas vão gostar, ninguém quer ver seu filho ou filha morrendo nos primeiros minutos da competição. Vamos fazer isso?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

–Rye… não sei posso arriscar-lo tanto.

–Ele está bem, vai ficar bem, eu juro. Nós estamos cuidando das nossas crianças mas não tem ninguém para proteger as crianças do Distrito.

Ele está certo. Não acho que o presidente Snow vai machucar Rye agora. Preciso contribuir de alguma forma.

–Está certo, vamos fazer isso. Pelo menos assim meus tributos terão alguma chance.

1 mês depois

–Eu e a Willow vamos ficar nos fundos do trem até a noite. Vai ser um ambiente triste e também, um bebê pode distrair os tributos. A Effie e a equipe estarão aqui em alguns minutos, droga. Já arrumou as coisas da bebê?

–GALE! PARA! desliga a bateria por alguns minutos. Obrigada.

Gale está mais neurótico que eu. Estamos no quarto da Will tentando organizar algumas coisas para levar na viagem. Willow é uma publicidade muito trabalhosa. Ela está deitada na cama, nos acompanhando com os olhos azuis, que agora estão ganhando uma tonalidade mais clara. Seu pouco cabelo está variando entre castanho e loiro. Ela está linda. Uma semana atrás ela deu o primeiro sorriso. Eu estava tendo um péssimo dia após ser abordada pela senhora Mellark, agora que Fox está trabalhando comigo e com Gale, já sabemos como terminou. Cheguei em casa e ela sorriu quando me viu. Aquilo foi… maravilhoso. Naquele momento meus olhos se inundaram de lágrimas e tive a certeza que ela sabe quem eu sou, sou a mamãe, nada mais importava, não há nada mais importante que ela e Rye.

A bebê continua com a mesma aparência angelical e delicada.
Um mês passou e continuo a mesma coisa. Daqui uma hora vou conhecer meus tributos, o sentimento de tristeza se vincula ao de medo.

Effie e a equipe de preparação chegam e sobem imediatamente para o segundo andar. A primeira coisa que ela faz é pegar Willow no colo, porque o bebê sempre ganha mais atenção. Nunca vou esquecer como Effie foi boa comigo e com meus bebês durante o tempo que ficamos no hospital e principalmente ter cuidado da Willow durante muitos dias. Effie leva Willow para meu quarto, onde estão preparando tudo e fico sozinha com Gale.

–Vou agora para o trem com Willow, ela não precisa participar da colheita. Vamos ficar no meu quarto ou naquele vagão que é aberto. Nos procura a noite, vou trabalhar para passar o tempo.

Gala fala pegando as bolsas da bebê.

–Como vamos fazer na Capital? - Pergunto - Não posso ficar com ela e você vai estar trabalhando. A última coisa que quero é a minha filha nas mãos daquelas mulheres que conseguem ser babás e prostitutas ao mesmo tempo.

–A Effie fica com ela. É simples.

–Eu e a Effie vamos ficar o tempo inteiro ocupadas. Não adianta falar Haymitch, ele não tem o menor jeito com crianças, eu também não tenho mas sou a mãe e ele prometeu que iria para Capital pra me ajudar.

Gale suspira.

–Vou dar um jeito, não se preocupe e se concentre apenas na colheita. Não esquece aquilo que conversamos sobre o Rye - Gale me beija no rosto e sai do quarto. A conversa sobre Rye foi curta e breve, “não vá para a capital com esperanças de ver o Rye”

Obrigada Gale.

A minha preparação dura uma hora e na saída de casa já encontro câmeras para fazer algumas fotos. Eu e Haymitch vamos andando até a praça em silêncio, enquanto a equipe chegará alguns minutos mais tarde. Haymitch não precisava de nenhuma preparação mas sou mulher, portanto tenho que estar acima de qualquer uma. Sou cumprimentada pelo prefeito e me dirijo até a minha cadeira, entre o prefeito e Haymitch. Os jovens estão se organizando aos poucos. A tonalidade da praça é cinza, branca e azul, aparentemente os garotos e garotas só tem roupas com essas cores. Os rostos assustados estão me apavorando. Minha respiração está tão ofegante quanto a dos tributos e uma vez ou outra um deles olha para mim como se estivesse pedindo socorro.

–Fique calma, também me senti assim na minha primeira vez - Haymitch fala sussurrando. Como ele aguentou isso durante 25 anos? Como ele aguentou a respiração ofegante, os rostos chorosos e amedrontados e principalmente a pior parte, o olhar apavorado? A pergunta correta é: como vou aguentar tudo isso pelo resto da minha vida?

Todos já estão em seu devido lugar e Effie dá as boas vindas com o seu discurso de sempre. Sei que ela não gosta de fazer isso, Peeta era como um filho para ela e agora está morto. Aposto que Effie não gostaria de ver Willow sendo sorteada. Esse breve pensamento arrepia até meu último fio de cabelo. Effie começa o sorteio e pega o papel com o nome da garota.

– Imber Jenks

Algumas meninas respiram fundo, pois terão mais um ano de vida enquanto a maioria dirige seus olhares para onde estão os jovens de 14 anos. Uma menina morena, cabelo preto e roupa desbotada anda tremendo em direção ao palco. Eu sei como ela está se sentindo, apavorada e tentando calcular quais são as chances de voltar viva para casa. Foi assim que prim ficou mas não sei como ficou minha face já que tentei mascarar tudo que fosse possível. Imber fica ao lado de Effie e a mesma puxa o segundo papel, o do garoto.

–Collix Paris - Ah não, ele não. Droga, por que os dois últimos garotos sorteados tinham que ter alguma coisa a ver comigo? Na verdade eu Collix não temos uma ligação, ele nunca salvou minha vida mas é a última pessoa que merece ser sorteada. Collix tem 17 anos, é alto, morando e parece com Gale, razoavelmente forte. Collix também perdeu um dos pais na explosão que matou meu pai, ele perdeu a mãe. Seu pai era um comerciante e morreu quando ele tinha 8 anos e seu irmão, Ocean, tinha apenas alguns meses de vida. Sua mãe não tinha como manter o pequeno comércio e por isso foi trabalhar nas minas para sustentar os dois garotos mas infelizmente morreu igual meu pai. Eu e Collix temos histórias parecidas, somos parecidos, ele também fez e faria qualquer coisa por Ocean. Os dois viveram no orfanato até agora porém Collix sempre se virou como pode para conseguir alguma comida e roupas para o irmão mais novo. Collix não merece ser sorteado. Um menino está chorando em algum lugar e aposto que é Ocean.

É a minha vez. Haymitch só vai dar alguns conselhos mas dessa vez o trabalho é meu. Não vou ver Willow com frequência, terei apenas que me concentrar em ajudar Collix e Imber. Agora não sou mais um mero tributo, sou a mentora.